Cuzco

Cuzco é uma cidade muito alta, com 3.310 metros de altitude. Seu nome significa “umbigo”, no idioma quíchua (língua Inca) e por isso é chamada pelos locais de “umbigo do mundo”. Sua população atual é de cerca de 300 mil habitantes. Sua principal característica é ter a cidade colonial espanhola assentada sobre a cidade inca, feita com as maiores pedras do império e as mais arredondadas, preservando seu traçado e sua engenharia e hidráulica. Um dos pontos turísticos mais visitados da cidade é o Templo do Sol dos Incas, ou Coricancha. Esse templo foi um dos mais importantes lugares de culto do Império Inca, edificado em honra ao sol. Muitas de suas paredes eram revestidas em ouro na direção ao sol nascente. Em seu interior haviam muitos tesouros, saqueados na colonização espanhola. Hoje abriga o Convento de Santo Domingo. Outra visita obrigatória na cidade é a pedra dos 12 ângulos e uma torre reconstruída após o terremoto de 1650. A Plaza de Armas ou Plaza Mayor, ladeada por construções que abrigam nos recuos corredores de lojas de artesanato, é o ponto de encontro da cidade. Ajardinada, ampla, festiva, com cenários inesquecíveis vistos de qualquer de seus quatro lados.

Cuzco se expande pelo vale que forma o rio Huatanay e pelos montes vizinhos. Seu clima é geralmente seco e temperado. Tem duas estações definidas: uma de secas entre abril e outubrro, com dias ensolarados, noites frias e temperatura média de 13 °C; e outra chuvosa, de novembro a março, temperatura média de 12 °C. Nos dias ensolarados a temperatura alcança 20 °C. Por sua antiguidade e importância histórica, o centro da cidade conserva muitos edifícios, praças e ruas de épocas pre-hispânicas assim como construções coloniais, o que motivou ser declarada Patrimônio Mundial em 1983, pela UNESCO.

Cuzco era o mais importante centro administrativo e cultural do Império Inca. Depois do fim do império, em 1532, o conquistador espanhol Francisco Pizarro, invadiu e saqueou a cidade. A maioria dos edifícios incas foi arrasada pelos clérigos católicos com o duplo objetivo de destruir a civilização inca e construir com suas pedras e tijolos as novas igrejas cristãs e demais edifícios administrativos dos dominadores, desta forma impondo sua pretensa superioridade européia. A maioria dos edifícios construídos depois da conquista é de influência espanhola com uma mistura de arquitetura inca, inclusive a igreja de Santa Clara e San Blas. Freqüentemente, são justapostos edifícios espanhóis sobre as volumosas paredes de pedra construídas pelos incas. De forma interessante, o grande terremoto que ocorreu na cidade em 1950, destruiu uma construção de padres dominicanos, expôs que esta fora erigida em cima do Templo do Sol, que curiosamente resistiu firmemente ao terremoto. Esta teria sido a segunda vez que aquela construção dos dominicanos fora destruída, sendo que a primeira vez fora no terremoto de 1650 quando a construção espanhola era bem diferente.

Outros exemplos da arquitetura inca são: a fortaleza de Machu Picchu que se situa no final da Estrada Inca (Trilha Inca), a fortaleza Ollantaytambo, e a fortaleza de Sacsayhuaman que fica aproximadamente a dois quilômetros de Cuzco. A área circunvizinha, situada no vale de Huatanay, tem uma agricultura forte, com o cultivo de milho, cevada, quinino, chá e café, além da mineração de ouro. Por dados arqueológicos e antropológicos estudou-se o verdadeiro processo da ocupação de Cuzco. O consenso aponta a que, devido ao colapso do reino de Taypiqala, produziu-se a migração de seu povo. Este grupo de cerca de 500 homens teria se estabelecido paulatinamente no vale do rio Huatanay, processo que culminaria com a fundação de Cuzco. É desconhecida a data aproximada, porém, graças a vestígios, há um consenso que o local onde se localiza a cidade já se encontrava habitado há 3000 anos. Porém, considerando unicamente seu estabelecimento como capital do Império Inca (meados do século XIII), Cuzco aparece como a cidade habitada mais antiga de toda América. Foi a capital e sede de governo do Reino dos incas e seguiu sendo ao iniciar-se a época imperial, tornando-se a cidade mais importante dos Andes. Esta posição lhe deu proeminência e a converteu no principal foco cultural e eixo do culto religioso. Atribui-se ao governante Pachacuti ter feito de Cuzco um centro espiritual e político. Pachacuti chegou ao poder em 1438, e ele e seu filho Túpac Yupanqui dedicaram cinco décadas à organização e conciliação dos diferentes grupos tribais sob seu domínio, entre eles os Lupaca e os Colla. Durante o período de Pachacuti e Túpac Yupanqui, o domínio de Cuzco chegou até Quito, ao norte, e até o rio Maule, ao sul, integrando culturalmente os habitantes de 4.500 quilômetros de cadeias montanhosas.

Os conquistadores espanhóis souberam desde sua chegada ao que é hoje território peruano que sua meta era tomar a cidade de Cuzco, capital do império. Logo ao capturar o inca Atahualpa em Cajamarca, iniciaram sua marcha até Cuzco. No caminho fundaram muitas cidades. A luta pela capital foi encarniçada, porém, da mesma forma que nos demais combates, os conquistadores obtiveram a vitória. Em 15 de novembro de 1535, Franscico Pizarro estabeleceu o domínio espanhol na cidade de Cuzco, estabelecendo como Praça de Armas, o local que ainda mantém a cidade moderna e que era também a praça principal durante o império inca e que se encontrava rodeada dos palácios dos soberanos incas. No lado norte iniciou-se a construção da Catedral. Pizarro outorgou a Cuzco a denominação “Cuzco, Cidade Nobre e Grande” em 23 de março de 1534..

A cidade se converteu em um importante centro comercial e cultural dos Andes centrais, já que se encontrava nas rotas entre Lima e Buenos Aires. Porém, a administração do vice-reinado preferiu a povoação de Lima (fundada dois anos depois da tomada de Cuzco, em 1535) e principalmente a proximidade desta com o porto natural que seria Callao para estabelecer a cabeceira de seus domínios na América do Sul. A cidade já é mencionada no primeiro mapa conhecido sobre o Peru. Cuzco tornou-se o centro da administração do Vice-reino do Peru no sul do país, sendo no início a povoação mais importante, em detrimento das cidades recentemente fundadas de Arequipa e Moquegua. Sua população era principalmente de indígenas pertencentes à aristocracia inca a quem se respeitou alguns de seus privilégios. Também se radicaram alguns espanhóis. Nessa época iniciou-se o processo de mestiçagem cultural que hoje marca a cidade. O desenvolvimento urbano viu-se interrompido por vários terremotos que, em mais de uma ocasião, atingiram a cidade. Em 1650 um terremoto violento destruiu quase todos os edifícios coloniais. Em 1780 a cidade de Cuzco viu-se convulsionada pelo movimento iniciado pelo cacique José Gabriel Condorcanqui, Tupac Amaru II que levantou-se contra a administração espanhola. Seu levantamento foi sufocado depois de vários meses de luta, quando foram postas em xeque as autoridades espanholas estabelecidas em Cuzco. Tupac Amaru II foi vencido, feito prisioneiro e executado cruelmente junto com toda sua família na Praça de Armas de Cuzco. Ainda hoje existe, na lateral da Igreja da Companhia de Jesus, a capela que serviu de prisão ao líder. Este movimento se expandiu rapidamente por todos os Andes e marcou o início de processo de emancipação sulamericano.

O Peru declarou sua independência em  1821 e a cidade de Cuzco manteve sua importância dentro da organização político-administrativa do país. De fato, criou-se o departamento de Cuzco que abrangia inclusive os territórios amazônicos até o limite com o Brasil. A cidade foi a capital deste departamento e a cidade mais importante do sudeste andino. A partir do século XX, a cidade iniciou um desenvolvimento urbano num ritmo maior que o experimentado até esse momento. A cidade estendeu-se aos vizinhos distritos de Santiago e Wanchaq. Em  1911, partiu da cidade a expedição de Hiran Bingham que o levou a descobrir as ruínas incas de Mchu Picchu.

Em 1950 um terremoto sacudiu a cidade causando a destruição de mais de um terço de todos seus edifícios. A cidade começou a constituir-se como um foco importante de turismo e começou a receber um maior número de turistas. Desde os anos 1990, a atividade turística tomou um especial papel na economia da cidade com a consequente ampliação de atividades hoteleiras. Atualmente Cuzco é o principal destino turístico do Peru.

A catedral de San Blas, na Plaza de Armas.
Uma das belas ruas de Cuzco.
Nos becos de Cuzco.
Plaza de Armas.
Ruas de Cuzco.

Em Cuzco

Caminhando sob chuva e a cada minuto mais aliviado por ter recuperado minha mochila, fui seguindo meio sem rumo pelas ruas da cidade. Resolvi entrar numa lan house para fugir da chuva e também pra dar notícias ao pessoal de casa. Perguntei onde ficava a Plaza de Armas, que é o centro da cidade e em cuja região pretendia me hospedar. E junto perguntei sobre a rua onde ficava a agência onde eu devia fazer o pagamento da segunda parcela do pacote para a Trilha Inca. No Brasil eu havia pago 50% do valor para a empresa Brasil de Mochila e agora deveria quitar o restante junto a agencia local e obter informações para a partida rumo a Trilha Inca no dia seguinte. Descobri que estava bem próximo de ambos os endereços que procurava, então resolvi seguir a pé. Primeiro passei na agencia do senhor Rimber, mas o mesmo não estava. Então resolvi seguir para a Plaza de Armas. Após caminhar alguns metros senti uma forte tontura e então me lembrei do mal de altitude, mais conhecido como soroche. Os sintomas do soroche são: dor de cabeça, tontura, dores de estômago e cansaço. A cidade de Cuzco fica a 3.400 metros acima do nível do mar, nessa altitude o ar tem baixa pressão atmosférica e conseqüentemente menos oxigênio. Com baixa pressão de oxigênio, os glóbulos vermelhos (hemácias) não conseguem pegar a quantidade mínima de oxigênio para o correto funcionamento do metabolismo e não “rendem” o que deveriam. Resumindo, fiquei com dor de cabeça e dificuldade para respirar, no popular, me faltava ar. Também fiquei meio tonto, parecia que minha antiga labirintite tinha vindo fazer uma visita. Diante de tal quadro acabei não conseguindo encontrar o hotel que tinha visto na internet e acabei entrando em um que achei simpático e cujo preço era igual ao que pesquisei na net. O hotel estava bem localizado, muito próximo a Plaza de Armas, que é o point da cidade.

Fiz os tramites burocráticos e me hospedei no Hotel Sol Plaza Inn. O hotel era simpático e mais tarde descobri que o local tinha sido o antigo Palácio Qasana, residência do Inca Pachacuteca. Descansei um pouco e logo saí para comprar alguns itens que faltavam para levar para a Trilha Inca. Também aproveitei para passar em uma farmácia e comprar algumas Sorojchi Pills, pílulas que ajudam a combater o mal de altitude. Não precisei comprar uma caixa, me venderam quatro pílulas a granel. Liguei para o dono da agência e ele mandou uma funcionária até o hotel receber o restante do pagamento pela Trilha Inca e também me explicar os detalhes finais do que estava contratando. Voltando para meu quarto, no caminho vi duas moças e notei sobre uma mesa onde uma delas separava alguns papéis, uma identidade brasileira. Puxei conversa e descobri que eram quatro amigas viajando juntas, todas do Rio de Janeiro. Três estava fazendo aniversário meio juntas e me convidaram pra mais tarde comer o bolo. Saí mais algumas vezes do hotel para conhecer as redondezas e também para comprar água e um bastão para caminhada, o que seria muito útil na trilha.

Sentia-me cada vez mais tonto e tomei um pouco de chá de coca e masquei algumas folhas de coca. O gosto era horrível, mas deu uma boa aliviada na tontura. Andei mais um pouco pelas proximidades do hotel, comprei água, chocolate e um casaco. Estava fazendo frio em Cuzco e fiquei com receio de que na Trilha Inca estivesse muito frio e os casacos que trouxera do Brasil não fossem suficientes. Voltei ao hotel e encontrei ás quatro cariocas: Renata, Alessandra, Patrícia e Fabiana. Cantamos parabéns, comemos bolo e conversamos um pouco. Elas iam embora de Cuzco naquela noite, rumo à cidade de Puno. Despedi-me delas, deixei o endereço do blog e fui para o quarto descansar e arrumar minha mochila para no dia seguinte encarar a Trilha Inca. Arrumar a mochila foi complicado, pois não podia levar muito peso pra carregar na trilha, pois além do peso tornar a caminhada mais difícil, venho de duas hérnias de disco e não posso arriscar a exagerar no peso e machucar minha coluna novamente. Sei que fiquei um longo tempo colocando e tirando coisas da mochila, até que cheguei numa definição do que levaria. No final a mochila pesava uns 12 quilos e como nesse peso estavam computados duas garrafas de água e alguns biscoitos e chocolate, a tendência era que o peso da mochila fosse ficando menor a cada dia de caminhada. Levei água suficiente para o primeiro dia e meio e algumas pílulas bactericidas para colocar na água que pegaria nas montanhas após meu estoque de água engarrafada acabar.

Antes de ir dormir resolvi ir fazer um lanche e como não sou fã de comidas locais, me garanti indo no único McDonalds da cidade, que ficava a pouco mais de 100 metros do hotel. Na fila do caixa um cara ficou me olhando e perguntou se eu era brasileiro ao me ouvir falar “obrigado” e não “gracias” para a atendente do caixa. Esse brasileiro estava com mais quatro amigos e fiquei um pouco conversando com eles. Na hora de sair vi minhas quatro amigas cariocas numa mesa e fui me sentar com elas. Elas iam pegar o ônibus para Puno, na praça em frente ao Mac. Fui com elas até o local do embarque, nos despedimos e voltei para o hotel dormir. Os próximos dias seriam difíceis, três noites dormindo em barraca, comida que não seria das melhores, frio, chuva, calor, mosquitos, altitudes acima de três, quatro mil metros. Resumindo, um grande desafio, uma grande aventura, ao mesmo tempo que era excitante pensar nos próximos dias, dava um certo frio na barriga ao pensar em tudo o que poderia acontecer. Mas ia fazer algo que desejava fazer havia vários anos, realizar uns dos sonhos pendentes de minha lista de sonhos e vontades a realizar antes de morrer. E nesse turbilhão de pensamentos adormeci. Acordei algumas vezes com falta de ar e tive uma noite horrível sofrendo com o mal de altitude.

Chegando em Cuzco, com frio e chuva, e eu de chinelo...
A fachada e a rua do hotel onde me hospedei.
Na esquina do hotel fotografei essas estátuas.
Catedral na Plaza de Armas, no final da tarde e a noite com lua cheia.
Uma das praças do centro de Cuzco.
Comendo bolo com ás novas amigas cariocas.
Fabiana, Renata, Alessandra, Patricia e Vander, no MacDonalds.

Viagem Lima/Cuzco – parte 2

Acordei ás 7h00min, com os pés congelados. Olhei pela janela e vi infinitas montanhas, de uma beleza sem fim. Logo chegamos a um pequeno povoado e foi feita a primeira parada na viagem onde os passageiros podiam descer do ônibus. Era um local com vários banheiros um ao lado do outro, todos mal cuidados, sujos. Ao lado tinha uma pequena lanchonete. Escovei os dentes e quando senti o perfume vindo dos banheiros achei melhor me manter longe deles. Preferi olhar a paisagem ao lado. Revi a australiana loira, que ao passar por mim deu um oi, com cara de quem tinha tido uma péssima noite. Ela ficou uns dois minutos na porta de um dos banheiros, acho que criando coragem pra entrar. Em dado momento algo falou mais alto e ela entrou no fedorento banheiro. Quando deu dez minutos de parada, o motorista entrou no ônibus, deu um grito de partida e foi saindo. Ele ainda foi camarada e deixou a porta aberta e foi devagar por alguns metros, assim alguns passageiros puderam correr atrás e entrar no ônibus em movimento. Eu e os canadenses do meu lado nos acabamos de rir vendo o desespero de alguns passageiros correndo atrás do ônibus.

Logo serviram o café da manhã, que consistia num sanduíche de queijo e um bolinho doce. Em vez de café preferi Coca-Cola, que sempre era servida na temperatura ambiente, o que não me agradava, pois prefiro bem gelada. Paramos numa cidade, onde alguns passageiros desembarcaram. Em seguida começamos a subir uma serra e levamos cerca de três horas pra subir a tal serra, circundando um vale. A paisagem era muito bonita, eu não me cansava de olhar pela janela. Conforme nos aproximávamos da cidade de Cuzco o tempo ia ficando ruim e logo começou a chover. Os vidros ficaram sujos de barro e não foi mais possível observar a paisagem. Então fiquei vendo um filme na tv, e com meia hora de atraso chegamos a Cuzco, ás 13h30min. O desembarque foi numa pequena rodoviária da empresa de ônibus. Encontrei novamente a australiana e conversamos um pouco. Ela ia para o centro da cidade e combinamos de dividir um taxi. Ficamos em frente a um balcão onde todos esperavam suas bagagens. O processo era desorganizado e lento. As bagagens foram chegando e nada da minha. Depois de meia hora a australiana disse que precisava ir e nos despedimos. Fiquei mais um tempo ali e quando me dei conta só estava eu em frente ao balcão e nada de minha mochila aparecer. O funcionário que entregava as bagagens já estava saindo do local quando o chamei e perguntei da minha mochila. Daí começou uma série de perguntas e fala com um, fala com outro. Fiquei muito preocupado, pois se minha mochila se extraviasse, eu podia dar adeus a fazer a Trilha Inca no dia seguinte. Todo meu equipamento e roupas estavam naquela mochila e ficaria muito caro comprar tudo novamente ali em Cuzco. Sei que me pediram pra entrar num local reservado, daí olhamos num ônibus, em outro e dali um tempo me chamaram na sala da gerência. Do nada encontraram minha mochila atrás de um armário na sala da gerência. Como ela foi parar ali é um mistério que nem me preocupei em descobrir. Apenas conferi pra ver se faltava algo e como estava tudo certo agradeci com cara de poucos amigos, coloquei a mochila nas costas e saí caminhando pela rua, debaixo de chuva. Estava bravo com a quase perda da mochila, mas ao mesmo tempo aliviado. O maior prejuízo foi perder o contato com a australiana, pois preocupado que estava com a mochila nem perguntei onde ficaria hospedada, ou endereço de email e etc. Encontrá-la novamente seria muito difícil. E foi dessa forma meio problemática e chuvosa que cheguei a Cuzco, antiga capital do Império Inca e um dos roteiros turísticos mais procurados e famosos do mundo.

Local da parada matinal e a australiana criando coragem para ir ao banheiro.
Uma das muitas paisagens vistas pela janela do ônibus.

Viagem Lima/Cuzco – parte 1

Fiquei cerca de três horas esperando na rodoviária da empresa Cruz del Sur. Estava a vinte e quatro horas sem banho e resolvi tomar um banho de gato no banheiro da rodoviária. O banho consistia em molhar uma pequena toalha, passar por todo o corpo e depois passar uns lencinhos umedecidos e perfumados pelo corpo. Pra completar, cueca e meias limpas. Fazia muito calor e por sorte minha passagem leito dava direito a utilizar a sala vip da empresa, com ar condicionado. Na sala vip tive o primeiro contato com o famoso chá de coca, que é feito com as folhas da coca, ás mesmas folhas que utilizam para produzir cocaína. Esse chá é parte da cultura peruana e muito usado nas regiões mais altas do país, principalmente para combater o mal da altitude, ou seja, as tonturas e mal estar provocados pelo ar rarefeito nas altitudes elevadas. Em Lima não existe o problema da altitude, pois se está ao nível do mar, mas mesmo assim provei o tal chá. Achei horrível, mas nos dias seguintes tive que consumir muitas xícaras desse chá. O preço da passagem leito para meu trecho que era de 1.200 quilômetros custou o equivalente a R$ 140,00. A passagem de ônibus leito entre Campo Mourão e Curitiba, numa distância de 490 quilômetros, custa os mesmos R$ 140,00. Ou seja, viajar de ônibus no Peru é barato para nós brasileiros e ainda temos algumas mordomias.

Logo chegou meu horário de embarcar e fui despachar minha mochila. O sistema é diferente do que se faz no Brasil. Tive que ir num local próprio pra despachar a bagagem, parecido com o sistema utilizado nos aeroportos. As bagagens são pesadas e se passar de 20 quilos, você é obrigado a pagar excesso. Na fila de embarque tinha uma loira em minha frente e logo ela se virou e sorriu. Daí começou a puxar conversa em inglês, ela era australiana. Meu inglês está sofrível, mas mesmo assim deu pra manter um certo diálogo. Preciso urgentemente voltar a estudar inglês, pra poder xavecar as estrangeiras em viagens internacionais, rs… Pra embarcar no ônibus as bagagens de mão são revistadas, os passageiros também, inclusive com detector de metais e todos são fotografados. Achei o sistema interessante e bem que podia ser adotado algo similar no Brasil, onde ocorrem muitos roubos a ônibus. O ônibus era de dois andares e minha poltrona leito era no andar inferior. Fiquei torcendo para que a loira australiana fosse no mesmo andar, mas ela acabou indo no andar de cima. Acabei ficando numa poltrona individual e ao lado em uma poltrona dupla iam dois canadenses. Pelo caminho embarcaram mais alguns estrangeiros no andar de baixo.

Nos primeiros quilômetros após sair de Lima a estrada segue margeando o litoral. É uma região feia, praias feias e povoados muito pobres. O ônibus tinha internet e consegui ficar um tempo lendo emails e conversando pelo MSN, até que a bateria de meu not book acabou. Então para passar o tempo fui alternando cochiladas, algumas olhadas pela janela e depois vi dois filmes na tv do ônibus. De ponto negativo é que no banheiro do ônibus só é permitido fazer xixi. Se precisar fazer um cocozinho básico, você precisa avisar uma das rodo moças para que peçam ao motorista parar em algum posto de gasolina ou na beira da estrada se for algo urgente. Se levar em consideração que a viagem tem uma duração de 21 horas e só tem uma única parada de 10 minutos, esse caso do banheiro pode ser um grande problema. Eu felizmente consegui me agüentar durante toda a viagem. Outro detalhe chato é que você é obrigado a ficar atado ao cinto de segurança durante toda a viagem. Eu não atei o meu e uma das rodo moças me deu uma bronca, inclusive me advertindo de que caso eu recusasse a atar o cinto, ela faria uma notificação as autoridades locais do meu destino final e eu teria que me justificar perante as autoridades peruanas. Diante de tão amável ameaça achei melhor atar o cinto, mas bom brasileiro que sou deixei o cinto bastante frouxo e podia me virar pra todos os lados sem problema algum. Também descobri que era terminantemente proibido ficar em pé durante a viagem e muito menos ir de um andar a outro do ônibus. Ou seja, papear mais com a loira australiana estava totalmente fora de cogitação. Logo que anoiteceu as duas rodo moças vieram servir o jantar. Eu estava com muita fome e quando vi a comida não fiquei muito encorajado a comer. O cardápio era frango cozido em pedaços e um arroz amarelo, Coca-Cola e de sobremesa um pudim de leite. Não sei se foi a fome, mas a comida estava boa. Após o jantar aconteceu um bingo. O prêmio era uma passagem de volta, no mesmo trecho da ida. Não fui o vencedor, me faltaram três números. Após o bingo apagaram as luzes e passaram mais dois filmes. Assisti apenas um deles e dormi.

Acordei pouco antes da meia noite quando o ônibus fez uma parada na cidade de Nasca, para trocar o motorista, que no Peru chamam de piloto. A partir de Nasca é que começa a subida para a região alta do Peru, onde existem centenas de montanhas e pouco oxigênio no ar. Voltei a dormir e após uma hora acordei me sentindo mal, sentindo algo parecido aos meus antigos ataques de labirintite. Logo descobri o motivo, estávamos subindo uma enorme serra e eram tantas curvas fechadas que o ônibus balançava muito e deixava todos meio tontos. Fazia lua cheia e era possível ver as enormes montanhas, uma paisagem deslumbrante. Fiquei um bom tempo olhando pela janela do ônibus e em alguns trechos passávamos tão próximos ao abismo ao lado da estrada que dava um frio na barriga. Pude ver dezenas de pequenas cruzes ao lado da estrada, sinal de que ali ocorrem muitos acidentes. A temperatura despencou e logo voltei a dormir. Quando olhei no relógio pela ultima vez eram 2h35min. No horário do Brasil seriam 5h35min. 

Continua…

Rodoviária (Terrapuerto) da Cruz del Sur.
Sala vip e meu primeiro chá de coca.
Paisagem logo após sair de Lima.
Suculento jantar no ônibus.

História de Lima

Lima é a capital do Peru e sua maior e mais populosa cidade. Está situada na costa central do Peru, as margens do Oceano Pacífico. Sua fundação hispânica foi em 18 de janeiro de 1535, como a Cidade dos Reis. Passou a ser a capital do Vice-Reino do Peru durante o regime espanhol e depois da independência passou a ser a capital da República do Peru. A Região Metropolitana de Lima tem aproximadamente 8,5 milhões de habitantes – mais de 7,6 milhões são residentes da Província de Lima–, representando aproximadamente 30% da população peruana, pelo que é a maior metrópole do Peru, assim como a quinta mais populosa da América Latina e uma das 30 maiores áreas metropolitanas do mundo.

A história da cidade de Lima inicia-se com sua fundação espanhola em 1535. O território formado pelos vales dos rios Rímac, Chillón e Lurín estava ocupado por assentamentos pré-incas. A cultura Maranga e a cultura Lima foram as que se estabeleceram e forjaram uma identidade nestes territórios. Durante essas épocas se construíram os santuários de Lati (atual Puruchuco) e Pachacámac. Estas culturas foram conquistadas pelo Império Wari durante o apogeu de sua expansão imperial. Foi durante esta época que construiu-se o centro cerimonial de Cajamarquilla. Junto à declinação da importância Wari, as culturas locais voltaram a adquirir autonomia, destacando a cultura Chancay. Posteriormente, no século XV, estes territórios foram incorporados no Império Inca. Desta época podemos encontrar grande variedade de huacas ao largo de toda a cidade, algumas das quais se encontram em investigação. As mais importantes ou conhecidas são as de Huallamarca, Pucllana, Mateo Salado e Pachacamac.

Em 1532, os espanhóis e seus aliados indígenas, sob comando de Francisco Pizarro, tomaram prisioneiro o inca Atahualpa em plena cerimônia religiosa na cidade de Cajamarca, e mesmo com o pagamento de um resgate, este foi assassinado após um julgamento simulado em que foi acusado de heresia e condenado a morte. Este acontecimento é considerado o primeiro assassinato político na nascente sociedade peruana. Logo após algumas batalhas os espanhóis conquistaram seu império, e com isto a coroa espanhola nomeou Francisco Pizarro como governador das terras que conquistou. Assim decidiu fundar a capital no vale do rio Rímac logo após a intenção falhada de constituir uma capital em Jauja. Em 18 de janeiro de 1535, a Lima espanhola foi fundada como a “Cidade dos Reis” sobre os territórios do cacique Taulichusco. Em agosto de 1536, a cidade foi sitiada pelas tropas de Manco Capac II. No entanto, os espanhóis e seus aliados indígenas derrotaram os incas. Nos anos seguintes, Lima ganhou prestígio ao ser designada capital do Vice-reino do Peru e sede de uma Real Audiência em 1548. Durante o século seguinte, Lima prosperou como o centro de uma extensa rede comercial que integrava ao vice-reino com a América, Europa e Ásia Oriental. Mas a cidade não esteve livre de perigos, violentos sismos destruíram grande parte dela em 1687. Uma segunda ameaça foi a presença de piratas e corsários no Oceano Pacífico, o que motivou a construção das Muralhas de Lima entre os anos de 1684 e 1687. O sismo de 1687 marcou um ponto de inflexão na história de Lima já que coincidiu com uma recessão no comércio pela concorrência econômica de outras cidades como Buenos Aires. Em1746, um forte sismo danificou severamente Lima e destruiu Callao, obrigando a um esforço de reconstrução em massa pelo vice-rei José Manso de Velasco. Durante este período, Lima resultou afetada pelas Reformas Borbônicas já que perdeu o monopólio sobre o comércio externo e seu controle sobre a importante região mineradora do Alto Perui. Este debilitamento econômico levou a elite da cidade a depender dos cargos outorgados pelo governo do vice-reino e pela Igreja e portanto se mostrou reticente a apoiar a independência.

Uma expedição combinada de patriotas argentinos e chilenos dirigidos pelo general José de San Martín, desembarcou ao sul de Lima em 1820, mas não atacou a cidade. Enfrentado um bloqueio naval e a ação de guerrilhas em terra firme, o vice-rei josé de la Serna e Hinojosa foi forçado a evacuar a cidade em julho de 1821 para salvar o exército realista. Temendo um levantamento popular e carecendo de meios para impor a ordem, o conselho da cidade convidou San Martín a entrar em Lima e assinou uma declaração de independência a seu pedido. No entanto, a guerra não tinha acabado e, nos dois anos seguintes, a cidade mudou de mãos muitas vezes, sofrendo abusos de ambos os lados. Proclamada a independência do Peru em 1821 pelo general José de San Martín, Lima converteu-se na capital da República do Peru. Assim, Lima foi a sede do governo do libertador e sede também do primeiro Congresso constituinte que teve o Peru. Os primeiros anos da historia republicana peruana se caracterizaram pelo constante confronto entre caudilhos militares, que tinham como objetivo governar o país e para o qual tentavam tomar a sede de governo. Assim, Lima sofreu vários assédios e confrontos armados em suas ruas.

Avenida próxima ao aeroporto de Lima.
Avenida próxima ao centro da cidade.

Lima

O desembarque em Lima e os procedimentos de desembarque e migração foram tranquilos. Aproveitei para trocar dólares pela moeda local, Novo Soles, ainda dentro do aeroporto nuns ghiches existentes antes da passagem pela Receita Federal local. Descobri que também trocam Reais por Novo Soles. Um real está valendo 2,80 Novo Soles, o que não é ruim. Minha intenção não era ficar em Lima, mas sim ir para o interior, mais especificamente para a cidade de Cuzco, distante uns 1.200 quilômetros dali. Lima por ser uma cidade grande e ao meu ver sem muitas atrações turísticas interessantes e trânsito caótico, acabou não me despertando nenhum interesse em conhecê-la melhor.

Ainda no Brasil tinha tentado comprar a passagem aérea  entre Lima e Cuzco pela internet. Não consegui fechar a compra pois o site da companhia aérea pedia uma validação do cartão de crédito internacional. Pelo que me informei é um processo novo de segurança e somente alguns cartões de crédito do Bradesco é que já possuem tal código. Para eu conseguir esse código do meu cartão que é do Itaú, teria que ligar pra operadora do cartão e resolver um processo burocrático. Eu não tinha tempo e paciência para isso, então embarquei sem ter o treho interno no Peru comprado. Tentei comprar a passagem no aeroporto, mas não sei por qual razão os voos para Cuzco saem quase todos na parte da manhã. Como cheguei quase na hora do almoço (o Peru tem três horas a menos em relação ao Brasil) só teria mais um voo no meio da tarde, mas estava muito caro. Queriam me cobrar U$ 380,00 por uma passagem que eu tinha visto na internet por cerca de U$ 110,00. Outro detalhe estranho é que a empresa aréa Lan, cobra de não residentes uma taxa extra de U$ 180,00. Já a outra empresa que pesquisei, Star Peru, não cobra tal taxa. Ou seja, se não pesquisar você corre o risco de pagar mais caro em tudo. Eu não estava nem um pouco afim de pagar caro numa passagem interna para um voo de cerca de uma hora, então optei por ir de onibus.

Tinha pesquisado muito sobre a viagem de ônibus entre Lima e Cuzco e apesar de serem 21 horas dentro do ônibus, tal forma de viagem me atraiu desde o início em razão de poder ver pela janela do ônibus muitas paisagens interessantes e bonitas do interior do Peru. Parte da viagem seria durante a noite, mas mesmo assim daria pra ver muita coisa pela janela do ônibus. Eu tinha em mãos todas as informações sobre a melhor empresa de ônibus, preços, horários e etc, então foi só encontrar um taxista que parecesse confiável e seguir para a rodoviária. Logo encontrei uma taxista que me parecdeu honesto e fechamos o valor para me levar até a rodoviária e antes fazer um pequeno city tour pela cidade. Pelas janelas do carro vi partes ricas e pobres da cidade, coisas bonitas e feias. As ruas eram meio sujas, o trânsito caótico, os motoristas não costumam dar a vez nem mesmo quando o outro motorista dava seta avisando que ia virar pra determinado lado ou então que ia mudar de pista. Por duas vezes cheguei a fechar os olhos achando que outro carro ia bater no nosso. De interessante foi a conversa com o Sr. Ricardo, motorista do taxi. Ele me contou sobre fatos históricos locais e tivemos um longo papo sobre a Guerra do Paraguai. Após 40 minutos o Sr. Ricardo me deixou na rodoviária da empresa Cruz del Sur. Lá não existe uma rodoviária única, mas sim cada empresa grande tem sua própria rodoviária, em menor tamanho. No caso da empresa Cruz del Sur, era um local novo e bem arrumado, melhor do que muita rodoviária de cidades importantes do Brasil. Comprei minha passagem, fiz um lanche e fui esperar o horário pra embarcar.

Sr. Ricardo, o taxista.
Primeira refeição no Peru: Tampico e sanduiche de queijo.

Viagem ao Peru

A viagem ao Peru se iniciou no aeroporto de Londrina, onde peguei um vôo da Tam até São Paulo. Desembarquei em Congonhas e fui num ônibus da Tam até o aeroporto de Guarulhos. Minha intenção era alugar uma das cabines existentes lá para passar a noite, mas estavam todas locadas. Como não queria gastar com hotel, que ali são caros e seria pra ficar por poucas horas, a saída foi passar a noite acordado no saguão do aeroporto. Como preciso terminar meu TCC da pós graduação, aproveitei a noite no aeroporto pra para fazer isso e ao amanhecer o dia estava quase tudo pronto. Não fui o único que passou a noite no aeroporto, tinha muitas pessoas que fizeram o mesmo. Tinha um grupo de argentinas que estavam esparramadas perto de mim, deitadas nos bancos, pelo chão, como se estivessem em suas casas.

Ás 06h30min fui fazer o chekin, despachar bagagem, passar pela Policia Federal e depois ir pra fila de embarque. A fila estava enorme e logo fizeram a chamada para o meu vôo. Normalmente gosto de ser um dos últimos a embarcar, mas estava com tanto sono que resolvi utilizar meu cartão Fidelidade Platinum da Tam, que da prioridade no embarque e dessa forma furei fila legalmente e fui um dos primeiros a entrar no avião. Sentei em minha poltrona, peguei um travesserinho, encostei a cabeça na janela e não me lembro de mais nada. Acordei uma hora depois quando o avião estava começando a decolar. O vôo atrasou uma hora e eu fiquei dormindo, sem perceber nada. Logo peguei no sono novamente e dormi quase que todo o tempo de viagem, que foi de quatro horas. Acordei somente pra lanchar e quase chegando a Lima, quando aproveitei para ver a paisagem e tirar umas fotos. Sei que foi um vôo tranqüilo e que dormi no mínimo umas quatro horas e meia desde que entrei no avião. Pra quem tinha passado uma noite acordado no aeroporto, até que deu pra compensar um pouco do sono perdido.

Quase chegando em Lima.

Desejando viajar mais e mais

Um dia ouvi um cara dizer que viajar era seu único objetivo de consumo. Dos outros ele abria mão sempre. Eu perguntei por que. Ele respondeu: se eu compro alguma coisa material, enjôo dela em um mês. Isso acontece porque sou humano e meus desejos sempre se transformam em indiferença depois de um tempo. Mas com viagem é diferente. Viagem é um produto que eu só posso usar durante um determinado tempo, o período em que fico viajando. Disso eu nunca enjôo, porque nunca vou guardar uma viagem na gaveta. Ela sempre vai ser minha por pouco tempo e depois vai embora. Por ser humano, a idéia de jamais poder possuí-la fará com que eu sempre me lembre dela com nostalgia, desejando viajar mais e mais”.

Pedro Schmaus

 

 

Catedral de Maringá

Nos últimos meses, por várias razões acabei indo diversas vezes a cidade de Maringá. E já fazia um bom tempo que estava planejando fazer uma visita a Catedral da cidade, que é conhecida principalmente por sua forma e altura. Semana passada consegui realizar tal visita. Fazia mais de 30 anos que eu não entrava na Catedral e já nem lembrava mais como ela era por dentro. Já por fora eu tinha passado por ela muitas vezes nos últimos anos. A Catedral é mais bonita por fora do que por dentro. Seu espaço interno não é dos maiores para uma Catedral. Sua decoração é simples e por ser toda feita em concreto, algumas partes da igreja são bem rústicas. Ou seja, já visitei igrejas bem menores e menos importantes que são bem mais bonitas por dentro. Já por fora a Catedral é muito bonita, sua forma que vai afinando em direção ao céu é de uma beleza muito grande.

História: Monumento símbolo da cidade, a Catedral de Maringá ou Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória, possui uma arquitetura moderna e arrojada e foi construída toda em concreto. É a mais alta igreja da América Latina. Foi idealizada pelo então Bispo, Dom Jaime Luiz Coelho e projetada pelo arquiteto José Augusto Bellucci. Sua forma cônica, possui um diâmetro de 50 metros e uma nave única, circular, com diâmetro interno de 38 metros. O cone possui uma altura externa de 114 metros, sustentando uma cruz de 10 metros, perfazendo um total de 124 metros de altura. Sua capacidade é de 3.500 pessoas, que podem ser distribuídas em duas galerias internas superpostas. A porta principal está voltada para o norte; a Capela do Santíssimo para o sol nascente e a do Batistério para o poente. Ao sul a grande porta que leva a cripta, onde serão sepultados os Bispos, e que está sob o altar mor. No interior dos dois cones a 45 metros de altura, encontra-se o ossário, com 1.360 lóculos, que os fiéis adquirem para guardar os restos mortais de seus entes queridos. Sua pedra fundamental que é um pedaço de mármore retirado das escavações da Basílica de São Pedro, pelo Papa Pio XII, foi lançada em 15 de agosto de 1958. A Catedral, dedicada a Nossa Senhora da Glória, foi construída entre julho de 1959 e maio de 1972, levando quase 14 anos para ser concluída.

Interior da Catedral de Maringá.
Catedral de Maringá, 07/01/2011.
dsc01048 (1)
Catedral de Maringá (07/01/2011)

Two years he walks the earth…

“Two years he walks the earth. No phone, no pool, no pets, no cigarettes. Ultimate freedom. An extremist. An aesthetic voyager whose home is the road. Escaped from Atlanta. Thou shalt not return, ‘cause “the West is the best.” And now after two rambling years comes the final and greatest adventure. The climactic battle to kill the false being within and victoriously conclude the spiritual pilgrimage. Ten days and nights of freight trains and hitchhiking bring him to the Great White North. No longer to be poisoned by civilization he flees, and walks alone upon the land to become lost in the wild.”
 Alexander Supertramp (Christopher McCandless)
May 1992

Alexander Supertramp (Christopher McCandless)

Disney

Estou lendo ao mesmo tempo dois livros sobre a Disney. Um deles conta sobre a vida de Walt Disney e o começo do império Disney. O outro livro conta sobre a quase guerra que aconteceu alguns anos atrás quando da mudança de comando nas empresas Disney. Esse é um assunto de que gosto e estou me deliciando com as 1.300 páginas que tenho para ler. Já li muitos outros livros sobre a Disney, biografias autorizadas e não autorizadas sobre o criador do Mickey Mouse. Para mim esse é um assunto fascinante. Desde criança me encantava com as revistas em quadrinhos Disney, com os programas de TV Clube do Mickey e Disneylândia, com os desenhos animados, com os filmes produzidos pelos estúdios Disney. Depois trabalhei muitos anos em uma agência de turismo em Curitiba, onde o carro chefe era a venda de pacotes de viagens para a Disney. Na agência se falava muito na Disney, se respirava Disney. E anos depois fui morar em Orlando, cidade onde fica o Disney World e seus vários parques temáticos, bem como muitas outras atrações Disney.

Os dois livros que estou lendo, sobre a Disney.

2011

O ano de 2010 foi péssimo e o último dia do ano foi ruim. Um acontecimento desagradável me deixou muito pra baixo. Mas 2010 ficou para trás e 2011 começou bem, passei as primeiras horas do ano em companhia de pessoas queridas e animadas. Então o humor melhorou e o primeiro dia do ano foi muito bom e agradável. E tomara que os demais dias de 2011 também sejam tão bons.

Um brinde a 2011.
Acho que uma estava enviando mensagem para a outra…
Eu que não bebo, sofri pra beber uma única tequila.