Viagem ao Peru e Bolívia (15° Dia)

29/05/2012 

Isla del Sol

Acordei às 7h00min, mas estava muito frio e fiquei enrolando na cama até 8h00min. Levantei e fui escovar os dentes numa pia que ficava do lado de fora. Vi que o banheiro estava ocupado e fiquei esperando. Chegou um boliviano e também ficou esperando ao meu lado. Então saiu do banheiro a holandesa que estava no quarto ao lado. Ela me deu good morning, respondi e então vi que ela estava de camiseta e calcinha, caminhando tranquilamente como se estivesse em sua casa. Aquela foi uma bela visão para começar o dia, principalmente por que além de bonita a holandesa era gostosa… Enquanto fiquei olhando a bunda da holandesa, o peruano cortou a fila e entrou no banheiro. Não reclamei!

Após ajeitar minhas coisas saí e fui esperar minhas amigas em frente ao hostal onde elas estavam. O dia era de sol, não tinha nenhuma nuvem no céu, mas fazia frio e o vento era de arrepiar. Logo minhas amigas apareceram e fomos tomar café em um restaurante de frente para a praia. Tinham duas mesas ocupadas e ficamos esperando nossa vez. Eu e Audrey pedimos café no estilo americano, com ovos e panquecas. Já a Elisa pediu somente um chá, pois continuava mal do estômago. Nosso pedido levou quase uma hora para vir e nesse meio tempo ficamos papeando. Logo chegaram os holandeses e a holandesa que eu vi seminua me deu outro good morning e um sorrisinho. Ai ai!! O café finalmente foi servido e eu dispensei o café preto e o chá, pois não tomo café e gosto somente de chá mate, o que não existe nessas paragens. Eles servem chá de coca ou de algum outro tipo de fruta local, ou planta. Tem até chá de anis, que achei horrível.

Após tomarmos café seguimos rumo à parte sul da ilha, dessa vez pelo caminho certo. Fomo subindo uma montanha e passamos a andar por uma trilha no lado da montanha. A vista a partir da trilha era de tirar o folego, muito bonita. Passamos por algumas casas de moradores locais e por um ou outro morador. Fizemos algumas rápidas paradas para descansar e caminhando sob o sol o frio deixou de ser um incomodo. Após uma hora de caminhada chegamos até uma praia, onde em frente tinha uma escola. Estavam no horário de intervalo e um monte de meninas jogava futebol em um campo na praia. Era engraçado ver as meninas jogando, todas com a roupa tradicional das cholas (indígenas bolivianas), saia longa e um chapéu de coco. Continuamos nosso caminho e ao sair da praia seguimos montanha acima por uma trilha. Chegamos ao alto da montanha e pudemos ver a Isla de la Luna, uma ilha menor que fica alguns quilômetros de distância da Isla del Sol. Mais um tempo caminhando e chegamos num local onde um homem cobrava a taxa para andar por aquele lado da ilha. Pagamos $ 20,00 bolivianos e ele nos deu um ingresso. Creio que o dinheiro arrecadado com tal taxa seja utilizado na manutenção da ilha.

Após duas horas de caminhada fizemos uma parada mais longa. A Audrey queria ir até um canto da montanha para ver a paisagem a partir desse lugar. Fui com ela e a Elisa preferiu ficar descansando. Deixamos nossas mochilas com ela e levamos somente água e nossas câmeras. Caminhamos uns quinze minutos por uma trilha e dobramos a direita. Chegamos num local onde a vista era muito bonita, víamos boa parte do lado sul da ilha. Achamos que não valia a pena descer até a água e resolvemos voltar. A Audrey seguiu na frente e errou o caminho. Tentamos voltar, mas não encontramos a trilha por onde tínhamos vindo até ali. Então resolvemos seguir pelo lado da montanha, fora de qualquer trilha. Tinham muitas pedras soltas e isso dificultava um pouco caminhar. A Audrey estava de sandália e shorts e sofreu um pouco com isso, pois escorregava nas pedras e ganhou alguns arranhões nas pernas provocados pelo mato. Teve um momento em que ela escorreu e quando ia cair montanha abaixo consegui segurá-la pelo braço. Levamos meia hora para chegar até onde a Elisa estava e sentamos cansados.

Votamos a caminhar e meia hora depois chegamos ao povoado existente na parte sul da ilha. A quantidade de casas, restaurantes e hostals eram maiores que no lado norte. Foram longas horas de caminhada até ali e chegamos bastante cansados. Entramos num restaurante e olhamos o cardápio. A Audrey escolheu truta, eu frango e a Elisa sopa. A vista que tínhamos a partir do restaurante era bonita, dava para ver a Isla de la Luna e uma montanha nevada que fica na margem oposta do lago. A comida estava boa e o preço foi quase o dobro do que pagamos para comer no lado norte. A informação que eu tinha estava correta, de que tudo no lado sul é mais caro do que no lado norte. Descansamos um pouco no restaurante e descemos rumo à marina. Compramos a passagem do barco que sairia às 16h30min e fomos dar uma volta pelo local. Tinha uma escadaria de pedra que subia a montanha e levava até uma fonte. Encontramos um professor boliviano em frente à fonte, que nos contou sobre a história do lugar. Segundo ele essa fonte existia muito antes dos espanhóis chegarem à ilha e ela era utilizada em um ritual em que os garotos do lugar deixavam de ser garotos e passavam a ser considerados homens. Um dos ensinamentos que eles tinham era de que para serem homens de verdade precisavam ser corajosos e nunca mentir ou roubar. Achei interessantes estes ensinamentos e posso afirmar que mesmo não sendo inca, cumpro tais ensinamentos desde garoto.

Pouco antes do horário do barco partir, subi até a parte de cima do barco e fiquei olhando a paisagem. Daí subiu uma chola e se sentou pouco atrás de mim. Continuei a observar a vista e pensar na vida. Então escuto Nossa, nossa, assim você me mata! Ai se eu te pego… Virei para descobrir de onde vinha à música e vi a chola erguendo as muitas saias que vestia e debaixo de uma das saias ela tirou um celular, cujo toque era a música do Michel Teló. Caí na risada, pois ouvir Michel Teló em um barco atracado numa ilha no meio do Lago Titicaca, não era algo tão comum de acontecer. O Michel Teló é foda! Ele faz sucesso até debaixo das saias de uma chola… KKkkkk

Finalmente o barco partiu e com o vento no meio do lago, foi hora de colocar o casaco, pois ficou muito frio. Minhas duas amigas foram conversando com a chola do celular e outra boliviana. Eu fiquei quieto num canto olhando a paisagem. O barco estava quase vazio e isso permitiu que ele viajasse numa velocidade maior e que chegássemos a Copacabana após uma hora de viagem.

Copacabana

Desembarcamos em Copacabana e fomos até o hostal onde a Audrey tinha ficado hospedada antes de ir para a ilha. Ela e a Elisa iam dividir um quarto e eu fiquei no quarto ao lado do delas. Saí buscar as mochilas que eu tinha deixado guardadas no centro de informações turísticas. Quando retirava as mochilas do armário o senhor que cuidava do local apareceu, já reclamando que eu devia ter tirado minhas coisas ao meio dia. Eu não estava a fim de conversa fiada e perguntei quanto eu tinha que pagar para ele não me encher o saco. Ele disse que $ 5,00 bolivianos. Paguei a ele, peguei minhas coisas e fui embora. O cara era chato e nada honesto, então preferi pagar e não escutá-lo.

Voltei ao hostal e no quarto tirei minhas coisas das mochilas e coloquei tudo sobre uma cama. O quarto era feio, sujo, mas a cama era macia e limpa e isso é que importava. Tomei banho e me deitei para descansar. Acabei cochilando e quando acordei uma hora mais tarde vi que tinha perdido o horário do por do sol, que ali é muito bonito. Fui até a marina, mas já era tarde e eu tinha perdido o por do sol. Resolvi dar uma volta por Copacabana e fui até a Basílica Nossa Senhora de Copacabana, onde está à imagem de Nossa Senhora de Copacabana que é a padroeira da Bolívia. A praia de Copacabana no Rio de Janeiro tem esse nome por que no século XVIII comerciantes bolivianos e peruanos levaram uma imagem de Nossa Senhora de Copacabana para o Rio de Janeiro, justamente para o local onde hoje é a praia de Copacabana. O interior da Basílica é muito bonito. Fiquei andando e admirando o local e então vi que tinha uma passagem nos fundos que levava para um anexo. Fui seguindo em frente e cheguei até uma bonita capela, chamada de Camarim da Santa, onde fica a imagem original de Nossa Senhora de Copacabana. A imagem da santa foi talhada por Franciso Tito Yupanqui, que era de linhagem real inca. Possui a pele morena como o povo da região e é enfeitada com várias joias preciosas, ouro e prata. O seu manto é trocado de tempos em tempos, assim como suas jóias. A imagem fica sobre uma base giratória e durante quatro dias da semana ela fica virada para a Bolívia e nos outros três dias fica virada em direção ao Peru. Diz à lenda que todas as vezes que tentaram tirar a imagem da santa do lugar, algum desastre natural aconteceu. Só não consegui descobrir quando a imagem foi feita, mas deve fazer muito anos. Fiquei alguns minutos sentado em um dos bancos e fiz algumas orações. E como estava em frente à santa protetora da Bolívia, pedi que ela me pretegesse durante minha permanência em terras bolivianas, pois eu pretendia fazer algumas coisas meio perigosas e proteção nunca é demais.

Saindo da Basílica caminhei pela rua principal da cidade e ao entrar numa lan house encontrei a Elisa. Combinamos de nos encontrar mais tarde no hostal, para irmos jantar juntos. Usei a internet durante meia hora e fui para o hostal. Lá não encontrei Elisa e Audrey em seu quarto. Então saí e caminhei pela rua principal para ver se encontrava minhas amigas em algum restaurante. E na rua levei um grande susto, pois um cachorro enorme veio correndo não sei de onde e pulou em mim, quase me derrubando. Felizmente ele só queria brincar e acho que dar susto nas pessoas é uma de suas diversões favoritas. Não encontrei minhas amigas e como estava cansado e com frio, comprei algumas empanadas e uma garrafinha de suco e fui jantar no meu quarto no hostal. Após comer resolvi ir dormir, pois minha garganta estava voltando a incomodar e não achei que seria boa ideia ficar andando no frio.

Local do café da manhã.
Deixando o lado norte da Isla del Sol.
Atravessando a Isla del Sol.
Trilha no interior da Isla del Sol.
Casas no interior da ilha.
Interior da Isla del Sol.
Isla del Sol.
Elisa, Audrey e Vander.
Isla del Sol, lado sul.
Lado sul da Isla del Sol.
Isla del sol, lado sul. A direita em cima, a Isla de la Luna.
Fonte Inca.
Barcos na marina.
No barco com minhas amigas européias.
A chola e seu celular que tocava Michel Teló.
Chegando à Copacabana.
Barco de totora, igual o utilizado pelos antigos incas.
Anoitecer em Copacabana.
Basílica Nossa Senhora de Copacabana.
Altar da Basílica de Nossa Senhora de Copacabana.
Imagem de Nossa Senhora de Copacabana.
Rua principal a noite, com frio.

Cuzco

Cuzco é uma cidade muito alta, com 3.310 metros de altitude. Seu nome significa “umbigo”, no idioma quíchua (língua Inca) e por isso é chamada pelos locais de “umbigo do mundo”. Sua população atual é de cerca de 300 mil habitantes. Sua principal característica é ter a cidade colonial espanhola assentada sobre a cidade inca, feita com as maiores pedras do império e as mais arredondadas, preservando seu traçado e sua engenharia e hidráulica. Um dos pontos turísticos mais visitados da cidade é o Templo do Sol dos Incas, ou Coricancha. Esse templo foi um dos mais importantes lugares de culto do Império Inca, edificado em honra ao sol. Muitas de suas paredes eram revestidas em ouro na direção ao sol nascente. Em seu interior haviam muitos tesouros, saqueados na colonização espanhola. Hoje abriga o Convento de Santo Domingo. Outra visita obrigatória na cidade é a pedra dos 12 ângulos e uma torre reconstruída após o terremoto de 1650. A Plaza de Armas ou Plaza Mayor, ladeada por construções que abrigam nos recuos corredores de lojas de artesanato, é o ponto de encontro da cidade. Ajardinada, ampla, festiva, com cenários inesquecíveis vistos de qualquer de seus quatro lados.

Cuzco se expande pelo vale que forma o rio Huatanay e pelos montes vizinhos. Seu clima é geralmente seco e temperado. Tem duas estações definidas: uma de secas entre abril e outubrro, com dias ensolarados, noites frias e temperatura média de 13 °C; e outra chuvosa, de novembro a março, temperatura média de 12 °C. Nos dias ensolarados a temperatura alcança 20 °C. Por sua antiguidade e importância histórica, o centro da cidade conserva muitos edifícios, praças e ruas de épocas pre-hispânicas assim como construções coloniais, o que motivou ser declarada Patrimônio Mundial em 1983, pela UNESCO.

Cuzco era o mais importante centro administrativo e cultural do Império Inca. Depois do fim do império, em 1532, o conquistador espanhol Francisco Pizarro, invadiu e saqueou a cidade. A maioria dos edifícios incas foi arrasada pelos clérigos católicos com o duplo objetivo de destruir a civilização inca e construir com suas pedras e tijolos as novas igrejas cristãs e demais edifícios administrativos dos dominadores, desta forma impondo sua pretensa superioridade européia. A maioria dos edifícios construídos depois da conquista é de influência espanhola com uma mistura de arquitetura inca, inclusive a igreja de Santa Clara e San Blas. Freqüentemente, são justapostos edifícios espanhóis sobre as volumosas paredes de pedra construídas pelos incas. De forma interessante, o grande terremoto que ocorreu na cidade em 1950, destruiu uma construção de padres dominicanos, expôs que esta fora erigida em cima do Templo do Sol, que curiosamente resistiu firmemente ao terremoto. Esta teria sido a segunda vez que aquela construção dos dominicanos fora destruída, sendo que a primeira vez fora no terremoto de 1650 quando a construção espanhola era bem diferente.

Outros exemplos da arquitetura inca são: a fortaleza de Machu Picchu que se situa no final da Estrada Inca (Trilha Inca), a fortaleza Ollantaytambo, e a fortaleza de Sacsayhuaman que fica aproximadamente a dois quilômetros de Cuzco. A área circunvizinha, situada no vale de Huatanay, tem uma agricultura forte, com o cultivo de milho, cevada, quinino, chá e café, além da mineração de ouro. Por dados arqueológicos e antropológicos estudou-se o verdadeiro processo da ocupação de Cuzco. O consenso aponta a que, devido ao colapso do reino de Taypiqala, produziu-se a migração de seu povo. Este grupo de cerca de 500 homens teria se estabelecido paulatinamente no vale do rio Huatanay, processo que culminaria com a fundação de Cuzco. É desconhecida a data aproximada, porém, graças a vestígios, há um consenso que o local onde se localiza a cidade já se encontrava habitado há 3000 anos. Porém, considerando unicamente seu estabelecimento como capital do Império Inca (meados do século XIII), Cuzco aparece como a cidade habitada mais antiga de toda América. Foi a capital e sede de governo do Reino dos incas e seguiu sendo ao iniciar-se a época imperial, tornando-se a cidade mais importante dos Andes. Esta posição lhe deu proeminência e a converteu no principal foco cultural e eixo do culto religioso. Atribui-se ao governante Pachacuti ter feito de Cuzco um centro espiritual e político. Pachacuti chegou ao poder em 1438, e ele e seu filho Túpac Yupanqui dedicaram cinco décadas à organização e conciliação dos diferentes grupos tribais sob seu domínio, entre eles os Lupaca e os Colla. Durante o período de Pachacuti e Túpac Yupanqui, o domínio de Cuzco chegou até Quito, ao norte, e até o rio Maule, ao sul, integrando culturalmente os habitantes de 4.500 quilômetros de cadeias montanhosas.

Os conquistadores espanhóis souberam desde sua chegada ao que é hoje território peruano que sua meta era tomar a cidade de Cuzco, capital do império. Logo ao capturar o inca Atahualpa em Cajamarca, iniciaram sua marcha até Cuzco. No caminho fundaram muitas cidades. A luta pela capital foi encarniçada, porém, da mesma forma que nos demais combates, os conquistadores obtiveram a vitória. Em 15 de novembro de 1535, Franscico Pizarro estabeleceu o domínio espanhol na cidade de Cuzco, estabelecendo como Praça de Armas, o local que ainda mantém a cidade moderna e que era também a praça principal durante o império inca e que se encontrava rodeada dos palácios dos soberanos incas. No lado norte iniciou-se a construção da Catedral. Pizarro outorgou a Cuzco a denominação “Cuzco, Cidade Nobre e Grande” em 23 de março de 1534..

A cidade se converteu em um importante centro comercial e cultural dos Andes centrais, já que se encontrava nas rotas entre Lima e Buenos Aires. Porém, a administração do vice-reinado preferiu a povoação de Lima (fundada dois anos depois da tomada de Cuzco, em 1535) e principalmente a proximidade desta com o porto natural que seria Callao para estabelecer a cabeceira de seus domínios na América do Sul. A cidade já é mencionada no primeiro mapa conhecido sobre o Peru. Cuzco tornou-se o centro da administração do Vice-reino do Peru no sul do país, sendo no início a povoação mais importante, em detrimento das cidades recentemente fundadas de Arequipa e Moquegua. Sua população era principalmente de indígenas pertencentes à aristocracia inca a quem se respeitou alguns de seus privilégios. Também se radicaram alguns espanhóis. Nessa época iniciou-se o processo de mestiçagem cultural que hoje marca a cidade. O desenvolvimento urbano viu-se interrompido por vários terremotos que, em mais de uma ocasião, atingiram a cidade. Em 1650 um terremoto violento destruiu quase todos os edifícios coloniais. Em 1780 a cidade de Cuzco viu-se convulsionada pelo movimento iniciado pelo cacique José Gabriel Condorcanqui, Tupac Amaru II que levantou-se contra a administração espanhola. Seu levantamento foi sufocado depois de vários meses de luta, quando foram postas em xeque as autoridades espanholas estabelecidas em Cuzco. Tupac Amaru II foi vencido, feito prisioneiro e executado cruelmente junto com toda sua família na Praça de Armas de Cuzco. Ainda hoje existe, na lateral da Igreja da Companhia de Jesus, a capela que serviu de prisão ao líder. Este movimento se expandiu rapidamente por todos os Andes e marcou o início de processo de emancipação sulamericano.

O Peru declarou sua independência em  1821 e a cidade de Cuzco manteve sua importância dentro da organização político-administrativa do país. De fato, criou-se o departamento de Cuzco que abrangia inclusive os territórios amazônicos até o limite com o Brasil. A cidade foi a capital deste departamento e a cidade mais importante do sudeste andino. A partir do século XX, a cidade iniciou um desenvolvimento urbano num ritmo maior que o experimentado até esse momento. A cidade estendeu-se aos vizinhos distritos de Santiago e Wanchaq. Em  1911, partiu da cidade a expedição de Hiran Bingham que o levou a descobrir as ruínas incas de Mchu Picchu.

Em 1950 um terremoto sacudiu a cidade causando a destruição de mais de um terço de todos seus edifícios. A cidade começou a constituir-se como um foco importante de turismo e começou a receber um maior número de turistas. Desde os anos 1990, a atividade turística tomou um especial papel na economia da cidade com a consequente ampliação de atividades hoteleiras. Atualmente Cuzco é o principal destino turístico do Peru.

A catedral de San Blas, na Plaza de Armas.
Uma das belas ruas de Cuzco.
Nos becos de Cuzco.
Plaza de Armas.
Ruas de Cuzco.