Hoje estive em Maringá e participei do 1º Trekkingá – Enduro a pé no Parque do Ingá. Fiz parte de uma das equipes do Grupo Peregrinos de Maringá. O enduro com orientação foi realizado dentro do Parque do Ingá e contou com a participação de trinta equipes. Fazia muitos anos que eu não via uma bussola ou fazia algum tipo de orientação com planilha. A última vez tinha sido nos meus tempos de Exército. Confesso que estava totalmente enferrujado, e eu que era o capitão da equipe e responsável pela leitura da planilha de orientação, tive que contar com a ajuda de meus companheiros de equipe, pois muitas vezes fiquei totalmente perdido na orientação e leitura da planilha. Minha equipe era a Peregrinos II (equipe número 15) e dela faziam parte: Gaúcho (que contava os passos); Sueli (que auxiliava o Gaúcho na contagem); Mada (responsável pela leitura da bussola) e Matilde (que fez de tudo um pouco).
Na largada que aconteceu às 09h00min, cada equipe partia com dois minutos de diferença da equipe anterior. A rota inicial do enduro até que foi tranquila, pois na planilha de orientação existiam algumas boas referencias que ajudavam na leitura da planilha. Ao mesmo tempo em que tínhamos que procurar fazer uma leitura correta da planilha, tínhamos que contar passos para ter noção de distância que a planilha indicava e também fazer leituras na bussola para descobrir a direção correta a seguir em alguns trechos. Passamos por trilhas e ruas dentro do parque, entramos em valetas, atravessamos pequenas pontes e outras coisas mais. Tínhamos que manter certa regularidade e tentar seguir o tempo estipulado na planilha para percorrer cada trecho. Existiam alguns pontos de controle escondidos pelo caminho e precisamos encontrar estes pontos e carimbar nossa planilha. E não podíamos passar nos pontos de controle muito adiantados ou atrasados, pois passar muito adiantado ou atrasado por um ponto de controle significava perder pontos.
Até o ponto de controle número dois nós fomos muito bem e passamos dentro de uma margem de tempo aceitável. Mas logo nos perdemos por culpa de uma referência errada e acabamos perdendo um bom tempo até chegarmos ao ponto de controle número três. Em seguida conseguimos recuperar um pouco nosso tempo e passamos bem pelo ponto de controle quatro. Mas a partir daí nos perdemos e ficamos andando de um lado para outro tentando entender a planilha e encontrar o caminho correto. Nossa maior dificuldade foi que a planilha passou a ter poucas referencias e isso fez com que ao errarmos um pouco a contagem da distância a percorrer através da contagem de passos ou errar em alguma leitura da bussola ou indicação da planilha, a falta de referencias nos fazia ficar literalmente perdidos. E não fomos o único grupo a ficar perdido a partir do ponto de controle quatro. Mais grupos também se perderam e reclamaram da falta de mais referencias. Como se tratava de uma prova de orientação para iniciantes, bem que os organizadores podiam ter facilitado um pouco e colocado mais pontos de referencia na planilha.
Após três horas de caminhada pelo interior do Parque do Ingá, chegamos ao final do Treekingá. Na colocação geral ficamos em 15 º lugar entre as trinta equipes participantes, o que não foi um mau resultado se levarmos em conta nossa falta de experiência nesse tipo de prova, bem como as dificuldades que enfrentamos e os perdidos que demos. No final valeu a experiência e espero no futuro participar de outras provas do tipo. E com certeza se não tivéssemos tido tanta dificuldade na parte final do enduro, teríamos ficado numa colocação muito melhor. Mas valeu ter participado e conhecido novas pessoas, feito novos amigos!