Viagem ao Peru e Bolívia (2° Dia)

16/05/2012

O dia amanheceu e quando deu 7h00min resolvi sair do aeroporto. Tinham alguns táxis em frente e fui perguntar o preço da corrida até a Estação Bimodal, no caso Rodoviária, mas que tinha esse nome de “bimodal” por ser ao mesmo tempo estação de ônibus e de trem. O preço era o mesmo em todos os táxis que perguntei; 50 bolivianos o que dava uns R$ 18,00. Então embarquei num táxi que era bastante velho, mas espaçoso. Estava com muito sono e não demorou muito para eu dormir. Um tempo depois acordei bruscamente com o barulho de uma freada e os xingamentos do taxista. Olhei para o lado e um outro carro por muito pouco não tinha batido no meu lado da porta. O trânsito era caótico e a buzina bastante utilizada. Ninguém usava seta ou dava preferência aos outros motoristas quando necessário. Aquilo me fez lembrar do trânsito de Lima, no Peru. E também me fez sentir saudade dos motoristas barbeiros de Campo Mourão. Olhei no relógio e vi que já tinha se passado 20 minutos desde que saímos do aeroporto. O sono continuava me chamando e resolvi me entregar de vez a ele. Acordei quando estávamos chegando ao Terminal Bimodal. Foram 45 minutos de viagem até ali. Desci do táxi, peguei minhas mochilas (uma grande e duas pequenas) e fui em direção ao Terminal. O local era feio, sujo, cheio de ambulantes e de pessoas berrando tentando vender passagens para vários lugares.

Dentro do Terminal também era tudo estranho, escuro, sujo e nem de longe lembrava as rodoviárias brasileiras. Vendedores de passagens tentavam te laçar literalmente. Andei de uma ponta a outra do Terminal vendo as placas das agencias e tentando descobrir se alguma empresa tinha ônibus direto de Santa Cruz até Cusco, no Peru. Não encontrei nenhuma e após me informar, me foram indicadas duas agencias. Fui até elas e achei caro o preço, queriam cobrar U$ 70,00 e ainda tinha que fazer uma longa parada em La Paz. Achei melhor comprar passagem direto para La Paz e lá comprar outra para Cusco. Após pesquisar um pouco acabei comprando a passagem na empresa San Miguel, que me pareceu confiável e o preço era equivalente a R$ 50,00. O vendedor foi bastante atencioso, o que me deixou meio com o pé atrás, pois prometeu mundos e fundos e algo me dizia que não seria bem como ele estava prometendo. De qualquer forma eu não tinha outra opção. Eram quase 11h00min no horário local, que é de uma hora a menos que no Brasil. Meu ônibus sairia somente às 17h00min, então resolvi me sentar e pensar no que fazer com o tempo livre que teria até o horário do embarque. Fiquei observando quem passava e vi um rapaz com jeito de ser brasileiro, mas a moça que estava com ele não tinha nada de brasileira. Fiquei mais um tempo sentado olhando quem passava para ver se via algum outro brasileiro perdido por ali. Logo me cansei e resolvi dar uma volta. Num canto no Terminal vi novamente o casal que tinha visto há pouco. Eles conversavam com um casal japonês. Ao passar por eles o rapaz se abaixou e vi na parte de cima da aba de seu chapéu uma bandeira do Brasil bordada. Parei e puxei conversa. O nome do rapaz era Caíque, ele é de São José dos Campos – SP. A moça que estava com ele era francesa, Julie. Ela trabalhava até pouco tempo atrás na Embaixada Francesa em Brasília e antes de retornar a França estava passeando um pouco pela América do Sul. Eles se conheceram no dia anterior, dentro do trem da morte, que seguia da fronteira entre Brasil e Bolívia até Santa Cruz de La Sierra. O casal de japoneses; Yukari e Yoshikatsu eles conheceram no trem. Os japoneses estavam em lua de mel e faziam três meses que viajavam pelo mundo. Conversamos um pouco e decidimos deixar nossas mochilas no guarda volumes e sair dar uma volta pela cidade. A Julie disse que tinha visto num guia de viagens que próximo ao Terminal existia uma parte da cidade que era bonita, com uma bela praça.

Saímos os cinco do Terminal Bimodal e após pedir informação para algumas pessoas seguimos no sentido do centro da cidade. Próximo ao Terminal a cidade era feia e suja e o trânsito caótico. Atravessar as ruas era uma arriscada aventura e as buzinas ecoavam de todos os lados. Chegamos à conclusão que quem buzinava primeiro era que tinha preferência para atravessar a rua ou fazer alguma conversão. Após caminharmos algumas quadras chegamos até uma parte onde entre as duas avenidas existia um canteiro com ciclovia no meio, então seguimos por ele, pois era mais seguro. Mais alguns pedidos de informação e olhadas no guia do Caíque e chegamos ao centro da cidade. Andamos um pouco por ali a procura da Catedral e da praça em frente, mas acabamos seguindo para o lado contrário. Uma coisa que incomodava ali era o excesso de monóxido de carbono que saía dos escapamentos dos carros, chegava a sufocar. Me parece que o combustível boliviano não é de boa qualidade e é altamente poluente.

Estávamos passando em frente a um restaurante e vimos algumas tortas expostas numa vitrine. Resolvemos entrar e descobrimos que ali tinha um buffet e a comida parecia ser boa. Um dos cuidados que eu teria tanto na Bolívia quanto no Peru seria com a comida. Nestes países não dá para comer em qualquer lugar, pois a higiene não é das melhores. E eu também pretendia passar longe das comidas típicas, pois sou chato para comer e comidas típicas evito em qualquer parte. Não tenho frescura para desconforto, frio, viajar de ônibus e outras coisas mais, mas com relação à comida sou extremamente chato e não como de tudo seja onde for. Até mesmo na casa de amigos e parentes acabo sendo chato com relação à comida e meu paladar depende muito do meu olfato, ou seja, se não gostar do cheiro não como, nem preciso provar para saber se o gosto da comida é bom ou ruim. Talvez por isso que não como peixe ou qualquer outra coisa que venha da água, pois acho peixe fedido e daí não consigo comer. Frescuras a parte, resolvemos almoçar no restaurante e a comida estava muito boa. Enquanto comíamos ficamos conversando, nos conhecendo melhor e trocando informações sobre viagens. Eu, Caíque e Julie conversávamos em português e os japoneses vez ou outra falavam algo em inglês. Foi legal logo no segundo dia de viagem fazer novas amizades. Em viagens do tipo mochilão é bastante comum conhecer pessoas, fazer coisas juntos e logo depois cada um seguir para um lado.

Após almoçar voltamos ao nosso passeio e logo encontramos a Catedral e a praça em frente, que realmente era muito bonita. A Catedral estava fechada e não conseguimos visitá-la. Já na praça ficamos certo tempo olhando o movimento e as dezenas de pombos que circulavam por ali. No guia dizia que bichos preguiça viviam nas árvores da praça, mas cansamos de olhar para cima e não vimos nada. Algo que nos chamou atenção foi um senhor com uma câmera fotográfica bastante antiga, que estava tirando fotos de uma moça e depois revelou as fotos ali mesmo utilizando água e produtos químicos. O processo era antigo e artesanal, mas o resultado foi muito bom, as fotos ficaram ótimas. Demos mais uma pequena volta pelo centro, paramos em uma praça ver alguns alunos de uma escola ensaiarem uma dança típica e entramos numa loja de produtos artesanais locais. Não me demorei na loja, pois sendo início de viagem era melhor não comprar nada para evitar ter peso extra nas mochilas. Fiquei do lado de fora da loja olhando o movimento enquanto o pessoal estava na loja. Seguimos para o Terminal Bimodal, paramos no caminho comprar água numa loja e depois numa farmácia, onde comprei um novo tubo de creme dental para substituir o que fora confiscado no aeroporto de Campo Grande.

De volta ao Terminal pegamos nossas mochilas no guarda volumes e fomos para um canto perto dos banheiros. Eu, Caíque e Julie resolvemos tomar banho. Pagamos 3,00 bolivianos e fomos para as duchas. O banho era frio e o banheiro não era dos mais limpos. Para piorar era complicado arrumar a mochila em cima de uma pequena banqueta, de modo que ela não se molhasse. Quando liguei a ducha descobri que o banho não era frio, na verdade era gelado. O difícil num banho frio é começar a se molhar, mas depois de um tempo e de alguns gritos você acostuma com a temperatura da água e tudo bem. Após o banho e de algumas manobras para trocar de roupa sem deixar nada cair no chão molhado e sujo do banheiro, finalmente saí e encontrei o pessoal do lado de fora. Fomos num bar onde compramos água e algumas guloseimas e então nos despedimos. Eu e os japoneses seguiríamos para La Paz, mas em ônibus diferentes. Já o Caíque e a Julie seguiriam para Sucre.

Quando chegou o horário de embarque fui até a agencia onde comprei a passagem e o vendedor pegou minha mochila grande e pediu que o seguisse. Fomos indo para um lado das plataformas de embarque e quando vi os dois últimos ônibus estacionados me assustei, pois eram muito velhos. Comecei a achar que tinha sido enganado, pois comprara assento cama, que para os Bolivianos é o leito ou semi leito no Brasil. Se bem que no Brasil já existem leitos cama, que ficam na horizontal. Sei que passamos pelos dois ônibus velhos e quase fora da área de embarque chegamos ao ônibus da empresa. Ele era dois andares e se não era novo, ao menos não era dos piores. O vendedor me entregou a mochila e disse para eu levá-la dentro do ônibus, para não deixá-la no bagageiro. Não perguntei a razão de tal conselho, mas decidi acatá-lo. Fiquei um tempo esperando o embarque, que já estava atrasado. Daí apareceu uma vendedora de bolinhos, que pareciam pão de queijo. Como não sabia em que tipo de local seria a parada para janta, resolvi garantir minha janta com um pacote daqueles bolinhos que estavam cheirosos. O problema é que eu não tinha dinheiro local trocado. Daí consegui convencer a vendedora a receber em reais. Dei R$5,00 a ela e falei que aquilo valia justamente o dobro do que ela estava me cobrando pelo bolinhos. E era verdade, eu jamais ia enganar a moça! Ela acabou topando o negócio e depois que embarquei no ônibus ainda ficou me dando tchauzinho.

Minha poltrona era na parte de cima do ônibus, do lado direito e sozinha, quase na frente. Era um poltrona larga e confortável e a frente ficava uma espécie de mesa que serviu para eu colocar os pés durante a viagem. Consegui a muito custo encaixar minha mochila grande em frente a poltrona e estava pronto para enfrentar 14 horas de viagem até La Paz. Descobri que eu era o único “diferente” no ônibus, ou seja, o único não boliviano embarcado, o mais branquinho a bordo. O ônibus partiu com 40 minutos de atraso e resolvi jantar logo meus bolinhos, enquanto ainda estavam quentes e cheirosos. Mesmo parecendo pão de queijo e sendo feitos com queijo, o sabor era bem diferente do sabor do pão de queijo, mas não era ruim. No pacote vinham dez bolinhos e logo descobri que tinham dois que não eram frescos, que de tão duros que estavam deviam ser de um ou dois dias atrás. Eu tinha sido enganado pela bela e simpática vendedora de bolinhos que ficou me dando tchauzinho. Paciência, ninguém está livre de ser passado para trás vez ou outra na vida! Após jantar os oito bolinhos comíveis, tirei meu saco de dormir da mochila e me ajeitei dentro dele, pois a noite prometia ser fria. Coloquei os fones do MP4 e comecei a ouvir alguns sertanejões. Logo peguei no sono, pois vinha de uma noite em claro.

Fui acordar três horas depois, em um local estranho no meio do nada. Fiquei sabendo que teríamos uma parada de 30 minutos para janta. Ao descer do andar de cima e passar pela porta do banheiro, descobri que o mesmo não funcionava. O local de parada para janta era uma barraquinha na beira da estrada, um local feio e sujo. E nem banheiro existia ali. Vi que os homens seguiram para um lado e as mulheres para outro. Um matinho ao lado os homens utilizaram como banheiro. Já algumas mulheres acho que tinham medo de escuro, não se distanciaram muito e logo abaixaram para fazer suas necessidades. Aquilo tudo era ao mesmo tempo surreal e curioso. Como não tinha outra opção, também fui no “matinho masculino” fazer meu xixizinho. Depois fiquei encostado no ônibus observando o pessoal comer.  Confesso que nem que eu estivesse com muita fome eu comeria naquele local. Pode ser frescura, mas já disse que sou fresco com comida e ainda lembro dos apuros que passei no ano anterior no Peru por culpa da comida que me fez mal. Então melhor ser um fresco bom do estômago, do que um não fresco com enjôo e diarréia. Passado trinta minutos embarcamos no ônibus e seguimos viagem. Eu voltei a dormir, mas não demorou muito tempo e paramos num posto policial. Após uns minutos um oficial de Polícia entrou no ônibus e queria saber quem eram os donos de tais e tais malas. Daí os donos tiveram que descer para dar explicações sobre o conteúdo das mesmas, que pelo que entendi eram produtos para serem vendidos em La Paz, produtos que iam desde sapatos até roupas para crianças. Foi aí que entendi o conselho do vendedor de passagens que disse para eu não colocar minha mochila embaixo. Ele sabia que as bagagens seriam revistadas e que eu poderia ter que dar explicações sobre o conteúdo de minha mochila caso algum agente da Lei resolvesse implicar com ela. Após uma meia hora parado ali, o pessoal que tinha descido voltou com a cara amarrada. Só não sei se perderam alguns produtos ou tiveram que pagar propina para terem suas malas liberadas. Voltei a dormir e não vi mais nada da viagem.

Terminal Bimodal de Santa Cruz de La Sierra. 
Interior do Terminal Bimodal.
Cidade suja e trânsito caótico.
Atravessar a rua era uma aventura.
Caíque olhando o guia.
Minha primeira refeiçao na Bolívia.
Após ao almoço um divertido bate papo. 
Catedral.
Dezenas de pombos na praça.
O fotógrafo e sua antiga câmera.
Julie, Vander, Caíque, Yukari e Yoshikatsu.
Compras na farmácia.

Viagem ao Peru e Bolívia (1° Dia)

15/05/2012

Após ter adiado a viagem por 15 dias em razão de dores em minhas hérnias de disco, finalmente chegou o dia de partir para a tão esperada viagem rumo a Bolívia e Peru. Essa viagem não estava programada, na verdade existia o plano de quando possível retornar ao Peru para conhecer melhor a cidade de Cusco e para fazer a Trilha Salkantay. Em 2011 passei uns dias em Cusco e me encantei pela cidade e prometi que voltaria. Nessa mesma viagem percorri a Trilha Inca até Machu Picchu e como não foi possível visitar a montanha de Wayna Picchu, que fica dentro de Machu Picchu, a vontade de retornar era imensa. E de repente tudo contribuiu para que tal viagem pudesse acontecer. Fiz os planos básicos e resolvi incluir a Bolívia no roteiro de viagem, pois queria fazer alguns passeios neste país, entre os quais descer a Estrada da Morte de bicicleta e também escalar minha primeira montanha nevada. Eu tinha milhas da Gol, mas seu único destino na Bolívia é Santa Cruz de La Sierra. Então resolvi ir até essa cidade utilizando minhas milhas da Gol e de lá seguir de ônibus até o Peru. Gosto de viajar de ônibus, para mim não é problema viajar longas distâncias utilizando tal meio de transporte.

Tinha dormido em Maringá e logo cedo fui encontrar meu irmão num shopping. Troquei dinheiro e creditei dólares em meu cartão da Confidence. É mais seguro viajar com um cartão para saques em terminais ATM do que viajar com dinheiro em espécie. O que me deixou um pouco triste foi que o dólar tinha subido 20 centavos nos últimos trinta dias, o que encarecia um pouco a viagem. Feito os últimos acertos para a viagem deixei meu carro no estacionamento do shopping, onde um amigo o pegaria depois e deixaria estacionado em outro local. Meu irmão me  levou ao aeroporto, onde almocei e depois fiz o chekin internacional, despachando minha mochila grande direto para a Bolívia. Em seguida me despedi de meu irmão e fui para a sala de embarque.

O primeiro trecho da viagem foi tranqüilo, um vôo de uma hora até Guarulhos. Aproveitei para ler um pouco durante a viagem. Em Guarulhos fiquei no setor de conexão e após duas horas de espera embarquei num vôo para Campo Grande. Pouco mais de uma hora de um vôo tranqüilo e desembarquei em Campo Grande. Estava com fome e resolvi sair para fora do aeroporto para ver se encontrava algum local próximo para comer algo, já que dentro de aeroportos os preços são abusivos, um verdadeiro assalto ao viajante. Dei sorte e vi que do outro lado da avenida em frente ao aeroporto tinha um posto de gasolina com lanchonete. Vi que era seguro ir até lá, pois tinham policiamento no local. Fui até o posto, lanchei por um preço bem em conta e retornei ao aeroporto. Fiquei seis horas esperando meu vôo para a Bolívia, contando o fuso horário de uma hora a mais de Campo Grande com relação ao horário de Brasília. Para passar o tempo fiquei vendo filmes no note book e também caminhei um pouco pelo aeroporto, que é bem pequeno.

Finalmente chegou a hora do embarque rumo à Bolívia. Já era quase meia noite quando passei pelo raio x e aduana. Meu tubo de pasta de dentes foi confiscado da bagagem de mão. Mesmo o tubo estando quase vazio a justificativa foi que era um tubo de mais de 100 ml, por isso não podia levá-lo na bagagem de mão. Achei uma idiotice isso, excesso de zelo idiota, mas deixei pra lá. Sentei-me na sala de embarque que é minúscula e fiquei esperando o embarque. Não foi a toa que Campo Grande ficou de fora na escolha das sedes da Copa do Mundo de 2014, pois seu aeroporto é muito pequeno para uma capital é menor que muito aeroporto de cidade de interior do Brasil.

O embarque foi feito na pista, com um vento de congelar. O avião estava lotado, com muita gente já embarcada vindas de São Paulo. O vôo até Santa Cruz de La Sierra foi tranqüilo e aproveitei para dormir um pouco. Chegando a Santa Cruz de La Sierra o desembarque foi rápido e segui para o setor de imigração. Eu estava com uma camiseta do Caminho de Peabiru e um rapaz que estava a minha frente na fila perguntou se eu era de Peabiru ou de Campo Mourão? Respondi que era de Campo Mourão e ele disse que era de Peabiru e que morava há quinze anos na Bolívia. Ele e a esposa estavam vindo de Curitiba. Ficamos conversando na fila, que era bem lenta. Um guarda pediu para ver meu passaporte e ao folhear viu que tinham muitos carimbos e ficou olhando um por um. Depois de um tempo ele resolveu olhar o passaporte novamente e dessa vez encontrou o visto canadense e o carimbo de minha visita ao Canadá em 2011, que estão numa folha separada mais a frente no passaporte. Então ele olhou mais duas vezes o passaporte, bem detalhadamente. Achei estranho tal procedimento por parte de tal guarda. Ao passar pela imigração o guarda me perguntou quanto tempo eu ficaria na Bolívia e respondi que apenas dois dias, pois estava de passagem rumo ao Peru. Então ele me disse para tomar cuidado no Peru, pois é um país muito perigoso. Achei engraçado seu comentário, pois é justamente o contrário, a Bolívia é mais perigosa que o Peru. Segui para outra fila onde dei sorte e ao apertar o botão de revista deu sinal verde e pude passar sem ter minha bagagem revistada. O casal de Peabiru estava me esperando para se despedirem.

Eram três e meia da manhã e não compensava ir para um hotel, pois logo cedo eu pretendia ir para a Rodoviária e pegar um ônibus para La Paz. Então fiquei de bobeira andando de um lado para outro no aeroporto. A Bolívia era o nono país que eu conhecia (sem contar o Brasil). Fui tentar sacar dólares, mas não encontrei nenhum caixa ATM. Por sorte eu tinha levado U$ 150,00 em espécie e troquei U$ 50,00 numa agencia de cambio. O boliviano (moeda local) estava valendo 3,18 por cada um real, o que era um bom valor, sinal de que o real está valorizado na Bolívia. Estava começando a ficar com fome e às 4h00min resolvi fazer um lanche num Subway dentro do eroporto. Depois fiquei lendo um gibi e daí resolvi ligar o note book para tentar piratear algum sinal de internet. Dei sorte e consegui acessar uma rede de alta velocidade que estava desprotegida. Então fiquei navegando na internet até o dia amanhecer.

Aeroporto de Santa Cruz de La Sierra.
No aeroporto esperando o dia amanhecer.

Soy loco por ti américa

O título dessa postagem retrata meu sentimento com relação à América do Sul. Sendo sul-americano e cada vez mais conhecendo a América do Sul e seu povo, vou me “apaixonando” por essa vasta e linda região. É claro que ela tem seus defeitos, é pobre em muitas partes e possui alguns governantes totalmente sem noção, daqueles chatos populistas e ditadores. Por outro lado, a América do Sul possui muitas belezas naturais e um povo cheio de contrastes, onde boa parte da população é receptiva, alegre e outra é malandra, quer passar o turista desavisado para trás. Conheço muita coisa do primeiro mundo, tendo visitado Europa e América do Norte e vivido por um ano nos Estados Unidos. Gosto de muita coisa do primeiro mundo, mas o meu coração pertence mesmo é ao terceiro mundo sul-americano.

E por essas e outras é que estou partindo para uma nova viagem pela América do Sul. Dessa vez vou conhecer a Bolívia e depois ir ao Peru pela segunda vez. Entre outras coisas pretendo fazer trilhas no meio da mata, nas altas montanhas e também em algumas montanhas nevadas. A viagem começou ontem e não tem data para terminar. Vai levar de 10 a 30 dias. A duração dela vai depender de vários fatores, entre os quais as condições climáticas dos lugares onde pretendo ir, dos gastos que não podem ultrapassar meu orçamento para essa viagem e principalmente de minhas condições físicas e de saúde. Tive que adiar essa viagem por 15 dias mesmo estando com passagem marcada, em razão de novo problema com minhas hérnias de disco. Então meu preparo físico não é o adequado para certas coisas que pretendo fazer e somado ao frio do outono nas regiões onde vou passar e que faz piorar minhas dores nas costas, à duração dessa viagem é uma incógnita nesse momento. Mas como sempre vou procurar superar e suportar as dores e realizar os meus planos com muita força de vontade e um pouco de sacrifício, mas sempre respeitando os limites do meu corpo. 

Então lhe convido para “viajar comigo” através das postagens que farei sobre essa viagem aqui no blog. Como vou para alguns lugares longe da civilização e da internet, as postagens ficarão atrasadas, pois farei as mesmas conforme for possível. Mas serão feitas de forma completa e em ordem cronológica. Além do blog, a narrativa dessa viagem também será postada como de costume no site mochileiros.com, para servir de ajuda a outros viajantes que pretendem passar pelos mesmos lugares que eu. 

Então é isso!! Torçam e orem por mim, pois essa é para ser talvez a maior de minhas “aventuras”…

www.echotalk.blogspot.com

Show de Jorge & Mateus – Expoingá 2012

Ontem (domingo) fui à Maringá assistir ao show de Jorge & Mateus na 40ª Expoingá. O show aconteceu na arena de rodeios, que é coberta e estava totalmente lotada. O show foi sensacional, o pessoal cantou todas às músicas junto com a dupla, que está fazendo enorme sucesso atualmente. No final das contas valeu a pena viajar 180 quilômetros entre ida e volta para ver esse show e chegar em casa às 4h00min da manhã, tendo que levantar 7h40min para ir trabalhar. Louco eu? Nem tanto!!!

Jorge & Mateus
Jorge & Mateus na 40ª Expoingá.
Jorge & Mateus na Expoingá/2012.

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Regiões Selvagens

“As regiões selvagens atraem aqueles que estão aborrecidos ou desgostosos com o homem e suas obras. Elas não só oferecem uma fuga da sociedade, mas também um palco ideal para o indivíduo romântico exercer o culto que frequentemente faz de sua própria alma. A solidão e a liberdade total da natureza criam o cenário perfeito para a melancolia ou a exaltação.”

Roderick Nash

Pedalar faz bem!

No domingo fui pedalar com o Luis Cesar, meu parceiro de pedal. Fez um dia bonito, não estava nem frio e nem calor, o que fez o passeio ser bastante prazeroso. E escolhemos um caminho onde tínhamos ido pela última vez em agosto de 2005, logo que começamos a pedalar juntos. Eu estava melancólico desde sábado e o sol na cabeça, o vento no rosto me fizeram deixar a melancolia pelo caminho. Após 31 km de pedaladas a alegria voltou.

Domingo de sol.
Pedalando no milharal.
Vander.
Luis Cesar.

Superlua

Eu que adoro lua cheia, ontem aproveitei para ver a superlua. Fui para fora da cidade, estacionei o carro na entrada de uma fazenda e fiquei encostado no carro ouvindo música e olhando para o céu. E fiz isso justamente a 0h35min, que foi o momento em que aconteceu o auge do fenômeno da superlua, onde ela ficou 14% maior e 30% mais brilhante que as outras luas cheias normais de 2012. Esse fenômeno tem o nome cientifico de “lua perigeu”. A lua segue uma trajetória elíptica ao redor da Terra com um dos lados – ou perigeu – cerca de 50 mil km mais perto que o outro – ou apogeu.

Fiquei um bom tempo olhando o céu e “conversando” com a lua – conversar com a lua é uma das muitas “esquisitices” que tenho… kkk – . Sei que esse foi mais um daqueles momentos em que a natureza mostra toda sua plenitude e beleza e que são difíceis de explicar. É mais fácil a pessoa “ir ver” e tirar suas próprias conclusões.

Superlua de 05.05.2012

Show de João Neto & Frederico

Fui ao show do João Neto & Frederico, dupla que está fazendo enorme sucesso atualmente. É deles a segunda música mais executada no Brasil em 2012 (LêLêLê), que só perde para “Ai se eu te pego”, do Michel Telo. O show foi na cidade de Araruna, que fica distante onze quilômetros de Campo Mourão. Era aniversário de dois anos da “Estancia Piseiro”. O show foi muito bom, pena que era a noite mais fria do ano até agora e tinha um vento de gelar as orelhas.

Estancia Piseiro – Araruna/Pr.
João Neto & Frederico

Novamente em Salvador

Fui novamente à Bahia, dessa vez à Salvador. Essa é minha quarta vez na Bahia, sendo a segunda vez em Salvador. Os baianos que me perdoem (meus amigos Orlando e Miralva principalmente), mas Salvador é a cidade mais “fedida” onde já estive e também é bastante suja. Salvador para mim foi uma grande decepção, pois pela fama que tem imaginava outra cidade. Acho que a maioria dos turistas que gostam de Salvador são aqueles que gostam de carnaval e vão à cidade nessa época de festa. Eu que não gosto de carnaval acabei me decepcionando muito com a cidade. E por gostar de história e de monumentos e construções históricas, outra decepção foi ver o estado de abandono e falta de cuidado em que se encontram muitas construções antigas da cidade, que foi a primeira Capital do Brasil. Em compensação o povo de Salvador é muito simpático e receptivo.

Se não gosto muito de Salvador, adoro o interior da Bahia principalmente o litoral sul, as cidades de Porto Seguro, Arraial D’Ajuda, Trancoso, Prado, Alcobaça e Caravelas, locais muito bonitos.  E pretendo voltar outras vezes à Bahia, menos a Salvador!

Farol da Barra.
Farol da Barra à noite.
No Farol da Barra.
Passeando pela orla de Salvador.

Sombra e água fresca.
Caminhando na praia...
Pelourinho.
Pelourinho.
Entrada do Elevador Lacerda, na cidade alta.
Elevador Lacerda.
Elevador Lacerda e Mercado Modelo.
Elevador Lacerda visto da cidade baixa.
Pelas ruas de Salvador...

Basquete de Campo Mourão

Após uma longa ausência, voltei a assistir jogos de basquete do time de Campo Mourão. Dessa vez vi jogos validos pela Copa Sul Brasil, onde o time de Campo Mourão venceu todos os três jogos da primeira fase. E o mais legal foi voltar ao Ginásio JK, local onde treinei e joguei basquete muitas vezes entre meus 13 e 17 anos. Boas lembranças daquela época, dos treinos de madrugada, das participações em Jogos Escolares, Jogos Estudantis, dos antigos amigos, de namorar no escurinho atrás do ginásio. Hoje isso não seria mais possível, já que está tudo iluminado, tem rua asfaltada e casas do outro lado da rua…  Kkkkkk

E foi graças ao basquete que arrumei minha primeira namorada. Eu tinha 15 anos e fomos participar da fase final dos Jogos Escolares na cidade de Rio Negro, bem na divisa do Paraná com Santa Catarina. Uma bela tarde eu estava no ginásio esperando a hora do meu jogo começar e uma garota veio conversar comigo. Ela estava passando férias na cidade, na casa da irmã. Perguntei de onde ela era e ela respondeu que era de Campo Mourão. Não acreditei, achei que estivesse brincando! Daí foi a vez dela perguntar de onde eu era e em vez de responder virei de costas e mostrei meu agasalho, onde estava escrito CAMPO MOURÃO. Ambos começamos a rir, pois era muita coincidência sermos da mesma cidade e termos viajado 600 quilômetros para nos conhecer. Trocamos telefone e duas semanas depois nos encontramos em Campo Mourão. Mais uma semana e começamos a namorar. Foram apenas três meses de namoro, que foi inesquecível por ser o primeiro. O nome da garota era Roseli (melhor não contar o sobrenome) e faz uns vinte anos que a vi pela última vez.

Bons e saudosos tempos!!!

Colégio Estadual. Estou em pé, segundo da direita para a esquerda. O Wagão, meu irmão é o garotinho com agasalho branco. (Ginásio JK - 1984)
Colégio Unidade Polo. Estou em pé, segundo da direita para a esquerda. (Ginásio JK - 1985)
Seleção de Campo Mourão. (Ginásio JK - 1985)
Ginásio JK - 2012.
Campo Mourão X Santa Cruz/RS. (Ginásio JK - 13/04/2012)

Turista em Curitiba

Ver Post

Após quase duas décadas vivendo em Curitiba é estranho hoje em dia ir à Curitiba como turista. Essa semana passei dois dias em Curitiba e tive meus momentos de turista. É diferente isso, pois agora posso andar calmamente pelas ruas observando tudo, ouvindo os ruídos, sentindo os cheiros da cidade. Quando lá morava isso não era possível, pois quase sempre passava pelos locais com pressa, estressado, bravo com o trânsito caótico. Agora percebo melhor até as diferenças que acontecem na cidade, como prédios reformados, prédios demolidos, novas construções, lojas que mudaram. Em alguns casos tenho certa dificuldade em lembrar o que existia antes em certos lugares, pois as mudanças são tantas que a memória não consegue processar tudo adequadamente.

E pelo que tudo indica daqui para frente visitarei Curitiba somente como turista. Tenho organizado minha vida de uma forma a ficar definitivamente vivendo no interior. Estou feliz, passando por um momento muito bom e totalmente adaptado a minha nova vida. Gosto de Curitiba, mas meu tempo por lá já expirou. Prefiro mais a tranqüilidade de uma cidade interiorana do que a correria da cidade grande. Tenho boas lembranças, centenas de histórias e vários amigos em Curitiba. Mas daqui para frente à tendência é que eu vá cada vez menos à Curitiba e somente para passear, para curtir momentos de turista despreocupado.

Rua XV de Novembro. (16/04/2012)
Catedral em reformas. (16/04/2012)
Centro de Curitiba. (17/04/2012)
Praça Generoso Marques. (17/04/2012)
Universidade Federal do Paraná. (17/04/2012)

Christopher McCandless

Christopher McCandless nasceu em 12 de fevereiro de 1968 na cidade de El Segundo, localizada no estado americano da Califórnia. Em 1976 mudou-se com a família para Annandale, Virgínia, onde cresceu. O seu pai, Walt McCandless, trabalhou para a NASA como um especialista em antenas. A sua mãe, Wilhelmina “Billie” Johnson, foi secretária do pai de Chris e depois ajudou Walt a fundar e dirigir uma bem sucedida empresa de consultoria. Desde a infância os seus professores notaram que Chris era extraordinariamente enérgico, adorando esportes físicos. Conforme cresceu, ele uniu isso a um intenso idealismo e resistência física. Na escola, ele foi o capitão da equipe de cross-country onde ele estimulava os seus companheiros a considerarem a corrida como um exercício espiritual, no qual eles estavam “a correr contra as forças da escuridão… todo o mal do mundo, todo o ódio.” Ele se graduou no W.T Woodson High School em 1986 e na Emory University em 1990, especializando-se em história e antropologia. O fato de vir da classe média alta e ter graduação universitária escondeu um crescente desprezo interior para o que ele via como o materialismo vazio da sociedade americana. Os trabalhos de Jack London, Leon Tolstoy e Henry David Thoreau tiveram uma grande influência sobre McCandless, e ele sonhava em deixar a sociedade para um período thoreauniano de contemplação solitária.

Logo após acabar o curso na Universidade de Atlanta, em 1990, Christopher McCandless doou os seus 24 mil dólares que tinha no saldo bancário a instituições de caridade e desapareceu sem avisar a família. Já não era a primeira vez que Chris decidia fazer uma viagem pelos vários estados americanos, sozinho, dependendo da natureza e do que encontrava no caminho. Mas daquela vez foi diferente. A sua raiva quanto à civilização em que vivia, quanto às mentalidades e materialismos da época, foi fundamental para a sua tomada de decisão. A partir daquele dia, nunca mais regressou a casa. Devido a um problema com o seu velho Datsun amarelo, Chris foi impelido a abandonar seu carro junto ao lago Meade, em Detrital Wash, mas isso não o impediu de continuar. Encarou a situação como um sinal do destino e, abandonando junto ao carro grande parte dos seus pertences e queimando todo o dinheiro que trazia consigo – cerca de cento e vinte e três dólares – Chris McCandless partiu a pé em direção ao Oeste, adotando um novo estilo de vida, no qual era livre e assumia o nome de Alexander Supertramp, seguindo em busca de experiências novas e enriquecedoras.

Foi de carona que chegou a Fairbanks, no Alasca, fazendo amigos e conhecendo lugares magníficos pelo caminho. Entre as suas aventuras destacam-se uma descida do rio Colorado em canoa. Walt e Billie McCandless, pais de Chris, ainda tentaram encontrá-lo, mas em vão. Apenas a sua irmã Carine recebia uma carta de vez em quando, e mesmo ela não sabia a sua localização. Os anos foram passando, e Chris continuava sozinho, vagando pela América, passando por Carthage, Bullhead City, Las Vegas, Orick, Salton City, entre outros, até chegar finalmente ao destino pretendido: o Stampede Trail. Conheceu Jan e Bob Burres, Wayne Westerberg, Ronald Franz, que se tornaram seus amigos inseparáveis a quem se ia correspondendo por cartas; permaneceu em alguns endereços durante meses, mas partia em seguida para outras aventuras. Por onde passou, Chris alterou as vidas das pessoas que o conheceram. A sua personalidade forte, muito inteligente e simpática deu uma nova vitalidade a Jan, Franz e Westerberg. Raramente falava de Annadale e de casa, e eram muitas às vezes em que era reservado e ponderado. Mas o rapaz de vinte e quatro anos, que todos conheceram como Alex, cumpriu o seu destino e partiu de Fairbanks em direção ao Monte McKinley, dois anos depois de ter iniciado a sua viagem.

Gallien deu carona a Chris até ao Parque Nacional Denali, através do Stampede Trail, um caminho que levava ao interior do Alasca. Também ele simpatizou com o rapaz, que gentilmente lhe contou os planos de permanecer alguns meses na floresta. A única comida que levava era um saco com cinco quilos de arroz, e o seu equipamento era inadequado para quem planejava fazer o que ele se propunha. Ainda assim, o rapaz parecia determinado, e nada o podia dissuadir. Partiu assim para o desconhecido, ignorando a hora e o dia, numa quinta-feira de abril, sem deixar rastro. Através de um diário que manteve na contracapa de vários livros, com cento e treze anotações, podemos compreender o que realmente aconteceu a Chris McCandless na sua viagem ao interior do Alasca. O seu diário contém registros cobrindo um total de 113 dias diferentes. Esses registros cobrem do eufórico até ao horrível, de acordo com a mudança de sorte de McCandless.

Alimentou-se do que trazia e de algumas sementes que colheu na natureza, tal como de alguns animais que caçou, com sucesso; leu vários livros, rabiscando-os com pensamentos próprios sobre a vida; passeou por diversos bosques, mas o local onde permaneceu mais tempo foi logo abaixo da Cordilheira Externa, onde ainda hoje se encontra um ônibus abandonado, de número 142 do Fairbanks Transit System, que serviu de residência a Chris, onde pernoitou e escreveu algumas frases no seu interior, nos meses que se encontrou na floresta como: “(…) SEM JAMAIS TER DE VOLTAR A SER ENVENENADO PELA CIVILIZAÇÃO, FOGE E CAMINHA SOZINHO PELA TERRA PARA SE PERDER NA FLORESTA”. Permaneceu cerca de quatro meses nas montanhas, sobrevivendo à custa do que encontrava, totalmente sozinho, livre. Em 6 de setembro de 1992, dois trilheiros e um grupo de caçadores de alce acharam esta mensagem na porta do ônibus: “S.O.S. Preciso de ajuda. Estou aleijado, quase morto e fraco demais para sair daqui. Estou totalmente só, não estou brincando. Pelo amor de Deus, por favor, tentem me salvar. Estou lá fora apanhando frutas nas proximidades e devo voltar esta noite. Obrigado, Chris McCandless.” O seu corpo foi encontrado em decomposição em agosto de 1992, embrulhado num saco de dormir no interior do ônibus, já morto há cerca de duas semanas. A causa oficial da morte foi inanição. Porém, alguns pensam que foi envenenado acidentalmente por algumas sementes que ingeriu. Nunca se saberá bem a verdade.

Jon Krakauer acredita que McCandless morreu por ingerir sementes de batata selvagem (Hedysarum alpinum), que McCandless mencionou nos seus registros, sendo os efeitos devastos para o organismo humano. Essa espécie de batata não é considerada venenosa — a sua raiz é comestível, mas há evidência de que as suas sementes contêm um alcalóide que interfere no metabolismo da glicose pelo organismo. Entretanto, o Dr. Thomas Clausen da Universidade de Fairbanks no Alasca conduziu testes extensivos nas sementes encontradas no acampamento de McCandless e constatou que não continham toxinas ou alcalóides. (Note que esta é a teoria que Krakauer apresenta no seu livro sobre McCandless, e difere da teoria anterior que ele relatou no seu artigo da revista Outside, envolvendo outra planta, Hedysarum boreale mackenzii, uma ervilha de cheiro semelhante à batata selvagem e conhecida por ser venenosa). Na edição mais recente do seu livro, Krakauer modificou sutilmente a sua teoria com respeito à causa de morte de McCandless. Ele acredita que as sementes da batata selvagem encontravam-se com mofo e foi este o agente que contribuiu para sua toxicidade. Mas Chris McCandless morreu feliz; ele próprio o disse numa anotação no diário, percebendo o seu fraco estado de saúde: “Tive uma vida feliz, e agradeço ao Senhor. Adeus e que Deus vos abençoe a todos”.

Quando foi descoberto no Alasca, sem vida, a tarefa de escrever um artigo sobre o viajante, na altura desconhecido, foi incumbida a Jon Krakauer, jornalista da revista Outside. A história de McCandless tocou-o profundamente, e o fato de a sua própria vida se assemelhar à do rapaz, levou-o a investigar a fundo, obsessivamente toda a sua jornada desde Anandale até ao Alasca: – “Quando era adolescente, eu era teimoso, introvertido, sempre imprudente, de humor variável. Desapontei o meu pai das formas que são habituais. Tal como McCandless, as características de autoridade provocavam em mim uma combinação confusa de fúria contida e ânsia de agradar. Se qualquer coisa despertava a minha imaginação indisciplinada, perseguia-a com um zelo que atingia a obsessão e, desde os dezessete anos até quase aos trinta essa coisa era a escalada.” – Tudo o que descobriu, depois de falar com diversas pessoas, e visitar vários locais por onde o viajante Alex passou, foi agrupado num livro ao qual deu o nome de “Into The Wild – Na Natureza Selvagem”. O livro, bestseller desde que foi lançado, em 1996, deu origem a um filme, com o mesmo nome, realizado por Sean Penn.

O livro de Krakauer fez de McCandless uma figura heróica para muitos. Em 2002, o ônibus abandonado em Stampede Trail onde McCandless acampou tornou-se um atrativo turístico de aventura. O filme de Sean Penn, Into the Wild, baseado no livro de Jon Krakauer, lançado em setembro de 2007 foi bem recebido pela crítica. Um filme documentário sobre a viagem de McCandless feito pelo produtor de filmes independente Ron Lamothe, The Call of the Wild, também foi lançado em 2007. A história de McCandless também inspirou um episódio da série de TV Millenium e canções populares do cantor Ellis Paul, Eddie From Ohio, e Funck, assim como Eddie Vedder, da banda Pearl Jam, que se disponibilizou para fazer toda a trilha sonora do filme de Sean Penn.

Diferente de Krakauer, assim como Sean Penn, e muitos leitores de seu livro, que possuem uma visão simpática de McCandless, alguns alasquianos possuem uma opinião negativa tanto de McCandless como daqueles que romantizam a sua morte. McCandless estava inconsciente de que vagões operados manualmente cruzavam o rio a 400 metros do Stampede Trail, enquanto um abrigo nas redondezas estava abastecido com alimentos de emergência, como descrito no livro de Krakauer. O guarda-florestal do Parque Alasquiano Peter Christian escreveu: “Eu estou exposto continuamente ao que chamo de fenômeno McCandless”. Pessoas, quase sempre homens jovens, vêm ao Alasca para se desafiarem contra um implacável cenário selvagem onde oportunidade de acesso e possibilidade de resgate são praticamente inexistentes… quando você considera McCandless da minha perspectiva, você apercebe-se que o que ele fez não foi particularmente corajoso, apenas estúpido, trágico e inconsciente. Primeiro de tudo, ele gastou muito pouco tempo a aprender como realmente se vive na selva. Ele chegou em Stampede Trail sem um mapa da região. Se ele tivesse um bom mapa ele poderia ter saído daquela situação difícil. Basicamente, Chris McCandless cometeu suicídio”. Muitos o acusam de egoísmo e superficialidade, considerando a sua atitude de abandonar tudo, sem falar com a família, e partir para o desconhecido, como uma forma de satisfação pessoal e ostentação, e até mesmo de suicídio. – Suicídio este, que segundo muito dos simpatizantes de MacCandless, como Krakauer e Sean Penn, e os seus próprios pais rejeitam, pois McCandless ao deixar a mensagem no ônibus a pedir que o resgatassem, claramente não era um suicida, e sim um jovem em busca de uma aventura para mais tarde recordar. – Judith Kleinfeld escreveu no Notícias Diárias do Ancoradouro que “muitos alasquenses reagiram com raiva a essa estupidez apelidada por muitos de “aventura”. Tem-se que ser um completo idiota, para morrer de fome no verão a 30 kmde distância da estrada do parque, disseram eles.”

No entanto, Roman destaca o quão é difícil para qualquer pessoa aventurar-se e fazer o que McCandless fez: “Claro, ele fez porcaria. Mas admiro o que estava tentando fazer, depender completamente da terra como ele fez, mês após mês, é extremamente difícil. Nunca o fiz. E aposto com vocês que muitas poucas, ou mesmo nenhumas das pessoas que chamaram de incompetente a McCandless, também não o fizeram, pelo menos não por mais de uma semana ou duas. Viver no interior da floresta por um longo período, subsistindo apenas do que se consegue caçar e apanhar – a maioria das pessoas não sabe o quanto isso é difícil. E McCandless quase o conseguiu. – Acho que não consigo deixar de me identificar com o tipo – confessa Roman – Detesto admiti-lo, mas ainda não há muitos anos seria fácil ter sido eu a estar metido neste tipo de dificuldades. Quando comecei a vir para o Alasca, provavelmente era muito parecido com McCandless: inexperiente como ele, orgulhoso como ele. E tenho a certeza de que há muitos outros habitantes do Alasca que tinham muito em comum com McCandless quando chegaram cá, incluindo muitos dos seus críticos. E talvez seja por isso que são tão severos com ele. Talvez McCandless lhes recorde demasiado como eram.” Outros, como Krakauer, admiram a sua coragem inabalável de viver melhor, com simplicidade, tirando partido das pequenas coisas da vida, vivendo aventuras e experiências que mais tarde poderia contar aos seus netos; sendo livre e feliz. Os dois anos que viveu servem ainda hoje de exemplo para milhares de jovens que decidem mudar não só o seu futuro, mas o seu presente, tal como outros serviram de inspiração à viagem do próprio Chris McCandless.

A acrescentar ao fascínio irrealista pelo lado selvagem da América Chris McCandless idolatrava o eremitismo de Thoreau e mimetizou as paisagens ficcionadas de Jack London. Todavia, já era tarde quando percebeu que entre a ficção e a realidade por vezes o fosso é abissal. Essa foi a dolorosa experiência de Chris McCandless que muitos perspectivam como própria de um maníaco misantropo desprovido de qualquer responsabilidade. Mas, por outro lado, o radicalismo de Chris McCandless é um ato de liberdade numa sociedade que diluiu o indivíduo à escala de um mero contribuinte ou de um número de segurança social de massas. O livro de Krakauer pode pois repousar na estante ao lado da “Geração X” de Douglas Coupland que, seguramente, compreendeu o êxodo de Chris McCandless em busca da última fronteira Americana. Para lá dessa fronteira fica-nos o livro como alegoria contra o conformismo que consome a nossa própria natureza.

Fonte: Diversas, na internet

Nota pessoal de Vander Dissenha: Faço parte daqueles que não concordam que Chris McCandless foi um idiota, ou um suicida. Acredito que ele morreu por falta de tomar alguns cuidados e por uma fatalidade. E fatalidades acontecem, mesmo quando se está preparado e que se tenha tomado todos os cuidados necessários quando se decide viver uma aventura, seja qual for. Eu como um semi-aventureiro, já me machuquei sem gravidade e escapei por muito pouco de situações que poderiam ter me custado a vida. Chris McCandless com certeza morreu feliz, pois morreu realizando seu grande sonho, e sonhos não tem preço.

Chris McCandless me serviu e serve de inspiração. Tanto o livro quanto o filme que contam sua história, me são fonte de releituras e consultas e sempre aprendo algo novo. Teve um tempo em que eu era meio “psicopata” em minhas aventuras e ia na base do conseguir ou morrer tentando. Hoje já não arrisco tanto, e procuro planejar bem minhas aventuras e viagens e principalmente ter o discernimento de saber o momento de mudar os planos, e se for o caso desistir. Acho que isso ocorreu em conseqüência da experiência e da idade, o que nos torna mais sábios e cuidadosos. E foi isso justamente o que no meu ponto de vista faltou ao jovem Chris McCandless e lhe custou a vida.

Chris McCandless.

Sean Penn (filme) e Jon Krakauer (livro) sobre Chris McCandless.

Cenas do filme Into the Wild.

BUS 142

Assistindo novamente “Into The Wild”

Hoje assisti novamente ao filme “Na Natureza Selvagem” (Into The Wild), que é um de meus filmes favoritos. O livro no qual o filme foi baseado também é um de meus favoritos. A história de Christopher McCandless, mesmo tendo final infeliz é para mim inspiradora. E mais uma vez vendo o filme tive idéias de novas viagens e aventuras. Então aguardem que em breve terei novidades para contar aqui no Blog!!

Eu não teria coragem para largar tudo e “cair no mundo” igual fez o jovem Chris, utilizando o pseudônimo Alexander Supertramp (Supertramp significa Super Andarilho). Mas consegui entender parte do que ele sentia e coloquei em prática isso faz algum tempo. Ficar atrelado a uma vida infeliz em troca de um bom salário, certa estabilidade e uma vida pequena burguesa cercada de muitos confortos da vida moderna, pode ser bom para muitas pessoas, mas com certeza afasta essas pessoas do seu “eu” ancestral, que é viver próximo, senão junto à natureza. E viver um tempo desapegado do dinheiro e do conforto, nos faz dar ainda mais valor as coisas simples da vida e as pessoas de que gostamos. Como disse o navegador Amyr Klink: “É preciso sentir frio para dar valor ao calor, sentir-se desabrigado para dar valor ao próprio teto”. Coloquei isso em prática – se bem que era algo que eu já fazia antes em menor grau – e desde então passei a dar valor às coisas que realmente importam. Não desisti de levar uma vida confortável, mas vez ou outra tenho que fazer alguma atividade, alguma viagem que me faça deixar de lado por algum tempo o conforto da vida moderna e viver de uma forma muito simples, valorizando as pequenas coisas.

Passei alguns anos infeliz e triste, me matando de trabalhar para ganhar cada vez mais dinheiro e depois descobri que isso não me trazia uma real felicidade. E bastaram alguns problema pessoais e de saúde, para que minha infelicidade se transformasse em uma depressão que quase me matou. Tive que recomeçar minha vida do zero, e ainda estou tentando dar um rumo definitivo a ela. Mas para isso tive que parar por um tempo e me aventurar por muitos lugares na busca de um novo rumo para minha vida e principalmente tentando me reconhecer, tentando descobrir quem era esse novo “eu”, a nova pessoa em que me transformei. Esse processo foi longo e muitas vezes doloroso, mas foi necessário e hoje encontrei finalmente meu novo norte e sei o que quero e o que não quero de/em minha vida daqui para frente. E nesse processo, tanto o livro quanto o filme “Na Natureza Selvagem” me ajudaram, serviram de inspiração. Para o personagem do livro/filme, infelizmente não foi possível recomeçar sua vida quando ele finalmente tinha encontrando o seu norte e decidira voltar a viver na “civilização”. Ele cometeu um erro que lhe custou à vida. Mas sua morte não foi em vão, pois ela serviu e serve de inspiração para pessoas no mundo todo.

Se você não conhece a história de Christopher McCandless, leia o livro e veja o filme. Garanto-lhe que alguma coisa, por menor que seja, vai mudar em sua mente e no seu coração. E se assistir ao filme, com certeza a trilha sonora de Eddie Vedder vai fazer valer a pena o tempo que “perdeu” vendo o filme.

NA NATUREZA SELVAGEM

INTO THE WILD

Livro: Na Natureza Selvagem

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Rodeio de Colorado (2ª Parte)

O segundo dia em Colorado foi tranqüilo. O chato foi que dormi pouco, pois não me deixaram dormir. Chegou mais um amigo nosso, o Percival. Eu e o Sid fomos acordar o Piti, que estava numa ressaca brava. Ele tentou resistir, mas não teve jeito e logo acabou levantando. Passamos boa parte da manhã sentados em frente à casa do Danilo, conversando. Chegaram mais três garotas de Maringá e a Dona Sueli, mãe do Danilo, providenciou almoço para todo mundo.

À tarde o sol estava forte e mesmo assim fomos para o centro da cidade, ver o movimento. Muitas ruas estavam fechadas, num verdadeiro “carnaval sertanejo”. Muita gente bebendo e dançando no meio da rua. Eram tantos carros com o som ligado no último volume que em alguns locais você não conseguia saber que música estava tocando, pois virava um mistura que chegava a doer nos ouvidos.

O pessoal ia ficar para a final do rodeio e para o show do Milionário & José Rico, que aconteceria a noite. Eu estava cansado e resolvi ir embora ao final da tarde. Mesmo cansativo acabou sendo um final de semana divertido e pude fazer muitos novos amigos. Em 2013 pretendo voltar ao rodeio de Colorado, dessa vez indo nos dois finais de semana, aproveitando mais o tempo, conhecendo mais pessoas e vendo mais shows.

Hora do almoço.

Almoçando.

Agito no centro da cidade.

Ruas cheias de gente.

Percival, Luciano, Vander, Sid e Piti.

O Luciano tava parecendo um pedinte...

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Rodeio de Colorado (1ª Parte)

No final de semana fui à Colorado, num dos rodeios mais famosos do Paraná. Fui com meus amigos Piti, Sid e Luciano. Nos encontramos em Maringá e de lá seguimos por quase 100 quilômetros até chegar à Colorado. A cidade estava lotada, com gente vinda de várias cidades do Brasil. Eu nunca tinha visto nada igual, centenas de pessoas acampando no meio da rua, dormindo em carros, calçadas, numa loucura total!!!

Ficamos na casa do Danilo, amigo do Piti. Ele, sua irmã Tuani e sua mãe nos receberam super bem. A casa estava servindo de “base” também para algumas meninas vindas de Maringá. De ponto negativo foi que logo ao chegar “chutei” sem querer um copo que estava no chão. O detalhe é que o copo era da Tuani, um copo de “estimação”. Fiquei super sem graça com tal incidente e ainda tive que agüentar o pessoal tirando sarro.

A noite fomos ao Parque de Exposições, onde teria prova de cavalo (três tambores) e rodeio de cavalos e touros. Eu não curto rodeios, pois não gosto que maltratem os animais, então sempre fico torcendo pelos animais. Não que eu queira que algum peão se machuque, apenas torço para que as montarias os derrubem rapidinho.

Após o rodeio teve show com a dupla Marcos & Belutti. A arena estava cheia e o pessoal bastante animado. Mesmo essa dupla não sendo de minhas favoritas, foi um bom show e valeu a pena ter ido.

Eu e o Piti voltamos para a casa do Danilo quando já passava das cinco da manhã. Estávamos nos guiando pelo GPS do Piti, pois não conhecemos muito bem a cidade. E daí o GPS ficou sem bateria quando estávamos quase chegando à casa. Sei que ficamos meia hora rodando para cima e para baixo por quase todas as ruas do bairro, até encontrar a casa. O mais engraçado foi descobrir depois que tínhamos passado pelas duas ruas laterais e não tínhamos encontrado a casa. O Piti estava bêbado e não ia encontrar nada mesmo naquela altura da madrugada! Já eu que não bebo nada alcoólico, não posso dar nenhuma desculpa por ter ficado perdido. Ou melhor, a desculpa é que tudo foi culpa do Piti, pois quando se saí junto com ele é normal se meter em alguma presepada.  KKKKkkkkk…

Luciano, Piti e Sid
Sid e seu “amigo” Red Label.
Arena de rodeios.

Show de Marcos & Belutti.
Patricia e Vander.
Piti e Tuani.
O Danilo vendo o show de “camarote”.
Marcos & Belutti.
Assistindo ao show.
Piti e Lorota.
Com minha prima, Adrielly Dissenha.

 

Parque Estadual do Marumbi

Todos nós temos nossos locais preferidos, seja um restaurante, um bar, um cinema, uma praça. No meu caso, um dos lugares que mais gosto no  mundo (e olha que conheci muitos lugares!!) é o Parque Estadual do Marumbi, uma cadeia de montanhas na Serra do Mar paranaense. A primeira vez que passei por esse lugar foi em 1989, de trem. E a primeira vez que coloquei os pés na região do Marumbi foi em 1995. A partir daí voltei várias vezes ao lugar e subi algumas vezes até o topo do Olimpo, que é um dos picos do conjunto Marumbi.

Acampei muitas vezes no camping próximo a Estação Marumbi, e passei ali a virada de ano de 1999 para 2000. Era a virada do milênio, todo mundo querendo festar e eu preferi me isolar e passei o réveillon sozinho no Marumbi, com muita chuva e frio. Foi um réveillon inesquecível em vários aspectos!

E além de meus momentos solitários no Marumbi, também tive momentos acompanhados por lá. Levei meu irmão e alguns amigos até o alto da montanha, com direito a muitas risadas e também alguns sustos. O Luis Cesar que o diga, pois ele quase morreu por lá!! E também levei alguns amores, com os quais passei momentos agradáveis e inesquecíveis tendo como testemunha o Marumbi. Mas sobre isso é melhor não contar aqui, pois esses amores hoje em dia estão casadas e são mães…

Atualmente vivendo no interior do Paraná, distante da Serra do Mar e das montanhas que tanto gosto, sinto falta de passar alguns momentos naquele lugar paradisíaco. Mas tenho certeza de que voltarei muitas vezes lá, pois quando gostamos de algo ou de alguém, sempre achamos um jeito de ficar perto do que gostamos.

Marumbi.

Estação Marumbi.

Sede do Parque Estadual do Marumbi.

Vander, tendo ao fundo o Marumbi.

IAP e ao fundo o Marumbi.

Estação Marumbi, vista do alto do Rochedinho.

Subindo o Rochedinho.

Mapa do Conjunto Marumbi.

Subindo o Olimpo.

Descansando na subida do Olimpo.

Camping do Marumbi.

Camping.

Fazendo almoço no camping.

Estação Marumbi.

Litorina chegando na Estação Marumbi.

Reveillon no Marumbi, 01/01/2000.

No alto do Olimpo, em 07/01/2001.

General Lee

Após alguns meses sem “pisar” em Cianorte, voltei à cidade com alguns amigos. Fomos ao General Lee, que é um bar muito interessante, com uma decoração exótica com muitos itens antigos. A noite era de “sertanejão”, com duas bandas cantando ao vivo. Foi muito divertido e teve um cara que dançou tanto que chegou a torcer o joelho e ao que tudo indica vai ter que passar por uma cirurgia. Depois dessa acho que esse meu amigo nunca mais vai esquecer Cianorte e uma certa moça com um vestido de onça… kkk!!!

Dudu, Pit e Vander.

General Lee – Cianorte/Pr

Interior do General Lee.

Interior do General Lee.

Show de Edson & Hudson em Campo Mourão

E ontem fui ao segundo show sertanejo do final de semana. Depois do show da Paula Fernandes no sábado à noite em Maringá, dessa vez fui ao show de Edson & Hudson, em Campo Mourão. A dupla de irmãos é uma de minhas favoritas e tinha lamentado muito a separação deles. Mas agora voltaram a formar a dupla e prometem fazer muito sucesso. O show foi bom, cantaram novas músicas e principalmente os antigos sucessos, que o público presente no show cantou junto. Foi um excelente programa para o domingo a noite, principalmente por que a segunda-feira é feriado por aqui.

Edson & Hudson.

O show correndo solto…

Edson & Hudson.

Vander, com sono!!!

Show da Paula Fernandes em Maringá

Como terei que passar os finais de semana em Maringá durante um tempo, estou aproveitando para sair e conhecer um pouco mais da cidade. E ontem fui no show da Paula Fernandes, que aconteceu num dos pavilhões da Expoinga.

O show começou quase uma da manhã e tinha bastante gente. E foi muito bom, pois a Paula Fernandes tem boas músicas, canta bem e tem boa presença de palco. Foi um programa muito divertido!!

Paula Fernandes.

Paula Fernandes.

Vander e Demar.

Mira e Vander.

Paula Fernandes.

 

Bingo!

Para finalizar a sexta-feira véspera de feriadão (segunda é feriado do padroeiro) fui com alguns amigos do trabalho em um bingo. O bingo promovido pela comunidade ucraniana de Campo Mourão foi realizado no salão de festas, ao lado da Igreja Ucraniana da cidade. Ao chegar ao salão de festas me lembrei que a última vez em que estive numa festa naquele local foi em 1978, logo após meu irmão ter nascido. Ou seja, fazia 34 anos que eu não pisava ali.

Além do bingo teve jantar, onde foi servido arroz carreteiro. E mesmo não tendo ganhado nenhum prêmio no bingo, acabou valendo o programa, pois demos boas risadas na mesa. E ganhei a noite quando a vice-prefeita passou por nossa mesa e disse que éramos um grupo de jovens bem alegres. Ser chamado de “jovem” estando próximo de completar 42 anos é um grande elogio!!! Kkk…

Fiquei por três pedras no prêmio principal, que era um cheque de R$ 5.000,00. E no nosso grupo teve uma menina que ficou faltando somente uma pedra para ganhar o prêmio principal. Se não ganhei nada, ao menos comi um monte. Mas não comi mais que o Guilherme e o Maico, pois estes são bons de garfo!!

Maico e sua noiva.

Sid e sua futura noiva.

Guilherme e sua quase noiva.

Hora do jantar.

Início do bingo.

Meninas com o pé “quase” quente.

Show de Fernando & Sorocaba

Fui a um show do Fernando & Sorocaba, que já faz tempo que é minha dupla sertaneja favorita. O show estava lotado e foi muito bom, com quase duas horas de duração. E tem um momento do show em que os dois entram em bolas de ar e vão para o meio do público. Os caras são loucos!!! De negativo apenas a quantidade excessiva de músicas de axé que cantaram no show. Talvez eles ainda estivessem no clima de Carnaval! Mesmo assim não gostei, principalmente por não gostar de músicas baianas. De qualquer forma valeu ter ido ao show, com direito a tratamento vip e camarote gratuito!!!

aa
Fernando & Sorocaba.

Acesso VIP.

No camarote assistindo ao show.

Fernando e Sorocaba, dentro das bolas de ar.

 

The Oscar Goes To

Ontem foi noite de entrega do Oscar. Assisti somente uma parte da premiação, pois estava cansado e precisava levantar cedo no dia seguinte. Ainda não assisti ao filme que levou a estatueta de melhor filme (O Artista), pretendo fazer isso em breve.

Abaixo segue a lista dos filmes que ganharam o Oscar de melhor filme, desde 1990. Dessa lista de filmes, além do filme vencedor desse ano, só não assisti ao filme vencedor de 2010 (Guerra ao Terror). Foi esquecimento meu, e pretendo assistir a esse filme o mais breve possível. E dos demais filmes, alguns marcaram momentos importantes de minha vida e se encontram na lista dos meus filmes favoritos (Forrest Gump, Dança com Lobos, Silêncio dos Inocentes). Dez deles eu assisti acompanhado, no cinema (boas lembranças!). Teve um dos filmes que assisti num cinema nos Estados Unidos (Chicago) e outro que assisti no avião, numa viagem ao Chile (Quem quer ser um milionário?).

Abaixo lista dos últimos filmes vencedores do Oscar:

2012 O Artista 
2011 O Discurso do Rei 
2010 Guerra ao terror 
2009 Quem quer ser um milionário? 
2008 Onde os fracos não tem vez 
2007 Os infiltrados 
2006 Crash – no limite 
2005 Menina de ouro 
2004 O Senhor dos Anéis: o retorno do rei 
2003 Chicago 
2002 Uma mente brilhante 
2001 Gladiador 
2000 Beleza americana 
1999 Shakespeare apaixonado 
1998 Titanic 
1997 O paciente inglês 
1996 Coração valente 
1995 Forrest Gump 
1994 A lista de Schindler 
1993 Os imperdoáveis 
1992 O silêncio do inocentes 
1991 Dança com lobos 
1990 Conduzindo Miss Daisy

James Mollison: Onde Crianças Dormem…

Vi esse ensaio fotográfico graças a minha amiga Stella Maris Ludwig. O nome do fotógrafo é James Mollison, e o ensaio em questão mostra algumas crianças e os locais onde elas dormem. É muito interessante o contraste, os diferentes quartos, as diferentes camas. Algumas pobres, algumas ricas, outras exóticas. Olhar esse ensaio fotográfico nos faz pensar nas diferentes classes sociais, culturas, costumes.

Para ver mais fotos desse ensaio do James Mollison, visite o site: http://lounge.obviousmag.org/arxvis/2012/02/where-children-sleep.html

E para conhecer mais do trabalho do James Mollison, visite: http://www.jamesmollison.com/project_apes.php

Aniversários!!!

Não costumo postar mensagens de aniversário aqui no Blog, mas hoje farei uma exceção. É que tem três pessoas “especiais” fazendo aniversário por estes dias e queria fazer uma pequena homenagem a elas.

Hoje, dia 18 é aniversário da Fran, que completa 24 anos. Ela é uma pessoa muito querida e que após um tempo “afastada” reapareceu em minha vida.

Amanhã, dia 19 é aniversário do meu irmão, Wagão. Ele nos últimos anos deixou de ser somente meu irmão para se tornar meu melhor amigo e que me ajudou muito num período complicado pelo qual passei rescentemente.

E no próximo dia 23 será aniversário da Erica, minha sobrinha, que fará 19 aninhos. A ela um forte abraço desse tio que às vezes é meio chato e gosta de zoar (até demais) com ela.

E aproveito para também homenagear um amigo das antigas, que completou 42 anos no último dia 3. Um forte abraço ao José Mário, parceiro de muitas aventuras, desventuras, conquistas e frias pela vida afora, e do qual estou afastado já faz um tempo por questões geográficas e por relaxo de minha parte. A ele meus parabéns e minhas desculpas por ter desaparecido por tanto tempo.

Aos quatro aniversariantes desejo de coração que sejam muito felizes, que possam comemorar muitos mais aniversários em suas vidas e que consigam alcançar tudo aquilo que almejam.

Fran.

Wagão.

Erica.

José Mário.

Crise de identidade

Estou passando por uma crise de identidade. Nos muitos anos que morei em Curitiba muita gente brincava com meu sotaque do interior, com o “pÓrrrta” por exemplo. E agora que estou no interior já ouvi comentários de que não pareço ser do interior, e até mesmo zoaram do meu “sotaque curitibano” que destaca o “e” (lEitE quEntE). Então fiquei meio perdido nessa, pois de repente não sou nem curitibano e nem interiorano. Então o que eu sou? Sei lá!! Isso me fez lembrar de uma piada, que dizia que o cara foi morar nos Estados Unidos e lá não aprendeu a falar inglês e esqueceu o português. Então ele voltou ao Brasil “mudo”… Coitado!!! Kkkk… E essa piada me fez lembrar da Talita, que está morando na Alemanha e cada vez que me escreve fica ainda mais difícil de entender o seu português, devido à quantidade de erros. Ela simplesmente está esquecendo o idioma. Sorte dela que aprendeu bem o alemão, senão corria o risco de se um dia voltar ao Brasil, voltar “muda” igual o cara da piada.

E outra que me falaram essa semana foi que tenho uma aparência meio exótica. Até agora não entendi se isso é bom, se é ruim? Se a pessoa quis dizer que sou bonito, ou que sou feio? Segundo o dicionário, exótico significa: forasteiro, estranho, raro, inusitado, diferente, esquisito, curioso, esdrúxulo, excêntrico, alienígena, original, sistemático, alheio, extravagante, indefinível. Algumas dessas características se encaixam perfeitamente a minha personalidade. Já com relação a se encaixar com minha aparência física, sinceramente não sei? A única coisa que sei é que após tal comentário resolvi raspar a barba, a qual tenho usado já faz alguns anos. Talvez sem minha barba vermelha (que agora está ficando vermelha e branca) eu fique parecendo menos “exótico” e principalmente menos “alienígena”… 

A Regra dos Três Terços na Fotografia

Quem me falou da Regra dos Três Terços na Fotografia foi meu amigo G. G. Carsan, que é fotógrafo profissional. Há um ano e meio estávamos na Comix em São Paulo (Feira de Quadrinhos) e ele me pediu para bater umas fotos e me explicou rapidamente sobre a Regra dos Três Terços. Depois me mandou pesquisar sobre o assunto na internet, pois segundo ele, conhecer tal regra melhoraria consideravelmente a qualidade das fotos tiradas por mim. E foi o que fiz um tempo depois e inclusive descobri que existia uma configuração em minha câmera (que não é profissional) que deixa no visor as linhas da Regra dos Três Terços, e isso facilita o enquadramento e melhora a qualidade das fotos.

A Regra dos Três Terços é muito utilizada na composição de uma boa foto, principalmente se a foto for de alguma paisagem. Se você observar revistas com fotos profissionais ou observar como as cenas são enquadradas na TV ou em filmes, perceberá que o objeto principal raramente está no centro da imagem. Os fotógrafos se baseiam no que provavelmente é a regra mais importante para a composição de uma foto: a Regra dos Terços. Essa regra divide virtualmente o enquadramento em partes iguais utilizando um símbolo que lembra um jogo-da-velha (algumas câmeras inserem o símbolo no visor para auxiliá-lo nessa função). A ideia é que os quatro pontos formados no enquadramento (onde as linhas do jogo-da-velha se cruzam) são áreas de interesse comum. Alocando o objeto em um desses pontos geralmente cria-se uma imagem harmoniosa. E sem dúvida, você perceberá que a maioria das fotos profissionais segue essa regra. Mas essa regra não precisa ser obedecida sempre, já que ela serve mais como um guia para registrar as imagens de forma menos amadora.

O esquema de três terços.

Alguns objetos, porém, merecem um tratamento diferenciado. Por exemplo, você pode alinhar seu assunto não em um dos quatro pontos, mas sim por toda a extensão de uma das linhas. Tal dica também vale no caso de o objeto a ser retratado ser muito grande e ocupar grande parte do enquadramento e não caber em um dos quatro pontos. Nesse caso o melhor a fazer é escolher um elemento interessante e se focar nele. Se você está fotografando uma pessoa ou um animal, os olhos são um bom local para se focar.

A Regra dos Três Terços.

Abaixo estão três fotos que tirei em uma praia de Florianópolis nos primeiros dias de 2012. Nessas fotos utilizei a Regra do Três Terços, enquadrando o objeto principal (no caso, os barcos) uma vez em cada quadrante. Veja o resultado final dessa experiência, escolha qual foto ficou melhor composta e assim entenderá melhor a Regra dos Três Terços.

Aqui os barcos estão no primeiro quadrante.

Aqui os barcos estão no segundo quadrante.

Aqui os barcos estão no terceiro quadrante.

Stella Barros Turismo

Hoje está fazendo exatamente dez anos que saí da Stella Barros Turismo, franquia de Curitiba. Foi o melhor emprego que já tive, não em razão do salário, mas sim do ambiente, das pessoas que conheci lá, de tudo o que aprendi. Trabalhei na Stella Barros, de maio de 1993 até janeiro de 1998, e depois de janeiro de 1999 até janeiro de 2002. E saí de forma definitiva por que a agencia fecharia as portas, pois senão acho que estaria lá até hoje.

Na época em que trabalhei na franquia Stella Barros de Curitiba, a operadora Stella Barros era uma das maiores do Brasil, possuía cerca de cinqüenta franquias. Era operadora oficial da Copa do Mundo e Olimpíada, e o carro chefe de vendas eram os pacotes para a Disney. Eu que já gostava de viajar, depois que fui trabalhar na Stella Barros fiquei gostando ainda mais de viagens. Mesmo trabalhando na área administrativa aprendi muita coisa sobre pacotes e roteiros turísticos, companhias aéreas, reserva de hotéis, obtenção de vistos. Aprendi coisas que nos anos seguintes utilizei em viagens que fiz.

Trabalhei com muita gente legal na Stella Barros e foi lá que conheci o Mauricio, grande amigo até hoje, parceiro de muitas aventuras e desventuras pela vida afora e com quem depois também trabalhei junto no Colégio Medianeira de Curitiba. Outros amigos inesquecíveis que lá conheci foram: Consuelo Zardo, Marcelo Romeiro, Paulinha Pasqualine, Sheila Watanabe, Inês Santeti, Marli, Dora, Newton e Ricardo Bayel. E as donas da agencia; Kate e Silvia, com as quais aprendi muita coisa, tanto na área profissional quanto na pessoal e principalmente adquiri uma grande carga cultural, pois ambas eram cultas, viajadas e inteligentes. Então os anos que passei trabalhando para elas foram de intenso aprendizado. E do que mais sinto saudade dessa época, foram dos seis anos que morei nos fundos da agência, numa casa/garagem. E essa casa/garagem tem muitas histórias boas, engraçadas e inesquecíveis. Muita coisa legal acontecia ali nas noites frias de Curitiba e nos finais de semana tranqüilos do bairro Batel. Pena que aquela época não volta mais…

Casa onde a Stella Barros de Curitiba funcionou entre 1993 e 2002.

Confraternização de final de ano. (1994)

Vander, Sheila e Raquel. (1995)

Vander e Ricardo. (1995)

Festinha surpresa no meu aniversário de 26 anos. (1996)

Newton, Paulinha, Marcia, Vander e Mauricio. (1997)

Marcelo, Mauricio e Vander. (2000)

Consuelo e Vander, Tampa - USA. (2002)

A casa/garagem de boas recordações. (foi demolida em 2003)

Novamente no Paraguai

Aproveitando a viagem até Marechal Cândido Rondon (ver post anterior) e a proximidade da cidade com o Paraguai, acabei indo fazer umas comprinhas no lado de lá da fronteira. O calor estava forte, algo entre 36 e 38 graus. Mesmo assim acabei andando bastante visitando algumas lojas. Antes de ir embora aproveitei para rodar um pouco pelo Paraguai e conhecer mais a região.

Acabei encontrando minha ex e última namorada, Andréia. Fazia alguns meses que não nos víamos, e acabamos nos encontrando numa “esquina” paraguaia.  Realmente esse mundo é pequeno!

Igual ocorreu nas últimas vezes que fui ao Paraguai, entrei e saí do país sem que me parassem, olhassem documento ou revistassem o carro para ver que tipo de mercadoria eu estava levando. Se por um lado não ser parado pela Receita Federal ou Polícia Federal brasileira acaba sendo bom, pois não tem aquele incomodo de ficar respondendo perguntas e ver o carro e as compras sendo vasculhados, por outro lado fico preocupado com essa falta de controle na fronteira. Imagine a quantidade de drogas e armas que entram ilegalmente no Brasil todos os dias, em razão do fraco controle das fronteiras. Dessa forma fica difícil combater a criminalidade que aumenta a cada dia no Brasil, pois se em locais onde existem postos de fiscalização e controle de fronteira não existe uma fiscalização eficiente, imagine como ficam os milhares de quilômetros de fronteira que não possuem nenhum tipo de controle? Desse jeito fica difícil!

Muito calor.

Conhecendo um pouco mais do Paraguai.

Monumento aos 200 anos de República (1811 - 2011).

Ponte Ayrton Senna, na divisa entre Mato Grosso do Sul e Paraná.

Marechal Cândido Rondon

No último final de semana fui a Marechal Cândido Rondon, cidade com uma das maiores colônias de imigrantes alemães no Brasil. Tenho muitos amigos nessa cidade, e já tinha ido várias vezes lá, mas fazia exatos onze anos que não visitava a cidade. Dessa vez fui até lá para visitar meus amigos Marcos e Roseméri. Desde que eles mudaram de Curitiba há uns seis anos, que eu não os via. E além da grande amizade que tenho pelos dois, fui o cupido do casal, fui eu quem apresentou um ao outro e depois fui padrinho de casamento deles.

Mesmo sendo rápida a visita, passei bons momentos na cidade em companhia de meus amigos e também revi familiares da Roseméri, que eu conheço há quase duas décadas. Além de muita conversa, e a noite uma saída para pizza e sorvete, a melhor parte da visita foi conhecer a filhinha do casal. A menina é uma graça e acabei brincando um pouco com ela, que ficava me chamando de tio. Eu que não gostava de crianças, que tinha medo de ter filhos, de uns anos para cá perdi tal medo e descobri que me entendo bem com as crianças. Talvez por que no fundo eu tenho ainda um pouco da criança que fui (e continuo sendo).  Kkkkk

Vou procurar não demorar tantos anos para fazer nova visita aos meus queridos amigos. E disse aos dois que já que fui eu que os “desencalhei”, agora é a vez de eles darem um jeito de me “desencalhar”. Vamos ver se eles são tão bons como cupidos, igual eu fui e me arrumam alguma(s) pretendente(s). Kkkkkkkkkk…

Portal de Marechal Cândido Rondon - Pr.

Sou o "culpado" por essa família " existir"...

Rodeios e Farra do Boi

Uma coisa é matar animais para que sirva de alimento, outra coisa bem diferente é judiar e matar animais por pura diversão. Nos últimos anos estive em algumas festas de peão e não assisti aos rodeios, pois não gosto de ver os animais sendo maltratados. E sempre sou a favor do touro, quando ouço que em alguma tourada o toureiro foi chifrado.

E acho a tal da Farra do Boi, em Santa Catarina um grande absurdo. Meu pai é catarina, tenho muitos amigos catarinas, já tive namorada em Santa Catarina e não tenho nada contra o pessoal de lá. Inclusive o último reveillon passei em Florianópolis. Mas acho um absurdo, uma covardia o povo de lá ficar correndo atrás e maltratando bois por culpa de uma tradição antiga e idiota.

Ainda não consegui virar vegetariano, mas tenho diminuído meu consumo de carne que já devo estar “economizando” um boi por ano.

Farra do Boi.

Farra do Boi.

Calendário Anda Brasil 2012

O “Anda Brasil” lançou um jornalzinho com informações sobre caminhadas e também o calendário de “Caminhadas na Natureza” em 2012. O jornalzinho tem muitas fotos e numa dessas fotos eu apareço, junto com o pessoal de Maringá, durante uma caminhada em Nova Tebas em 2010.

E dando uma olhada no site do Anda Brasil, vi que estão postadas lá algumas fotos de caminhadas que participei em 2011, inclusive algumas fotos são de minha autoria. Acho legal isso, de poder ajudar com as fotos a divulgar o projeto desenvolvido pelo Anda Brasil.

Para os interessados em saber se existem caminhadas programadas para sua região, favor acessar o site do Anda Brasil e dar uma olhada no calendário: http://www.andabrasil.com.br/

Jornalzinho do Anda Brasil.

Apareço na última foto.

Foto com o pessoal de Maringá. (Nova Tebas - 2010)

Coleção da Coca-Cola

Acabo de adquirir mais alguns itens para minha coleção da Coca-Cola. Pouca gente sabe, mas desde 1997 que coleciono latinhas de Coca, bem como algumas garrafas e copos. Tenho cerca de 300 itens na coleção. Só de latinhas são 240, sendo todos os modelos lançados no Brasil desde 1997 e muitas do exterior. Adquiri algumas latinhas em viagens que fiz para o exterior, e amigos que viajavam para fora do Brasil e sabiam de minha coleção sempre traziam alguma latinha. E outro que me ajudou muito na coleção foi meu irmão, que em suas viagens sempre consegue trazer alguma latinha nova para mim. Numa viagem a Israel em 2010, ele trouxe uma rara latinha de Coca-Cola da Palestina e outra de Israel. As latas chegaram um pouco amassadas, pois ele foi detido na saída de Israel, passou um tempo sendo interrogado e revistado e consequentemente as latinha foram amassadas nessas revistas. Mesmo assim valeu o esforço dele para me trazer estes raros itens de coleção.

Comecei a coleção de latinhas meio sem querer. Em dezembro de 1996 a Coca-Cola lançou no Brasil a primeira lata com tema natalino, com um Papai Noel estilizado na lata. Meu amigo Mauricio, que na época trabalhava comigo na Stella Barros Turismo, furou o fundo de uma dessas latas e disse que ia iniciar uma coleção. Alguns meses depois encontrei essa mesma lata “jogada” num armário da empresa e perguntei a ele sobre a coleção que disse que ia fazer. Ele me respondeu que tinha desistido da coleção. Então perguntei a ele se eu podia ficar com a latinha do Papai Noel e ele respondeu que sim. Então decidi que ia começar uma coleção de latinhas de Coca-Cola. E foi assim que a coleção iniciou e tomou corpo. Agora passado tantos anos já começo a ter dificuldade para guardar tantos itens. As latas precisam ter um cuidado especial para não amassar. No princípio achei melhor guardar as latas cheias, mas com o tempo descobri que algumas vazam e que outras estouram. Então passei a guardá-las vazias, tomando o cuidado para não abrir muito o lacre no momento de esvaziar as latas.

Tenho latas de dezenas de países, e algumas são muito bonitas e até curiosas. É interessante a diversidade do tamanho das latas que mudam em alguns países, e até mesmo o formato da lata sofre algumas mudanças. E mesmo no Brasil existem algumas diferenças conforme a região do pais, ou a fabrica da Coca-Cola. Por exemplo, no Rio Grande do Sul encontrei latas menores, com 270 ml. E no Nordeste existem estados onde as latas não são de alumínio igual no restante do Brasil. E no Norte e Oeste do Paraná existem garrafas de vidro de 600 ml, algo que não vi em outros lugares. Em viagens internacionais também notei algumas diferenças. No Paraguai e Uruguai não existem latas fabricadas localmente, as latas de Coca-Cola vendidas nesses paises são fabricadas na Argentina. E no Peru também não existem latas de Coca-Cola, lá só existem garrafas.

O pais que achei mais interessante em relação à Coca-Cola foi justamente os Estados Unidos, onde o refrigerante foi inventado. Lá existe uma vasta variedade de sabores diferentes de Coca-Cola. Existe: normal, normal descafeinada, diet, diet com cereja, diet com cereja e baunilha, zero, zero descafeinada, zero com cereja, cereja, diet com limão, diet com limão descafeinada, baunilha, baunilha descafeinada, baunilha zero, descafeinada, diet adoçada com Splenda, diet adoçada com Splenda descafeinada, orgânica. São diversos sabores, adequados ao gosto e consumismo norte-americano, mas que no Brasil com certeza muitos desses sabores não fariam sucesso. Alguns são horríveis! E além da diversidade de sabores das latas de Coca-Cola, nos Estados Unidos existem muitas garrafas de  Coca-Cola comemorativas. Algumas são alusivas a eventos esportivos ou festas e outras a data comemorativas.

Se você tiver alguma lata antiga de Coca-Cola, ou fizer alguma viagem ao exterior, saiba que aceito doações de itens para minha coleção…

Últimos itens da Coca-Cola incorporados a minha coleção.

Caminhada na Usina

Aproveitando o sábado de muito calor, fui com minhas amigas Mari e Mariá fazer uma caminhada em volta da Usina Mourão. Minha mãe foi junto, mas como ela não pode caminhar em razão de um problema no joelho, a deixei na chácara de um tio, onde também ficou o carro.

O sol estava de rachar mamona, mas como a Mari conhece alguns “atalhos” na região, acabamos caminhando um bom trecho no meio de árvores. Na sombra estava gostoso caminhar e não foi tão cansativo. O mais difícil foi ouvir as duas “comadres” fofocarem o tempo todo… kkkk!!! Após 1h45min e cerca de sete quilômetros de caminhada, chegamos ao outro lado da Usina, na chácara de nossa antiga amiga de caminhadas, Zilma.

Após um breve descanso, muita água gelada e um animado bate papo, pegamos carona de lancha com um primo meu que estava passeando por lá. Fizemos um passeio pela represa e daí ele nos deixou na chácara do meu tio, onde iniciamos a caminhada. Acabou sendo uma tarde muito agradável, onde tanto o passeio a pé quanto o de lancha foram divertidos.

Mari e Mariá, no início da caminhada.

Caminhando sob árvores.

Mari, Vander e Mariá.

Curtindo o passeio.

Fortes emoções...

No meio da Usina Mourão.