No mesmo local, três anos depois…
Salto del Guairá
Umuarama, Guaíra, Salto del Guairá
No final de semana que passou, fiz mais uma viagem “internacional”. Dessa vez fui ao Paraguai fazer umas comprinhas. E não fui a Ciudad de Leste, que fica próximo a Foz do Iguaçu. Fui a Salto del Guairá, perto da cidade de Guaíra. Para quem não sabe, até o início dos anos oitenta, Foz do Iguaçu e Guaíra, rivalizavam para atrair turistas. Foz do Iguaçu com as Cataratas do Iguaçu e Guaíra com as Sete Quedas. Com a construção de Itaipu, as Sete Quedas desapareceram sob o lago de Itaipu, em outubro de 1982 e Guaíra quase virou uma cidade fantasma com o fim do turismo.
Em 1998, com a construção da Ponte Ayrton Senna ligando o Paraná ao Mato Grosso do Sul, a região de Guaíra voltou a crescer. E agora do lado paraguaio está surgindo um comércio parecido com o de Ciudad de Leste. A vantagem é que Salto del Guairá é mais tranqüila, limpa, menos perigosa e os preços são os mesmos de Ciudad de Leste. E a fiscalização é ainda mais precária e ineficiente do que em Foz do Iguaçu. Para quem quer comprar eletrônicos com preço bom e sem pagar imposto, é uma boa! (Também para que pagar imposto? Para que nossos “honrados” políticos tenham mais grana para roubar?)
A tendência é que o comércio de Salto del Guairá cresça ainda mais e atraía boa parte dos compradores que sempre seguiram para Ciudad de Leste. No meu caso, que estou em Campo Mourão, são quase cem quilômetros a menos de estrada para chegar ao Paraguai via Guaíra, do que indo via Foz do Iguaçu. O estranho é que saí do Paraná, atravessei quase quatro quilômetros de ponte, andei uns cinco quilômetros pelo Mato Grosso do Sul e entrei no Paraguai. Ninguém me pediu documento pessoal ou do carro, seja no lado brasileiro ou paraguaio, tanto na ida quanto na volta. E depois ninguém sabe por onde entra tanta droga e armas no Brasil! E num domingo ensolarado onde o termômetro no centro de Salto Del Guairá marcava 38 graus, nenhum policial ou fiscal da receita estava preocupado em vistoriar carros e pessoas que trafegavam de um país ao outro.
Nessa curta viagem visitei duas cidades aonde não ia há muitos anos. No sábado estive em Umuarama (era caminho), cidade também conhecida como “mulherama”, de tanta mulher que tem por lá. Dormi numa casa que fica quase em frente aos dois maiores ginásios de esportes da cidade, locais onde nos anos de 1986 e 1987 obtive minhas maiores conquistas como jogador de basquete. Foi muito bom rever aquele lugar e relembrar dos amigos e de como era boa aquela vida de jovem esportista.
E hoje estive em Guaíra, cidade que não visitava desde 1992. E foi nessa visita de 1992 a Guaíra que comecei a usar óculos e nunca mais parei. Lembro que eu estava me sentido sem jeito com o óculos. Daí conquistei uma paraguaia de olhos azuis, que me confidenciou ter sido minha cara de intelectual (graças aos óculos) que a conquistaram. Depois disso nunca mais tive traumas com relação a usar óculos. Cheguei até a usar lentes de contato por um tempo, mas não me acostumei.
E chega de saudosismos!!!