2ª Caminhada pela Trilha Molhada em Faxinal

Estive pela segunda vez na cidade de Faxinal e dessa vez foi para participar de uma caminhada diferente. O percurso da caminhada era de pouco mais de 5 km, mas o trecho era difícil e muito molhado, pois passava por muitos trechos com água e era preciso atravessar um rio algumas vezes. Junto comigo foram dois amigos de Campo Mourão, Raphael e Jacke. Seria a primeira caminhada deles e foram debutar justamente numa caminhada bastante difícil. Mas no final gostaram da aventura!

Ao todo foram 56 pessoas que participaram dessa caminhada, incluindo os guias. A maioria do pessoal era da cidade de Londrina, do grupo Londrinape Caminhadas (http://londrinape.blogspot.com.br/). Pude reencontrar alguns amigos nessa caminhada e também fazer novos amigos.

A caminhada iniciou por um trecho de pasto e após atravessarmos uma cerca de arame, começamos a descer um morro íngreme em direção a mata, logo chegando ao Rio Bufadeira. A partir daí caminhamos quase o tempo todo por dentro da água, atravessando o rio em alguns pontos e depois seguindo por sobre pedras nas margens. Teve uma parada mais longa em uma pequena cachoeira, onde alguns caminhantes aproveitaram para nadar no rio.

O dia estava muito quente, mas a água do rio era tão gelada, que alguns passaram frio. Na metade do percurso entramos em uma trilha bastante estreita no meio da mata e seguimos caminhando por dentro de um córrego. Em alguns trechos era preciso da ajuda de cordas para subir pela trilha molhada. Após algum tempo chegamos em uma grande gruta, no fundo de um vale. Depois seguimos ao lado de um grande paredão, de onde caía gotas de água sobre nossas cabeças e ajudava a refrescar, pois o calor continuava intenso. Passamos por uma pequena cachoeira nessa trilha ao lado do paredão, onde alguns caminhantes aproveitaram para se banhar na água que caía.

Após quatro horas de caminhada aconteceu uma parada para almoço, onde o pessoal aproveitou para lanchar. Depois seguimos em direção ao rio e caminhamos mais um tempo pela água. O trecho final era a subida de um morro, para depois seguir por uma plantação, de onde apareciam os primeiros pés de soja ainda pequenos.

Durante a caminhada ocorreu um pequeno acidente, onde um caminhante confiou demais em suas habilidades ao subir um barranco com a ajuda de uma corda e acabou caindo de uma altura de quatro metros. Felizmente ele caiu dentro da água e não se feriu muito. Tinha uma médica no grupo, que deu o primeiro atendimento e depois os guias acionaram a equipe de resgate de Faxinal. O local onde aconteceu o incidente era de difícil acesso, mas no final das contas tudo terminou bem. E nosso amigo caminhante saiu dessa com um grande susto, alguns pontos em uma orelha e uma lição aprendida, de que não devemos confiar demais em nossas habilidades, pois um dia nosso excesso de confiança pode nos causar algum problema.

Sei que essa foi uma das melhores caminhadas de que já participei e pretendo voltar a Faxinal para percorrer essa mesma trilha em outra oportunidade. O José Berti é um dos guias locais que organiza caminhadas pela região de Faxinal, que é um cidade que possui muitas cachoeiras e em razão disso proporciona ótimo entretenimento para aqueles que gostam de aventuras e esportes junto a natureza.

Para contatar o Berti acesse http://grupodecaminhadasfaxinal.blogspot.com.br/

Reunião antes do início da caminhada.
Reunião antes do início da caminhada.
Os 56 caminhantes reunidos.
Os 56 caminhantes reunidos.
Iniciando a caminhada.
Iniciando a caminhada.
Vander, Raphael e Jacke.
Vander, Raphael e Jacke.
Primeira travessia.
Primeira travessia.
Trilha molhada.
Trilha molhada.
Um ajudando o outro...
Um ajudando o outro…
Cachoeira.
Cachoeira.
Mais trilha molhada.
Mais trilha molhada.
Berti e Vander.
Berti e Vander.
Mais um trecho por dentro da água.
Mais um trecho por dentro da água.
Trilha no meio da mata.
Trilha no meio da mata.
Trecho difícil.
Trecho difícil.
Muito barro...
Muito barro…
Pequena cachoeira.
Pequena cachoeira.
Parada para almoço.
Parada para almoço.
Caminho de volta.
Caminho de volta.
Subida difícil.
Subida difícil.

Caminhada na Natureza: Borrazópolis/Pr

No último domingo participei de uma Caminhada na Natureza, na cidade de Borrazópolis. Não conhecia tal cidade, mas fazia muitos anos que tinha curiosidade em conhecer, pois quando criança tinha vizinhos que vieram dessa cidade e sempre falavam dela. Então ficou aquela antiga curiosidade de conhecer a cidade.

Essa foi a primeira caminhada do circuito Caminhadas na Natureza, de que participo esse ano. E foi uma caminhada com um dos mais bonitos percursos. Boa parte dos onze quilômetros de caminhada foram às margens do Rio Ivaí. Tinha muita gente caminhando e o clima ajudou. O tempo estava nublado e após muitos dias seguidos de chuva, não choveu durante a caminhada.  A chuva só deu as caras duas horas após o final da caminhada.

Encontrei amigos caminhantes de Maringá, Londrina e Cambé. E mais uma vez fiz novas amizades, o que é uma marca registrada em toda caminhada de que participo. E no próximo ano espero retornar à Borrazópolis, pois vale a pena caminhar pela bela trilha as margens do Rio Ivaí. E a organização do evento também foi muito boa!

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Início de caminhada.
Início de caminhada.
Rio Ivaí.
Rio Ivaí.
Às margens do Ivaí.
Às margens do Ivaí.
Caminhantes...
Caminhantes…
Barquinho...
Barquinho…
Amigos de Cambé.
Amigos de Cambé.
Atravessando a pinguela.
Atravessando a pinguela.
Entrando na mata.
Entrando na mata.
Com meu amigo Pierin.
Com meu amigo Pierin.
Passando por um sítio.
Passando por um sítio.
Pau Brasil.
Pau Brasil.
Ponto de controle.
Ponto de controle.
Trilha ao lado do rio.
Trilha ao lado do rio.
Fila para o almoço.
Fila para o almoço.
O pessoal almoçando.
O pessoal almoçando.
Hummm!!!
Hummm!!!
Banheiro ecológico...
Banheiro ecológico…

Caminhada: Maringá/Floriano

Após uma longa ausência voltei a participar de uma caminhada. Participei com o Grupo Peregrinos de Maringá de uma caminhada de treze quilômetros, entre Maringá e o Distrito de Floriano. Foi bom voltar a caminhar, principalmente após ter ficado um tempo machucado e passado por algumas sessões de fisioterapia. Essa caminhada serviu para desenferrujar e iniciar novo projeto de condicionamento físico.

O pessoal se reuniu ao lado do aeroporto de Maringá e após uma rápida sessão de aquecimento iniciamos a caminhada. O grupo era formado por vinte e quatro caminhantes. O trecho não tinha nenhum atrativo, pois foi todo em estrada de terra e raramente passávamos por alguma árvore. Quase todo o tempo plantações de soja dominavam a paisagem e alguns agricultores aproveitavam o dia de sol após muitos dias de chuva, para colher o soja. Todos esperavam chuva para o horário da caminhada, mas a chuva não veio e caminhamos sob um sol escaldante. Levei somente uma garrafinha de água e o último quilômetro caminhei com sede, pois não passamos por nenhum lugar onde pudéssemos conseguir água. Ao chegar à Floriano parei no primeiro bar que encontrei e de uma vez só tomei dois Tampico e uma garrafinha de água gelada. Ufa!!

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Início da caminhada, ao lado do aeroporto.
Colheita de soja.
Colheita de soja.
Rumo à Floriano.
Rumo à Floriano.
Sombra era raridade pelo caminho.
Sombra era raridade pelo caminho.
Colheitadeira.
Colheitadeira.
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Estrada longa…
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Parada para descanso.
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Momento de descanso.
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Pequena ponte na estrada.
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Longa subida.
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Chegando à Floriano.
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Igreja Matriz de Floriano.

Caminhada da Lua em Apucarana

Mais uma vez fui até Apucarana participar de uma caminhada noturna. Ao contrário dos dois últimos anos quando lá estive, dessa vez não cheguei atrasado. Os caminhantes se reuniram no centro da cidade, ao lado da catedral. Tinha bastante gente, inclusive grupos de outras cidades. Ali foi servido um lanche para todos os caminhantes e em seguida todo mundo embarcou em ônibus e seguiu até uma fazenda, onde seria o início da caminhada. Encontrei alguns amigos de Londrina e acabamos ganhando carona numa Kombi da Prefeitura de Apucarana. A motorista tinha o pé pesado e os dez quilômetros entre o centro da cidade e o local de início da caminhada, foram de fortes emoções.

A caminhada teve início em frente a um antigo cemitério e após percorrermos alguns poucos quilômetros com a noite clara do horário de verão, logo escureceu. O único problema foi que a caminhada da lua não teve lua. A lua surgiu somente após as 23 horas, quando a caminhada já tinha terminado e estavam todos jantando. Parte do atraso no surgimento da lua foi por que tinham muitas nuvens de chuva justamente no lado onde a lua deveria nascer, e isso fez com que demorasse mais para a lua surgir. Mesmo sem lua a noite estava clara e percorri quase todos os 10 quilômetros sem utilizar lanterna e aproveitando para admirar o céu estrelado.

Parte do trecho percorrido na caminhada eu já conhecia de outras caminhadas. O trecho não era difícil e não tinha subidas íngremes. Apenas alguns trechos tinham muitas pedras soltas e era preciso tomar cuidado para não virar o pé ou cair. Mesmo sendo noite, fazia muito calor! O final da caminhada e o jantar foram no Parque da Redenção. Esse parque é muito bonito e nele existem muitas estátuas que “contam” passagens da vida de Jesus Cristo. Tem desde a Santa Ceia, até a crucificação e a gruta onde Cristo foi sepultado. O local é muito bonito e merece uma visita, principalmente à noite, onde as luzes que iluminam as estátuas dão um clima bem especial ao local.

O jantar estava muito bom e mais uma vez comi mais do que deveria e/ou podia. Após jantar pegamos um ônibus e seguimos até o centro da cidade, desembarcando no mesmo local onde tínhamos embarcado e deixado os carros. Passava da meia noite quando peguei a estrada para percorrer os 160 quilômetros até minha casa. Foi cansativo, mas valeu a pena mais essa caminhada em Apucarana.

Caminhada Noturna APUCARANA

Aquecimento pré caminhada.
Aquecimento pré caminhada.
Caminhando...
Caminhando…
Caminhando antes de escurecer.
Caminhando antes de escurecer.
Caminhando no escuro.
Caminhando no escuro.
No caminho passamos por essa igrejinha.
No caminho passamos por essa igrejinha.
Santa Ceia.
Santa Ceia.
Jantar pós caminhada.
Jantar pós caminhada.
Parque da Redenção.
Parque da Redenção.
Parque da Redenção.
Parque da Redenção.
Gruta do Parque da Redenção.
Gruta do Parque da Redenção.
Parque da Redenção.
Parque da Redenção.

Caminhada na Natureza em Itambé

Participei de mais uma Caminhada na Natureza, dessa vez na cidade de Itambé. Eu não conhecia a cidade, e esse foi um dos motivos para eu escolher fazer essa caminhada. Por culpa de um mapa errado cheguei atrasado à caminhada, mas mesmo assim consegui alcançar boa parte dos caminhantes. Acabei encontrando alguns amigos de Maringá e de Londrina e acabei fazendo mais da metade da caminhada com alguns membros do grupo de caminhadas Londrinapé.

Fazia muito calor e o sol estava forte! Isso fez a caminhada ser cansativa, mas felizmente não tinha muitas subidas no percurso. No segundo ponto de controle, tinham algumas enfermeiras medindo a pressão dos caminhantes. Fui medir a minha pressão, achando que estava alta em virtude do esforço físico e do calor. E para minha surpresa minha pressão estava normal, parecendo à pressão de um garoto de quinze anos. Nesse ponto de controle, a água disponível estava gelada e isso ajudou a matar rapidamente a sede.

O percurso foi de doze quilômetros, com poucos trechos difíceis e passando por poucos lugares bonitos. Mesmo assim não foi um percurso feio! Posso dizer que foi um percurso “normal”. A melhor parte da caminhada foi no final, quando no último quilômetro tinha um rio e quase todos os caminhantes entraram nele para se refrescar. Eu tirei minhas botas, dobrei a barra da calça e sentei no meio do rio, para refrescar os pés e o traseiro. Cheguei a deitar na água, mesmo estando com roupa e foi uma sensação bastante agradável, pois era quase meio dia e o sol estava de “ferver os miolos”. Após sair do rio seguimos por cerca de quinhentos metros e chegamos ao final da caminhada, no local onde estava sendo servido o almoço. A comida estava muito boa e fui obrigado a repetir e recuperar em dobro as calorias perdidas durante a caminhada.

Dia de sol quente.
Ponto de controle e de água.
Caminhando pela estrada.
Teve quem pegou carona!
Passando por um pesque pague.
No km 10.
Quase no final da caminhada tinha um rio…
Refrescando o traseiro.
Caminhando na sombra.
Os caminhantes almoçando.
Almoço delicioso!!
O pessoal do Londrinapé.
Com minha amiga de caminhadas, Claudia.

III Enduro a Pé de Nova Tebas

Excepcionalmente dessa vez não farei postagens detalhadas sobre esse evento, por exclusiva falta de tempo. Fazer uma postagem detalhada e cheia de fotos demanda algumas horas de trabalho e no momento não tenho tais horas disponíveis. E se deixar para fazer tal postagem detalhada daqui alguns dias ou semanas, acaba perdendo a graça.

O III Enduro a Pé de Nova Tebas, foi realizado entre os dias 12 e 14 de outubro. Ao todo percorremos 73 quilômetros. Passamos por estradas, carreiros, trilhas, rios, pontes, pastos, sítios e fazendas. Enfrentamos sol, frio, vento, cansaço, bolhas nos pés, cachorros (não é Tiago!!), vacas (não é Valtério!!!). Conhecemos muitas pessoas durante a caminhada e fomos recebidos com muito carinho e hospitalidade por onde passamos. Então fica aqui meu agradecimento a todos que contribuíram para que esse Enduro a Pé fosse um sucesso. E também segue meu agradecimento aos companheiros de caminhadas, pois éramos um grupo unido onde um ajudava o outro.

III Enduro a Pé de Nova Tebas

 

Início da caminhada no sítio da família Dal Santo.
Uma das muitas porteiras que atravessamos.
Caminhando entre a criação de ovelhas.
Almoço no primeiro dia de enduro.
Com a família que nos recepcionou no almoço.
No meio do caminho tinha uma ponte.
Caminhando num fim de tarde gelado.
Atravessando rio.
Costela ao fogo de chão.
Bate papo antes do jantar.
O pessoal que nos recebeu no jantar do primeiro dia.
Acampamento ao amanhecer.
Início do segundo dia de enduro.
Caminhando no asfalto quente.
No segundo dia o almoço foi em um pesque pague.
Acampamento no sítio do Alex.
Celso, Tiago, Valtério, Shudy, Vander, Bamba, Alex, Jaque e Marcos.
Chegando à uma fazenda.
Foi terrível caminhar por essa estrada de pedras irregulares.
No pequeno Distrito de Poema.
Almoço na festa da igreja de Poema.
O GPS mostrando os quilômetros caminhados.
O fim da caminhada foi no Morro dos Ventos.

1º Trekkingá

Hoje estive em Maringá e participei do 1º Trekkingá – Enduro a pé no Parque do Ingá. Fiz parte de uma das equipes do Grupo Peregrinos de Maringá. O enduro com orientação foi realizado dentro do Parque do Ingá e contou com a participação de trinta equipes. Fazia muitos anos que eu não via uma bussola ou fazia algum tipo de orientação com planilha. A última vez tinha sido nos meus tempos de Exército. Confesso que estava totalmente enferrujado, e eu que era o capitão da equipe e responsável pela leitura da planilha de orientação, tive que contar com a ajuda de meus companheiros de equipe, pois muitas vezes fiquei totalmente perdido na orientação e leitura da planilha. Minha equipe era a Peregrinos II (equipe número 15) e dela faziam parte: Gaúcho (que contava os passos); Sueli (que auxiliava o Gaúcho na contagem); Mada (responsável pela leitura da bussola) e Matilde (que fez de tudo um pouco).

Na largada que aconteceu às 09h00min, cada equipe partia com dois minutos de diferença da equipe anterior. A rota inicial do enduro até que foi tranquila, pois na planilha de orientação existiam algumas boas referencias que ajudavam na leitura da planilha. Ao mesmo tempo em que tínhamos que procurar fazer uma leitura correta da planilha, tínhamos que contar passos para ter noção de distância que a planilha indicava e também fazer leituras na bussola para descobrir a direção correta a seguir em alguns trechos. Passamos por trilhas e ruas dentro do parque, entramos em valetas, atravessamos pequenas pontes e outras coisas mais. Tínhamos que manter certa regularidade e tentar seguir o tempo estipulado na planilha para percorrer cada trecho. Existiam alguns pontos de controle escondidos pelo caminho e precisamos encontrar estes pontos e carimbar nossa planilha. E não podíamos passar nos pontos de controle muito adiantados ou atrasados, pois passar muito adiantado ou atrasado por um ponto de controle significava perder pontos.

Até o ponto de controle número dois nós fomos muito bem e passamos dentro de uma margem de tempo aceitável. Mas logo nos perdemos por culpa de uma referência errada e acabamos perdendo um bom tempo até chegarmos ao ponto de controle número três. Em seguida conseguimos recuperar um pouco nosso tempo e passamos bem pelo ponto de controle quatro. Mas a partir daí nos perdemos e ficamos andando de um lado para outro tentando entender a planilha e encontrar o caminho correto. Nossa maior dificuldade foi que a planilha passou a ter poucas referencias e isso fez com que ao errarmos um pouco a contagem da distância a percorrer através da contagem de passos ou errar em alguma leitura da bussola ou indicação da planilha, a falta de referencias nos fazia ficar literalmente perdidos. E não fomos o único grupo a ficar perdido a partir do ponto de controle quatro. Mais grupos também se perderam e reclamaram da falta de mais referencias. Como se tratava de uma prova de orientação para iniciantes, bem que os organizadores podiam ter facilitado um pouco e colocado mais pontos de referencia na planilha.

Após três horas de caminhada pelo interior do Parque do Ingá, chegamos ao final do Treekingá. Na colocação geral ficamos em 15 º lugar entre as trinta equipes participantes, o que não foi um mau resultado se levarmos em conta nossa falta de experiência nesse tipo de prova, bem como as dificuldades que enfrentamos e os perdidos que demos. No final valeu a experiência e espero no futuro participar de outras provas do tipo. E com certeza se não tivéssemos tido tanta dificuldade na parte final do enduro, teríamos ficado numa colocação muito melhor. Mas valeu ter participado e conhecido novas pessoas, feito novos amigos!

Equipe Peregrinos I (de branco) e Peregrinos II (de azul).
A primeira página da Planilha de Orientação.
Na LARGADA: Matilde, Gaúcho, Mada, Sueli e Vander.
Quase chegando no primeiro ponto de controle.
Local onde muitas equipes se perderam.
Nesse momento estávamos bem perdidos.
Mada e Gaúcho tentando encontrar o caminho certo.
Na CHEGADA a divulgação do resultado do Trekkingá.

Caminhada na Natureza em Pitanga

Domingo foi dia de levantar cedo e viajar 135 km até à cidade de Pitanga, para participar de mais uma Caminhada na Natureza. Dessa vez tive a companhia de minhas amigas Marilene, Zilma e Cris. Essa foi à primeira Caminhada na Natureza de que participei nesse ano, pois em razão de outros compromissos não pude ir às outras caminhadas que aconteceram aqui pela região em 2012.

A caminhada de Pitanga foi a mais organizada de que já participei. O pessoal que organizou essa caminhada está de parabéns! O percurso foi de 12 km e passava por lugares bonitos, sendo alguns trechos de mato e muitas araucárias. Também passámos por uma bela cachoeira, onde ao lado existiam algumas pedras com inscrições antigas, possivelmente mapas feitos na rocha por antigos viajantes que passaram pelo local há dezenas de anos. O fato lamentável é que no local existem muitas pichações e algumas foram feitas por cima dessas inscrições. Ontem vi que alguém tinha acabado de escrever o nome e colocado à data numa das pedras, em cima de uma das antigas inscrições. E pela data dava para ver que tinha sido alguém que participava da caminhada. É lamentável que pessoas ditas civilizadas façam coisas do tipo. Mas infelizmente existem muitas pessoas por aí que não sabem e não merecem viver em sociedade.

Mesmo com sol e um céu sem nuvens, a temperatura estava agradável e foi muito gostoso caminhar. Quem sofreu um pouco foi a Zilma, que está fora de forma e nas subidas quase não conseguia caminhar. Mas com a ajudinha de um “isotônico” de uva ela ganhou uma força extra para chegar até o final da caminhada.

E a melhor parte da caminhada foi o almoço, que estava caprichado e com uma variedade enorme de opções. Comi mais do que queria, devia ou podia! Após o almoço fiquei sentado na grama conversando com minhas três amigas de caminhada e estamos com algumas ideias interessantes com relação a caminhadas. Se o que conversamos for em frente, conto aqui em breve.

Início da caminhada
Alguns caminhantes.
Dia bonito para caminhar.
Trecho da caminhada.
Araras.
Pessegueiros floridos.
Zilma, Vander, Mari e Cris.
Cachoeira.
Antigas inscrições na rocha.
Almoço.

Calendário Anda Brasil 2012

O “Anda Brasil” lançou um jornalzinho com informações sobre caminhadas e também o calendário de “Caminhadas na Natureza” em 2012. O jornalzinho tem muitas fotos e numa dessas fotos eu apareço, junto com o pessoal de Maringá, durante uma caminhada em Nova Tebas em 2010.

E dando uma olhada no site do Anda Brasil, vi que estão postadas lá algumas fotos de caminhadas que participei em 2011, inclusive algumas fotos são de minha autoria. Acho legal isso, de poder ajudar com as fotos a divulgar o projeto desenvolvido pelo Anda Brasil.

Para os interessados em saber se existem caminhadas programadas para sua região, favor acessar o site do Anda Brasil e dar uma olhada no calendário: http://www.andabrasil.com.br/

Jornalzinho do Anda Brasil.
Apareço na última foto.
Foto com o pessoal de Maringá. (Nova Tebas - 2010)

Caminhada na Usina

Aproveitando o sábado de muito calor, fui com minhas amigas Mari e Mariá fazer uma caminhada em volta da Usina Mourão. Minha mãe foi junto, mas como ela não pode caminhar em razão de um problema no joelho, a deixei na chácara de um tio, onde também ficou o carro.

O sol estava de rachar mamona, mas como a Mari conhece alguns “atalhos” na região, acabamos caminhando um bom trecho no meio de árvores. Na sombra estava gostoso caminhar e não foi tão cansativo. O mais difícil foi ouvir as duas “comadres” fofocarem o tempo todo… kkkk!!! Após 1h45min e cerca de sete quilômetros de caminhada, chegamos ao outro lado da Usina, na chácara de nossa antiga amiga de caminhadas, Zilma.

Após um breve descanso, muita água gelada e um animado bate papo, pegamos carona de lancha com um primo meu que estava passeando por lá. Fizemos um passeio pela represa e daí ele nos deixou na chácara do meu tio, onde iniciamos a caminhada. Acabou sendo uma tarde muito agradável, onde tanto o passeio a pé quanto o de lancha foram divertidos.

Mari e Mariá, no início da caminhada.
Caminhando sob árvores.
Mari, Vander e Mariá.
Curtindo o passeio.
Fortes emoções...
No meio da Usina Mourão.

Caminhada na Natureza em Rosário do Ivaí

Após a noite mal dormida o jeito foi levantar acampamento e ir tomar café. Fomos até o salão paroquial, onde estava sendo servido o café da manhã para os caminhantes. No cardápio muito suco de uva e uvas. Notei que tinha bem menos caminhantes do que ano passado. Acredito que por ser próximo ao Natal, muita gente já está de férias e viajando, talvez por isso que o número de caminhantes era muito inferior ao de outras caminhadas de que participei.

Após o café iniciamos a caminhada. Os demais caminhantes já tinham partido, e seguimos tranquilamente, pois nosso objetivo nunca é ser os primeiros a chegar, pois não estamos participando de uma corrida. Seguimos sempre em nosso ritmo próprio, conversando, curtindo a paisagem e fazendo paradas sempre que existe necessidade de descanso, ou então para observar e curtir melhor determinado local. Esse ano inverteram o trajeto, que foi o contrário do trajeto do ano passado. Achei tal idéia inteligente, pois para quem já tinha feito antes tal trajeto, dessa vez parecia estar fazendo um trajeto totalmente novo. É incrível como passar por um mesmo lugar, mas em sentido contrário muda tudo, é como caminhar em um outro lugar.

O sol estava muito quente e isso judiou um pouquinho de nós. Fisicamente estou muito bem, e a caminhada foi como um passeio no parque para mim. Nos últimos dias tenho treinado entre duas e três horas diariamente, fazendo caminhadas, correndo, andando de bike, fazendo aulas de RPM e musculação. Então meu preparo físico está muito bom e não senti nenhum cansaço durante a caminhada. Somente o sol quente é que judiou um pouco. Pelo caminho vez ou outra passávamos ou éramos passados por um grupo de Pitanga. Após tantos encontros durante a caminhada, chegou um momento e que começamos a caminhar um trecho junto com o pessoal de Pitanga e a conversar com as garotas do grupo. É legal esse tipo de intercâmbio que ocorre durante as caminhadas e onde sempre nasce alguma amizade.

Fizemos algumas curtas paradas para descanso e também nos postos de controle durante o trajeto. Nesses locais sempre tinha água gelada, o que era uma benção. Num dos pontos de parada, teve um rapaz que exerce um cargo na Prefeitura local, e cujo nome não lembro, que ao saber que não tínhamos dormindo por culpa do barulho, disse que ano que vem ele faz questão que vamos dormir na casa dele, pois lá não tem barulho. Esse é um dos momentos bons das caminhadas, conhecer pessoas que mesmo sem nos conhecer direito, nos convida para almoçar, jantar, dormir em suas casas. E quanto mais interior, melhor e mais sincera é acolhida.

Durante a caminhada passamos por muitas plantações de uva e dava para ver o pessoal trabalhando na colheita. Em alguns sítios por onde passamos, eram visíveis no quintal caixas e mais caixas de uvas colhidas. O cheiro de uva no ar era delicioso. Quase no final da caminhada passamos por um rio e como fazia muito calor e não tínhamos tomado banho na noite anterior e estávamos com poeira no corpo todo, descemos à ponte e fomos nos banhar no rio. Entrar na água fria após caminhar muitos quilômetros sob sol quente é algo prazeroso e relaxante. Após um tempo no rio, o jeito foi voltar à estrada e percorrer o último quilômetro da caminhada, que terminou no parque de exposições, onde estava sendo servido o almoço.

Almoçamos, conversamos um pouco com a Ivaldete, que é da Emater e uma das organizadoras das Caminhadas na Natureza no Paraná. Já a conhecíamos de outras caminhadas e ela sempre nos trata muito bem, tem sido muito atenciosa e nos dá dicas de locais para acampar. A Vanessa se inscreveu num concurso de quem mais comia uva, que aconteceria mais no final da tarde. Enquanto esperávamos o horário do concurso, fomos procurar um local para descansar. Encontramos um gramado ao lado de uma rua empoeirada, próximo ao campo de futebol e foi ali mesmo que deitamos para descansar. Eu estava com tanto sono, que logo dormi. Mesmo deitado sobre algumas pedras e com barulho em volta, dormi tão profundamente que cheguei a sonhar. Já dormi em lugares bem piores, então aquele gramado naquele momento parecia à cama de um hotel cinco estrelas.

Eram quatro horas quando voltamos ao parque de exposições. A Vanessa ocupou seu lugar em frente a um prato cheio de uvas. Eram quinze participantes do concurso de comedor de uva e ganhava quem comesse tudo em menos tempo. E só podia deixar os cachos das uvas no prato, o restante tinha que comer tudo. A Vanessa tinha tomado café da manhã e comido bastante no almoço, então sabíamos que as chances dela ganhar eram quase nulas. Mas como ela é “comilona” de repente podia ser a zebra do concurso. Foi divertido ver o pessoal comendo uvas desesperadamente, motivados pelo prêmio em dinheiro. A Vanessa não fez feio, comeu cinco cachos e ficou em penúltimo lugar. Ela vai treinar durante o ano e na próxima irá lutar bravamente pelo título de maior comedora de uva de Rosário do Ivaí. Os dois primeiros colocados eram de Campo Mourão, mas não conhecia nenhum deles.

Quase no final da tarde pegamos a estrada de volta para casa. Estávamos todos muito cansados, mas felizes, pois o final de semana foi muito movimentado e divertido. Na viagem tive que me esforçar para não dormir ao volante. Quando passamos por Lunardelli, fizemos uma parada para descanso e para beber algo gelado. Daí aproveitamos para conhecer a Capela de Santa Rita, que é famosa na região por ser milagreira. Não demoramos muito e voltamos à estrada. Mesmo cansados, o pessoal estava animado e conseguia fazer uma ou outra graça. E todos já estão pensando no próximo ano, nas próximas caminhadas e acampamentos. Uma pena que a Karina está mudando de cidade e não fará mais parte de nossa turminha de caminhantes. Então para finalizar, desejo em nome de todos uma boa viagem e muita felicidade a Karina nessa nova fase de sua vida.

Café da manhã com muita uva.
Bela paisagem no início da caminhada.
Shudy, Valter, Karina, Vanessa e Vander.
Momento de descanso e água gelada.
Caminhando sob sol forte.
Colheita da uva.
Banho de rio.
Olha o "peixinho"!!
Hora do almoço.
ZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...
Vanessa no concurso de comer uva.
Os competidores gulosos.
Levando uvas para casa.

Festa da Uva, Show de Gilberto & Gilmar, e Acampamento em Rosário do Ivaí

No sábado fui para o último acampamento e caminhada do ano. Saí de Campo Mourão com a Vanessa e a Karina. A bagagem das duas praticamente ocupou todo o espaço do porta malas do carro. Em Engenheiro Beltrão encontramos o Valter e o Shudy, que tinham vindo de Maringá. Nos “amontoamos” os cinco no carro e seguimos em direção a Rosário do Ivaí. Ano passado estive na caminhada de Rosário, mas como fui de ônibus com o grupo do Jair, de Maringá, e dormi durante toda a viagem tanto na ida quanto na volta, eu não sabia direito parte do caminho. Então antes de sair de casa desenhei um mapa num papel e coloquei no bolso. Quando na estrada tirei o mapa do bolso, a Vanessa teve a idéia de colar o mapa com um chiclete no pára-brisa, e deu o nome de “GPS de pobre”. A partir daí a zoação correu solta e isso fez a viagem passar mais rápida e ser mais agradável. Rosário é o local mais distante onde já fui fazer caminhada, pois fica a 220 km de casa. E a cidade é meio que no “fim da linha”, pois tem a estrada asfaltada que acaba em Rosário e depois não tem mais nada, somente pequenas estradas de terra. A região é bonita, fica no meio de alguns morros. Quase no final da viagem passamos por um descida interminável, com uma vista linda, onde a Vanessa aproveitou para gravar um fiminho da paisagem e de nossa bagunça no carro.

Quando chegamos a Rosário já estava começando a escurecer. Paramos na entrada da cidade, onde existe a imagem de uma santa e de um imenso rosário de cimento estendido em um gramado. Tiramos algumas fotos ali, o Valter fez xixi no poste ao lado da praça e seguimos até o centro da cidade. Demos uma volta para descobrir um local onde poderíamos jantar e fomos até o parque de exposições. Andamos pelo parque, verificamos o horário do rodeio e do show sertanejo que aconteceria ali e voltamos para o centro. Paramos numa lanchonete e jantamos pizza. Ali aproveitamos para gravar um vídeo em comemoração ao aniversário da Marilene, que dessa vez não pôde ir conosco. A comemoração teve direito a vela (só não queiram saber de onde veio a vela) e parabéns para você, mas em vez de bolo a vela foi em cima da pizza. Depois comemos e ficamos papeando. Vale mencionar que a Vanessa cobriu todas as fatias de pizza que comeu, com maionese e Ketchup numa quantidade exagerada, como nunca vi alguém fazer. Achei que o dono da lanchonete ia cobrar o vidro de Ketchup, pois ela comeu quase um vidro inteiro.

Voltamos para o parque de exposições e demos uma volta por lá. Faz algum tempo que não chove em Rosário, e a poeira no local era de dar medo. Algo que nos chamou atenção ali foi que quase todos trajavam camisa xadrez e bota. Nosso grupinho destoava dos demais presentes, pois alguns usavam tênis e bermuda. Não demorou muito e começou o show com a dupla Gilberto & Gilmar. Assisti um show deles em 1987, em Campo Mourão. Conhecia quase todas as músicas que a dupla cantou no show, principalmente as mais antigas. Logo muita gente começou a dançar durante o show e subia tanta poeira, que em algumas fotos que tiramos é possível ver a poeira no ar. Como o show estava ficando animado, aproveitei para dançar um pouco também. Após o show, andamos um pouco pelo local e fomos procurar um lugar para acampar.

Montamos nosso acampamento em um campo de futebol, próximo ao parque de exposições. Já eram quase duas da manhã e o barulho e movimento de pessoas no local era grande, sinal de que teríamos um noite complicada para dormir. Não tinha onde tomar banho, e por estar me sentindo mal com tanta poeira no corpo, acabei me lavando numa torneira próxima. Depois fui para a barraca e tentei dormir, mas com tanto barulho próximo, levei um tempão para pegar no sono. Quando finalmente dormi, não demorou muito e fui acordado pela Vanessa, puxando meu pé. Ela queria a chave do carro, pois estava mal do estômago e queria pegar um remédio. Na hora lembrei que o motivo do mal estar só podia ser o monte de Ketchup que ela comeu. Tentei voltar a dormir, mais foi impossível. Além do som alto em muitos carros estacionados próximos, vez ou outra alguém soltava fogos de artifício.

Era quase cinco da manhã e eu tentando dormir, daí ouvi uns ruídos estranhos e fui olhar fora da barraca. Numa arquibancada perto, três caras e uma guria, todos bêbados, estavam organizando um tipo de orgia. Não demorou muito e dois dos caras correram pelados pelo campo de futebol. Voltei a tentar dormir e quando estava quase pegando no sono, ouvi gritos de Quero Quero. Dessa vez não teve galo me acordando como de costume, mas teve Quero Quero! Demorou um pouco e quando estava novamente pegando no sono, três cachorros começaram a correr pelo meio das barracas, brincando. Depois disso não lembro de mais nada, só sei que dormi com o dia amanhecendo. Devo ter dormindo cerca de uma hora e meia e acordei, pois com o sol aquecendo a barraca, era impossível ficar ali dentro. Eram quase oito da manhã, não tinha dormido nada, mas mesmo assim levantei animado para desmontar acampamento e ver o que o domingo nos reservava.

Entrada de Rosário do Ivaí.
Na arena do rodeio.
Vanessa e o ônibus de Gilberto & Gilmar.
Jantando pizza.
Show de Gilberto & Gilmar.
Público vendo o show, e a poeira aparecendo na foto.
Nossa turminha vendo o show.
Vanessa e Vander dançando.
Amanhecer no acampamento.

Caminhada na Natureza em Faxinal

Após a noite acampados num hotel fazenda em Faxinal, seguimos bem cedo até a AABB, onde teria início a Caminhada na Natureza. Quando chegamos à AABB, me surpreendi com a quantidade de pessoas que estavam lá, se preparando para caminhar. Depois fiquei sabendo que foram 501 caminhantes inscritos. Andando pelo local e tirando fotos, me chamou atenção um grupo de caminhantes de Londrina, composto por muitas pessoas e todos uniformizados.

Fomos tomar café, mas já tinha acabado. O problema não foi culpa dos organizadores da caminhada, mas sim dos próprios caminhantes. Muita gente não faz inscrição antecipada pela internet e mesmo que os organizadores façam o planejamento do café para uma quantidade maior de pessoas, algumas vezes o número de pessoas que aparecem para caminhar ficar bem acima do esperado. Dessa vez foi isso que aconteceu, o número de caminhantes superou em muito o esperado, pois muita gente (inclusive eu) não fez a inscrição antecipada.

Como não tinha café, eu, Mariá, Marilene, Celso, Walter e Shudy, fomos tomar café em uma padaria próxima ao local onde estávamos. Quando voltamos para a AABB, o pessoal já tinha partido e fomos os últimos a iniciar a caminhada. A Mariá e a Marilene, logo pegaram carona num ônibus, pois queriam caminhar junto com o restante do pessoal. Eu e os meninos recusamos a carona e preferimos seguir caminhando.

Os primeiros quilômetros de caminhada foram por uma estrada de terra. Depois pegamos uma outra estrada também de terra e chegamos à cachoeira Chicão I. Descemos por uma trilha no meio do mato até chegar ao rio abaixo da cachoeira. Ficamos um tempo ali admirando a beleza do local e tirando fotos. Depois retornamos à estrada e seguimos por uma longa subida. Na metade da subida viramos a esquerda e passamos a caminhar por dentro de uma fazenda. A vista era bonita, e passamos por uma mata cheia de belas araucárias. Então passamos a caminhar pelo meio de um pasto, ora descendo, ora subindo morro. Entramos em um trecho de mata fechada e chegamos a mais uma cachoeira. Depois voltamos a caminhar pelo mato e em seguida por uma longa estrada de terra em meio a uma plantação de feijão. Atravessamos uma precária ponte de madeira sobre um rio e voltamos à estrada na qual tínhamos iniciado a caminhada.

Fizemos uma parada em um sítio, onde eram vendidos alguns produtos de artesanato. Fazia calor e aproveitei para provar um suco de laranja e cenoura que duas simpáticas senhoras vendiam. O suco tinha sabor de Fanta. Saindo do sítio caminhamos próximo a uma plantação de eucaliptos e logo passamos por uma cerca de arame e chegamos até uma espécie de caverna, ao lado de um rio. Tiramos algumas fotos na caverna e voltamos a caminhar, dessa vez dentro de uma mata e sempre próximo a um rio.

Quase saindo da mata, passamos por alguns dos integrantes do grupo de Londrina e acabamos conversando com alguns deles. O nome do grupo é Londrinapé, e eles fazem caminhadas praticamente todos os finais de semana. Seguimos caminhando e ao olhar para trás vi que uma das moças de Londrina estava tirando fotos de tudo o que via pela trilha. Então parei e perguntei para a tal moça se ela era bióloga, pois tenho uma amiga bióloga que tem o costume de tirar fotos de tudo o que se move e não se move, quando ela entra em uma mata. A resposta foi que ela era agrônoma, o que também explicava ela estar tirando fotos de tudo o que via na mata. Estávamos quase no final da caminhada, e iniciei uma gostosa conversa com a tal moça (Heverly) que seguiu até chegarmos ao hotel fazenda onde tínhamos acampado, e onde estava sendo servido o almoço para os participantes da caminhada.

Após almoçar, descansar e conversar fomos caminhar mais um pouco para conhecer a Cachoeira da Fonte. Seguimos alguns minutos por uma estrada e depois por uma trilha em meio à mata. Quando chegamos à cachoeira me surpreendi com sua beleza. A Cachoeira da Fonte tem 62 metros de altura e é muito bonita. Não pude resistir e junto com o Celso e o Shudy, entrei na água e fomos até próximo ao local onde a água da cachoeira caí no rio. A queda da água era tão forte que não dava para entrar embaixo. Mas não precisava entrar embaixo da cachoeira para ficar molhado, pois a água era borrifada em grande quantidade e a uma grande distância. Foi uma experiência muito gostosa ficar no rio próximo a cachoeira. Mas tudo o que é bom dura pouco e logo tivemos que voltar para o Hotel Fazenda. Lá esperamos o ônibus que nos levaria até a AABB para pegarmos os carros e voltarmos para casa.

O ônibus acabou atrasando e isso me fez perder a final do Campeonato Brasileiro, onde o meu Corinthians foi campeão. Mas não me importei em perder o jogo, pois o dia foi tão interessante que acabou valendo a pena cada momento dele. Além de conhecer novos lugares, também pude conhecer novas pessoas, algumas muito interessantes. Então valeu muito o final de semana, e que venham novos acampamentos e caminhadas.

Pessoal se reunindo para iniciar a caminhada.
Café da manhã na padaria.
Mari e Mariá.
Cachoeira Chicão I.
Araucárias.
Parada no sítio.
Caverna.
Caminhando na mata.
Vander e Heverly.
Cachoeira da Fonte.
Celso, Vander e Shudy.
Delíciaaaaaaaaaaaaaaaaa....
Prontos para ir embora.

Acampamento em Faxinal

Troquei um final de semana em Camboriú, por um acampamento e caminhada em Faxinal. Mas não me arrependo, pois além de estar resfriado e sem vontade de fazer uma viagem longa, quem me conhece bem sabe que prefiro montanha, mato e cachoeira, do que praia.

A ida até Faxinal foi tranqüila e dessa vez fui como caronista. Exagerei na dose do remédio para o resfriado e acabei dormindo um pouco na viagem. Mas acordei a tempo de ver que a motorista tinha passado direto por Faxinal. Não sei o que aconteceu, mas sei que quando acordei já estávamos uns 3 km após Faxinal. Daí foi dar meia volta e retornar a cidade. E com certeza vou pegar no pé da Mari por muito tempo, por culpa desse “deslize” por parte dela.

Em Faxinal encontramos nossos amigos de Maringá e seguimos alguns quilômetros por uma estrada de terra, até chegar ao Hotel Fazenda Cachoeira da Fonte. Lá armamos nossas barracas e ficamos esperando que fizessem à janta. Dei uma grande bobeira ao não levar nenhuma blusa e de ter levado somente bermudas. A noite fez muito frio, nem parecia que durante o dia tinha feito bastante calor. Sei que passei frio e tive que me enrolar no saco de dormir para poder ficar andando fora da barraca.

A janta estava muito boa e me acabei de tanto comer torresminho de porco. Depois fiquei conversando um tempo com o pessoal e daí fui olhar as estrelas. A noite estava limpa, sem nenhuma nuvem e com lua. O céu estava repleto de estrelas e consegui ver algumas estrelas cadentes. Mas chegou um momento em que o frio era tanto, que achei melhor entrar na barraca e tentar dormir. Com o frio a barraca se torna mais confortável e aconchegante. Próximo ao local onde acampamos, tinha uma cachoeira, e ouvir o barulho da mesma era quase uma canção de ninar. Dormi muito bem e só fui acordar de madrugada com o barulho do alarme da caminhonete da Mari, que disparou sem motivo. Voltei a dormir e depois fui acordado por uma sinfonia de galos. Eram dois ou três, e tinha até um garnisé, que cantava mais fino. É difícil um acampamento onde os galos não incomodem. Estou começando a pegar raiva desses “bichos penudos”… Acho que vou comprar um estilingue para levar nos próximos acampamentos!!!

O Waltério babando na cerveja…
Mari, Mariá e Walter.
Jantando no frio.
Acampamento ao amanhecer.
Cachoeira próxima ao acampamento.

Caminhada Noturna em Apucarana

Ontem teve caminhada noturna em Apucarana, e durante a semana convidei o pessoal de Campo Mourão para ir junto comigo nessa caminhada, mas ninguém podia ir. Daí fiquei desanimado e decidi que também não ia. Mas na última hora mudei de idéia, e segui para Apucarana. O engraçado foi que ano passado, no dia 21 de novembro aconteceu algo parecido. Teve caminhada noturna em Apucarana, era um sábado de muito sol e calor, e eu estava desanimado e triste, e decidi ir à caminhada na última hora. Quase um ano depois, tudo se repetiu, outro sábado de muito sol e calor, eu desanimado e triste, e na última hora decidi seguir para Apucarana, caminhar na noite e tentar deixar a tristeza e o desânimo pelo caminho.

Dessa vez resolvi mudar o caminho que sempre faço, e pesquisando no mapa descobri um outro roteiro para chegar até Apucarana. Esse roteiro seria 20 quilômetros mais curto e eu fugiria dos pedágios. E também teria pouco trânsito, pois seguiria por estradas de pouco movimento. De desvantagem nesse novo roteiro, era que parte da estrada era ruim, não tinha acostamento e passaria por locais bem desertos, onde caso eu tivesse algum problema mecânico, estaria literalmente f… ferrado. Por outro lado curto dirigir em estradinhas assim, passando por pequenos povoados e cidades, vendo paisagens bonitas e evitando o grande número de carros na estrada. Fazia muito calor e dirigir com as janelas do carro abertas, com o vento batendo no rosto, foi muito gostoso. Fui ouvindo música sertaneja, e cantando junto. Estava nessa “balada” até metade do caminho, quando notei que o mostrador de temperatura estava sinalizando algum problema. A temperatura estava quase no limite aceitável. Parei, tentei descobrir se tinha algo errado no motor, e não descobri nada. Voltei à estrada e tive que tirar o pé do acelerador, pois sempre que “pisava” um pouco mais a temperatura chegava ao limite de segurança, e se forçasse mais poderia fundir o motor. Tendo que reduzir a velocidade comecei a temer que não chegaria a tempo de encontrar o pessoal da caminhada no centro de Apucarana.

O horário de saída dos ônibus que levaria o pessoal até o local da caminhada, era 19h30min. Quando deu esse horário eu ainda estava há 20 quilômetros de Apucarana. Então lembrei que tinha o telefone de uma pessoa que faria a caminhada e liguei para ela. Expliquei meu problema, e pedi que pedisse para o pessoal da organização esperar até eu chegar. Esses últimos 20 quilômetros fui guiando com todo o cuidado, no limite entre superaquecer o motor de vez e ficar parado na estrada. Cheguei ao centro de Apucarana, na praça da Catedral, com vinte minutos de atraso. Vi o pessoal já embarcado nos dois ônibus da prefeitura e fui procurar um lugar para estacionar. Mas estava tendo um casamento na Catedral e não tinha nenhuma vaga para estacionar. Inclusive vi os noivos, que estavam tirando fotos no meio da rua em frente á igreja. Além de atrapalharem ainda mais o trânsito que já estava caótico, achei o ângulo da foto e tudo em volta muito horrível. Independente disso tive que dar umas voltas até conseguir estacionar, duas quadras para baixo da Catedral. Fechei o carro, peguei minha mochila e saí correndo. Para cortar caminho, bem que deu vontade de atravessar correndo por dentro da igreja, mas como sou educado e não queria atrapalhar o casamento de ninguém, dei a volta na igreja correndo. Ao chegar à rua do lado oposto, um dos ônibus com o pessoal da caminhada passou por mim. Dei com a mão para pararem, mas o ônibus seguiu em frente. Daí vi o outro ônibus que vinha atrás e dessa vez me meti no meio dos carros, sinalizando feito louco para que o ônibus parasse. Após quase ser atropelado duas vezes, o motorista do ônibus teve bom coração e resolveu parar e abrir a porta. O ônibus estava lotado e consegui achar um espaço minúsculo no primeiro degrau da porta e ali fiquei espremido ao lado de duas moças, enquanto o ônibus dava partida. Uma das moças perguntou se eu era o Vander. Respondi ofegante que sim, ainda tentando me recuperar da corrida atrás dos ônibus e pensando no que teria acontecido se eu não tivesse abortado no último instante minha insana idéia de pegar atalho por dentro da igreja, durante o casamento. A moça (cujo nome esqueci no momento) me disse que um carro tinha ficado me esperando, e que ela ia ligar para a dona do carro avisando que o retardatário (no caso eu) já tinha embarcado em um dos ônibus.

Seguimos durante uns dez minutos por ruas asfaltadas, até que entramos numa estrada de terra. Tinha muita poeira na estrada e percebi que essa caminhada era daquelas de comer poeira. Percorremos vinte minutos pela estrada de terra, sacolejando nos buracos em meio à poeira e com o barulho ensurdecedor do velho motor maçarico do busão ano 74, doendo nos ouvidos. Já estava escuro quando desembarcamos em frente a uma igrejinha fechada. O pessoal do outro ônibus tinha acabado de desembarcar. Ao descer já encontrei alguns amigos de Maringá e fui falar com eles. Após um breve aquecimento, teve início a caminhada noturna. Deviam ser umas cem pessoas participando da caminhada. Eu já tinha participado de outras duas caminhadas em Apucarana, onde as caminhadas são sempre bem organizadas e contam com a participação de muita gente.

Caminhei a maior parte do tempo com minha amiga Mira. E conforme íamos passando por outras pessoas, conversávamos com algumas dessas pessoas e seguíamos em frente. O primeiro quilômetro foi de descida, depois uma longa reta, até que começou uma longa subida. Era bonito ver as luzes das lanternas do pessoal formando uma fila indiana morro acima. Mesmo a noite fazia calor, o céu estava bem escuro e muito estrelado. De vez em quando eu desligava a lanterna e caminhava no escuro, vendo a beleza do céu repleto de estrelas. Foi mais um daqueles momentos em que nenhuma foto ou gravação consegue captar a beleza do momento, do céu, das estrelas. Conforme caminhávamos os cheiros bons e ruins iam se alterando. Era interessante perceber tal mudança olfativa.

Praticamente na metade no caminho ocorreu uma confusão com relação ao caminho a seguir. Ninguém sabia que íamos caminhar em círculo nos primeiros quilômetros e passar em frente à igrejinha onde a caminhada se iniciou. Então quem estava na frente viu a seta branca no chão, que indicava para seguir a direita e não viu a igreja poucos metros à frente, do outro lado da estrada. Isso fez com que muitos caminhantes, inclusive eu, seguisse pelo caminho errado. A seta indicava o caminho a seguir no início da caminhada, pois já tínhamos passado naquele local. Felizmente alguém da organização percebeu e foram de Kombi avisar que estávamos no caminho errado. Daí o jeito foi dar meia voltar e seguir até encontrar o caminho certo. Tal erro fez com que eu andasse cerca de um quilômetro e meio a mais, o que não foi nenhum dano, principalmente por me encontrar bem fisicamente, o que não me deixa cansado em uma caminhada “curta” de dez, doze quilômetros.

A parte final da caminhada foi por uma estrada longa, que iniciou com uma longa subida. De um lado da estrada dava para ver ao longe as luzes da cidade, e do outro lado muitos cafezais. Seguimos pela estrada até chegar a uma Estação Ecológica e ali entramos. Caminhamos pelo meio de uma mata bem preservada e finalmente chegamos ao fim da caminhada. Eram 22h42min, e como fui um dos primeiros a chegar, aproveitei que não tinha fila e fui jantar, pois estava “faminto de fome”. Logo o restante do pessoal foi chegando e não demorou até que todos estivem jantando.

Após a janta fiquei conversando com o pessoal e depois fomos embarcar nos ônibus. Quase chegando ao ônibus pisei em um buraco escondido na grama e levei uma torção no tornozelo direito, o que me fez sentir muita na dor na hora e até agora está causando certo incômodo. Na volta até o centro da cidade fui “espremido” no meio do busão, conversando com a Mira, Celso, Waltério, Bamba e Shudy. Desembarcamos no centro da cidade, tiramos uma foto de nossa turminha juntos, nos despedimos e combinamos a próxima caminhada. Fui pegar o carro e na viagem de volta dirigi com o máximo de cuidado, pois o problema de superaquecimento continuava. Nas descidas eu deixava o carro seguir no embalo, sem acelerar, e isso fazia com que a temperatura baixasse um pouco. Nas retas e subidas eu não passava de 70 km/h, e não tirava o olho do marcador de temperatura. Nessa de olhar demais para o marcador, me distrai e acabei entrando errado num trevo. Somente após percorrer uns cinco quilômetros é que percebi o erro. Daí tive que dar meia volta e procurar a estrada certa. E nesse ritmo lento acabei chegando em casa ás 4h05min da madrugada. Meio tarde, mas felizmente cheguei inteiro. Valeu ter viajado 350 quilômetros entre ida e volta para participar da caminhada. Apesar do problema no carro, cheguei em casa bem humorado e feliz. A tristeza e o desânimo deixei em algum lugar da estrada de terra onde caminhei lá para os lados de Apucarana. Cada dia gosto mais desse novo “hobby” que são as caminhadas. Elas me fazem bem, me deixam relaxado e feliz. O que para muitos é “programa de índio”, para mim é um santo remédio.

Caminhando sob as estrelas.
Vander, Shudy e Bamba.
Caminhada noturna.
Entrada da Estação Ecológica.
Hora da janta.
Celso espremido no busão.
No ônibus, voltando para a cidade.
Despedida, no centro de Apucarana.

Parque Estadual Lago Azul

Mesmo tendo nascido em Campo Mourão e vivido muitos anos na cidade, eu não conhecia o Parque Estadual Lago Azul, distante apenas 6 km do centro da cidade. Engraçado isso, de nesses anos todos ter conhecido muita coisas mundo afora, e não ter conhecido algo que fica quase no “quintal” de casa.

Fui conhecer o parque a convite de uma amiga, Vanessa, e levei junto mais três amigas: Marilene, Mariá e Cris. Chegando ao Parque Estadual Lago Azul, encontramos a Vanessa e nos juntamos a um grupo de rapazes e também alguns alunos da Fecilcan, que estavam tendo aula de campo com um professor de biologia. Nosso grupo percorreu a Trilha Aventura, que percorre vários lugares no interior do parque. Fazia muito calor e a parte boa de percorrer a Trilha Aventura, foi que andamos muito por dentro da água. E também passamos por duas cachoeiras. O momento mais complicado foi quando fui levado pela correnteza, e o Alemão que ajudava o pessoal atravessar o rio na parte de correnteza forte, tentou me segurar e acabamos nós dois sendo levados pela água. Por sorte minutos antes eu tinha “jogado” minha mochila para a Marilene e dessa forma salvei a câmera e as fotos do passeio. Eu estava descalço no momento de atravessar o rio, e além do banho involuntário acabei cortando o pé. Mas não foi nada grave e nem de longe abalou a sensação gostosa de ter percorrido essa trilha tão bonita. Foi uma tarde muito agradável e pretendo voltar outras vezes para percorrer a mesma trilha e atravessar os mesmos rios, só que dessa vez se possível sem cair e ser levado pela correnteza.

No período de 1985 a 1987, a Copel investiu recursos para mitigação dos impactos causados por incêndios florestais. O sucesso das ações ambientais, aliado às características físicas, sócio-econômicas e do biossistema remanescente viabilizaram a criação do Parque Estadual Lago Azul, o qual tem caráter pioneiro no setor elétrico brasileiro. Localizado ao lado da Usina Mourão, próximo à cidade de Campo Mourão, o Parque Estadual Lago Azul é um local de preservação ambiental, e possui muitas belezas naturais.

Fonte: www.copel.com

Parque Estadual Lago Azul.
Trilha Aventura.
Vanessa e Vander.
Vanessa, Mariá, Cris e Marilene.
Atravessando o rio abaixo da cachoeira.
Caminhando por dentro do rio.
Vander e Alemão sendo levados pela correnteza.
Mais uma travessia.
Quarteto molhado.
Mariá entrando pelo cano.
Segunda cachoeira do dia.
Local pouco acima da cachoeira.

Caminhada no Barreiro das Frutas

O dia amanheceu sem chuva e com um sol bonitinho. Levantar foi complicado, mas como não tinha outra opção dei um jeito de sair de minha aconchegante barraca. O pessoal já estava tomando café, e me juntei a eles. Tomar café da manhã é algo que normalmente não faço, mas quando tem caminhada sempre procuro comer algo, para não caminhar de pança vazia. Comi um sanduba de queijo com presunto e bebi um copo de água. É que só tomo chá e não tinha chá. Preciso reclamar sobre isso com a Marilene, que foi quem organizou a caminhada. Mari, sei que você vai ler isso, então favor levar um caixinha de chá mate natural Leão na próxima caminhada. rs!!!

Antes de sair caminhar desmontamos as barracas, tiramos uma foto com todo nosso grupo e pouco antes das nove iniciamos a caminhada. O primeiro trecho tinha barro, em razão da chuva do dia anterior. E não demorou muito chegamos ao asfalto e seguimos por ele um bom tempo. O clima estava ótimo para caminhar, pois mesmo com sol não fazia muito calor. Como nosso grupo não era grande fomos caminhando próximos uns aos outros. E como é natural se formavam alguns grupinhos ou duplas que seguiam juntos caminhando. O trecho que percorremos no início eu já conhecia de outras caminhadas e passeios de bike. A região é bonita, com muito verde.

Menos de duas horas de caminhada e chegamos à ponte do Rio da Várzea. Depois da ponte enfrentamos a primeira grande subida da caminhada e o tempo fechou, começando a cair uma fina garoa. Mais um pouco caminhando e entramos num lugar de mata fechada, seguindo ao lado do rio e chegamos ao Salto Santa Amália. Pelo plano original, deveríamos atravessar o rio pouco abaixo do Salto Santa Amália e seguir por uma trilha do outro lado. Mas em razão da chuva dos últimos dias o rio estava muito cheio e com a correnteza forte. Então o jeito foi descansar um pouco ali e dar meia volta, seguindo pelo caminho de onde tínhamos vindo. Ao chegar novamente a ponte do Rio da Várzea começou a garoar e algum tempo depois começou a chover mais forte. Acabamos nos molhando, mas foi divertido.

Fizemos um trecho alternativo na volta, para não passar pelo mesmo caminho. Viramos em uma estrada de terra e após pular uma porteira e passar por um pasto cheio de vacas, entramos numa região de mata. A chuva parou e o sol voltou belo e formoso. Mas o barro permanecia e em alguns trechos foi complicado caminhar, pois o barro grudava no calçado e ficava pesado o movimento de levantar os pés ao dar as passadas. Passamos por algumas casas que estavam vazias, pulamos mais duas porteiras e logo chegamos próximo a uma aldeia indígena. Em seguida enfrentamos a maior subida da caminhada e com o sol do meio-dia, acabou sendo a parte mais complicada do caminho. No final da subida paramos sob a sombra de algumas árvores para descansar e parte do pessoal aproveitou para colher jabuticabas.

Após o breve descanso recomeçamos a caminhada e chegamos a Comunidade do Barreiro das Frutas. Nesse local pernoitamos em outubro do ano passado, durante uma caminhada do Caminho de Peabiru. Ali descansamos mais um pouco e voltamos a caminhar. Chegamos de volta ao local do acampamento pouco depois das três horas e um gostoso almoço nos esperava. Antes de comer fui ao lago tirar o barro de minhas botas e depois me sentei junto com alguns amigos ao lado de um córrego, onde colocamos os pés na água fria. Isso foi algo muito relaxante e logo as dores nos pés tinham desaparecido. Em seguida fui almoçar junto com o pessoal. Daí ficamos conversando um tempo e no final da tarde fomos embora. O acampamento e a caminhada foram muito bons e espero reencontrar o pessoal em breve, se não todos, ao menos alguns, para fazermos novas caminhadas e acampamentos.

Todos sorridentes, prontos para caminhar.
Completando o primeiro quilômetro de caminhada.
Caminhando no asfalto.
Ponte do Rio da Várzea.
Salto Santa Amália.
Local onde deveriámos atravessar o rio.
Caminhando sob chuva.
No meio do caminho tinha uma porteira...
Caminhando na mata.
Barro, muito barro...
Breve momento de descanso.
Marilene colhendo jabuticabas.
Momento relax após a caminhada.
Almoço no meio da tarde.

Acampamento no Barreiro das Frutas

Durante as semanas que fiquei fora do Brasil, senti muita saudade dos acampamentos e caminhadas. Eu via as fotos que os amigos postavam no Facebook e no Orkut e ficava com vontade de ter participado com eles de algumas caminhadas e de um acampamento que aconteceu no Morro dos Ventos, em Nova Tebas. E por sorte, tão logo voltei ao Brasil foi marcado um acampamento com caminhada, na região do Barreiro das Frutas.

Choveu muito no dia do acampamento, e mesmo assim a maioria do pessoal compareceu. Acampamos em uma chácara, e não demorou muito para que alguns dos amigos de Maringá chegassem, bem como o Pierin e sua família, que vieram de Cambé. Para a janta fizemos um churrasco, onde eu e o Doni sofremos para acender o fogo. Depois de jantarmos ficamos conversando. Alguns foram dormir cedo, e outros ficaram até tarde conversando. Parte do pessoal dormiu na casa da chácara, nos quartos e na sala. Eu e alguns outros armamos nossas barracas na varanda, para fugir da chuva.

Fui um dos últimos a ir dormir, fiquei conversando e zoando com o pessoal até tarde. Eram umas três da manhã quando entrei em minha barraca. Estava quase pegando no sono quando as nuvens de chuva dispersaram e surgiu uma lua muito clara no céu. Eu não tinha colocado a capa da barraca e a lua deixou a noite muito clara e tive dificuldades para dormir. De madrugada alguém foi ao banheiro e deixou a luz da varanda acesa, e essa luz batia em cheio no meu rosto. Acordei e demorei em pegar no sono. Daí finalmente dormi e nem mesmo ouvi o galo que alguns disseram ter cantado alto desde muito cedo. O chato foi acordar cedo após ter dormido poucas horas. Mas isso era um detalhe, o importante é que a chuva tinha ido embora e o dia prometia uma ótima caminhada, para eu matar minha saudade de andar pelo mato, no barro, sob sol, sob chuva. Essa é uma paixão que muitos não entendem, mas os que entendem e gostam sabem como é bom.

Churrasqueiros fajutos.
Pessoal chegando para jantar.
Me preparando para dormir.
Pessoal papeando.
O Doni trocou a barraca por um sofá.
O Valteco roncando.
Amanhecer no acampamento.

Caminhada na Natureza: Ivaiporã/Pr

Dessa vez não tinha nenhum galo para me acordar de madrugada, mas mesmo assim acabei acordando as 5h34mim. É que chegou uma mulher que ia preparar uma espécie de exposição sobre a cultura ucraniana. E o local onde a tal exposição seria montada era justamente a poucos metros de minha barraca. Com muito custo consegui voltar a dormir, até que pontualmente às 6h30min parecia que tinha uma banda de rock tocando no acampamento. Era o celular da Karina que despertou. Ela tinha esquecido o despertador do celular ligado e acabou acordando quase todos com a barulheira. Depois dessa desisti de tentar dormir e resolvi levantar. E aproveitei para fazer uma boa ação e acordar os que ainda estavam dormindo. Mas o pessoal é meio mal educado e mesmo eu fazendo uma boa ação em acordá-los, fui xingado por alguns. Né Valter? rs!! 

Depois de desmontar a barraca e guardar tudo na mochila, aproveitei para dar uma volta pelo local. Pude então ver o sol nascendo e iluminando os trigais maduros, um belo espetáculo. Também pude ver a cidade de Ivaiporã, ao longe. Não imaginei que a cidade fosse tão “grande” como é, imaginava que fosse uma cidade bem pequena. O restante do pessoal levantou finalmente e também desmontou as barracas. Quando fui guardar minha mochila no carro tomei um susto, pois na mochila tinha uma aranha “gigante” grudada. Quando pensava no que fazer com a aranha, ela foi mais rápida e se “atirou” dentro do carro, indo parar debaixo do banco traseiro. Tentei encontrar a aranha e tirá-la de lá, mas não obtive êxito na “caçada”. Então deixei para resolver o problema depois.* 

Logo uma Kombi veio nos buscar e nos levou até a Comunidade da Água da Laranjeira, onde seria o início da caminhada. Tinha bastante gente no local e muito mais gente chegando. Depois vim saber que próximo a mil pessoas estiveram participando da caminhada, que faz parte do projeto de Caminhadas na Natureza (http://www.andabrasil.com.br/). Fomos tomar café e encontramos mesa farta, com muitas opções saborosas. Normalmente não tomo café da manhã, mas em caminhadas procuro comer algo, pois o desgaste físico é grande e o almoço quase sempre atrasa. Ao sentar a mesa, em minha frente tinha um rapaz de barba que se mostrou muito simpático e que conversou um pouco conosco. Mais tarde fui saber que ele era o padre da comunidade. O pior é que ele não tinha “cara” de padre. Ainda bem que na frente dele não falei nenhum palavrão ou alguma outra bobagem. No café encontrei mais amigos de Maringá, que fazem parte do grupo do Jair. 

Após o café todos se reuniram no pátio em frente à pequena e simpática igreja do local e após discursos do prefeito e de outras pessoas, o padre fez uma oração e uma personal trainer comandou o aquecimento. E pouco depois das 9h30mim começou a caminhada. Nosso pessoal ficou no final, pois costumamos ir devagar, curtindo o caminho, admirando as paisagens e tirando fotos. Nessas caminhadas tem muita gente que parece estar participando de uma corrida e quer chegar o quanto antes ao final, sem nem curtir o caminho. 

Seguimos por uma estrada, e logo entramos em uma região de mata e ali encontramos um certo congestionamento. Percorremos a trilha pelo meio da mata, seguindo ao lado de um rio. Me chamou atenção à cor da água do rio, que era clara. Normalmente nessas regiões de terra vermelha a água é bem escura. Logo chegamos a um sítio, onde foi montado pelo proprietário uma espécie de circuito. Você passava entre outras coisas por uma fábrica de móveis, galinheiro, jardim, alambique e também por uma cozinha rústica onde fazem doces. Num fogão de barro estava sendo defumado carne de frango. Nesse sítio tinha um balanço onde muitos aproveitaram para brincar um pouco. Seguindo com a caminhada, subimos um morro no meio do mato e depois saímos em uma estrada, para depois seguir um tempo por um carreiro no meio de um trigal. Algum tempo depois chegamos à chácara da Nadir, o local onde tínhamos dormido. Ali estava montada uma espécie de exposição sobre a cultura ucraniana, que é bem forte na região. Tinha livros, discos, fotos e outros objetos. E também tinham alguns jovens vestidos com trajes típicos. O prefeito de Ivaiporã também estava ali, pois estava participando da caminhada e aproveitou a parada para tirar algumas fotos com o pessoal.

Seguimos nosso caminho e passámos a caminhar numa região com muitas plantações de trigo e quase nenhuma árvore. Logo chegamos num local onde um grupo de cavaleiros tinham armado uma espécie de acampamento e preparavam uma costela ao fogo de chão. Ali também tinha um touro com uma sela. Mesmo parecendo domesticado o touro dava medo. Acabei subindo no bicho para tirar fotos e levei uma “rabada” que arranhou meu lábio e só não me acertou o olho em razão de eu estar de óculos. A sensação em cima do touro não é das melhores, pois o bicho se mexe e da à impressão que a qualquer momento ele vai sair disparado, pulando igual nos rodeios. Como não tenho pretensão de me tornar caubói de rodeio, logo desci do bicho. A Karina e o Igor também subiram no touro para tirar fotos. Os demais preferiram descansar e tomar chimarrão numa mesa próxima.

Continuamos caminhando e chegamos num lago muito bonito, cercado de árvores. Não nos demoramos muito ali e voltamos a caminhar. Passamos por uma pequena mata, saímos numa estrada, depois voltamos a caminhar pelo meio da mata, para logo caminhar por uma trilha que ficava entre a mata e uma plantação de milho recém colhida. Então chegamos a uma fazenda e ali bebemos água, descansamos e alguns de nosso grupo aproveitaram para comer algo. Logo voltamos a caminhar e no final de uma subida passamos por uma placa que indicava que estávamos no quilômetro número dez. Faltavam mais dois quilômetros para o fim. Continuamos caminhando e o sol começou a castigar, fazia muito calor. Pelo caminho encontramos poucas pessoas. A maioria dos caminhantes já tinham chegado ao final da caminhada e deveriam estar almoçando. Os quilômetros finais foram sem muitos atrativos e então chegamos a Comunidade Pindauvinha. 

Fomos direto para o barracão onde estava sendo servido o almoço. O cardápio era bem rural, com saladas, porco e frango. Comi bastante para recuperar as energias gastas e depois fiquei conversando com o pessoal. Pouco depois das 15h00 tiramos uma foto com todo nosso grupo e em seguida dois carros da Emater nos levaram até a chácara da Nadir, onde estavam nossos carros. Ali conversamos um pouco, alguns tomaram banho e em seguida nos despedimos e pegamos à estrada. Foi mais um final de semana gostoso, conhecendo lugares e pessoas, em contato direto com a natureza. Para quem gosta de programas assim não existe nada melhor. E que venham às próximas caminhadas! 

* Na metade da viajem de volta, a Karina foi pegar o celular em sua bolsa que estava no banco de trás e soltou um grito ensurdecedor. Ela viu a aranha gigante no chão. Como a aranha não morreu de susto com o grito da Karina, ela tirou a sandália, criou coragem e acertou uma única e certeira “sandalhada” na pobre aranha, que nesse momento deve estar em paz no céu dos insetos. rs…

2ª Caminhada na Natureza
Trigal ao amanhecer.
Amanhecer no acampamento. (28/08/2011)
Café da manhã.
Momentos antes do início da caminhada.
Caminhando pela mata.
No sítio.
Momentos da caminhada.
Com o prefeito e os descendentes de ucranianos.
Momentos da caminhada.
Seguraaaaaa peãooooooo...
Momentos da caminhada.
Almoço e descanso pós caminhada.
Nosso grupo reunido após a caminhada.

Acampamento em Ivaiporã

No último sábado fui para Ivaiporã, cidade distante 128 km aqui de Campo Mourão. Lá encontrei alguns amigos de Maringá e de Pitanga, pois iríamos acampar na chácara da Nadir, que fica bem perto da cidade. O ponto de encontro foi na Pizzaria Show, que pertence à família da Nadir e fica no centro da cidade. Encontrei o pessoal próximo às 21h00min e depois de um bom papo em uma mesa na calçada, entramos para jantar. 

O cardápio foi pizza e Coca-Cola. Tinha uma pizza com cebola e pimentão que era uma delícia e foi a preferida da maioria do pessoal. Na mesa estavam eu e Karina; de Campo Mourão. Shudy, Celso e Valter; de Maringá. Igor, Hermes e João Paulo; de Pitanga. O local estava cheio e num canto uma dupla sertaneja cantava, animando o ambiente. Comemos, conversamos e demos boas risadas. Quase no final da noite “seguimos” a Nadir até sua chácara e lá montamos acampamento. Antes de dormir ainda rolou muita conversa. Eu não consigo dormir cedo e fui o último a ir para a cama, ou melhor, ir para a barraca. E antes de dormir fiquei um bom tempo num canto escuro vendo as estrelas.

Jantando na pizzaria.
Shudy, Igor, Hermes, João Paulo, Valter, Vander, Celso, Nadir e Karina.

GAT Nova Tebas

As imagens abaixo “surrupiei” no Blog do GAT de Nova Tebas (Grupo de Apoio ao Turismo), coordenado pelo Marcos. São imagens do Enduro a Pé, do qual participei alguns dias atrás. O pessoal do GAT faz um trabalho bonito na região, explorando as belezas naturais do local, que são muitas. A cidade é pequena, sua economia é baseada na agricultura e pecuária, então explorar o turismo é uma forma de fomentar a economia da região. Meus parabéns ao Marcos e ao Wagner Lino pelo belo trabalho que fazem.

http://gatnovatebas.blogspot.com/
http://gatnovatebas.blogspot.com/

II Enduro a Pé de Nova Tebas (2º dia)

No segundo dia do Enduro a Pé, acordei às sete da manhã e nem ouvi o galo cantar. O pessoal disse que ele andou cantando pelo acampamento, mas eu de tão cansado que estava dormi profundamente e nem o galo cantor conseguiu me acordar. Estava um pouco dolorido, com as canelas doendo e ao contrário do que imaginava minhas costas não incomodaram, o que era bom sinal. Nos aprontamos e logo iniciamos a caminhada do dia, que dessa vez começou ali mesmo no local do acampamento. 

O dia prometia ser quente, pois logo cedo o sol estava castigando. O Alex nos acompanhou no início da manhã, seguindo a cavalo ao nosso lado. Andamos pouco tempo e paramos na casa do seu Zé Matogrosso para tomar café. Mais uma vez fomos bem recebidos e com mesa farta. Na saída tiramos uma foto com todo o grupo e os donos da casa e prosseguimos com nossa caminhada. Seguimos por uma estrada de terra e após atravessar uma porteira entramos num pasto onde tinham passado arado, o que dificultava nossa caminhada. Após atravessar o pasto chegamos a uma cerca de arame farpado, a primeiro do dia e o Alex não teve mais como seguir conosco, pois não tinha como atravessar a cerca. Dessa vez inovei e em vez de pular a cerca ou passar pelo meio dos arames, segui o exemplo do Celso e passei por debaixo da cerca.

Seguimos caminhando por um pasto, tomando cuidado com o gado, que deveria estar ali por perto. O local era no alto de um morro e a vista em volta era muito bonita, dava para enxergar bem longe. Logo vimos que o gado estava num local distante de onde passaríamos, o que nos deixou mais tranqüilos. Pena que nossa tranqüilidade não durou muito, pois logo vimos um touro solitário e com cara de poucos amigos, parado ao lado da trilha por onde teríamos que passar. Caminhamos próximos um do outro na esperança de que o touro se assustasse conosco. Era difícil saber quem estava com mais medo, se nós ou o touro. Eu olhei em volta e vi algumas árvores próximas e decidi que seria na direção delas que eu correria num eventual “ataque” do touro. Felizmente o touro não era muito corajoso e foi se afastando do caminho conforme fomos nos aproximando. Depois que saímos do pasto o Marcos comentou que segundo o GPS, nossa média anterior a passar pelo touro era de 2,5 km/h e que a média ao passar perto do touro subiu para 4,2 km/h. Ou seja, com a tensão provocada pela ameaça de um ataque por parte do touro, aumentamos nossa velocidade de caminhada sem nos dar conta. 

Após atravessar a região de pasto, chegamos até um canavial. Ali demos uma parada e fomos chupar cana. Não demoramos muito e seguimos caminhando, até chegar numa fazenda, onde paramos para reabastecer nosso estoque de água. Fomos muito bem recebidos pelo dono da fazenda, que é conhecido do Marcos. O interessante desse local foi a quantidade de cachorros que existiam ali. Para o Thiago que tem “fobia” de cachorros, a parada na fazenda não foi nada agradável. Segundo o dono da fazenda ele tem quatorze cachorros e dois gatos, que convivem todos em harmonia. Não vi todos os cachorros, vi apenas uns oito, de diferentes espécies e tamanhos, bem como vi os dois gatos. Após termos descansado e com o estoque de água refeito, seguimos nosso caminho. 

Passamos a caminhar por uma estrada de pedras irregulares, o que não é nada agradável, pois dói a sola dos pés. E também o movimento de carros era um pouco maior, o que demandava um pouco mais de cuidado de nossa parte. Atravessamos uma grande reserva de mata, um lugar muito bonito e chegamos a comunidade de São José do Paraíso. Não paramos na comunidade, seguimos em frente e logo deixamos a estrada de pedras para seguir por uma estrada de terra. Pouco depois paramos numa casa abandonada para colher poncãs. Então voltamos a caminhar e alguns minutos depois paramos numa encruzilhada para colher jabuticabas. Em seguida fomos em uma casa de outro conhecido do Marcos, mais uma vez para reabastecer nosso estoque de água. Em vez de água, os donos da casa nos convidaram para entrar e nos ofereceram biscoitos e suco de laranja, de goiaba e de limão. Era quase meio dia e os biscoitos com suco serviram para enganar o estômago, pois mais uma vez nosso almoço seria feito com atraso. Na saída tiramos uma foto com os donos da casa e seguimos nossa caminhada. 

Logo voltamos a estrada de pedras e tivemos que enfrentar uma longa subida. Ali ficou claro que meu preparo físico não era dos melhores e praticamente me “arrastei” morro acima, com o sol quente castigando. Chegamos então ao distrito de Poema e ali fizemos uma parada num dos únicos bares da cidade. O pessoal aproveitou para tomar uma cerveja gelada e eu preferi não tomar nada, apenas descansar e recuperar o fôlego para encarar os quilômetros finais do enduro. Logo voltamos a caminhar e seguimos por uma estrada de terra por alguns quilômetros até finalmente chegarmos ao Morro dos Ventos, local onde almoçaríamos e onde encerraríamos o enduro. 

Subir até o alto do morro foi o último esforço que fiz e confesso que não foi nada fácil. Eu já estava começando a sentir tonturas devido ao esforço extremo que fiz nas duas últimas horas. No alto do morro os pais do Wagner nos esperavam com o almoço (Vaca Atolada). A vista do alto é maravilhosa, dá para enxergar a dezenas de quilômetros. O Marcos informou que segundo o GPS, tínhamos percorrido 18 km nesse dia. Então encerrávamos o Enduro a Pé percorrendo 48 km em dois dias, o que é uma marca considerável. Particularmente fiquei muito feliz em ter vencido tal desafio, após quase dois meses machucado e sem poder fazer atividades físicas. E mais uma vez consegui superar meus limites físicos usando a força de vontade. E também contei com a ajuda dos amigos de enduro, que entenderam meus limites físicos e sempre procuraram me ajudar, principalmente quando era necessário atravessar cercas, pois eu tinha muita dificuldade para me abaixar. E vai um agradecimento especial ao Celso, que sem eu pedir me ajudou a montar e desmontar minha barraca no acampamento. 

Após almoçarmos, cada um escolheu um canto do gramado e aproveitou para descansar. Utilizei um pedaço de tronco como travesseiro e tirei um gostoso cochilo. Passamos o resto da tarde ali no Morro dos Ventos, curtindo a paisagem, conversando e descansando. Tiramos a foto final com todos os participantes do enduro, e também com o seu José Lino e a dona Irani, pais do Wagner, e donos do morro onde estávamos. E o motorista do ônibus que foi nos buscar também saiu na foto. Vimos o pôr do sol, que lá do alto é muito bonito. Em seguida fomos de ônibus até o sítio do Alex, onde desmontamos nosso acampamento e voltamos para casa cansados, mas felizes e com muita vontade de retornar em 2012 para  participar do próximo enduro.

Com a família do seu Zé Matogrosso.
Momentos da manhã do segundo dia de Enduro.
Imagens do segundo dia de Enduro.
São José do Paraíso, Jabuticabas e Poncãs.
Parada para sucos e biscoitos.
Estrada de pedras e bar em Poema.
Almoço e descanso no Morro dos Ventos.
Foto de despedida do Enduro a Pé.
Pôr do sol no Morro dos Ventos.

II Enduro a Pé de Nova Tebas (1º dia)

Acordei com um galo cantando. Achei que era hora de levantar e quando olhei o relógio senti vontade de depenar o galo cantor. Eram pouco mais de cinco da manhã, e o jeito foi tentar voltar a dormir. Fazia um pouco de frio, a barraca estava aconchegante, “convidando” para dormir mais. Mas não deu muito certo, o galo era insistente e chato, continuou cantando sem parar. Ainda consegui dormir um pouco e depois de acordar várias vezes resolvi levantar. O restante do pessoal estava acordado, todos querendo depenar o galo. 

Não demoramos muito para nos arrumar e deixando o acampamento montado, seguimos de carro até o centro de Nova Tebas. Lá pegamos um ônibus e viajamos alguns quilômetros até a comunidade de Volta Grande, onde seria o início do II Enduro a Pé de Nova Tebas. Seriamos somente nove participantes. Em razão do roteiro difícil e quilometragem planejada para mais de 40 quilômetros de caminhada, somente alguns “corajosos” se habilitaram a participar. Eu não me considero um dos “corajosos”, mas sim o “inconseqüente” do grupo, pois em razão de ainda estar me recuperando de um problema nas costas, não deveria participar de algo que exige tanto esforço e preparo físico. Mas sou teimoso e inconseqüentemente responsável, sabedor de meus limites. Então tomaria todos os cuidados para não me machucar mais. Minha única preocupação era conseguir acompanhar o ritmo do restante do pessoal. Não queria ser um estorvo para eles. 

Saímos de Volta Grande e logo atravessamos a estrada Campo Mourão/Guarapuava. Atravessando a estrada passamos a caminhar por uma estrada de terra em meio à mata e logo saímos numa região com pasto e muitas araucárias. O tempo estava nublado e meio frio, o que era bom para caminhar. Logo paramos no sitio do senhor José Dal Santo. Ali nos foi servido o café da manhã. Eu ainda estava empanturrado pela costela da noite anterior e não pretendia comer nada. Logo mudei de idéia quando vi a mesa farta. O café foi servido em uma mesa na varanda e o piso estava tão limpo que todos tiraram os calçados. Eu fiquei com preguiça de tirar minha bota e tomei o café ajoelhado ao lado da mesa. O pessoal comeu um monte, talvez prevendo que o almoço atrasaria muitooooo nesse dia. Logo após o café fomos até a Cachoeira São Roque, que ficava ali perto. Tivemos que descer um barranco enorme e úmido, mas sem grandes problemas. A visita valeu a pena, pois a cachoeira é muito bonita. Entrar na água nem pensar, a água estava muito gelada. 

Saindo da cachoeira, seguimos nossa caminhada. Andamos um bom tempo ao lado de uma cerca de arame, próximo a um pasto. Depois tivemos que passar pela cerca. Essa foi a primeira de muitas cercas de arame farpado que teríamos que atravessar nesse dia. Caminhamos por um trigal e após atravessar nova cerca, pudemos ver ao longe uma pequena boiada sendo conduzida por alguns homens a cavalo. Então passamos a percorrer a antiga estrada que ligava Pitanga a Catuporanga. Logo encontramos o primeiro de muitos pés de laranja que fariam nossa alegria durante o dia. O restante da manhã caminhamos por estradas de terra, entre árvores e capinzais. 

Passava um pouco do meio-dia quando chegamos a comunidade de Santa Clara. O Marcos, nosso guia, trabalha na Emater de Nova Tebas e conhece muita gente na região, o que facilitou muita coisa para nós. Em Santa Clara fomos nos abastecer de água em uma casa de pessoas que o Marcos conhece e a dona da casa nos “presenteou” com suco de laranja para levarmos no caminho. E tanto ela quanto o marido insistiram para almoçarmos com eles. Agradecemos o convite e seguimos nossa caminhada.   

Passamos por outra região com muita mata preservada, tendo muitas árvores centenárias. O sol estava começando a castigar, e caminhar sob a sombra das árvores era algo muito bom. Infelizmente logo a mata acabou e tivemos que caminhar sob o sol quente, ao lado de plantações. Passamos em um local onde uma enorme árvore caída servia de “ponte” sobre um riacho. Pulamos uma cerca de arame farpado e fomos atravessar a tal árvore. Foi um exercício de equilíbrio muito divertido. Então surgiu um touro muito bravo do outro lado da árvore, dando urros muito fortes e assustadores. Acho que o touro era meio psicopata. Achamos melhor ficar longe dele e seguimos nosso caminho pela estrada.

No meio da tarde chegamos a Cachoeira Barreirinho. Mesmo com sol forte, a água estava fria e achei melhor não entrar nela. Outro que não entrou foi o Wagner Lino, que estava meio resfriado. O restante da galera foi todo pra água. Após uma hora de descanso na cachoeira, chegou a vez de seguir com a caminhada. Ainda não tínhamos almoçado e a fome começava a apertar. Tínhamos uma programação básica para seguir e horários que não precisavam ser seguidos a risca. Isso era bom, pois podíamos parar em lugares que achávamos mais interessantes. Por outro lado, isso acabava atrasando o horário das refeições, o que acabou não sendo problema, pois ninguém reclamou de ter passado fome ou de comer fora do horário. 

Atravessamos mais um pasto, cuidando para manter as vacas distantes de nós. Entramos em uma estrada e seguimos por ela por um bom tempo, até pular mais uma cerca de arame e seguir pelo meio de um capinzal. Então chegamos a um pé de laranja carregado de laranjas muito doces. Como a fome começava a apertar, fizemos uma longa parada e chupamos todas a laranjas possíveis. Votamos a caminhar e passamos por outra estrada antiga que de tão abandonada foi tomada pela grama e pelo mato. Daí chegamos a um rio e a única forma de atravessá-lo foi entrando na água. Tiramos os calçados e com o Marcos nos guiando atravessamos o rio sem problemas ou quedas. Eu passei por uma situação digamos constrangedora. Escorreguei quando estava no meio do rio e foi uma perna para cada lado. Foi algo parecido com aquelas aberturas de perna que as bailarinas fazem. Confesso que foi uma experiência um pouco dolorida. Após atravessar o rio passamos por mais um pasto e logo chegamos ao Pesque Pague onde seria servido nosso almoço. O detalhe é que eram seis da tarde e o almoço estava mais é com cara de janta. 

Fomos muito bem recebidos no Pesque Pague e o almoço além de farto, era muito saboroso. Todos estávamos famintos e comemos até não poder mais. Eu mal tinha me recuperado da janta da noite anterior e me entupi de comida novamente. E ainda teve sobremesa, que não sei como consegui arrumar espaço para ela em meu estômago. Descansamos um pouco e seguimos com nossa caminhada. 

Já era noite e nos demos conta de que todos tinham deixado as lanternas nas barracas, no acampamento. Ninguém previu que poderíamos nos atrasar e termos que caminhar a noite. Por sorte a lua cheia estava nascendo e nem sentimos falta das lanternas. Foi uma experiência muito interessante caminhar a noite sob a luz da lua, sem lanterna alguma. Eu já tinha participado de caminhadas noturnas, mas sempre com lanternas. Sei que caminhamos por quase três horas iluminados pela lua cheia, até chegarmos a Nova Tebas. Entramos na cidade e caminhamos até o centro, onde sentamos em um gramado próximo a catedral da cidade e descansamos um pouco. Passava um pouco das 21h00min e pelo GPS tínhamos caminhado 30 quilômetros e alguns metros nesse dia. Tinha sido cansativo, mas muito prazeroso e todos estavam felizes por terem vencido o desafio do dia. 

Fomos de carro até o sitio do Alex, onde tinham ficado nossas barracas. Eu estava quebrado e fui direto para minha barraca, onde me deitei e cochilei por alguns minutos. Depois fui tomar banho. O banho era a moda antiga, ou seja, água quente em um galão suspenso por uma corda, com uma torneira embaixo dele. Era um chuveiro adaptado, mas que resolveu muito bem a necessidade de um banho. Lembrei que a última vez que tinha tomado banho nesse estilo, foi há quase vinte anos em uma fazenda no interior do Paraguai. 

Achei que ninguém ia querer jantar, pois tínhamos almoçado às seis da tarde e comemos muito. Mas o Alex e a Jaque prepararam uma alcatara assada e um arroz carreteiro que eram irresistíveis. Todos comemos e eu particularmente não sei como consegui comer tanto em menos de vinte quatro horas. Depois de jantar conversei um pouco com o pessoal e fui me deitar no gramado próximo a fogueira. Fiquei olhando a lua, as estrelas e pensando numa certa loira que naquele momento estava em uma festa em Londrina. Acabei adormecendo ali e após uns minutos acordei assustado e achei melhor ir dormir na barraca. Estava muito cansado, mas feliz por ter conseguido caminhar os 30 quilômetros sem sentir muitas dores. Logo peguei no sono, torcendo para que o galo tivesse ido  “parar”  na panela de alguém e não me acordasse muito cedo no dia seguinte. 

Volta Grande, Cachoeira São Roque, Café da manhã, Santa Clara.
A arte de pular cerca.
Alguns momentos do Enduro a Pé.
Paisagens do caminho.
Cachoeira Barreirinho.
Alguns momentos do Enduro a Pé.
Laranjas e mais laranjas...
Atravessando o rio.
Almoço no final do dia e caminhada sob a lua cheia.

Acampamento em Nova Tebas

Na última sexta-feira fui para Nova Tebas (distante 84 km daqui de Campo Mourão), junto com meus amigos de Maringá: Celso, Valter e Vanderlei. A cidade de Nova Tebas é pequena, mas fica numa região de muitas montanhas, rios e cachoeiras. É uma região muito bonita, onde estive final do ano passado participando de uma caminhada. O acampamento foi um “aquecimento” para o Enduro a Pé que aconteceria no final de semana.

Acampamos na propriedade do Alex, que fica uns 4 km depois da cidade. O Alex e sua namorada Jaque, nos esperavam com uma deliciosa Costela ao Fogo de Chão. A costela estava tão boa que comi demais e quase passei mal. Também acamparam conosco o Marcos (Nova Tebas), Thiago (Poema), Igor e Hermes (Pitanga). Comemos ouvindo música caipira e batendo papo. A noite era de lua cheia e o céu estava muito claro e bonito. Na hora de dormir tive dificuldade para pegar no sono, culpa da barriga cheia… rs! Fiquei um bom tempo ouvindo a “orquestra” de grilos e sapos até que finalmente adormeci.

Desde a viagem ao Peru em janeiro último, que eu não dormia em barraca. E desde o Caminho de Peabiru do ano passado que eu não dormia na “minha” barraca. Foi bom voltar a dormir de barraca e dessa vez pude estrear novos acessórios para acampamento que melhoraram ainda mais o conforto da minha “velha” e querida barraca, companheira de muitas aventuras e de boas lembranças.

Acampamento (foto que o Marcos tirou de cima de uma árvore).
A costela pronta para ser “devorada”.
Provando a suculenta costela.
Conversando sobre “onças”…

Caminhada em Rosário do Ivaí – Pr

A última caminhada do ano foi em Rosário do Ivaí, uma cidadezinha que eu não conhecia. Pra dizer a verdade nunca tinha ouvido falar dela. Fui pra lá com o pessoal de Maringá. Fomos em 17 pessoas num micro ônibus, tudo organizado pelo Jair, caminhante das antigas. O difícil foi levantar de madrugada, pra pegar o ônibus ás 05h00min. Parece algo insano para se fazer num domingo, acordar de madrugada, viajar 180 km e caminhar 10 km sob sol. Mas tem certas coisas que mesmo insanas são prazerosas, então não da pra reclamar. De Maringá até Rosário do Ivaí foram quase três horas de viagem e consegui dormir o tempo todo.

Estava acontecendo a Festa da Uva na cidade e o local marcado para o início da caminhada era justamente no local onde acontecia a festa. Antes de caminhar fomos tomar café da manhã, que entre outras coisas tinha bolo de uva, suco de uva, doce de uva e também… uva. O início da caminhada foi tranqüilo, sem muito esforço e por um lugar muito bonito. Depois atravessamos um rio por uma espécie de pinguela e enfrentamos uma subida brava. Em seguida atravessamos um pasto, uma região de mata fechada e saímos ao lado de um parreiral. Era bonito ver tanta uva no pé. Pelo caminho fomos encontrando postos de apoio com água gelada, frutas e muita uva. Em alguns sítios por onde passávamos era possível comprar produtos locais. Pelo caminho comprei apenas um litro de suco natural de uva. Não dava pra comprar muita coisa e ficar carregando na mochila, pois quanto mais peso pior fica pra caminhar.

Das caminhadas que fiz esse ano, essa foi a que teve as paisagens mais bonitas. Quase no final da caminhada passamos por uma ponte pênsil e depois encontramos um pessoal com cavalos, fazendo churrasco ao lado de um rio. Aceitei o convite que fizeram e subi em um dos cavalos pra tirar foto. Duas coisas que não gosto muito é cavalo e moto, pois caí de ambos e nunca mais me senti seguro em cima deles. Fiz boa parte da caminhada num ritmo rápido, para testar meu preparo físico. Quase no final fiquei esperando algumas meninas do grupo e caminhei com elas. Teve um morador local, plantador de uva, que caminhou um tempo ao meu lado e foi me contando sobre a cidade e sobre a arte de cultivar uvas.

Terminamos a caminhada no mesmo local que iniciamos, mas no sentindo contrário. Foi cansativo, mas prazeroso caminhar os 10 km debaixo de sol meio forte. Quando chegamos já estavam servindo o almoço, um churrasco que também fazia parte da Festa da Uva. Então o jeito foi encher a pança e recuperar as energias e calorias perdidas durante a caminhada. Aproveitei para comprar um caixa de uva pra levar pra casa, já que a qualidade da uva era boa e o preço também. A única coisa chata do dia foi ter que usar banheiro químico debaixo de sol. Aquilo além de mal cheiroso e sujo, parecia uma sauna. Antes de ir embora tirei uma foto com três conhecidos de Campo Mourão que também participaram da caminhada. Pouco antes das três embarcamos em nosso ônibus e retornamos a Maringá. Mais uma vez dormi o tempo todo. Pra quem não sabe, sou especialista em dormir em ônibus e sempre acho um jeitinho de me acomodar e pegar no sono.

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Caminhada em Rosário.
Ponte pênsil, cabeça de boi e rio.
Diversos momentos da caminhada.
Paisagens da caminhada e com as meninas de Maringá.
Uva no pé, uva no café da manhã e levando uva para casa.
Almoçando, com o pessoal de Campo Mourão e na estrada.

Caminhada Rural – Apucarana/Pr

Três semanas após participar da Caminhada da Lua em Apucarana, voltei à cidade hoje, dessa vez para participar de uma Caminhada Rural. Encontrei a Elissandra, coordenadora da caminhada e alguns dos caminhantes, bem cedo, no centro da cidade. Fiz minha inscrição e fui me arrumar para caminhar dez quilômetros, tomando cuidando com meus dedões do pé que estão machucados e roxos. Para protegê-los e não piorar os ferimento coloquei muito algodão e microporo nos dedos. Notei que alguns dos participantes também tinham feito comigo a Caminhada da Lua. Logo embarcamos num ônibus da prefeitura e fomos para a periferia da cidade, num Pesque e Pague. Ali foi servido um delicioso café da manhã. O local é bem simpático e pra quem gosta de pescaria e de comer peixe (que não é meu caso) é uma boa opção de diversão. Éramos cerca de 40 pessoas.

Iniciamos a caminhada por volta das 09h00min. O início da caminhada foi por dentro do próprio Pesque Pague. Depois atravessamos um pasto, passamos por algumas cercas de arame farpado, atravessamos um riacho duas vezes, o que deu um pouco de trabalho para muitos dos caminhantes, mas felizmente sem incidentes e quedas. Atravessamos um pequeno trecho de mata, mais um pasto, outra cerca de arame farpado, uma plantação de milho, outro pasto e logo pegamos uma pequena estrada de terra. Alguns trechos dessa estrada tinha barro e ajudei algumas pessoas a atravessarem esse barro. Teve uma senhora que escorregou, quase caiu e quase me levou junto para o barro. Mas no fim foi somente um susto que gerou boas risadas. Caminhei boa parte do percurso com minha amiga Miralva. Essa foi a quarta caminhada que fazemos juntos, desde outubro último. Teve um trecho que caminhei ao lado de duas senhoras orientais e a filha de uma delas. Uma das senhoras era boa de papo e fomos falando sobre caminhadas e viagens. O legal das caminhadas é justamente conversar com um, com outro e fazer novas amizades, trocar experiências. O percurso da caminhada era muito bonito, com bastante descidas e algumas subidas não muito difíceis. O que me chamou a atenção foi que em muitos trechos caminhamos sob a sombra de árvores, o que ajudou aliviar o calor, pois o sol da manhã estava muito quente. Uma brisa fresca e constante também ajudou a aliviar o calor, mas mesmo assim minha camiseta ficou o tempo todo encharcada de suor.

Dessa vez não caminhei num ritmo muito ligeiro, acabei indo no “final da fila”. Fiz algumas paradas para tirar fotos, beber água e admirar uma ou outra paisagem. O pior trecho acabou sendo o último quilômetro e meio, que era uma subida que não tinha fim. Mesmo parte da subida sendo sob árvores, foi terrível vencer aquele trecho. O prêmio veio logo em seguida, pois a subida acabava no portão de uma chácara onde seria o fim da caminhada e onde o almoço seria servido. Passava um pouco das 11h00min e o grande prêmio para mim foi ver que o lugar tinha uma convidativa piscina. Não demorou muito e eu estava dentro da piscina descansando e me recuperando da caminhada. Foram poucos que desfrutaram da piscina, pois o pessoal não sabia que teria piscina e não levou roupa apropriada pra entrar na água. Felizmente minha calça de caminhadas vira facilmente uma bermuda e acabei sendo um dos que mais aproveitou a piscina. Sempre é bom terminar uma longa e cansativa caminhada em algum rio, cachoeira e pela primeira vez em uma piscina. Não demorou muito e o almoço foi servido. A comida estava muito saborosa e tive que me conter pra não exagerar no tamanho do prato. Com o calor que estava fazendo não era aconselhável comer muito, principalmente no meu caso que iria pegar a estrada de volta pra casa logo em seguida. Depois do almoço passei um tempo conversando com algumas pessoas e logo embarcamos no ônibus de volta para o centro da cidade.

O programa de domingo acabou valendo muito a pena, foi uma caminhada agradável e mais uma vez muito bem organizada pelo pessoal de Apucarana. Espero voltar outras vezes à cidade e participar de novas caminhadas. Esse é o novo esporte ao qual tenho me dedicado após o problema grave de hérnia de disco que tive esse ano. Como não posso mais correr ou pedalar como fazia antes, a opção é caminhar. E participar de caminhadas em comunidades rurais, no meio do mato, conhecer outros caminhantes e etc, acabou sendo o clássico unir o útil ao agradável. E depois que descobri que existe uma Federação de Caminhadas, que existe um calendário, ficou ainda mais convidativo participar dessas caminhadas organizadas. E cada vez conhecendo mais caminhantes acaba existindo um intercâmbio e fico sabendo de caminhadas que estão programadas na região onde moro e até mesmo um pouco mais longe de casa, como é o caso de Apucarana, distante 180 km de Campo Mourão.

Cartaz da Caminhada Rural.
Início de caminhada.
Tinha um rio pelo caminho...
Alguns momentos da caminhada.
A arte de atravessar um riacho.
Pasto e barro.
Bebendo água e com Miralva no fim da caminhada.
Após 10 km de caminhada, piscina para relaxar.

Caminhada pela Estrada da Graciosa

Domingo eu pretendia subir o Pico Paraná, que é das montanhas mais conhecidas da Serra do Mar aqui no Estado, a única que falta no meu currículo. Um amigo que era para ir junto teve que trabalhar e o outro deu o cano. Como é perigoso subir o Pico Paraná sozinho, tive que mudar os planos. O dia estava bonito, com sol forte e fiquei pensando o que fazer. Então decidi fazer uma caminhada sozinho pela Estrada da Graciosa, no trecho que saí de Quatro Barras (cidade distante 21 km de Curitiba) e vai até o início da descida da serra, sentido Morretes. Peguei um ônibus no centro de Curitiba e desembarquei no centro de Quatro Barras, em frente a um Centro de Informações Turísticas. No Centro de Informações fui atendido por um rapaz cujo nome não recordo e que foi muito atencioso. Pedi algumas informações, ganhei um mapa da estrada e iniciei minha caminhada. O trecho que iria percorrer eu conhecia, já tinha caminhado por ele, mas tinha sido 20 anos antes, nos tempos de Exército, quando fazíamos marchas por esse trecho da estrada. Naquela época a estrada não era asfaltada, hoje está em obras, quase toda asfaltada. Imaginei que muita coisa tivesse mudado nesses 20 anos ao longo da estrada e fui descobrindo que quase tudo mudou, poucos foram os locais que reconheci daquela época e que se mantém intocados.

A Estrada da Graciosa foi concebida a partir de 1825 para ligar o litoral a Curitiba, subindo a Serra do Mar. Ela foi construída sobre o antigo Caminho da Graciosa, que juntamente com o Caminho do Itupava, ligava Curitiba ao litoral do Paraná, mais especificamente a Morretes, Antonina e Paranaguá. Construída entre 1854 e 1873, foi durante muitos anos a estrada mais importante do Paraná. O trecho que percorri é parte do traçado original e parte não. Esse trecho saí de Quatro Barras e muitos quilômetros depois vai encontrar o trecho mais conhecido da Estrada da Graciosa, que inicia no Portal da Graciosa, ao lado da BR 116 e desce até Porto de Cima e Morretes, atravessando a Serra do Mar.

Iniciei a caminhada ás 10h00min. O sol estava muito forte e fazia calor. Meu plano inicialmente era caminhar uns 13 quilômetros e retornar, para pegar o ônibus de volta para Curitiba. Na mochila levava dois litros de água, barrinhas de cereais, castanhas de caju e um pacote de biscoitos recheados. Ou seja, comida calórica para matar a fome e repor energia rapidamente. Os primeiros três quilômetros de caminhada foram dentro do perímetro urbano da cidade, passando em frente de residências e casas comerciais. Passei pelo Marco de Dom Pedro II, que marca a passagem do Imperador pela cidade, em 1880 a caminho de Curitiba. Nesse local existia um pinheiro e a comitiva do Imperador parou sob sua sombra. O pinheiro não existe mais, foi destruído por um raio há muitos anos. No local hoje existe um obelisco contando tal fato. Fiz uma breve parada para tirar fotos, pois como muitos sabem sou admirador de Dom Pedro II e estudo sua história. Como de costume quando passo por lugares históricos, fiquei parado tentando imaginar como era aquele local há 130 anos, quando Dom Pedro II passou por ali. Mas são tantas ás mudanças ocorridas ali  desde aquela época, que fica impossível tal exercício. A única coisa que deve estar igual é o vento fresco vindo da serra e o barulho dos pássaros. Por sinal, durante toda a caminhada ouvi o canto de muitos pássaros. Segui com minha caminhada e fui descendo  e subindo a estrada, por um trecho onde tanto as subidas quanto as descidas eram leves. Pela primeira vez eu estava caminhando com bota de caminhada. Sempre caminhei de tênis de caminhada ou tênis de corrida. Tenho a bota faz alguns anos, mas nunca caminhei com ela por achá-la pesada. Então os primeiros quilômetros foram de adaptação ao calçado. No fim gostei da experiência, o conforto é bom e não viro tanto o pé como de costume. E serviu para eu descobrir onde ela faz bolha no pé, pra que eu proteja o local em próximas caminhadas.

O mapa que ganhei era bem detalhado e mostrava a quilometragem dos trechos a percorrer, o que ajuda muito, principalmente para poder calcular minha velocidade de deslocamento e projetar a duração da caminhada. Ao meio dia fiz uma parada de dez minutos na Igreja do Bom Jesus, num local chamado Campininha. Sentei na escada da pequena igreja e ali fiz um lanche rápido. Não me demorei muito, pois não queria deixar meu corpo esfriar. Ainda não estou curado totalmente da hérnia de disco (na verdade nunca ficarei curado totalmente) e em razão disso sinto dores. Quando o corpo esquenta as dores diminuem e quando o corpo esfria eu meio que travo e sinto dores fortes. Então melhor me manter aquecido, sem dores e seguindo em frente. Continuei subindo e descendo pela estrada, sendo que poucos trechos de subida eram íngremes. O trecho que percorri estava todo asfaltado, o que facilitava a caminhada, pois caminhar por pedras soltas é mais complicado. Só precisava prestar atenção nos carros que passavam, pois alguns abusavam da velocidade. Minha segunda parada foi em um boteco ao lado da estrada, num trecho deserto. Tomei uma Coca-Cola estupidamente gelada e bati papo com o dono do boteco e um cliente. Logo retomei a caminhada e um cliente do boteco que mora pela redondeza me acompanhou por cerca de um quilômetro. Fomos conversando sobre como é viver num lugar deserto e tranqüilo como aquele, até que ele pegou uma estradinha à direita e foi para sua casa. A vantagem de  andar a pé é o contato com as pessoas, que fica facilitado. Outra vantagem é ouvir o ruído dos pássaros, do vento soprando na mata, sentir o cheiro do mato, ouvir o ruído dos rios. Ou seja, sentir e ouvir tudo o que acontece ao seu redor enquanto caminha. Isso você não sente quando passa por um local de carro, ônibus ou moto. De bicicleta você sente um pouco, mas não é igual o que sente ao caminhar.

Pelo caminho pude observar muitas árvores que foram derrubadas, muitas construções novas. Em razão do asfaltamento da estrada, o progresso está chegando ao lugar e junto o capitalismo selvagem e a degradação do meio ambiente. Também vi muito lixo jogado na beira da estrada e era impressionante a quantidade de latinhas vazias de cerveja e refrigerante, que provavelmente foram arremessadas pela janela de carros. Será que esse povinho que joga lixo pela janela do carro não percebe que se todos que passarem por ali fizerem isso, em pouco tempo aquilo deixará de ser um local bonito para passear e se transformará um lixão? Cada vez mais tenho certeza de que existem muitas pessoas que não sabem e não merecem viver em sociedade, pois elas são prejudiciais ao meio que vivem. Mas não serei eu que vou mudar as coisas. Faço minha parte e sou chato com pessoas próximas que agem assim. Cabe a cada um ter consciência do que faz de errado e mudar suas atitudes.

Teve dois lugares que passei que merecem ser mencionados e onde parei mais demoradamente para tirar fotos. Um dos lugares foi a Ponte de Arco, sobre o rio Capivari Mirim. A ponte é bem antiga, não sei precisar a data. Nesse trecho a estrada mantém seu capeamento original, o que da um charme especial ao lugar. Outra parada mais demorada fiz no Oratório Anjo da Guarda. O Oratório é uma pequena capela que foi construída em 1957. Ao lado da capela tem uma espécie de estátua de anjos. Queria entrar no Oratório pra orar, mas tinham muitas abelhas na parte de cima da porta e achei mais prudente orar do lado de fora. Do outro lado da estrada tem um riacho de águas límpidas e um gramado com muitas árvores. Para tirar fotos do riacho, pulei uma cerca e torci para que não aparecesse o dono do terreno ou algum cachorro bravo. O oratório era o local escolhido para dar meia volta e retornar a Quatro Barras, para pegar o ônibus de volta a Curitiba. Pensei por uns minutos e não achei interessante a idéia de caminhar por onde tinha acabado de passar, pois isso é muito chato. Até ali tinha percorrido cerca de 15 quilômetros. Então achei mais sensato seguir em frente e caminhar mais 12 quilômetros até o Portal da Graciosa. Eu sabia que aos domingos saí de Morretes um ônibus no final da tarde, com destino a Curitiba e que esse ônibus faz uma rápida parada no Portal da Graciosa. Então eu seguiria em frente e tentaria pegar esse ônibus. O risco era perder o tal ônibus. Se isso acontecesse à solução seria tentar pegar carona.

Continuei minha caminhada e agora a paisagem ia ficando mais bonita, pois eu ia me aproximando cada vez mais da Serra do Mar e de seus morros. Logo passei por outra capela, a Capela São Pedro. Tirei algumas fotos meio de longe e segui em frente, preocupado com o horário do ônibus. Peguei um trecho forte de subida. O sol cada vez mais quente e uma bolha no calcanhar direito começando a incomodar. Mas segui firme em frente, pois se tinha chegado até ali não ia desistir. Cheguei na Ponte do Rio Taquari, que está sendo reformada. Por baixo da ponte passa um rio raso de água transparente. Parei alguns segundos para tirar uma foto e segui em frente. A água era convidativa, mas o receio de perder o ônibus me fez seguir em frente. Logo mais passei por uma entrada que leva a um trecho original do Caminho da Graciosa, trilha muito anterior a Estrada da Graciosa. Andei algum tempo ao lado de um rio num trecho sem asfalto e margeado pela Mata Atlântica. Cheguei ao entroncamento que leva a esquerda para o Portal da Graciosa e BR116, e a direita para Morretes, pelo trecho de paralelepípedos e de serra da Estrada da Graciosa. Do entroncamento até o Portal foram pouco mais de 3 quilômetros de caminhada, dessa vez por trechos de sombra, sob árvores. Dei uma parada pra tirar fotos em frente ao Campo de Instruções do 20 BIB. Freqüentei esse campo de instruções nos anos de 1989 e 1990, quando estava no Exército. Sei que deixei muito sangue, suor e lágrimas nesse local. Agora tantos anos depois era estranho estar ali, do lado de fora da cerca. Mais algumas dezenas de metros e finalmente cheguei ao Portal da Graciosa. Passava um pouco das 16h00min. Levei seis horas pra percorrer 27 quilômetros, sendo que de caminhada efetiva foram 04h42min, tempo que controlei parando o cronômetro do relógio toda vez que eu parava.

Me informei sobre o horário do ônibus e fiquei tranqüilo ao saber que ele ainda não tinha passado. Fui num bar tomar uma Coca-Cola e comer um pastel. Estava quase acabando de comer, quando parou um carro e desceu um casal e sua filha. O rapaz viu minha camiseta do Caminho de Peabiru e puxou conversa. Contei sobre a caminhada que tinha acabado de fazer, trocamos algumas informações e na hora de ir embora ele me ofereceu carona até Curitiba. Isso foi melhor do que a encomenda e aceitei na hora a carona. O nome do rapaz é Ézio e no carro fomos conversando sobre viagens, caminhadas e outros assuntos similares. Ficamos de combinar alguma caminhada qualquer dia desses. E foi assim que terminou meu domingo e minha caminhada, que foi muito prazerosa. E caminhar 27 quilômetros sob sol, serviu para mostrar que estou cada dia melhor fisicamente, até melhor do que estava antes de ter a hérnia de disco. Na verdade fazia muitos anos que não tinha um condicionamento físico igual tenho agora. A parte chata são as dores que me acompanham, mas terei que aprender a conviver com elas. Para ter qualidade de vida e não ficar travado pela hérnia de disco, sempre terei que fazer atividades físicas. E fazer atividades físicas me ajuda a curar de vez a depressão. Ou seja, não posso mais parar. Se quiser viver bem e com qualidade, terei que viver me exercitando, pedalando, correndo, caminhando. E isso me causa dores. Estou naquela de que se correr a dor me pega e se ficar a dor me come… Mas com dor ou sem dor, quero é voltar a ser feliz e isso a cada dia estou conseguindo mais e mais. Que venham outras caminhadas!!!

Marco de Dom Pedro II.
Ponte de Arco.
Oratório Anjo da Guarda.
Aspectos da estrada.
Mais aspectos da caminhada.
Pela Estrada da Graciosa.
Últimos 2 km de caminhada.
Entroncamento da Estrada da Graciosa (vim pela direita).
Fim dos 27 km de caminhada. (28/11/2010)

Caminhada da Lua – Apucarana/Pr

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Sábado á tarde eu estava meio injuriado, triste e sem vontade de fazer nada. Fui ler meus emails e então vi um convite que tinham me enviado sobre uma caminhada noturna na cidade de Apucarana, distante 180 km de onde eu estava. Pensei um pouco, olhei no relógio e vi que faltavam duas horas para a saída da caminhada. Então arrumei minhas coisas correndo e peguei a estrada. Chegar em Apucarana foi o mais fácil, a estrada estava tranqüila e o dia bonito. O problema era encontrar o tal Parque da Redenção, local da caminhada. Parei bem no centro da cidade, desci do carro e saí caminhando e perguntando as pessoas sobre o tal parque. Não demorou muito e um cidadão me deu umas informações úteis, ao menos fiquei sabendo pra que lado ficava o parque. Faltavam apenas cinco minutos para o horário de partida da caminhada, mas como estamos no Brasil sei que poucas coisas realmente acontecem no horário marcado. Rodei mais uma hora e pedi informações pra muitas pessoas pelo caminho. Teve um cara que foi cômico, ele estava meio cozido na cachaça e falava pra eu virar a esquerda e mostrava para o lado direito da rua. Se eu fosse depender das informações dele, estaria até agora lá em Apucarana perdido. Sei que já estava escurecendo quando encontrei o tal parque, após quase uma hora rodando meio sem rumo. E como eu previa a caminhada ainda não tinha começado, estavam atrasados, terminando de fazer o aquecimento. Fiz minha inscrição rapidamente, troquei de roupa e consegui alcançar o pessoal que já estava pegando a estrada. Encontrei alguns amigos de caminhadas anteriores: Pierin, de Cambé; Miralva, Terezinha e Rosangela de Maringá. O Pierin me esperou trocar de roupa e fomos caminhar juntos.

O Parque da Redenção é um lugar muito bonito, cheio de esculturas enormes retratando imagens bíblicas, tipo Santa Ceia e Via Crucis. A noite estava bonita, com um lua cheia linda e o céu sem nuvens. Era possível caminhar em muitos trechos sem a utilização de lanterna, somente com o clarão da lua. Caminhei o tempo todo ao lado do Pierin, seguimos num bom ritmo e ultrapassamos muitas pessoas. Muitas vezes paramos pra tirar fotos e também íamos conversando com algumas pessoas, caminhando ao lado delas por alguns minutos. O percurso de 10 km não era dos piores, teve somente uma subida puxada. Além de caminhar por estradas, também percorremos trilhas no meio de uma plantação de milho e outra no meio da mata, seguindo um fio de nylon. Isso me fez lembrar os tempos de Exército, quando fazíamos patrulha a noite no meio do mato sem lanterna, seguindo um fio de pesca. Nesse trecho da mata o Pierin caiu um tombo e pra sorte dele estava com minha câmera em mãos no momento, pois senão eu teria conseguido tirar boas fotos do tombo. No meio do caminho teve uma parada para café, num sitio onde se planta café. O cheiro estava muito bom, mas como não gosto de café nem cheguei a provar pra ver o sabor também estava bom.

Após quase três horas de caminhada chegamos novamente ao Parque da Redenção. A janta estava pronta e eu faminto. Não me fiz de rogado e enchi o prato, com direito a repeteco. O momento infeliz da janta foi queimar a boca com uma batata quente, cozida. Eu não conseguia engolir a batata, não conseguia tomar refrigerante pra amenizar a dor e fiquei com vergonha de cuspir tudo, pois tinha muita gente em volta. Foi cômico, mas triste, minha boca ainda dói. Tinha musica e antes de ir embora ainda dancei um pouquinho com a Miralva. O Pierin me convidou pra dormir na casa dele, em Cambé, uma cidade distante 36 km dali. Achei o convite atrativo, pois estava cansado, estava tarde e seria bem melhor viajar 36 km até Cambé, do que quase 200 km pra voltar pra casa. Então nos despedimos do pessoal e fui seguindo o carro do Pierin até chegar em sua casa. Essa Caminhada da Lua foi minha primeira caminhada noturna e gostei da experiência. O desgaste é menor do que caminhar sob o sol e como sou admirador de noites de lua cheia, a caminhada foi muito legal.

Parque da Redenção.
Noite de lua cheia.
Caminhando na mata e no milharal.
Parada para o café.
Fim da caminhada e janta.

Caminhada na Natureza: Nova Tebas/Pr

Minhas experiências com caminhadas se limitavam as trilhas que fazia na Serra do Mar, próximo a Curitiba e as peregrinações pelo Caminho de Peabiru. Agora descobri que existe um circuito de caminhadas, organizado pela CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CAMINHADAS. Eu desconhecia que caminhada é considerada um esporte e que existia até mesmo uma confederação. De qualquer forma resolvi aderir ao “esporte” e daqui pra frente vou ficar de olho no calendário de caminhadas organizadas pela confederação, que fazem parte de um projeto denominado Anda Brasil  (http://www.andabrasil.com.br/?q=panels/organization).

E minha primeira caminhada dentro do projeto Anda Brasil, aconteceu na cidade de Nova Tebas. Na verdade foi num local distante 23 km de Nova Tebas. A aventura iniciou antes da caminhada, pois chegar até o local chamado de Mil Alqueires, não foi nada fácil. Pensei que a caminhada sairia de Nova Tebas e cheguei na cidadezinha quase na hora prevista para o início da caminhada. Então tive a infelicidade de descobrir que o local da caminhada seria mais pra frente, e teria que seguir por uma estrada sem asfalto e numa região de serra. Após andar poucos quilômetros me perdi e quando já pensava em desistir e voltar pra casa passou por mim uma caminhonete do Corpo de Bombeiros. Pedi que parassem e numa rápida conversa descobri que estavam indo acompanhar a caminhada, denominada Caminhada na Natureza. Expliquei que estava meio perdido e não conhecia a região, e os bombeiros me pediram para seguí-los. Os segui por 20 quilômetros e foi uma grande aventura. Eles correram bastante e a estrada era ruim, levantava muita poeira e numa região de serra, com muitas subidas e alguns precipícios. Senti-me numa corrida de raly e em muitos momentos a adrenalina foi grande, pois em algumas curvas o carro ia de lado derrapando nas pedras e eu quase sem ver a estrada em razão da poeira. E pra piorar, na parte final tinha uma forte neblina e a combinação poeira+neblina significou visibilidade quase zero. Mesmo assim cheguei ileso ao local do início da caminhada e feliz com o perigoso e delicioso quase raly de que tinha participado.

Na comunidade Mil Alqueires existe uma igrejinha, um pequeno salão de festas e algumas poucas casas. O local era no alto de uma serra e a região era muito bonita. Fiz a inscrição que foi gratuita, ganhei um crachá que deveria ser carimbado em quatro pontos da caminhada e fui para o local de aquecimento. Acabei encontrando alguns conhecidos de Maringá, que tinham participado comigo da peregrinação pelo Caminho de Peabiru. Conversei um pouco com o pessoal e ás 09h00min iniciou a caminhada. Fui junto com o pessoal de Maringá, pois conversar durante a caminhada é mais gostoso e sempre tem alguém pra tirar fotos. Tinha muita gente participando, muitos adolescentes, todos da região. O percurso seria de 14 km, por uma região bastante acidentada e com muitas subidas fortes. Naquele momento fiquei pensando se aquele pessoal conseguiria chegar até o final. Mais tarde descobri que a maioria do pessoal pegou carona com dois ônibus que acompanharam a caminhada. Chamou-me a atenção um grupo da cidade de Pitanga, que chegou todo uniformizado e com muitas mulheres. Pensei que o pessoal caminhava sempre e que estava bem preparado. No final todo esse grupo subiu num ônibus, quando chegamos à subida mais íngreme e sob o sol do meio dia. Quando cheguei ao final do caminho (caminhando) todo esse grupo estava almoçando.

Os primeiros quilômetros da caminhada foram de descida, passando por estradas, plantações de soja recém plantadas, algumas fazendas e pelo meio do mato. A região é muito bonita e dava gosto caminhar por ela. No caminho fizemos uma parada num local chamado “Casa de Pedra”, que na verdade é uma gruta onde da pra entrar. Ainda pelo caminho paramos numa fazenda pra tomar limonada e seguimos em frente. Fizemos algumas paradas pra carimbar o crachá e pra tirar fotos. Caminhei quase o tempo todo com o Jair, Ieda, Rosangela, Ivanir, Miralva e Terezinha, todos de Maringá. Depois encontrei o Valterio, o Celso e os outros meninos de Maringá, que chegaram atrasados e caminharam no final da turma. Combinamos de nos encontrar em futuras caminhadas e talvez acampar ali mesmo nos Mil Alqueires.

A parte final da caminhada foi a mais difícil, onde descemos um morro muito íngreme. Paramos um tempo num rio, onde tinham duas pequenas cachoeiras. Numa delas dava pra ver alguns peixinhos tentando subir a cachoeira, fazendo a piracema, indo procriar no mesmo local onde nasceram. Após sairmos do rio pegamos a estrada e enfrentamos o trecho mais difícil, com uma subida sem fim, poeira e o sol do meio dia que estava mais quente que de costume. O último ponto de carimbo do crachá era no pé de um pequeno morro, onde no alto foi colocada uma luneta para se observar a bela vista da região. Não tive forças para subir o morro e olhar pela luneta, guardei minhas últimas energias para caminhar os dois quilômetros finais. Depois desse último ponto de carimbo, poucas pessoas seguiram caminhando, a maioria pegou carona nos ônibus da equipe de apoio. O numeroso grupo de Pitanga estava todo dentro de um ônibus e o líder do grupo desceu com um monte de crachás na mão e foi pegar os carimbos. Não achei aquilo certo, mas achei melhor ficar quieto. O trecho final segui com a Ieda e a Rosangela, literalmente comendo poeira. Chegamos ao mesmo local da partida, mas pelo outro lado, pois tínhamos caminhado em círculo. Estavam todos almoçando, pois além da caminhada estava acontecendo no local uma festa. Pelo que vi menos da metade do pessoal que iniciou a caminhada terminou a mesma caminhando. Cheguei arrebentado, mas feliz por ter superado mais um desafio e por não ter sentido minhas dores da hérnia de disco, sinal de que estou quase que totalmente curado.

Fui almoçar e me deparei com a comida fria e o refrigerante quente. Ou seja, quem caminhou realmente o trecho todo acabou sendo prejudicado e quem pegou caronas pelo caminho teve comida quente e refrigerante frio. Mas tudo bem, o importante é que cumpri a missão que tinha escolhido e minha consciência estava tranqüila, pois caminhei o trecho todo e isso para mim é o que vale. Não sou do tipo que faz algo pela metade e depois conta vantagem para os amigos dizendo que fez algo que na verdade não fez. Após almoçar me despedi dos amigos e peguei estrada. Daí se iniciou outra aventura, que foi a falta de gasolina. Eu tinha gasolina suficiente pra ir até Nova Tebas e voltar, mas não contava que teria que andar 56 km em estrada de chão além do que previa. Na volta a gasolina entrou na reserva e ao chegar a Nova Tebas descobri que na região os postos não abrem nos finais de semana. Ainda tentei ir à casa do dono de um posto de gasolina, que um morador me mostrou onde era, mas ele não estava em casa. Então eu tinha duas opções, ou ficava ali até não sei que hora esperando o dono do posto chegar em casa ou arriscava chegar ao posto aberto mais próximo dali, que ficava a quase 50 km. Pensei um pouco e resolvi arriscar, pois a estrada era de serra e quase toda de descidas, onde daria pra ir no embalo. Dei sorte e quando encontrei um posto aberto o carro estava começando a falhar. Mais um quilometro e eu ficaria parado na estrada com pane seca. No final das contas valeu a aventura toda. Foi um dia interessante, divertido, onde revi amigos, fiz novos amigos e superei mais uma meta em busca de minha total cura física e mental. Que venham outras caminhadas!!!

PARA AMPLIAR CLIQUE NA IMAGEM

Brincando de raly no meio da neblina.
Bela paisagem.
Início da caminhada.
Caminhando por dentro de uma fazenda.
Caminhando…
Parada para carimbar o crachá.
Na “Casa de Pedra”.
Ivanir, Jair, Ieda, Vander e Rosangela.
Chegando em mais uma fazenda.
Vander, Miralva, Rosangela, Ivanir, Terezinha, Ieda e Jair.
Ando devagar porque já tive pressa …
Uma das belas paisagens do caminho.
Eu e o grupo do Jair, que veio de Maringá.
No rio com os “meninos” de Maringá.
Festa na Comunidade Mil Alqueires.

Fazendo trilhas em Paranapiacaba

Passamos quase o dia todo na Vila de Paranapiacaba. Á tarde  fizemos duas trilhas  pela região, andando pelo barro. Uma das trilhas ia até uma pequena cachoeira. A outra trilha foi mais interessante, levava até uma represa que foi construída pelos ingleses em 1900 a fim de dar acesso ao reservatório de água que abastecia o 2º sistema do funicular. É possível ver a inscrição SPR 1900 (São Paulo Railway) na parede do reservatório conhecido como Tanque do Gustavo. Sua água abastece a parte alta da Vila. Na trilha, pode ser observado o antigo calçamento em pedras acompanhando a tubulação. 

Para passeios guiados pela Vila ou pelas trilhas da região, entre em contato com o Osmar Losano, que foi nosso guia. Contato: losanobio@hotmail.com Telefones:(11) 4439-0144 ou (11) 8844-0755

 

Represa construida pelo ingleses em 1900.
Represa construida pelos ingleses em 1900.
Vander, Andrea e o guia Osmar. (10/08/2010)
Trilha próxima a Paranapiacaba. (10/08/2010)
Andrea e sua “classe” (ela tem sangue azul) para atravessar um riacho.

Caminho do Itupava

No sábado pela manhã, eu e Hiroo, meu vizinho, fomos fazer o Caminho do Itupava. Esse caminho foi aberto entre os anos de 1625 e 1650. Por quase três séculos foi o único caminho entre o litoral paranaense e a região de Curitiba. Algumas fontes contam que ele foi aberto pelos portugueses, outras dizem que foi por caçadores indígenas. Boa parte do caminho é calçado com pedras e alguns registros dizem que esse calçamento foi feito pelos Jesuítas, outros dizem que foi por escravos. A caminhada se inicia a 1.000 metros de altitude, sendo que o final está praticamente ao nível do mar. Nos últimos anos o caminho passou por algumas modificações, como a colocação de pontes por sobre os rios que cortam o caminho, mas a maior parte permanece da mesma forma como na época em que os primeiros viajantes a subir a Serra do Mar trafegavam por ali. Já percorri o caminho uma vez em 2002, mas seguindo um pouco pela estrada de ferro e atravessando a Represa da Copel que existe logo no inicio da Serra. Dessa vez seguimos pelo caminho original, sem atalhos.

Fomos de carona com o pai do Hiroo, até o ponto inicial do caminho, na cidade de Borda do Campo. Após preencher um cadastro obrigatório do Posto do IAP, iniciamos a caminhada ás 08h00min. O clima estava bom para caminhar, fazia sol e um friozinho simpático. Nossa meta era percorrer os 16,3 km do Caminho do Itupava e depois seguir mais 3,7 km até a Estação de trem do Marumbi, para pegar o trem de passageiros que segue para Curitiba quase no final da tarde. Caso ocorresse algum imprevisto e perdêssemos o trem, nossa meta seria andar mais 8 km até Morretes e voltar de ônibus para Curitiba.

No inicio da caminhada imprimimos um ritmo forte, que serviu para esquentar o corpo. Eu estava caindo de sono, pois tinha saído na noite anterior e dormido menos uma hora e meia. Ou seja, era algo insensato fazer uma caminhada tão longa após uma noite mal dormida. Mas resolvi arriscar, confiando em minha raça e força de vontade. Meu único receio continuava sendo o tendão do pé direito, que não está cem por cento.

O trecho inicial do caminho passa por uma pedreira abandonada e por algumas trilhas de terra em meio á mata. Alguns trechos de subida não muito forte se alternavam com descidas. Somente após uma hora de caminhada é que passamos a caminhar pelo trecho de pedras original do Caminho do Itupava. Daí o cuidado tinha que ser redobrado, pois estava tudo úmido e escorregadio. Ao chegar no primeiro rio, atravessamos pela ponte que foi colocada no local. Da outra vez que passei por ali, tinha atravessado o rio com água no meio da coxa. Era mais emocionante atravessar pelo rio, mais como a água estava gelada, resolvi deixar a emoção de lado e atravessar pela ponte. Nossa primeira parada foi na Casa Ipiranga (em outro post conto a história desse local). Tiramos algumas fotos, demos uma olhada pelo lugar, ou melhor, pelo que sobrou do lugar, e subimos alguns metros pelo trilho do trem até onde existe uma pequena cachoeira e uma roda d’agua. Tinha uma porção de gente acampada ali e ficamos um tempo descansando e conversando com dois caras que estavam totalmente bêbados e drogados. Os caras eram repetitivos e não falavam coisa com coisa. Verificando o relógio, o mapa de quilometragem e horário da trilha, descobrimos que estávamos pouco mais de uma hora abaixo do tempo estipulado no mapa. Ou seja, podíamos até diminuir nosso ritmo, que teríamos tempo de sobra para cumprir nossa meta, que era pegar o trem na Estação Marumbi.

Resolvemos partir e alguns metros abaixo seguindo pelo trilho do trem, reencontramos o Caminho do Itupava. Esse trecho se mostrou difícil, com muita subida e alguns lamaçais que mais pareciam areia movediça. Tivemos que tomar muito cuidado para não escorregar e nem ficar atolados ao passar pelos lamaçais. Começamos a encontrar vários grupos de pessoas, que aproveitando o feriadão e o tempo bom, também se aventuravam por ali. Em alguns trechos tínhamos que diminuir o ritmo e andar atrás destas pessoas. Mas logo passávamos por elas e continuávamos em nosso ritmo. E assim seguimos por toda a manhã, subindo morro, descendo morro, cuidando pra não cair. O Hiroo caiu sentado duas vezes, eu passei ileso. Foram apenas alguns escorregões sem queda e alguns furos de espinho na mão. Teve um momento em que tive que escolher entre cair ou segurar numa árvore cheia de espinhos. Escolhi os espinhos.

Atravessamos alguns riachos e rios não muito grandes, quase sempre pulando de uma pedra a outra. Todos eram de água cristalina e serviam para matarmos nossa sede. Logo começamos a ouvir o barulho dos trens e sabíamos que nossa meta para descanso e almoço estava próxima. O pior trecho acabou sendo a descida do morro que leva até o Santuário de Nossa Senhora do Cadeado (em outro post conto sobre esse local). É uma descida muito inclinada e por sorte, na parte final foram colocados abençoados corrimões. No Santuário aproveitamos para descansar e lanchar. Parece que os demais grupos também tiveram a mesma ideia. A vista dali é muito bonita, em frente da para ver boa parte da estrada de ferro e muitos morros.

Após o “almoço” e o descanso, retornamos ao caminho, dessa vez morro abaixo. Esse trecho final é complicado, pois a descida é íngreme e as pedras escorregadias. Mas correu tudo bem e após quase uma hora de caminhada chegamos na parte plana, e atravessamos por pontes dois rios e alguns riachos por pinguelas. E finalmente chegamos ao fim do caminho. O caminho original seguia até Paranaguá, mas ele não existe mais, sobre seu trajeto original foram construídos estradas e até uma BR.

Tínhamos tempo de sobra até pegar o trem, então subimos tranquilamente morro acima em direção ao Marumbi. Paramos na Estação Engenheiro Langue, que está abandonada, mas foi reformada faz alguns anos. Ali existe um vitral muito bonito, mas que está com vários pedaços quebrados. O que dá pena mesmo são das casas abandonadas. No passado elas eram utilizadas pelo trabalhadores da Rede Ferroviária Federal. Bem que a ALL (America Latina Logística) que tem a concessão da Rede Ferroviária naquele lugar, poderia reformar estas casas e utilizá-las como pousada ou algo parecido. Após um breve descanso e algumas fotos, seguimos pela trilha de 850 metros que leva até a Estação Marumbi. Essa trilha corta caminho e passa pelo trilho do trem. O trilho faz algumas voltas até chegar a Estação. No caminho paramos para ver um trem de carga descendo a serra carregado. É algo bonito e barulhento de se ver. Mais alguns minutos de caminhada e finalmente chegamos na Estação Marumbi. Foram 07h10min de percurso, sendo 06h10min de efetiva caminhada e 01h00min de descanso. A estação estava cheia de gente e ficamos descansando até a chegada o trem, que atrasou um pouco.

Ás 16h10min, embarcamos no trem e fomos observando a maravilhosa vista da serra do mar. Alguns lugares por onde passamos são de dar medo, mas a beleza da paisagem compensa qualquer coisa. Chegamos em Curitiba no inicio da noite, cansados, doloridos, mas felizes e realizados por termos cumprido com exito o desafio proposto. Agora é descansar e planejar a próxima aventura.

Caminho do Itupava e Casa Ipiranga.
Caminho do Itupava e Casa Ipiranga.
Água cristalinas.
Águas cristalinas.
Santuário de Nossa Senhora do Cadeado.
Santuário de Nossa Senhora do Cadeado.
Trilho, tunel e trem...
Túnel,  trem e trilho…
Trechos do Caminho do Itupava.
Trechos do Caminho do Itupava.
Sobre os trilhos.
Sobre os trilhos.
Estação Engenheiro Langue.
Estação Engenheiro Langue.
Estação Engenheiro Langue e Eatação Marumbi.
Estação Engenheiro Langue e Estação Marumbi.
De trem rumo a Curitiba.
De trem rumo á Curitiba.