Ganhei um presente muito simpático, dado por minha amiga Heverly. Essa foto foi tirada em Cusco no dia 18/05/2012, logo após eu ter encontrado a Heverly por acaso na rua. O detalhe é que não vimos a foto ser tirada.
Cusco
Viagem ao Peru e Bolívia (13° Dia)
27/05/2012
Levantei um pouco mais tarde, pois além de estar adoentado iria passar a noite viajando de ônibus, então preferi ficar um pouco mais curtindo a cama macia do hostal. Quando levantei fui buscar as roupas que tinha deixado na lavanderia. Veio tudo limpinho, passado, dobrado dentro de um saco plástico. Serviço de primeira e por um preço muito em conta. No hostal arrumei minhas coisas, guardei tudo nas mochilas e fechei a conta. Deixei as mochilas guardadas no hostal, em um depósito e saí. Fui até o centro e dei uma volta pela Plaza de Armas, onde estava acontecendo um novo evento cívico, com bandeiras sendo hasteadas, estudantes desfilando. Dei uma rápida olhada no desfile e fui me sentar um pouco na praça em frente, tomar sol.
Eram quase 11h00min quando resolvi almoçar no Bembos. Ainda estava cedo, mas estava com fome e queria aproveitar que o Bembos ainda estava vazio. Depois que o desfile acabasse ele ia ficar lotado. Olhei o cardápio, escolhi um sanduiche gigante e calórico. O sanduba não estava muito saboroso, mas mesmo assim não deixei sobrar nenhum farelo. Olhei a tv e vi que ia começar as 500 milhas de Indianapolis, prova de Fórmula Indy. Então resolvi ficar mais um tempo ali e assistir a corrida, pois queria ver como o Rubens Barrichello se sairia em sua primeira corrida em circuito oval. Fiquei um bom tempo vendo a corrida e quando começou a encher de gente resolvi ir embora, para liberar a mesa para quem ia comer.
Nesse dia eu não tinha nada para fazer, só precisava esperar o tempo passar e chegar a hora de pegar o ônibus para ir embora de Cusco. Por culpa da dor de garganta estava com pouca disposição para andar, então fiquei matando tempo. Sentei-me num banco de uma praça mais afastada do centro e fiquei ali observando o movimento e as pessoas. Depois fui dar uma volta pela região próxima ao meu hostal, numa parte em que a cidade avança morro acima. Fiquei andando pelas ruelas do lugar, olhando as construções, que são bastante parecidas, as diferenças estão nos detalhes. E em Cusco praticamente todas as construções são na cor branca e umas poucas na cor bege. Passei por ruas tranquilas com pouca gente e logo voltei ao centro. Tirei fotos de prédios, de pessoas, de coisas que achei curiosas. E tudo com a maior discrição, principalmente quando fotografava alguma pessoa. Eu ficava de longe e utilizava o zoom da câmera. E assim passei o dia e quando anoiteceu o frio chegou e resolvi dar uma última volta pelo centro. Cusco é uma cidade da qual gostei muito e nessa segunda visita à cidade consegui conhecer muito mais coisas. E não sei se voltarei ali algum dia. Espero que sim, pois é um lugar que vale a pena voltar quantas vezes for possível.
Fui até uma confeitaria comer uns doces de que tinha gostado. Tinha um folheado recheado de doce em leite, em forma de canudo que era uma delicia. E também tinha outro doce, feito com massa integral e recheio de doce de leite, que também era muito bom. Se não gostei da comida no Peru, ao menos os doces eu adorei. Quando ia entrar na confeitaria, passei em frente a um latão cheio de lixo e algo me chamou a atenção. Voltei e olhei no latão de lixo mais de perto e vi que meus olhos não tinham me pregado uma peça. Ali no meio do lixo tinha uma nota novinha de $ 50,00 soles. Peguei a nota e olhei para ver se tinha mais alguma à vista. Não vi mais nenhuma e logicamente não ia revirar o lixo para procurar mais notas. Como tal nota foi parar no lixo é um mistério! Entrei na confeitaria, comprei os doces e saí comendo pela rua. Passei pelo muro dos incapazes e fui até a Plaza de Armas. Resolvi que ia jantar pizza na mesma pizzaria onde tinha comido na noite anterior com minhas amigas chilenas. Escolhi o mesmo sabor de pizza e paguei a conta com a nota de $ 50,00 que tinha achado no lixo… kkkk
Fui até o hostal, peguei minhas mochilas e embarquei num taxi rumo à rodoviária. Comprei o boleto de taxa de embarque, sentei numa cadeira e fiquei esperando o horário do meu ônibus partir. Vi muitos mochileiros perambulando pela rodoviária, tinha gente de toda parte do mundo. Às 22h00min fui para o embarque, coloquei minha mochila grande no bagageiro e embarquei. Minha poltrona era sozinha, larga e confortável, mas o local para colocar as pernas era curto e isso causou certo incomodo. Logo partimos e fui ouvindo música para passar o tempo. A temperatura interna estava muito alta, chegou a 28 graus e por estar com a garganta inflamada e numa região de alta altitude, eu não conseguia respirar direito. Fui tentar falar com o motorista, mas não tinha contato interno entre a cabine de passageiros e a cabine do motorista. Subi até a parte de cima dar uma olhada e lá a temperatura estava agradável. Procurei uma poltrona vazia e não encontrei nenhuma. As poltronas ali não eram leito, mas eram confortáveis. Vi que não tinha sido vantagem pagar um pouco mais caro para ir na parte de baixo, nas poltronas leito. Me sentei na escada que unia os dois andares do ônibus e fiquei ali ouvindo música. Viajei por duas horas sentado na escada e quando o frio começou a ficar insuportável, voltei para minha poltrona. Tinham desligado o aquecedor e a temperatura na cabine leito ficou mais agradável. Me ajeitei em minha poltrona e logo peguei no sono, em minha última noite em solo peruano.
Viagem ao Peru e Bolívia (12° Dia)
26/05/2012
Acordei às 9h00min, com febre e mal da garganta. Tinha trazido meu kit de remédios do Brasil, inclusive remédios e pastilhas para garganta, então fiz minha automedicação, me arrumei e saí. Fui até a Plaza de Armas. Estava tendo um evento festivo lá, com autoridades, estudantes, militares e muitas outras pessoas comemorando uma data festiva local e desfilando pelas ruas. Dei uma olhada rápida no desfile, mas não achei nada de interessante. Em seguida fui dar uma volta pelo centro e encontrei minhas amigas chilenas.
Eu, Carolina e Joyce demos uma volta pelo centro, conversando e olhando lojas e vitrines. Fomos até o Mercado Municipal, entramos e ficamos olhando as muitas bancas e tirando fotos. Conforme íamos passando pelas bancas de frutas e verduras, eu falava o nome de determinada fruta ou verdura em português e elas diziam o nome em espanhol. Essa foi uma boa maneira de aprender um pouco mais de espanhol. Teve algumas frutas que nem eu ou minhas amigas sabíamos os nomes, pois eram típicas do Peru. No horário em que fomos ao Mercado Municipal tinha muita gente almoçando ali, umas comidas estranhas e com cheiro que não me agradavam. Saindo do Mercado Municipal demos uma volta pelas ruas próximas, às mesmas ruas que eu tinha visitado com o Thiago dias antes. Era a região dos açougues, onde carnes são vendidas nas portas dos açougues ou em frente, em bancas. Entre muitas coisas estranhas vi uns caras carregando porcos inteiros nas costas rua acima. Em alguns lugares os refrigeradores estavam vazios e as carnes em exposição penduradas logo acima deles, ou em bancas nas portas. Estranho isso!! Passámos num açougue que vendia carne de Cuye, que é um bicho parecido com um rato grande. A Carolina entrou tirar fotos, eu preferi ficar do lado de fora, pois não gostei de ver tais bichinhos mortos.
Voltamos para a área mais central da cidade e tiramos muitas fotos e conversamos. Perto do meio dia fomos para o hotel das meninas e na recepção as malas delas estavam guardadas num canto. Chegou uma van para levá-las ao aeroporto, pois elas seguiriam para Lima, onde ficariam dois dias e depois retornariam ao Chile. Nos despedimos e elas embarcaram na van. Segui caminhando rumo a Plaza de Armas e comecei a me sentir sozinho. Era estranho após tantos dias em companhia de muitas pessoas, de repente estar sozinho. Passei num supermercado fazer algumas compras e segui para o hostal, pois não me sentia bem. Chegando ao hostal fui me deitar, pois estava com febre e com a garganta doendo e gerando muita secreção.
Quando acordei já era noite e mesmo tendo dormindo a tarde toda, me sentia cansado, com dor no corpo. Felizmente a febre tinha cessado. Tomei banho e resolvi sair dar uma volta. Estava muito frio e com uma garoa fina, isso quase me fez desistir do passeio. Fui até a Plaza de Armas, e lá estava acontecendo um show com uma banda peruana. Tinha muita gente assistindo ao show e gritando. O palco estava montando nas escadarias em frente a Catedral. Me posicionei bem atrás do palco, próximo aos cantores e nenhum segurança ou policial me mandou sair dali. Achei engraçado isso, pois tinham muitas garotas locais que queriam se aproximar do palco e eles não deixavam. A banda era ruim, podia até fazer sucesso no Peru, mas cantavam e tocavam mal. Comecei a sentir muito frio, não sei se em razão da temperatura ter caído mais, ou por estar adoentado. Comecei a tremer de frio e resolvi retornar ao hostal e nem quis jantar. Fui direto para a cama, me cobri até a cabeça e tive uma noite maravilhosa de sono. Lembro que sonhei com a pizza da La Tavola, loja de uns conhecidos de Campo Mourão que vendem pizzas maravilhosas para assar em casa. Eu tinha comido pizza na noite anterior, por isso achei estranho ter sonhado com pizza nessa noite. ZZZZzzzzzzz…
Viagem ao Peru e Bolívia (11° Dia)
25/05/2012
Acordei às 8h00mim e a japonesa que tinha dormido na cama ao lado também. Ela me deu good morning e foi ao banheiro. Eu levantei, coloquei minhas botas, peguei minhas mochilas e saí. Na recepção encontrei o carinha com quem tinha discutido na madrugada. Ele quando me viu tentou dar meia volta, fez cara de assustado, ficou sem jeito. Fiquei com vontade de rir, mas fiz cara de bravo e pedi a mochila grande que eu tinha deixado guardada antes de seguir para a Trilha Salkantay. Ele pegou a mochila e disse eu que tinha que pagar $ 15,00 soles, que era a taxa por ter guardado a mochila por cinco dias. Engraçado é que quando pedi para guardar me disseram que não cobravam nada. E em nenhum outro hostal por ande andei durante a viagem, seja na Bolívia ou Peru, me cobraram algo para guardar as mochilas. Realmente o tal Hostal Samanapata é uma porcaria e o pessoal é desonesto, fala uma coisa e não cumpre. Para não brigar, pois eu não estava a fim de me estressar, coloquei $ 15,00 soles no balcão, dei um sorrisinho debochado para o carinha e saí sem falar nada. Caminhei 30 metros na rua em frente e entrei no Hostal Pirwa. Fui até a recepção e pedi um quarto individual. O preço ali era pouca coisa mais do que no outro hostal, mas o atendimento foi excelente, o casal da recepção foi simpático e o quarto em que fiquei era bem melhor e mais limpo do que do hostal anterior.
Tirei as roupas sujas das mochilas, dei uma arrumada em tudo e fui tomar banho. Fiz a barba, cortei as unhas e coloquei roupa limpa. Me senti um novo homem, depois de cinco dias onde passei muito tempo sujo, suado e com poucos banhos. Juntei as roupas sujas numa sacola e saí. Fui à mesma lavanderia onde tinha deixado roupas para lavar uns dias antes. Deu três quilos de roupa suja. Na verdade boa parte das roupas estava molhada e isso fez o peso ser maior. Mas isso não importava! Segui rumo ao centro e entrei numa Lan House. Precisava mandar notícias para o Brasil, dizer que estava vivo. E também queria saber as notícias de lá. E no Facebook tinha uma mensagem simpática, de uma pessoa que ganhou um presente dias antes e estava agradecendo, tinha gostado do presente. Eu estava curioso para saber o que tal pessoa tinha achado do presente e fiquei contente por ela ter gostado. Após uma hora de Lan House, saí e fui até a Plaza de Armas.
Em frente à Catedral encontrei quase todo o pessoal do grupo da Trilha Salkantay. O encontro ali tinha sido marcado para que fossem trocados endereços e fotos. Eu tinha levado minhas fotos numa pen drive e passei elas para o note book da Florencia, que depois passaria para mais pessoas. Troquei alguns endereços e por último tiramos a foto oficial da despedida. Na hora da foto todos se abraçaram e quando fui abraçar a Florencia aconteceu um “acidente”, que prefiro não mencionar aqui. Na foto ela aparece rindo em razão do tal acidente. O pessoal marcou de se encontrar mais tarde em um bar, onde seria a despedida final. Não gosto de despedidas e achei até melhor não ter que me despedir de um por um ali, naquele momento. E não iria ao bar mais tarde, então saí dando tchau para todos, sem uma despedida mais formal. Prefiro assim!
Fui com o Alex até a rodoviária. A região próxima à rodoviária é bem pobre e meio assustadora, mas não tivemos nenhum problema em andar pelo lugar. Se fosse no Brasil com certeza eu não andaria num lugar parecido. Tanto no Peru, como na Bolívia, que são países bem mais pobres que o Brasil, andei por lugares desertos à noite, regiões pobres e em nenhum momento tive medo ou fui ameaçado. Isso mostra que a violência não esta relacionada à pobreza. E não vi ninguém drogado nas ruas, ou traficando e consumindo drogas. Esse tipo de coisa é comum ver em muitas cidades do Brasil. Então penso que o maior problema pela violência no Brasil é a impunidade, pois poucos vão presos e os que vão não cumprem sua pena até o fim. E outro culpado é a droga, os traficantes e principalmente os usuários. Enquanto ficarem tratando usuários de drogas como coitadinhos, como doentes, a violência causado pelo comércio de drogas não terá fim. Existem traficantes por que existem usuários. Então é preciso acabar primeiro com os usuários, que também são culpados pelas mortes causadas pelo tráfico. Para mim todo usuário de droga, seja aquele que comprou apenas umas poucas gramas de maconha para si, ou uma única pedra de craque, é culpado pelos crimes e mortes causados pelo tráfico. Esse pequeno usuário também tem sangue nas mãos e um dia vai ter que prestar contas disso, pois é criminoso também.
Na rodoviária eu e Alex fomos em muitas empresas de ônibus perguntando preços e outros detalhes. Existem muitas empresas e os preços variam muito, bem como a qualidade dos ônibus. O Alex comprou passagem para Lima e eu para Copacabana, na Bolívia. Eu tinha pensado em ir até Uros, que é no lago Titicaca do lado peruano. Mas mudei de ideia, pois ali o lago não é tão bonito e as famosas ilhas flutuantes são uma encenação, parece mais um parque temático. O pessoal passa o dia nas ilhas para que os turistas vejam e tirem fotos, depois voltam para suas casas. Eles retratam a vida como eram naquele local anos antes. Preferi ir direto à Copacabana, onde o lago Titicaca é mais bonito. Acabei fechando com a empresa Titicaca Tours, paguei $ 60,00 soles para ir na parte de baixo do ônibus, com poltrona leito. Ao sair da rodoviária vi o cara do hostal onde tinha tido problemas, o mesmo cara que me abordou na madrugada em que cheguei com o Thiago em Cusco e nos convenceu a ir até o hostal dele. Se não me engano o nome dele era Carlos, que junto com seu irmão administra (de forma incompetente e desonesta) o Hostal Samanapata. O cara me viu e ficou olhando. Se ele viesse falar comigo ia ouvir um monte de besteira e verdades. E não fui falar com ele, nem o cumprimentei, pois ele não merecia!
Saindo da rodoviária eu e Alex fomos a pé até o centro da cidade. No caminho paramos em algumas lojas de artesanato, pois o Alex estava à procura de alguns presentes para levar para o Brasil. No centro nos despedimos e fui dar uma volta, fiz um lanche e voltei na Lan House usar a internet. Aproveitei e liguei para casa, falei com minha mãe. Depois fui ao mercado e comprei algumas coisas. Dei mais uma volta pelo centro da cidade e fui para meu hostal. Fiquei descansando até anoitecer e saí. Pedi informações na recepção. O recepcionista me deu um mapa do centro de Cusco e fui procurar o hotel onde minhas amigas chilenas ficariam hospedadas. O hotel era no lado oposto de onde eu estava, ficava pouco depois do centro. Mas não era longe, principalmente para alguém como eu que gosta de caminhar.
Estava fazendo muito frio e saí bem agasalhado. Atravessei todo o centro e cheguei até o hotel. A exemplo de Aguas Calientes, elas também estavam no hotel mais chique da cidade. Falei com o recepcionista e ele disse para eu descer no subsolo, pois elas me esperavam lá. As encontrei numa sala usando a internet. Ficamos um tempo ali conversando e olhando fotos no Facebook. Então saímos e seguimos a pé em direção ao centro. No caminho paramos para ver um evento folclórico que estava sendo realizado num parque. Não nos demoramos ali e fomos para a Plaza de Armas. Caminhamos, conversámos, tiramos fotos e decidimos ir comer uma pizza. Mas onde? A Joyce foi pedir informação para um policial de turismo que indicou uma pizzaria que ficava numa das estreitas ruas próximas a Plaza de Armas. Fomos até o lugar, que era exótico e aconchegante. Ficamos um longo tempo conversando e comemos uma deliciosa pizza. Saindo dali andamos mais um pouco pelo centro e elas queriam ver onde eu estava hospedado. No caminho paramos tirar fotos em frente alguns prédios antigos e diferentes. Chegando no hostal elas pediram para usar o banheiro e o recepcionista deixou que elas entrassem e fomos até meu quarto. No quarto elas usaram o banheiro, papeamos um pouco e logo foram embora. Não me deixaram que as acompanhasse, pois eu estava tossindo muito e elas me mandaram ir direto para a cama. E foi o que fiz tão logo elas saíram. E descobri que a temperatura do meu quarto era permanentemente 13 graus. Podia ser noite, ser dia, fazer sol, que a temperatura não mudava.
Viagem ao Peru e Bolívia (4° Dia)
18/05/2012
Chegamos à Cuzco pouco depois das 5h00min. Fazia frio e o desembarque na rodoviária foi tranqüilo. Logo que desembarcamos, eu e Tiago fomos abordados por um cara que dizia ser dono de um hostal. Resolvemos ir para o hostal dele, pois pelo folder que ele nos mostrou parecia ser bom e o preço não era ruim. Embarcamos num táxi e fomos até o centro de Cuzco, na parte alta, onde ficava o hostal. Logo fomos para um quarto com duas camas. Ao entrar no quarto constatamos que ele não era bem como mostravam as fotos do folder, mas já que estávamos ali era melhor ficar. Estavámos cansados, fazia frio e logo fomos para as camas dormir.
Acordamos às 8h30min e descobrimos que nosso quarto não tinha água. Após uma rápida conversa na portaria, mudamos para outro quarto. Tomei um delicioso banho quente e fui dar uma olhada na parte dos fundos do hostal, de onde se tinha uma bela vista de parte da cidade.
Eu e Tiago saímos e fomos dar uma volta pelo centro da cidade e também pela região da Plaza de Armas. Tiramos fotos e fomos para uma região mais afastada, próximo ao Mercado Municipal. Nessa região funcionavam os açougues da cidade e o que vimos era um pouco assustador. As carnes e frangos ficavam em exposição nas portas ou em mesas na frente dos estabelecimentos, tudo sem refrigeração. Andamos mais um pouco pela região e também vimos gente vendendo carne no chão, em cima de um saco. Ao passar em frente a um estabelecimento vimos uma mulher tirando de dentro de um porco morto, um punhado de fezes com a mão e jogando na rua. Eu que já não pretendia comer em qualquer lugar enquanto estivesse no Peru, depois do que vi é que não ia comer carne onde quer que fosse. Tiramos algumas fotos, andamos mais um pouco pelo centro e então fomos pesquisar preços em algumas agencias de turismo. O Tiago queria saber preços para Machu Picchu e eu para a Trilha Salkantay. Entramos em algumas agencias e vimos que os preços não mudavam muito de uma para outra. Então fomos num escritório de informações turísticas que funciona bem no centro da cidade. Ali fomos informados que não podiam indicar agencias, mas que podíamos ir até lá com os nomes das agencias que tínhamos escolhido para ver se eram agencias autorizadas, ou se constavam da lista negra com alguma reclamação registrada.
Fomos a mais algumas agencias, pesquisamos preços, anotamos os nomes e retornamos ao centro de informações turísticas, para ver se elas tinham alguma reclamação registrada. Descobri que a agencia com a qual queria fechar a Trilha Salkantay tinha um reclamação registrada em setembro de 2011. O Tiago comprou no centro de informações um ingresso que dá direito a alguns passeios e entrada em museus. Pagou $ 110,00 soles por tal ingresso. Em seguida fechou com uma agencia um city tour pela cidade. Eu preferi não fazer tal city tour, pois já conhecia do ano passado parte dos locais por onde o city tour passaria.
O Tiago seguiu para o city tour e eu fui almoçar no Bembo’s que fica em frente a Plaza de Armas. O Bembo’s é uma rede peruana de fast food. Os preços são um pouco menores que o Mc Donald’s, que fica do outro lado da Plaza de Armas, mas minha escolha se deu em razão das opções de comida serem diferentes. Escolhi um prato com ovo frito e batatas fritas que estava muito bom. Após almoçar voltei ao hostal e separei algumas roupas sujas. Daí fui numa lavanderia próxima e deixei a roupa para lavar. Me cobraram $ 3,00 soles para lavar e passar 1 kg de roupa, que estaria pronta no final da tarde. Voltei ao hostal e descansei um pouco.
No meio da tarde resolvi sair, mas antes fiz uma “limpeza” em minha carteira, pois estava com dinheiro de quatro países diferentes. Guardei as notas de real, de bolivianos e algumas de dólar. Fui para o centro da cidade e ao passar ao lado da catedral vi minha amiga Heverly sentada na escadaria da igreja. Ela é de Londrina e estava em Cuzco junto com um grupo do Londrinapé Caminhadas. Foi uma grata coincidência encontrá-la ali. Eu sabia que o grupo estaria no Peru por aqueles dias, pois iam fazer a Trilha Inca. Após conversar um pouco com a Heverly e contar as novidades, fui andar um pouco com o grupo de Londrina, pois eles estavam com um guia fazendo um city tour pela cidade. Após meia hora eles embarcaram em um ônibus para continuar com o city tour e eu fui andar mais um pouco pela cidade. Combinei com a Heverly de nos encontrarmos a noite na Plaza de Armas para irmos comer uma pizza.
Caminhei um pouco pelo centro da cidade, usei internet, comi um empanada, olhei algumas lojas de artesanato e finalmente resolvi fechar a Trilha Salkantay com um agencia em frente a Plaza de Armas. O cara da agencia falava bem o português em razão de sempre atender clientes brasileiros. Fechei o pacote de quatro dias para a trilha por U$ 200,00 com tudo incluso; transporte, alimentação, guia, passagem de trem na volta, entrada para Machu Picchu. Aproveitei e também fechei por U$ 24,00 um tour pelo Vale Sagrado para o dia seguinte. Voltei para o hostal no final da tarde e no caminho passei pegar minha roupa na lavanderia. Estava tudo limpinho e passado, até meias e cuecas.
O Tiago chegou do city tour no começo da noite e contei a ele que tinha acabado de descobrir que o novo quarto também não tinha água. Ele desceu para reclamar na recepção e logo nos mandaram ir para outro quarto, no andar de baixo. Nos ajeitamos no novo quarto, tomamos banho e saímos. Fomos para o centro e após caminhar um pouco pela região da Plaza de Armas, o Tiago foi lanchar numa suqueria e eu no Bembo’s. Nos encontramos novamente e fomos dar mais um volta. Entramos num museu onde estava tendo um evento folclórico, com alguns músicos. Não nos demoramos ali e fomos andar mais um pouco. Logo nos separamos e enquanto o Tiago voltou para o hostal eu fui tentar encontrar a Heverly. Nos desencontramos e esperei por ela durante uma hora, até que resolvi voltar ao hostal, pois estava ficando muito frio. No hostal fiquei um pouco usando a internet e logo fui dormir, pois no dia seguinte teria que levantar bem cedo.
PS: Para saber mais sobre a cidade de Cuzco, acesso o link abaixo, que é do próprio Blog e foi postado em janeiro de 2011 quando de minha visita anterior à cidade. http://vanderdissenha.wordpress.com/2011/01/28/cuzco/