Pedal no feriado

Hoje sendo feriado, foi dia de encontrar meu amigo de “pedaladas” Luis Cesar e pegar a estrada. O dia estava bonito, com sol e sem muito calor graças a um ventinho fresco que soprava. Tínhamos um plano em mente que não foi possível realizar, mais por minha culpa que errei o caminho uma vez e depois não consegui encontrar a trilha que levava até uma pinguela para atravessar um rio. Acabamos tendo que pedalar pelo meio de uma plantação de trigo recém colhida, o que foi muito cansativo. Chegou um momento em que achamos melhor abortar o plano inicial e voltar. Essa decisão se mostrou a mais acertada, pois na parte final do “pedal” estávamos arrebentados e percebemos que não teríamos conseguido cumprir de forma completa o trajeto inicialmente imaginado. Esse trajeto ficará pra uma próxima vez quando estivermos mais preparados. Pra facilitar o retorno seguimos por uma estrada asfaltada, andando ao lado da pista. Mesmo sendo mais perigoso foi menos cansativo. Na volta paramos num posto de gasolina na beira da estrada pra tomar uma Coca-Cola gelada. Foi umas das cocas mais deliciosas que já tomei, pois estava com sede, com a boca seca e cheia de poeira. Mesmo tendo sido um passeio cansativo, valeu muito a pena e em breve devemos fazer juntos novas trilhas.

Vander e Luis Cesar.
Pedalando no meio da plantação.
Meio que perdidos...
Coca gelada.
Última subida do dia.

Mais um texto de Charles Chaplin

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome… Auto-estima. Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é…Autenticidade. Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de… Amadurecimento. Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é… Respeito. Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que  me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama… Amor-próprio. Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é… Simplicidade. Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a… Humildade. Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é… Plenitude. Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é… Saber viver!!!

Charles Chaplin

PS: Esse foi mais um texto interessante que a Andrea me enviou. E concordo com ela que disse que o texto tem muito em comum com o que estou vivendo hoje.

Chaplin

Deise & Luciano

Ontem recebi uma mensagem simpática da Deise, que é casada com meu primo Luciano. Entre outras coisas ela escreveu: Parabéns pelo seu blog somos leitores fanáticos dele, suas dicas de passeio e viagens são excelentes!!! Fico feliz em saber que pessoas da família com as quais tenho pouco contato, tem acompanhado e gostam do meu humilde Blog. Esse é mais um incentivo pra continuar com o blog e procurar melhorar a qualidade dos conteúdos aqui publicados.

Aproveito para mandar um forte abraço aos dois e a seu filhote, Lucas. E que continuem acompanhando o Blog, e que se meus projetos para 2011 derem certo, ano que vem terá um conteúdo muito interessante. Aguardem!!!

Meus primos: Luciano & Deise

Caminhada na Natureza: Nova Tebas/Pr

Minhas experiências com caminhadas se limitavam as trilhas que fazia na Serra do Mar, próximo a Curitiba e as peregrinações pelo Caminho de Peabiru. Agora descobri que existe um circuito de caminhadas, organizado pela CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CAMINHADAS. Eu desconhecia que caminhada é considerada um esporte e que existia até mesmo uma confederação. De qualquer forma resolvi aderir ao “esporte” e daqui pra frente vou ficar de olho no calendário de caminhadas organizadas pela confederação, que fazem parte de um projeto denominado Anda Brasil  (http://www.andabrasil.com.br/?q=panels/organization).

E minha primeira caminhada dentro do projeto Anda Brasil, aconteceu na cidade de Nova Tebas. Na verdade foi num local distante 23 km de Nova Tebas. A aventura iniciou antes da caminhada, pois chegar até o local chamado de Mil Alqueires, não foi nada fácil. Pensei que a caminhada sairia de Nova Tebas e cheguei na cidadezinha quase na hora prevista para o início da caminhada. Então tive a infelicidade de descobrir que o local da caminhada seria mais pra frente, e teria que seguir por uma estrada sem asfalto e numa região de serra. Após andar poucos quilômetros me perdi e quando já pensava em desistir e voltar pra casa passou por mim uma caminhonete do Corpo de Bombeiros. Pedi que parassem e numa rápida conversa descobri que estavam indo acompanhar a caminhada, denominada Caminhada na Natureza. Expliquei que estava meio perdido e não conhecia a região, e os bombeiros me pediram para seguí-los. Os segui por 20 quilômetros e foi uma grande aventura. Eles correram bastante e a estrada era ruim, levantava muita poeira e numa região de serra, com muitas subidas e alguns precipícios. Senti-me numa corrida de raly e em muitos momentos a adrenalina foi grande, pois em algumas curvas o carro ia de lado derrapando nas pedras e eu quase sem ver a estrada em razão da poeira. E pra piorar, na parte final tinha uma forte neblina e a combinação poeira+neblina significou visibilidade quase zero. Mesmo assim cheguei ileso ao local do início da caminhada e feliz com o perigoso e delicioso quase raly de que tinha participado.

Na comunidade Mil Alqueires existe uma igrejinha, um pequeno salão de festas e algumas poucas casas. O local era no alto de uma serra e a região era muito bonita. Fiz a inscrição que foi gratuita, ganhei um crachá que deveria ser carimbado em quatro pontos da caminhada e fui para o local de aquecimento. Acabei encontrando alguns conhecidos de Maringá, que tinham participado comigo da peregrinação pelo Caminho de Peabiru. Conversei um pouco com o pessoal e ás 09h00min iniciou a caminhada. Fui junto com o pessoal de Maringá, pois conversar durante a caminhada é mais gostoso e sempre tem alguém pra tirar fotos. Tinha muita gente participando, muitos adolescentes, todos da região. O percurso seria de 14 km, por uma região bastante acidentada e com muitas subidas fortes. Naquele momento fiquei pensando se aquele pessoal conseguiria chegar até o final. Mais tarde descobri que a maioria do pessoal pegou carona com dois ônibus que acompanharam a caminhada. Chamou-me a atenção um grupo da cidade de Pitanga, que chegou todo uniformizado e com muitas mulheres. Pensei que o pessoal caminhava sempre e que estava bem preparado. No final todo esse grupo subiu num ônibus, quando chegamos à subida mais íngreme e sob o sol do meio dia. Quando cheguei ao final do caminho (caminhando) todo esse grupo estava almoçando.

Os primeiros quilômetros da caminhada foram de descida, passando por estradas, plantações de soja recém plantadas, algumas fazendas e pelo meio do mato. A região é muito bonita e dava gosto caminhar por ela. No caminho fizemos uma parada num local chamado “Casa de Pedra”, que na verdade é uma gruta onde da pra entrar. Ainda pelo caminho paramos numa fazenda pra tomar limonada e seguimos em frente. Fizemos algumas paradas pra carimbar o crachá e pra tirar fotos. Caminhei quase o tempo todo com o Jair, Ieda, Rosangela, Ivanir, Miralva e Terezinha, todos de Maringá. Depois encontrei o Valterio, o Celso e os outros meninos de Maringá, que chegaram atrasados e caminharam no final da turma. Combinamos de nos encontrar em futuras caminhadas e talvez acampar ali mesmo nos Mil Alqueires.

A parte final da caminhada foi a mais difícil, onde descemos um morro muito íngreme. Paramos um tempo num rio, onde tinham duas pequenas cachoeiras. Numa delas dava pra ver alguns peixinhos tentando subir a cachoeira, fazendo a piracema, indo procriar no mesmo local onde nasceram. Após sairmos do rio pegamos a estrada e enfrentamos o trecho mais difícil, com uma subida sem fim, poeira e o sol do meio dia que estava mais quente que de costume. O último ponto de carimbo do crachá era no pé de um pequeno morro, onde no alto foi colocada uma luneta para se observar a bela vista da região. Não tive forças para subir o morro e olhar pela luneta, guardei minhas últimas energias para caminhar os dois quilômetros finais. Depois desse último ponto de carimbo, poucas pessoas seguiram caminhando, a maioria pegou carona nos ônibus da equipe de apoio. O numeroso grupo de Pitanga estava todo dentro de um ônibus e o líder do grupo desceu com um monte de crachás na mão e foi pegar os carimbos. Não achei aquilo certo, mas achei melhor ficar quieto. O trecho final segui com a Ieda e a Rosangela, literalmente comendo poeira. Chegamos ao mesmo local da partida, mas pelo outro lado, pois tínhamos caminhado em círculo. Estavam todos almoçando, pois além da caminhada estava acontecendo no local uma festa. Pelo que vi menos da metade do pessoal que iniciou a caminhada terminou a mesma caminhando. Cheguei arrebentado, mas feliz por ter superado mais um desafio e por não ter sentido minhas dores da hérnia de disco, sinal de que estou quase que totalmente curado.

Fui almoçar e me deparei com a comida fria e o refrigerante quente. Ou seja, quem caminhou realmente o trecho todo acabou sendo prejudicado e quem pegou caronas pelo caminho teve comida quente e refrigerante frio. Mas tudo bem, o importante é que cumpri a missão que tinha escolhido e minha consciência estava tranqüila, pois caminhei o trecho todo e isso para mim é o que vale. Não sou do tipo que faz algo pela metade e depois conta vantagem para os amigos dizendo que fez algo que na verdade não fez. Após almoçar me despedi dos amigos e peguei estrada. Daí se iniciou outra aventura, que foi a falta de gasolina. Eu tinha gasolina suficiente pra ir até Nova Tebas e voltar, mas não contava que teria que andar 56 km em estrada de chão além do que previa. Na volta a gasolina entrou na reserva e ao chegar a Nova Tebas descobri que na região os postos não abrem nos finais de semana. Ainda tentei ir à casa do dono de um posto de gasolina, que um morador me mostrou onde era, mas ele não estava em casa. Então eu tinha duas opções, ou ficava ali até não sei que hora esperando o dono do posto chegar em casa ou arriscava chegar ao posto aberto mais próximo dali, que ficava a quase 50 km. Pensei um pouco e resolvi arriscar, pois a estrada era de serra e quase toda de descidas, onde daria pra ir no embalo. Dei sorte e quando encontrei um posto aberto o carro estava começando a falhar. Mais um quilometro e eu ficaria parado na estrada com pane seca. No final das contas valeu a aventura toda. Foi um dia interessante, divertido, onde revi amigos, fiz novos amigos e superei mais uma meta em busca de minha total cura física e mental. Que venham outras caminhadas!!!

PARA AMPLIAR CLIQUE NA IMAGEM

Brincando de raly no meio da neblina.
Bela paisagem.
Início da caminhada.
Caminhando por dentro de uma fazenda.
Caminhando…
Parada para carimbar o crachá.
Na “Casa de Pedra”.
Ivanir, Jair, Ieda, Vander e Rosangela.
Chegando em mais uma fazenda.
Vander, Miralva, Rosangela, Ivanir, Terezinha, Ieda e Jair.
Ando devagar porque já tive pressa …
Uma das belas paisagens do caminho.
Eu e o grupo do Jair, que veio de Maringá.
No rio com os “meninos” de Maringá.
Festa na Comunidade Mil Alqueires.

Ainda sobre a Fest Comix

No período pós Fest Comix muitos sites, fóruns e blogs sobre quadrinhos publicaram textos sobre o evento. E no meio desse turbilhão de publicações acabei aparecendo numa foto na página principal do site Texbr (www.texbr.com) onde o Gervásio, coordenador do site, publicou algumas fotos que tirei no evento. E os textos sobre a Fest Comix e sobre o Civitelli que publiquei aqui no blog, foram adaptados para o português de Portugal e condensados num único texto, que foi publicado no Blog do Tex (http://texwillerblog.com/wordpress/), blog português coordenado pelo Zeca. Foi interessante ver os textos que escrevi publicados com algumas palavras diferentes, algo que foi necessário para que os amigos portugueses pudessem entender meus textos adequadamente.

Aproveito para agradecer ao Gervásio e ao Zeca pela publicação de fotos e textos gerados por mim e que fiquem a vontade para usar e abusar de todo conteúdo de textos e fotos existentes em meu blog, conteúdo que eles podem utilizar sempre que desejarem e nem precisam pedir autorização.

Meu texto adaptado e publicado no Blog de Tex em Portugal.
Aqui pareceço numa foto na página principal do site Texbr.

Fabio Civitelli

Na 17ª Fest Comix, Fábio Civitelli não se portou como uma “estrela” conhecida mundialmente, mas sim como fã de quadrinhos. Distribuindo sorrisos, simpatia, autógrafos e sempre disponível para tirar fotos, ele conquistou a todos os fãs de Tex e dos demais personagens Bonelli que estavam presentes na feira, além de leitores de outros tipos de quadrinhos. Civitelli é italiano de Lucignano, nascido em 9 de abril de 1955. Começou a trabalhar profissionalmente como ilustrador em 1974, na editora Studio Origa, desenhando a série Lady Lust. Em seguida trabalhou para a editora Edifumetto, desenhando Lo Scheleto, I Sanguinari e I Notturni para a Ediperiodici. Depois a seção Super Eroica para a Dardo. Após isso desenhou a série Karatex, Zanna Bianca e Zordon. No ano de 1977 trabalhou em Corrier Boy, L’Intrepido, Il Monello e Doctor Salomon. Para a editora Cenisio ele ilustrou Terror Blue e Furia. Fabio Civitelli chegou a ilustrar aventuras do Quarteto Fantástico e do Homem Aranha. Começou a trabalhar para a Bonelli Editore em 1979, desenhando o personagem Mister No. Em 1983 desenha Pomeriggio Cubano e a partir de 1985 passa a fazer parte do staff de Tex, onde permanece até hoje, sendo um de seus principais desenhistas.

Em sua passagem pelo Brasil, Fabio Civitelli teve como cicerones o editor Dorival Vitor Lopes, da Mythos Editora e José Carlos Francisco (Zeca), um português que é fã incondicional de Tex e que veio ao Brasil exclusivamente para acompanhar Fabio Civitelli e participar da 17ª Fest Comix. E aproveitando a presença de Fabio Civitelli no Brasil, a Mythos Editora promoveu dois lançamentos alusivos a essa visita. Foi lançado o livro “O Oeste Segundo Civitelli” e o “Especial Civitelli nº 1”. O especial tem 336 paginas, e traz a aventura “O Presságio”, que além de ser a história favorita de Civitelli, conta com seus desenhos e argumento. Já o livro “O Oeste Segundo Civitelli”, traz a cronologia de toda a obra de Fabio Civitelli, bem como traz a explicação e comentários do autor para as principais passagens de cada aventura de Tex que ele desenhou. Também mostra em detalhes pelo próprio autor sua elaborada técnica para desenhar e a quadrinhografia de tudo o que ele realizou durante sua carreira artística. E de bônus traz dezenas de ilustrações inéditas e 16 páginas em cores. Em formato grande, com 154 paginas e capa quase dura, vale á pena conhecer e ter essa obra em sua gibiteca.

Durante sua participação na Fest Comix, Fabio Civitelli distribui cópias de um desenho que mostra Tex e seu cavalo passeando tranquilamente pela avenida Paulista, em São Paulo. Devidamente autografado, esse desenho será uma bela recordação e um tesouro na coleção dos colecionadores e fãs de quadrinhos que estiveram visitando o “canto” da Mythos Editora durante a 17ª Fest Comix. 

Fabio Civitelli e seu livro.
Livro: O Oeste Segundo Civitelli
Tex caminhando na Avenida Paulista.
Vander e Fabio Civitelli.
Vander e Civitelli.
Livro autografado e com desenho feito pelo Civitelli.

17ª Fest Comix

Unindo o útil ao agradável, fui participar da 17º Fest Comix em São Paulo. Aproveitei que atualmente ás passagens aéreas estão mais baratas que ás de ônibus em alguns casos, que minha namorada mora em São Paulo e que muitos amigos (um do exterior inclusive) estariam presentes nessa feira de quadrinhos, resolvi arrumar a mala e viajar 700 km (80 km de carro e 620 km de avião) e ir participar da “Fest Comix”. E outro atrativo seria a presença do Fabio Civitelli, desenhista italiano de renome internacional que faz parte do staff da Bonelli Editore e desenha aventuras do Tex. A decisão de participar da feira foi muito acertada, pois foi um final de semana muito divertido, onde pude rever amigos que já conhecia e conhecer pessoalmente alguns amigos com quem me comunicava pela internet há oito, nove anos. A Andrea, minha namorada me acompanhou nos dois dias de feira e mesmo não entendendo e nem gostando muito de quadrinhos, acabou gostando da experiência e fez novos amigos e amigas.

Os amigos que já conhecia pessoalmente e pude rever foram: Felipe (Curitiba), Valdivino e seu filho Jhon Lucas (Curitiba), Gervásio (Sapucaia do Sul – RS), Maria Eddy (São Paulo), Zeca (Anadia – Portugal), Nilson Farinha (Jundiaí – SP), Julio Schneider (Curitiba), Dorival Vitor Lopes (São Paulo) e José Ricardo (Rio de Janeiro). E dos amigos que conhecia somente pela internet e dessa vez pude conhecer pessoalmente foram: Ary Canabarro, Neimar Capela e Jesus Nabor (todos do Rio Grande do Sul), Antonio Moreira (Niterói – RJ), GG Carsan (João Pessoa – PB), Levi Trindade (São Paulo), João Batista (Tatuí – SP) e também o Paulo César Lopes, Nei Souza, Elias, Filipe Ferreira e o Mário Latino. Também conheci o Marcos Maldonado, letrista de quadrinhos Bonelli desde que comecei minha coleção no inicio dos anos oitenta e sua simpática esposa, Dolores. E conheci o grande Fabio Civitelli, que se mostrou uma simpátia de pessoa e com quem até consegui conversar um pouco em italiano. Confesso que esqueci o nome de alguns outros colecionadores com quem tive contato na feira, mas era tanta gente que no tumulto alguma informação sempre se perde.

Quando cheguei na feira já estava acontecendo uma palestra com o Fabio Civitelli. Na mesa junto ao palestrante estavam o GG Carsan e o Zeca, que fazia ás vezes de tradutor, já que o avião do Julio, o tradutor oficial, atrasou. Ficou até engraçado ver um português traduzindo um italiano. Mesmo tendo engasgado algumas vezes o Zeca se saiu bem e já pode até negociar com o Dorival uma vaga de tradutor na Mythos Editora. A palestra foi muito bacana, o publico participou fazendo perguntas e o Fabio Civitelli foi atencioso nas respostas. Se não fosse o pessoal da organização do evento pedir para encerrar, pois tinha outro palestrante esperando a vez, a palestra com o Fabio seguiria tarde afora certamente. A feira teve três dias e participei somente dos dois últimos, mas mesmo assim valeu muito á pena e tomara que no futuro existam outras oportunidades de se reunir num mesmo local a mesma quantidade de amigos colecionadores de quadrinhos. Na noite do sábado pra encerrar o dia com chave de ouro fomos comer uma pizza. Aos todo estávamos em 12 pessoas, incluindo o Fabio Civitelli. Como o pessoal estava cansado e o dia seguinte seria longo para muitos, que inclusive iam viajar para suas casas, o papo a mesa da pizzaria não se prolongou muito, mas mesmo assim não deixou de ser um momento agradável e marcante.

Comparado a muitos amigos que estiveram presentes na Fest Comix, posso me considerar um privilegiado. Viajei uma hora de carro e mais uma hora de avião. Desembarquei em Congonhas, que é um aeroporto dentro de São Paulo. Minha namorada mora bem em frente ao aeroporto e além de ficar hospedado na casa dela, ela foi minha motorista exclusiva o tempo todo. Então perto de amigos que vieram de lugares bem mais distante do que eu, que tiveram gastos com hospedagem, que precisaram andar de ônibus e metrô sem conhecer a cidade direito e outros que desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos ou em Viracopos e tiveram que viajar mais uma hora para chegar a São Paulo, meu “sacrifício” pra participar da Fest Comix foi “café pequeno”. Admiro o esforço e sacrifício desses amigos que passaram por dificuldades e tiveram altos gastos para estarem presentes na feira e que mesmo assim estavam muito entusiasmados e felizes de estarem presentes nesse evento que para os texianos de plantão será inesquecível.

Para  saber   mais  sobre a  17ª  Fest Comix   e  a  visita  de  Fabio Civitelli  ao  Brasil,  visite nos endereços abaixo  o  Portal Texbr,  coordenado pelo Gervásio e o Blog do Tex, coordenado pelo amigo português José Carlos Francisco (Zeca).

www.texbr.com

http://texwillerblog.com/wordpress/

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

GG Carsan, Fabio Civitelli e Zeca.
Em Pé: Dorival Vitor Lopes, Nilson Farinha, Vander, Paulo, Neimar, GG e Adilson.  Agachados: Levi, Julio Schneider, Felipe, Zeca, Fabio Civitelli e Gervásio.
Nilson, Gervásio, Marcos Maldonado, Vander, Zeca e Julio.
Felipe, GG e Vander.
Julio, Civitelli e Vander na pizzaria.
Fazendo umas compras na feira.
José Ricardo e Civitelli.
Vander, Jhon Lucas, Valdivino e GG.
Pegando “mais um” autógrafo do Civitelli.

Puerto Iguazú – Argentina

Como último passeio pela região de  Foz do Iguaçu,  fomos passar um final  de tarde  em Puerto Iguazú, Argentina. Diferente da entrada no Paraguai onde não nos pediram documento algum ao sair do Brasil e ao entrar no Paraguai, entrar na Argentina foi um pouco mais complicado. Tivemos que apresentar documentos ao sair do Brasil e também ao entrar na Argentina. A Andrea já conhecia a Argentina, pois já esteve em Buenos Aires e outras cidades. De antemão avisei a ela que Puerto Iguazú era bem diferente da Argentina que ela conhecia. A cidade é pequena e meio sujinha. Já estive ali algumas vezes e sabia o que ia encontrar. Chegamos à cidade no final do dia e fomos fazer um passeio a pé pelo centro. Depois demos uma volta de carro e paramos fazer umas compras num supermercado. Com o real valendo R$ 2,15 para cada peso argentino, foi divertido ir ao supermercado. Compramos pouca coisa, na maioria produtos que não tem no Brasil ou que são mais caros por aqui. Consegui encontrar iogurte de doce de leite, algo que até hoje só vi na Argentina. Depois fizemos um lanche na saída da cidade e retornamos ao Brasil a noite.

História: Puerto Iguazú (Porto Iguaçu em português) é uma cidade da província de Misiones e está localizada a 18 km das Cataratas do Iguaçu. Próxima a cidade fica a Ponte Internacional Tancredo Neves, inaugurada em 1985 e que liga o Brasil a Argentina. O turismo é a principal atividade econômica da cidade, já que o comércio e a hotelaria também são as principais fontes de renda. Nos últimos anos à cidade tem recebido um grande número de hoteis internacionais, os quais estão construindo suas edificações às margens do Rio Iguaçu. Alguns atrativos turísticos da cidade são as Cataratas do Iguaçu (lado argentino), Marco das Três Fronteiras, a feira artesanal localizada no mesmo, o complexo La Aripuca, o porto, o Museu de Imagens da Selva, o Museu Mbororé, o Parque Natural Municipal Luis Honorio Rolón, o centro de reabilitação para aves Guira Oga e um cassino internacional (o qual forma parte de um hotel). A cidade possui um centro comercial nas cercanias da Ponte Internacional Tancredo Neves, o Duty Free Shop.

Puerto Iguazú.
No centro de Puerto Iguazú.

Itaipu Binacional

Outro  passeio   interessante   que  fizemos  na  região  de  Foz  do Iguaçu,   foi  visitar a  Itaipu Binacional. Já estive em Itaipu duas vezes, nos anos de 1985 e 1986. Dessa vez pude perceber que muita coisa mudou para melhor, que a represa está finalizada e que o passeio por ela agora é mais organizado e com ônibus próprio. Mesmo pagando ingresso, vale a pena fazer tal passeio. Após assistirmos um vídeo informativo sobre Itaipu, embarcamos num ônibus sem teto e fomos passear pela represa, fazendo paradas em pontos estratégicos. De frustrante foi constatar que o vertedouro não estava jorrando água. O vertedouro jorrando água é com certeza o fato mais bonito no passeio por Itaipu. O guia nos informou que o vertedouro jorra água somente durante dois meses por ano. Das duas vezes anteriores que estive ali estava jorrando água, então devo ter tido sorte. De qualquer forma o passeio valeu á pena. Mesmo sendo uma obra de engenharia sem fins turísticos, o passeio pelo local é interessante e tudo é bonito, limpo e organizado. 

História: Itaipu Binacional é a empresa que gerencia a maior usina hidrelétrica em funcionamento e em capacidade de geração de energia no mundo. É uma empresa binacional construída pelo Brasil e pelo Paraguai no rio Paraná, no trecho de fronteira entre os dois países, 15 km ao norte da Ponte da Amizade. O projeto vai de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Ciudad del Este, no Paraguai, no sul, até Guaíra e Salto del Guairá, no norte. A capacidade instalada de geração da usina é de 14 GW, com 20 unidades geradoras fornecendo 700 MW cada. No ano de 2008, a usina geradora atingiu o seu recorde de produção, com 94,68 bilhões de quilowatts-hora (kWh), fornecendo 90% da energia consumida pelo Paraguai e 19% da energia consumida pelo Brasil.

A Usina de Itaipu é resultado de intensas negociações entre os dois países durante a década de 1960. Em 22 de julho de 1966, os ministros das Relações Exteriores do Brasil e do Paraguai, assinaram a “Ata do Iguaçu”, uma declaração conjunta de interesse mútuo para estudar o aproveitamento dos recursos hídricos dos dois países, no trecho do rio Paraná “desde e inclusive o Salto de Sete Quedas até a foz do Rio Iguaçu”. Em 1970, o consórcio formado pelas empresas PNC e ELC Electroconsult (da Itália) venceu a concorrência internacional para a realização dos estudos de viabilidade e para a elaboração do projeto da obra. O início do trabalho se deu em fevereiro de 1971. Em 26 de abril de 1973, Brasil e Paraguai assinaram o Tratado de Itaipu, instrumento legal para o aproveitamento hidrelétrico do rio Paraná pelos dois países. Em 17 de maio de 1974, foi criada a entidade binacional Itaipu, para gerenciar a construção da usina. O início efetivo das obras ocorreu em janeiro do ano seguinte. Um consórcio liderado pela construtora Mendes Júnior, executou o projeto. Para a construção foram usados 40 mil trabalhadores diretos. Para o material foi usado 12,57 milhões de m³ de concreto (o equivalente a 210 estádios do Maracanã) e uma quantidade de ferro equivalente a 380 Torres Eifell. Comparando a construção da hidrelétrica de Itaipu com o Eurotúnel (que liga França e Inglaterra sob o Canal da Mancha) foram utilizados 15 vezes mais concreto e o volume de escavações foi 8,5 vezes maior. No dia 14 de outubro de 1978 foi aberto o canal de desvio do rio Paraná, que permitiu secar um trecho do leito original do rio para ali ser construída a barragem principal, em concreto. O reservatório da usina começou a ser formado em 12 de outubro de 1982, quando foram concluídas as obras da barragem e as comportas do canal de desvio foram fechadas. Nesse período, as águas subiram 100 metros e chegaram às comportas do vertedouro às 10 horas do dia 27 de outubro, devido às chuvas fortes e enchentes que ocorreram na época. Em uma operação denominada Mymba Kuera (que em tupi-guarani quer dizer “pega-bicho”), durante a formação do reservatório, equipes do setor ambiental de Itaipu esforçaram-se em percorrer a maior parte da área que seria alagada para salvar centenas de exemplares de espécies de animais da região.

Quando a construção da barragem começou, cerca de 10.000 famílias que viviam às margens do rio Paraná foram desalojadas, a fim de abrir caminho para a represa. Muitas dessas famílias se refugiaram na cidade de Medianeira, uma cidade não muito longe da confluência dos rios Iguaçu e Paraná. Algumas dessas famílias vieram, eventualmente, a ser membros de um dos maiores movimentos sociais do Brasil, o MST. O espelho d’água da usina alagou diversas propriedades de moradores do extremo oeste do Estado do Paraná. As indenizações foram suficientes para que os agricultores comprassem novas terras no Brasil. Sendo as terras no Paraguai mais baratas, milhares emigraram para esse país, criando o fenômeno social dos brasiguaios – brasileiros e seus familiares que residem em terras paraguaias na fronteira com o Brasil.

Em 5 de maio de 1984, entrou em operação a primeira unidade geradora de Itaipu. As 20 unidades geradoras foram sendo instaladas ao ritmo de duas a três por ano. As duas últimas das 20 unidades de geração de energia elétrica começaram a funcionar entre setembro de 2006 e março 2007, elevando a capacidade instalada para 14.000 MW, concluindo a usina. Este aumento da capacidade permitiu que 18 unidades geradoras permaneçam funcionando o tempo todo, enquanto duas permanecem em manutenção. Devido a uma cláusula do tratado assinado entre Brasil, Paraguai e Argentina, o número máximo de unidades geradoras autorizadas a operar simultaneamente não pode ultrapassar 18. A potência nominal de cada unidade geradora (turbina e gerador) é de 700 MW. No entanto, porque diferença entre o nível do reservatório e o nível do rio ao pé da barragem que ocorre realmente é maior do que a projetada, a energia disponível for superior a 750 MW por meia hora para cada gerador. Cada turbina gera cerca de 700 megawatts, para comparação, toda a água das Cataratas do Iguaçu teria capacidade para alimentar somente dois geradores. A Itaipu produz uma média de 90 milhões de megawatts-hora (MWh) por ano. Com o aumento da capacidade e em condições favoráveis do rio Paraná (chuvas em níveis normais em toda a bacia) a geração poderá chegar a 100 milhões de MWh. Embora seja apenas o sétimo do Brasil em tamanho, o reservatório de Itaipu tem o maior aproveitamento em relação à área inundada. Para a potência instalada de 14.000 MW, foram alagados 1.350 quilômetros quadrados. Os reservatórios das usinas de Sobradinho, Tucuruí, Porto Primavera, Balbina, Serra da Mesa e Furnas são maiores do que o Itaipu, mas todos perdem na relação área inundada/capacidade instalada.

Vertedouro sem água.
Vertedouro sem água.

Mirante em Itaipu.
Vertedouro.
Barragem.
Desvio.

Ciudad del Este – Paraguai

Como estávamos em  Foz do Iguaçu, aproveitamos  para  atravessar  a fronteira e  fazer  umas comprinhas no Paraguai. A Andrea conhece muitos países, já esteve sete vezes nos Estados Unidos, mas ainda não conhecia o Paraguai. No fundo acho que ela morria de vontade de conhecer esse pais irmão. Eu, ao contrário já estive muitas vezes no Paraguai, não somente em Ciudad del Este, mas também em outras cidades mais adentro do pais. O Paraguai foi o primeiro pais que conheci fora do Brasil, então tenho um carinho especial por ele. Já Ciudad del Este apesar de ter crescido bastante desde a primeira vez que lá estive em 1985, continua feia, suja e tumultuada. Não pretendíamos fazer muitas compras e assim caminhamos tranquilamente por alguns shoppings. Já os vendedores e bancas de rua procuramos evitar, além do que era um saco andar pela rua devido á quantidade de pessoas que nos paravam para tentar vender algo. Detesto esse tipo de assédio, seja no Brasil, no Paraguai ou onde for. Fazia um calor de derreter e dessa forma era melhor ficar nos shoppings, com ar condicionado. De compras trouxemos alguns itens eletrônicos e nos divertimos em uma loja que vendia produtos alimentícios americanos e europeus. Saímos com a sacola cheia de chocolates, doce de leite e no meu caso manteiga de amendoim JIF, pela qual sou tarado. Passamos uma manhã no Paraguai e foi suficiente para nossas compras e para a Andrea conhecer um pouco do lugar. No fundo acho que foi pior do que ela esperava e com certeza ela deve preferir comprar produtos eletrônicos nas lojas de Miami. No regresso ao Brasil resolvemos aventurar e atravessar a Ponte da Amizade a pé. Já fiz isso muitas vezes, já a Andrea precisava passar por essa pequena aventura e pelo visto gostou da experiência.

História: Ciudad del Este (Cidade do Leste, em português) é um distrito do Paraguai, capital do departamento (estado) de Alto Paraná. Situada no extremo leste do país, a cidade foi fundada em 1957 com o nome de Puerto Flor de Lís. Anos depois foi renomeada de Puerto Stroessner no período da ditadura paraguaia, quando o presidente do Paraguai era o general Alfredo Stroessner. Ganhou o nome atual após a queda do regime ditatorial do general Stroessner. A cidade faz parte de um triângulo internacional conhecido na região como Tríplice Fronteira, que envolve também Foz do Iguaçu, no Brasil, e Puerto Iguazú, na província (estado) de Misiones, Argentina. As três cidades são separadas uma das outras pelo Rio Paraná e pelo Rio Iguaçu. Ciudad del Este é responsável por metade do PIB paraguaio; é a terceira maior zona de comércio franca do mundo (após Miami e Hong Kong), cujos clientes na maioria são brasileiros atraídos pelos baixos preços dos produtos vendidos na cidade. Com pouco mais de 320 mil habitantes, Ciudad del Este é a segunda cidade mais populosa do Paraguai.

Nas ruas sujas da cidade.
Andrea no trânsito caótico da cidade.
Descansando num shoping.
Atravessando a Ponte da Amizade.

Cataratas do Iguaçu

Aproveitando a vinda da  Andrea  ao Paraná  para participar  da Peregrinação  pelo Caminho de Peabiru, demos uma esticada até Foz do Iguaçu. Foi uma grande oportunidade para ela conhecer ás Cataratas do Iguaçu, que era algo que ela tinha vontade de fazer a muito tempo. Demos sorte e nossa visita ao Parque Nacional do Iguaçu foi num dia de sol, calor e com o volume de água nas cataratas muito alto, o que deixava o lugar ainda mais bonito. A Andrea adorou o passeio. Ela que já conhecia as Cataratas do Niágara, achou ás Cataratas do Iguaçu mais bonitas. Passamos uma tarde caminhando pelo parque, curtindo e tirando fotos das cataratas. Eu já tinha visitado o Parque Nacional do Iguaçu outras vezes, mas já fazia alguns anos que não ia lá. Dessa vez me surpreendeu de forma positiva a organização e cuidado com o local.   

História: O Parque Nacional do Iguaçu foi criado em 10 de janeiro de 1939. Tombado em 1986 pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade, o parque abrange uma área protegida de 185.000 ha. de mata atlântica de interior. É uma das maiores reservas florestais do sul do Brasil e um dos últimos locais de proteção ambiental do Estado do Paraná.

No ano de 1542, o espanhol Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, nomeado Governador do Paraguai, seguia viagem rumo à cidade de Assunção, quando se deparou com a grandiosidade das Cataratas do Iguaçu. Ele foi o primeiro europeu a conhecer a região, onde na época viviam apenas os índios tupi-guaranis. No ano de 1876, o engenheiro André Rebouças faz a primeira proposta ao Imperador D. Pedro II sobre a criação do Parque Nacional. Em 1916, Santos Dumont, ao conhecer as Cataratas do Rio Iguaçu, ficou tão impressionado com a sua beleza que pressionou com o seu prestígio o então governador do Paraná, Afonso Camargo, para que ali fosse criado um Parque Nacional. O local que era então propriedade particular é declarado local de interesse público. Em 1930, foi ampliada a área desapropriada em 1916, para criar o Parque Nacional do Iguaçu.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Ônibus para entrar no parque.
Cataratas do Iguaçu.
Chuvisco bom pra refrescar.
Borboleta.
Cataratas do Iguaçu.

Algumas fotos curiosas da Peregrinação pelo Caminho de Peabiru 2010

Abaixo seguem algumas fotos curiosas dessa última peregrinação pelo Caminho de Peabiru.

CLIQUE NAS FOTOS PARA AMPLIAR

Pequeno índio fumando cachimbo.
Tênis da Andrea abrindo o bico.
Pierin e sua boca melada.
Andrea e seus pés sujos.
Andrea e suas pernas queimadas.
Curativo para seguir caminhando.
No meio do caminho tinha um ninho...
Falecimento de um tênis.
Cumprimentando o Santo.
Sombra e água fresca.
Cachorro tomando banho.
Soninho...
Sonão...

1ª Peregrinação da Rota Simbólica e Autônoma do Caminho de Peabiru (Parte II)

Acordamos ás 06h30min. Fazia um pouco de frio e não foi fácil sair da barraca e levantar acampamento para seguir a caminhada. Se no dia anterior tínhamos feito praticamente metade do caminho num dia, dessa vez teríamos que fazer a outra metade em apenas meio dia de caminhada. Meus pés estavam um bagaço, cheio de bolhas e fiquei com receio de não conseguir terminar a caminhada. Resolvi deixar o tênis de caminhada de lado e caminhar nesse dia com um tênis de nylon. A Andrea estava toda ardida e suas pernas muito queimadas. Mesmo assim estava animada e decidiu usar uma calça para não aumentar as queimaduras. Segundo ela, ia caminhar até onde ela ou seu tênis aguentassem. Eu, mesmo com os pés cheios de bolhas, estava decidido a ir até o fim.

Tomamos café e enquanto o pessoal fazia alongamento fiquei fazendo curativos nos meus pés. Pouco antes das 8h00min iniciamos a caminhada, sob sol mas com um vento frio que prometia ser quente conforme o dia fosse passando. Fui caminhando junto com a Andrea e logo nos alcançou o Prof. José Pochapski, atual Vereador e ex-Prefeito de Campo Mourão. Conversamos um pouco e quando contei a ele que era neto da Dona Polônia, a conversa ficou ainda mais animada. Ele e minha avó nasceram na mesma colônia de poloneses, perto da cidade de Prudentópolis – Pr. A manhã foi avançando e seguíamos nossa caminhada por uma paisagem muito bonita. Começamos a descer por uma estrada pavimentada, de asfalto ruim, mas era melhor que caminhar nas pedras soltas. A tal descida não tinha fim e isso era meio assustador, pois sempre após uma longa descida vem uma subida maior ainda. A estrada terminava numa ponte de madeira sobre o Rio da Várzea e após o rio a subida não tinha fim. O sol estava ficando cada vez mais quente e as pernas mais pesadas, mas seguimos firmes em frente, hora conversando com um caminhante, hora com outro. Os carros de apoio sempre passando por nós com água gelada e frutas. Alguns caminhantes que não aguentava mais caminhar iam pegando carona com os carros de apoio. Outros caminhantes pegavam carona nos trechos de subida e caminhavam nos trechos mais fáceis. Na metade da grande subida após o rio, o tênis da Andrea abriu o bico de vez e ela teve que desistir da caminhada e pegou carona num carro de apoio. Eu segui em frente sozinho e aumentei o ritmo. Caminhei sozinho por quase uma hora até que encontrei a Zilma e a Carmen, que tinham acabado de descer do carro de apoio e seguiam mais um trecho caminhando. Conversamos um pouco, paramos tirar fotos e logo chegamos a Comunidade Boa Esperança. Há muitos anos esse lugar se chamava Fazenda Boa Esperança e tive uma namorada no colégio que morava nesse local. Estive ali uma vez numa festa e após 23 anos estava de volta e pude constatar que quase nada mudou. A Carmen desistiu de caminhar e foi pegar carona. Eu e Zilma seguimos caminhando juntos e conversando. Ela é uma grande amiga e companheira de outras caminhadas. Meus pés doíam cada vez mais e tive que mudar a forma de pisar, evitando forçar os dedos dos pés.

A Zilma logo desistiu e pegou carona num carro de apoio. Eu segui sozinho e sentia que minha meta de terminar a peregrinação caminhando sem nunca pegar carona ou desistir, estava cada vez mais próxima. Terminar a peregrinação foi à primeira meta que coloquei ainda no inicio de abril, quando mal podia caminhar em razão da hérnia de disco. Após consulta com um especialista de coluna que não recomendou cirurgia para meu caso, fui fazer tratamento com acupuntura e eletrochoques. A médica que me atendeu disse que eu levaria uns seis meses para ficar bom. Isso se me dedicasse e seguisse a risca o tratamento. Quando ela falou seis meses, mentalmente fiz as contas e vi que faltavam seis meses para a próxima peregrinação pelo Caminho de Peabiru. Então fiz uma promessa para mim mesmo, de que ia me dedicar ao maximo ao tratamento, aguentar as dores e que em outubro ia conseguir caminhar todo o trecho do Caminho de Peabiru. Os meses seguintes a essa promessa foram muito difíceis, senti muita dor, chorei muitas vezes e em muitos momentos pensei que nunca ia ficar curado. Várias vezes pensei em desistir de tudo, mas com o apoio da família, de amigos e principalmente graças a minha fé em Deus, consegui forças para seguir em frente e sofrer todas as dores e chorar todas ás lágrimas que foram necessárias para eu me curar. Enquanto caminhava os últimos quilômetros sob um sol escaldante, fui lembrando de cada momento dos últimos seis meses e de todo o sofrimento que passei. Somente eu e Deus sabemos o que passei e o quanto foi difícil superar, mas consegui e ali estava quase terminando a meta estipulada seis meses antes. Era a primeira meta de muitas que estipulei, visando encontrar forças para não desistir e seguir a risca o tratamento. No trecho final comecei a orar agradecendo a Deus, pois mais uma vez estávamos eu e Ele sozinhos. Ele me dando forças pra não desistir e seguir em frente independente das dores terríveis que sentia nos pés por culpa das várias bolhas. Logo ás lagrimas começaram a rolar e depois de vários meses me senti curado das dores físicas e psicológicas que me atormentaram nos últimos meses. Após muitos meses, pela primeira vez eu me sentia plenamente feliz e via que a vida vale a pena, independente dos momentos ruins e complicados que muitas vezes passamos, e que desistir da vida não é solução. Percebi numa estrada empoeirada, no meio do nada, sob um sol escaldante do meio dia, que a escolha que fiz meses antes, de viver e seguir em frente, foi a escolha correta e que daqui pra frente depois de tudo que passei, sofri, chorei e principalmente aprendi, nada e ninguém vai me segurar, vai me impedir de realizar meus sonhos, por mais tolos que possam parecer para muitos. Nesses últimos meses por muitas vezes Deus se mostrou para mim e me ajudou a superar as dificuldades e seguir em frente. Posso dizer que renasci nos últimos meses, que agora sou uma pessoa melhor, mais completa, ainda cheia de defeitos, mas uma pessoas melhor. E foi entre lágrimas, orações, dores, gratidão e alegria, que após virar uma curva vi o final da caminhada. Foram quase 50 km de caminhada em um dia e meio. Para quem alguns meses antes mal conseguia caminhar três metros da cama até o banheiro, caminhar 50 km era uma das vitórias mais importantes de minha vida. É difícil descrever o que senti naquele momento. Acredito não existir palavras para expressar a alegria que invadiu meu coração naquele instante em que cheguei ao fim da caminhada e cumpri a primeira meta que tracei meses antes, em busca de minha cura física e mental. Foi traçar metas, planejar a realização de tais metas e me dedicar a ficar curado para realizar essas metas, o que me deu forças para sair do mais completo abismo de tristeza, culpa e incerteza e dar a volta por cima, me reencontrar novamente na vida e ser feliz. Essa peregrinação será inesquecível para mim, pois ela foi cheia de significados.

A caminhada terminou na Comunidade do Boi Cotó. Muita gente já estava lá esperando o almoço ou então na bela cachoeira ao lado. Encontrei a Andrea e fomos caminhar por dentro da água do rio. Eu estava arrebentado fisicamente, com os pés cheio de bolhas, com a meia tendo marcas de sangue, mas nenhuma dor poderia tirar de mim a sensação de dever cumprido e a felicidade de ter chegado ao fim. Logo foi servido o almoço, um delicioso “Porco no Tacho”, que dessa vez comi sem medo de ficar empanturrado. Depois do almoço fomos descansar debaixo de umas árvores e no meio da tarde embarcamos no ônibus que nos levaria embora. A viagem de retorno foi tranqüila e silenciosa, pois todos estavam exaustos. Pelo caminho de volta pude ver o quanto era longo e difícil o trecho que tinha caminhado naquela manhã. Paramos no Barreiro das Frutas pegar nossas mochilas e fomos para Peabiru. Descemos do ônibus bem no centro da cidade, na praça da Matriz e foi ali mesmo que aconteceram as despedidas. A Andrea gostou do programa de índio. Fez muitos amigos e além das pernas queimadas pelo sol, do tênis arrebentado, das bolhas nos pés, das picadas de butuca, ela levou para São Paulo um casal de carrapatos. Isso ela ia descobrir alguns dias depois quando os bichinhos começaram a coçar. O irônico disso é que nasci na região, sempre vivi em matos e nunca peguei carrapato algum. Ela era a primeira vez que visitava o interior do Paraná e já foi vitima de carrapatos. Talvez o sangue azul dela seja mais saboroso que meu sangue de plebeu…

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Descida sem fim.
Estrada sem fim…
Sol escaldante.
Vander, Zilma e Carmen.
Comunidade Boa Esperança.
Siga a seta pra não se perder.
Cachoeira do Boi Cotó.
Hora do almoço.
Prof. Pochapski, Andrea e Vander.
Descanso para pés cansados.
Parte do trecho que caminhámos.

1ª Peregrinação da Rota Simbólica e Autônoma do Caminho de Peabiru (Parte I)

Antecedendo a 1ª Peregrinação da Rota Simbólica e Autônoma do Caminho de Peabiru, já haviam sido realizadas 10 peregrinações para mapeamento e estudos da rota, paralelas aos trabalhos de pesquisas nos últimos seis anos. Dessas 10, participei de quatro e estava ali para minha quinta participação consecutiva. O evento começou na sexta-feira a noite na Câmera de Vereadores da cidade de Peabiru. Autoridades locais e da cidade vizinha de Campo Mourão estavam presentes, bem como peregrinos de várias cidades e também índios da aldeia de Cornélio Procópio e Laranjinhas (norte do Paraná, próximo a divisa com o estado de São Paulo). Pude rever amigos de outras caminhadas, o que é sempre muito bom e divertido. Após o Simpósio que teve apresentação de danças e canções indígenas, foi servido um coquetel e em seguida todos se deslocaram para uma escola ao lado da Catedral para pernoitar. Dessa vez estava acompanhado pela Andrea, minha namorada. Ela uma paulistana da Zona Sul, de sangue azul, não estava nada acostumada com programas de índio (literalmente nesse caso) iguais a esse e que eu adoro. Mas chegou animada para o evento e mal sabia das roubadas que enfrentaria.

Na manhã do sábado após o café da manhã e uma sessão de alongamento e aquecimento, iniciou a caminhada/peregrinação. Após caminharmos pelo centro da cidade de Peabiru, fomos seguindo em direção a periferia da cidade e não demorou muito para chegarmos numa plantação de trigo recém colhida e uma estrada de terra. Depois de uma pequena descida iniciou uma grande subida que serviu para por a prova o preparo físico dos caminhantes. Quase no final dessa subida passamos por um local onde no passado existiu um famoso puteiro na região, conhecido como “Pinheirinho”. Esse local era formado por várias casas onde não faltavam mulheres e bebida e ás vezes tiros e facadas. Próximo ao local foi colocado um dos muitos marcos do Caminho de Peabiru e nesse marco está escrito que ali foi “ponto de encontro de viajantes em busca de diversão”. Quem não conhecia o local ou a história do mesmo, acabou não entendendo o tipo de “diversão” que o pessoal procurava ali. A caminhada seguiu e logo tivemos que atravessar um pedaço de mato e passar por uma pinguela. Muitos dos caminhantes nunca tinham visto uma pinguela e no caso da Andrea ela nem sabia o que isso significava. Como era uma pinguela dupla a travessia foi tranqüila. Mais um pouco caminhando pelo meio do mato e logo saímos numa estradinha e em seguida passamos por uma Olaria abandonada. Esse trecho que estávamos percorrendo é da antiga estrada que ligava as cidades de Peabiru e Campo Mourão. Hoje existe uma moderna estrada asfaltada bem próximo de onde estávamos e vez ou outra víamos os carros passando na estrada. Alguns índios seguiram caminhando próximos a nós, mas não foi possível um contato mais aprofundado, pois nas tentativas que fizemos os índios se mostraram fechados e de poucos amigos. Então brancos e índios seguiram caminhando lado a lado, mas sem conversarem.

Após uns dez quilômetros de caminhada saímos na estrada asfaltada e fomos seguindo ao lado da pista até chegar num bairro de Campo Mourão, onde existe uma capela. Nesse local por volta de 1903 foi construída uma pequena capela de pedras, pelos viajantes que por ali passavam. O pessoal viajava milhares de quilômetros no meio do mato, fugindo de onça e quando ali chegava parava para agradecer por terem sobrevivido á viagem. Nesse local foi colocada uma cruz de madeira que anos mais tarde se queimou com o fogo de velas que eram depositadas ali. Foi colocada uma nova cruz que anos depois foi parcialmente queimada também por velas e que ainda hoje existe ali na nova capela que foi construída há poucos anos no mesmo local da anterior. Após uma breve parada na capela do Jardim Santa Cruz, seguimos a pé por dentro da cidade de Campo Mourão. No caminho passamos pelo Parque de Exposições da cidade, onde acontece anualmente a Festa do Carneiro no Buraco. Também passamos pela Estação Ecológica do Cerrado de Campo Mourão. Ali existe uma reserva original de cerrado, a mais austral do mundo e que ano passado foi tema de reportagem do programa Globo Repórter. Após mais um trecho de caminhada dentro da cidade chegamos ao local do almoço, uma associação de funcionários de uma empresa. O detalhe é que esse local fica bem perto da casa de meus pais. O almoço foi um farto e saboroso Arroz Carreteiro. Controlei-me para não comer muito, mas a fome era tanta que acabei exagerando. Após um breve descanso seguimos nosso caminho. O sol estava muito quente e com a barriga cheia, não era nada fácil caminhar. Mas não dava pra parar e minha meta desde o inicio era fazer todo o caminho sem parar ou pegar carona, era uma meta pessoal que eu pretendia cumprir a qualquer preço.

Após andar por estradas secundárias e próximo a uma mata, saímos numa estrada asfaltada e caminhamos um tempo a sua margem. Então entramos numa estradinha de chão e víamos a estradinha seguir longe, sem fim. O sol cada vez mais quente. Quanto mais nos afastávamos da cidade mais percebíamos que a paisagem ia mudando. Começamos a entrar numa região de serra, com muitas subidas e uma vista muito bonita. O tênis da Andrea tinha literalmente aberto o bico na parte da manhã e mesmo com o conserto que o Pierin fez com uma fita crepe, ás vezes ela tinha que parar para reforçar o remendo. Some-se a isso algumas queimaduras de sol que ela teve na parte posterior da perna, onde não passou protetor solar e a Andrea resolveu desistir naquele dia, pegando carona num dos carros de apoio. Pra quem não está acostumada a caminhar tanto e num terreno ruim e sob sol, achei que a Andrea foi bem mais longe do que eu imaginava e acredito que ela também. Continuei minha caminhada e dois quilômetros depois cheguei a Comunidade do Barreiro das Frutas, o local de nosso pernoite. Eram 16h30min e fiquei surpreso em terminar tão cedo a caminhada naquele dia A exemplo de outros anos, imaginei que a caminhada fosse terminar no inicio da noite. De qualquer forma foi bom parar ali, pois algumas bolhas no pé estavam me incomodando. Fazia vários meses que eu estava meio inativo, sem caminhar muito em razão da hérnia de disco que tive, então era natural sentir dores nas pernas e ter algumas bolhas. Mais tarde pude constatar que ás bolhas eram em quantidade bem maior do que eu supunha.

Após descansar, tomar banho e bater papo com o pessoal, chegou à hora da janta. Serviram-nos uma suculenta galinhada, além de arroz, mandioca e vários tipos de salada. Enquanto comíamos chegaram dois sanfoneiros e mais uns cantores e a cantoria começou. Eu estava exausto e não tive vontade de permanecer muito tempo ouvindo musica ou dançando. Fui com a Andrea dar uma olhada na fogueira que tinham acabado de acender e pouco depois das 21h00min fomos dormir na barraca que foi montada no campo de futebol. Lembro que de madrugada levantei para fazer xixi e fazia muito frio. Mesmo assim fiquei um tempo olhando o céu e a quantidade infinita de estrelas que eram visíveis. Daí lembrei que anos antes aquele local era cheio de onças. Então resolvi voltar pra dentro da barraca, pois vai que sobrou alguma onça perdida por ali.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Na sexta-feira a noite, Simpósio em Peabiru.
Marco no local do antigo puteiro.
Pelo mato.
Antiga Olaria.
Pierin consertando o tênis da Andrea.
Parada na sombra do viaduto.
Na Capela do Santa Cruz, parte da antiga cruz queimada.
Futuros “churrascos”.
Estrada, poeira e sol…
Caminhando na sombra.
Carro de apoio.
Acampamento na Comunidade do Barreiro das Frutas.
Suculenta galinhada no jantar.
Fogueira para clarear a noite.

Pedalando novamente

O final da tarde de hoje foi especial, pois após um longo tempo voltei a pedalar. Desde o último dia 7 de fevereiro eu não pedalava, por culpa da séria hérnia de disco que tive. A pedalada de hoje foi mais pra matar a vontade e desenferrujar um pouco. Foram 8 km de asfalto, sem subidas íngremes. Para mim esses 8 km tiveram um significado enorme, pois só eu sei o quanto esperei esse momento de poder voltar a pedalar livre, leve e solto por aí. No período mais grave da hérnia quando eu mal conseguia caminhar alguns metros, por muitas vezes me sentei em frente á bike louco de vontade de sair dar umas voltas com ela e não podia. Eu de certa forma conversava com a bike e perguntava a ela quando ficaria bom e poderíamos fazer nossos passeios. E hoje esse dia tão aguardado chegou. O engraçado é que já faz três semanas que montei a bike e a deixei pronta pra ser usada, mas ia adiando o momento de colocá-la em uso. Não sei explicar a razão, mas de certa forma eu receava sair com ela e sentir dores, então fui adiando ao maximo o momento de tirar a prova real de que realmente estava bem o suficiente para pedalar sem sentir dores. Isso aconteceu hoje de forma natural e me deixou muito feliz. Daqui pra frente outros passeios virão, cada vez mais longos e algumas viagens também. O pior já passou, as dores fazem parte do passado, o tratamento tem dado resultado e daqui pra frente será somente alegria e milhares de quilômetros para pedalar.  Iupiii!!!!

Minha velha companheira...

Por que chamam a cidade de Aparecida, de Aparecida do Norte

Mês passado postei no Blog sobre uma visita que fiz ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida – SP. E nessa postagem mencionei que muitas pessoas chamam a cidade de forma errada, como Aparecida do Norte. Então abaixo segue a explicação do porque da cidade ser chamada por muitos pelo nome errado.

Muitos romeiros chamam a cidade de “Aparecida” pelo nome de “Aparecida do Norte”. É comum ainda verificarmos em algumas publicações, referências à cidade com a expressão “do Norte”. Segundo a escritora Zilda Ribeiro, em seu livro “História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e de seus escolhidos”, durante muito tempo o povo nomeou a terra da Padroeira como Aparecida, seu verdadeiro nome. Mais tarde passaram a chamá-la de “Capela de Aparecida”.  Com a inauguração da estrada de ferro, os devotos passaram a viajar de trem. E embarcavam na Estação do Norte, em São Paulo. E diziam que seu destino era Aparecida da Estação do Norte. Com o passar dos anos, por um processo linguístico coletivo, chamado braquilogia, eliminaram a palavra “Estação” restando Aparecida do Norte. Ainda hoje, muitos anos depois, passeando pelos corredores do Santuário Nacional ou pelas ruas da cidade de Aparecida, ouvimos romeiros chamarem por “Aparecida do Norte”, sendo o verdadeiro nome da cidade Aparecida, sem o Norte. 

Santuário Nacional de Aparecida.

Roubada

Essa foi uma grande roubada! Em uma avenida movimentada de São Paulo, em plena subida, em horário de rush, o carro tem uma pane elétrica e para de repente. Tivemos que descer e empurrar, com muita gente olhando torto para nós e outros rindo de nossa situação. Felizmente tinha uma entrada de loja perto e conseguimos com certa facilidade tirar o carro do meio do trânsito. Depois o conserto foi fácil. Ainda bem!!!

Empurrar...
Pane elétrica.

Nos aeroportos da vida – IV

Outro que encontrei num aeroporto rescentemente foi o Ricardinho, pentacampeão do mundo com a Seleção Brasileira em 2002 e que atualmente joga no Atlético Mineiro. Ele já jogou no meu Corinthians, onde conseguiu títulos e deixou saudades. Comentei com ele que trabalhei no Colégio Medianeira em Curitiba, onde ele estudou e sua mãe foi professora durante vários anos. Quando mencionei isso ele se interessou pelo assunto e conversamos durante alguns minutos. Cara simpático e bom caráter.

Com Ricardinho.

Falecimento do Padre Raimundo

Com pesar e profunda tristeza, a Direção do Colégio Medianeira comunica o falecimento de nosso querido ex-diretor Pe. Raimundo Kröth aos 68 anos de idade e 47 de Companhia de Jesus. Ele morreu ontem (domingo), às 22h, na Casa de Saúde dos Jesuítas, em São Leopoldo, RS, vítima de câncer. O corpo está sendo velado no Santuário Coração de Jesus, junto à Casa de Saúde. Às 16h30, haverá uma missa de corpo presente e o enterro será em seguida no Cemitério dos Jesuítas, junto ao Santuário do Pe. Reus, em São Leopoldo.

O Pe. Raimundo dirigiu o Colégio Medianeira por duas vezes. De 1975 a junho de 1986, dedicou-se ao Colégio Medianeira, assumindo diversos encargos como Professor, Orientador espiritual, Superior da comunidade religiosa, Diretor geral. De 2000 a 2007, assumiu novamente a Direção geral do Colégio. Foi o responsável por mudanças estruturais estratégicas e pelo Planejamento Estratégico, realizado entre 2006 e 2007, que garantiu novos rumos e objetivos para a instituição até 2012, com o compromisso de constante atualização. De personalidade forte, visionária, reflexiva e analítica, Pe. Raimundo Kröth foi diretor, educador, amigo e conselheiro dos educadores do Colégio Medianeira. Para ele, dirigir um colégio da Companhia de Jesus era mais que uma tarefa ou um desafio, era uma missão de vida e um compromisso com os paradigmas da educação jesuíta. “Geralmente, onde há uma escola dos jesuítas, é uma escola academicamente boa, já pelo valor que as ciências têm, nessa visão de Santo Inácio, da maior glória de Deus, de que o toque de Deus está presente em tudo aquilo que o ser humano pode descobrir ou inventar para beneficiar a raça humana”, afirmou Pe. Raimundo em uma entrevista publicada no número zero da Revista Mediação. Exigente, discreto, espirituoso e bem-humorado, o Pe. Raimundo tinha a busca da excelência como meta e cultivava a autonomia e a liberdade como essenciais para a sobrevivência dos homens e das instituições, sem, no entanto perder de vista os votos feitos durante a vida religiosa, principalmente o da fidelidade à Companhia. 

Foram 47 anos de dedicação inquestionável. Sua fama de visionário o levou nos dois últimos anos ao Colégio Santo Inácio, de Fortaleza, no qual chegou como diretor. Recebeu uma instituição em dificuldades e tratou logo de promover mudanças e parcerias ousadas que modificaram em pouco tempo a perspectiva da obra. Lá, em dezembro de 2009, passou a ter problemas de saúde. Descobriu então se tratar de um câncer. Vislumbrando os dias que viriam, entregou a direção do Colégio e mudou-se para a Casa de Saúde dos Jesuítas, em São Leopoldo, onde, resignado, permaneceu. 

Seus pais, já falecidos, vieram da Alemanha e os irmãos vivem em Santa Catarina. Pe. Raimundo era graduado em Filosofia, Pedagogia e Teologia e pós-graduado em Pedagogia Inaciana. Veio de um lugar “um pouquinho além de Chapecó”, em Santa Catarina, Saudade. É este o sentimento que nos toma e que ficará sempre que nos lembrarmos e falarmos do Pe. Raimundo.

Direção

Colégio Medianeira

.

Nos aeroportos da vida – III

Quem encontrei essa semana no aeroporto de Salvador, foi nada menos que o ex-técnico do meu Corinthians e atual técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Mano Menezes. Ele estava sentadinho, quietinho num banco e ninguém tinha notado ele. Daí um cara que estava ao meu lado o reconheceu e me mostrou. Daí não teve jeito, tinha que dar uma de tiete. Ele foi bem simpático. Outras pessoas o viram tirando a foto e o reconheceram. Mas mesmo assim ele permaneceu a maior parte do tempo despercebido. Estando ainda novo no cargo, o povão em geral não o reconhece na rua. Mas com o tempo ele vai ficando mais famoso e conhecido e logo não terá sossego por onde passar.

Com Mano Menezes.

Pelourinho

O único  passeio em  Salvador que  vale ser mencionado numa postagem própria,  foi a visita ao Pelourinho. O Pelourinho é um bairro da cidade, que fica localizado no centro Histórico e que possui um conjunto arquitetônico colonial (barroco português) preservado e integrante do Patrimônio Histórico da Unesco. Chegamos bem cedo, quando não tinha quase ninguém na rua e pudemos passear tranquilamente pelo local. Quer dizer, quase tranquilamente, pois pelo caminho encontramos alguns elementos que nos olhavam com cara estranha, e dava um certo receio de ser assaltado ali, pois estava tudo deserto. (E Polícia que é bom não vimos ali, só vimos depois chutando mendigos e cacchorrros em outro local.). O conjunto do lugar é bonito, com construções antigas e na maioria preservadas. Para um cara como eu que é apaixonado por história e construções antigas, o lugar poderia ser o paraíso. Mas não é, pois tem muitas construções degradadas, mal cuidadas. E a sujeira e o cheiro do lugar eram terríveis. Foi mais uma decepção que a cidade de Salvador me deu.

HISTÓRIA: A história do bairro está intimamente ligada à história da própria cidade, fundada em 1549 por Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil, que escolheu o lugar onde se localiza o Pelourinho por sua localização estratégica – no alto, próximo ao porto e da região comercial e com uma barreira natural constituída por uma elevação abrupta do terreno, verdadeira muralha de até 90 metros de altura por 15 km de extensão – facilitando a defesa da cidade. Era um bairro eminentemente residencial, onde se concentravam as melhores moradias, até o início do século XX. A partir da década de 1960, o Pelourinho sofreu um forte processo de degradação, com a modernização da cidade e a transferência de atividades econômicas para outras regiões da capital baiana, o que tranformou a região do Centro Histórico em um antro de prostituição e marginalidade. Somente a partir da década de 1980 (com o reconhecimento do casario como patrimônio da humanidade pela Unesco) e da década de 1990 (com a revitalização da região) é que o Pelourinho transformou-se no que é hoje: um centro de “efervescência” cultural. Nas últimas décadas, o Pelourinho passou a atrair artistas de todos os gêneros: cinema, música, pintura, tornando-o um importante centro cultural de Salvador.

CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIAR

Pelourinho.

Pelourinho.

Passeio matinal pelo Pelourinho.

Pelourinho.

Pelourinho.

Pelourinho.

Pelourinho.

Pelourinho.

Pelourinho.

Olha o Pelourinho!

Salvador

Nosso passeio por  Salvador foi rápido.  O único  que  já conhecia a  cidade  era o Wagner e  ele tinha  nos alertado de que Salvador não era tudo aquilo que falam, que íamos nos decepcionar. E ele estava certo, foi opinião geral de que a cidade não merece a fama que tem. A cidade é suja e tem muita coisa feia, decadente, mal preservada. Talvez no passado a cidade tenha sido bonita, mas pelo que vimos atualmente deixa muito a desejar. Foi uma grande decepção. 

Visitamos os principais pontos turísticos da cidade e passamos por quase toda a orla marítima que banha a cidade. Em alguns pontos principais fizemos uma parada mais longa pra conhecer e tirar fotos. A cidade possui muitas construções históricas, mas boa parte está degradada, caindo aos pedaços. Vimos alguns casarões e prédios históricos desabados, numa mostra de que o poder público local tem outras preocupações, que não é preservar o patrimônio histórico e cultural de uma das cidades mais antigas do Brasil. 

Na visita ao Elevador Lacerda, descemos da Cidade Alta para a Cidade Baixa e ao sairmos do elevador presenciamos uma cena vergonhosa. Dois Policias Militares estavam acordando um morador de rua aos berros e chutes. O PM machão tentou chutar até mesmo o cachorro do morador de rua, mas o cachorro foi mais esperto do que ele. A cena que presenciamos foi o típico abuso de poder e covardia. Duvido que os policiais tenham a mesma coragem e macheza pra enfrentar bandidos. Até brincamos com o Pity, que estava de chinelo e com uma bermuda verde alface, de que era pra ele tomar cuidado, pois senão os PMs iam confundi-lo com um morador de rua e ele ia levar uns chutes. A região próxima ao Elevador Lacerda, tanto na Cidade Baixa quanto na Cidade Alta é de uma sujeira total, lixo por todo o chão e um cheiro horrível. Resumindo, a decepção foi tanta com a cidade, que até antecipamos o fim de nosso passeio. Conheço quase todas as capitais do Nordeste e até agora Salvador foi a pior delas. Pra lá não volto mais!

HISTÓRIA: Salvador foi a primeira capital do Brasil. A região antes mesmo de ser fundada a cidade, já era habitada desde o naufrágio de um navio francês, em 1510, de cuja tripulação fazia parte Diogo Álvares, o famoso Caramuru. Em 1534, foi fundada a capela em louvor a Nossa Senhora da Graça, porque ali viviam Diogo Álvares e sua esposa, Catarina Paraguaçu. Em 1536, chegou à região o primeiro donatário, Francisco Pereira Coutinho, que recebeu capitania hereditária de El-Rei Dom João III. Fundou o Arraial do Pereira, nas imediações onde hoje está a Ladeira da Barra. Esse arraial, doze anos depois, na época da fundação da cidade, foi chamado de Vila Velha. Os índios não gostavam de Pereira Coutinho por causa de sua crueldade e arrogância no trato. Por isso, aconteceram diversas revoltas indígenas enquanto ele esteve na vila. Uma delas obrigou-o a refugiar-se em Porto Seguro com Diogo Álvares; na volta, já na Baia de todos os Santos, enfrentando forte tormenta, o barco, à deriva, chegou à praia de Itaparica. Nessa, os índios fizeram-no prisioneiro, mas deram liberdade a Caramuru. Francisco Pereira Coutinho foi retalhado e servido numa festa antropofágica.

Em 29 de março de 1549 chegam, pela Ponta do Padrão, Tomé de Sousa e comitiva, em seis embarcações: três naus, duas caravelas e um bergantim, com ordens do rei de Portugal de fundar uma cidade-fortaleza chamada do São Salvador. Nasce assim a cidade de Salvador: já cidade, já capital, sem nunca ter sido província. Todos os donatários das capitanias hereditárias eram submetidos à autoridade do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa. Com o governador vieram nas embarcações mais de mil pessoas. Trezentas e vinte nomeadas e recebendo salários; entre eles o primeiro médico nomeado para o Brasil por um prazo de três anos: Dr. Jorge Valadares; e o farmacêutico Diogo de Castro, seiscentos militares, degredados, e fidalgos, além dos primeiros padres jesuítas no Brasil, como Manuel de Nóbrega, João Aspilcueta Navarro e Leonardo Nunes, entre outros. As mulheres eram poucas, o que fez com que os portugueses radicados no Brasil, mais tarde, solicitassem ao Reino o envio de noivas. Após Tomé de Sousa, Duarte da Costa foi o governador-geral do Brasil, chegou a 13 de julho de 1553, trazendo 260 pessoas, entre elas o filho Álvaro, jesuítas como José de Anchieta, e dezenas de órfãs para servirem de esposas para os colonos. Mem de Sá, terceiro governador-geral, que governou até 1572, também contribuiu com uma grande administração. A cidade foi invadida pelos holandeses em 1598, 1624-1625 e 1638. O açucar, no século XVII, já era o produto mais exportado pela colônia. No final deste século a Bahia se torna a maior província exportadora de açúcar. Nesta época, os limites da cidade iam da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo até a freguesia de São Pedro Velho. A Cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi a capital, e sede da administração colonial do Brasil até 1763.

Elevador Lacerda (Cidade Alta).
Sidne, Wagner, Pity, Maico e Vander.
Sidne, Wagner, Pity, Maico e Vander.
Elevador Lacerda, na parte alta da cidade.
Os PMs covardes, chutando mendigos e cachorros.
Elevador Lacerda visto da parte baixa da cidade.
Mercado Modelo.
Prédios antigos que desabaram.
Momento de descanso.
Parte da orla da cidade.
Farol da Barra.
Wagner descansando no aeroporto de Salvador.

Fotos interessantes de Porto Seguro

Abaixo seguem algumas fotos interessantes da viagem á Porto Seguro. Algumas são curiosas, outras engraçadas, outras sem sentido. Por essas e outras elas foram consideradas as Top 12 dos dias que passámos em Porto Seguro.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Fantasma.

Bóia pra bêbado não se afogar.

Silêncio! Bêbado dormindo...

Quem mandou esquecer o tripé da câmera!

Dois primos bebendo caipirinha.

O paparazzi sendo fotografado de perto.

Surubão.

Urinando no mar...

?????? Foto que o Pity tirou. Devia estar bêbado...

Bêbado a milanesa.

Sereia Maico e Netuno Sidne.

Vou te comer todinha!!!

Acarajé

Uma coisa que vamos lembrar dessa  viagem é  do acarajé.  Eu que  não curto comidas exóticas ou nativas, nem perto cheguei de provar tal iguaria, principalmente porque só o cheiro já me deixava enjoado. Mas teve gente que se fartou com os acarajés da Baiana do Centro Histórico de Porto Seguro. O W@gner numa única pegada num final de tarde degustou cinco de uma vez só. Mas quem mais se lembrará do acarajé será o Maico. O coitado passou mal durante um bom tempo e na viagem de volta visitou quase todos ao banheiros do aeroporto de Salvador. O menino estava verde e foi vítima de muitas brincadeiras de nossa parte. Ele ficou na duvida se o problema foi causado pelo acarajé ou por um bife que ele comeu no mesmo dia. Eu acho que foi o acarajé. 

HISTÓRIA: Acarajé é uma especialidade gastronômica da culinária afro-brasileira feita de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, frita em azeite-de-dendê. O acarajé pode ser servido com pimenta, camarão seco, vatapá, caruru ou salada, quase todos componentes e pratos típicos da cozinha da Bahia. O acarajé é um bolinho característico do candomblé. Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas, Oxum e Iansã. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixás. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acarajé ainda é considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora não seja secreta, não pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

A Baiana do Centro Histórico.

Maico e o acarajé.

Vander e a Baiana.

Pity.

W@gner e o quinto acarajé da tarde.

Maico se garantindo com os saquinhos para vômito.

O coitado tava verde...

Maico chegando em Salvador.

Efeito acarajé.

Índia

A única mulher que pegamos em Porto Seguro foi uma índia. Fizemos até fila pra dar um abraço e uns amassos nela. O Sidne foi quem mais se aproveitou, mas essa foto dele com a índia não dá pra publicar aqui. Sei que tinha um cara na esquina ligando acho que era pra Polícia. A farra foi tanta que se a Polícia aparece acho que levariam nós cinco e a índia pra cadeia.

W@gner e a Índia.

Pity e a Índia.

Maicon e a Índia.

Vander e a Índia.

Sidne e Pity na fila pra pegar a Índia.

Santa Cruz Cabrália

O passeio a Santa Cruz Cabrália  também vale a pena ser mencionado numa  postagem própria, pois foi bem interessante. Santa Cruz Cabrália divide com Porto Seguro a primazia de ser o local de chegada dos portugueses ao Brasil em 1500. É uma cidade histórica, por nela terem sido realizadas a 1ª (Domingo de Páscoa) e a 2ª (de Posse) Missas no Brasil, ambas celebradas por Frei Henrique de Coimbra, capelão da armada de Pedro Álvares Cabral, em 26 de abril e 1 de maio de 1500, respectivamente. A primeira delas na extremidade sul da Baía Cabrália, mais precisamente no Ilhéu da Coroa Vermelha, e a segunda na foz do Rio Mutary. A exemplo de porto Seguro a cidade também é dividida em Cidade Alta e Cidade Baixa.

História: Santa Cruz Cabrália é uma cidade construída em 2 planos, seguindo a tradição portuguesa, tendo sido criada na margem norte da foz do Rio Mutary pelo navegador português Gonçalo Coelho, comandante da 2ª Expedição ao Brasil, que aportou na Baía Cabrália em 1503 para ali deixar os primeiros missionários, aventureiros e degredados, deixados ao lado da Santa Cruz de Posse, e que trouxe consigo, como Observador, o navegador Américo Vespúcio. Neste ano de 1503 o Brasil mudou seu nome de Terras de Vera Cruz para Terras de Santa Cruz. Oito décadas depois a Vila de Santa Cruz foi transferida para um platô na foz do rio João de Tiba, o atual Centro Histórico, como forma de proporcionar à população melhores condições de defesa para os freqüentes ataques indígenas. Além de belas paisagens, esta histórica cidade, berço da Civilização Brasileira, é um bonito porto de pesca. Na parte alta da cidade, encontram se a Igreja de N. Sra. da Conceição, construída no século XVII, a Casa de Câmara e Cadeia, que abrigou a 1ª Intendência do Brasil, prédio do século XVIII, e ainda as ruínas de um Colégio Jesuíta do século XVI. A 400 m fica o Morro do Mirante de Coroa Vermelha, que proporciona uma maravilhosa e inesquecível vista panorâmica de toda a bonita, larga e histórica Baía Cabrália.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Atracadouro de Santa Cruz Cabrália.

Santa Cruz Cabrália.

Santa Cruz Cabrália (Cidade Baixa).

Escadaria que liga a Cidade Baixa a Cidade Alta.

Santa Cruz Cabrália (Cidade Alta).

Santa Cruz Cabrália (Cidade Alta).

Igreja na Cidade Alta.

Vista do alto da Cidade Alta.
Pose para foto.

Pausa para descanso.

Local onde foi realizada a primeira missa no Brasil.

Local da primeira missa.

Porto Seguro – Centro Histórico

Um do passeios que  mais gostei, foi visitar o Centro Histórico de Porto Seguro (eu já conhecia), que fica na Cidade Alta. Como a maioria das cidades portuguesas fundadas no litoral, Porto Seguro foi construida em dois planos, Cidade Alta e Cidade Baixa. Na cidade Alta viviam os moradores mais importantes e influentes do local, bem como as construções mais importantes ficavam ali. A Cidade alta de Porto Seguro foi bem preservada e hoje é conhecida como Centro Histórico. Ali existem algumas casas e construções antigas, bem preservadas. Também nesse local fica o Marco do Descobrimento, que foi trazido de Portugal alguns anos após o Descobrimento do Brasil. E num canto fica um Farol, que na visita anterior em 1997 eu não vi. Foi nesse local, onde hoje existe uma igreja antiga, mas que não é a original, o lugar onde foi construída a primeira igreja em terras brasileiras.

Além da parte histórica e das construções antigas, a vista lá do alto é muito bonita. E no Centro Histórico existem algumas lojas de artesanato e são vendidos também produtos da culinária local. Os meninos se acabaram de tanto comer acarajé. Eu adorei as cocadas. Estivemos duas vezes na Centro Histórico, a primeira pra conhecer e passear um pouco e a segunda exclusivamente pra fazer compras e comer acarajé.

História: Primeiro núcleo habitacional do Brasil, Porto Seguro, além de ostentar o marco do Descobrimento, desempenhou papel importante nos primeiros anos da colonização. São desta época prédios históricos que podem ser visitados durante o dia ou apreciados à noite, quando sob efeito de iluminação especial. O passeio histórico pode começar pelo Marco do Descobrimento, de onde se descortina uma das mais belas paisagens do litoral de Porto Seguro. O marco veio de Portugal entre 1503 e 1526, e simboliza o poder da coroa portuguesa, utilizado para demarcar suas terras. Todo em pedra de cantaria, de um lado está esculpida a cruz da Ordem de Avis e, do outro, o brasão de armas de Portugal. Na mesma área está a igreja de Nossa Senhora da Pena, construída em 1535 pelo donatário da capitania, Pero do Campo Tourinho. Aí estão guardadas imagens sacras dos séculos XVI e XVII, entre elas a de São Franscico de Assis – primeira imagem trazida para o Brasil – e a de Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade. Mais adiante o Paço Municipal ou Casa de Câmara e Cadeia, datada do século XVIII, uma das mais belas construções do Brasil colônia. Nesse prédio funciona o Museu Histórico da Cidade ou Museu do Descobrimento. A igreja da Misericórdia, ou como igreja do Senhor dos Passos, de estilo singelo, guarda imagens barrocas, destacando-se a do Senhor dos Passos e um Cristo crucificado.

PRA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Fazendo pose em frente ao Marco do Descobrimento.

Marco do Descobrimento.

Em frente ao Marco do Descobrimento do Brasil.

Local onde foi constuída a primeira igreja no Brasil.

Farol.

Centro Histórico.

Antigo Paço Municipal ou Casa de Câmara e Cadeia.

Porto Seguro

A viagem á Bahia foi muito divertida e muitos momentos serão inesquecíveis. De negativo foram os atrasos e cancelamentos de voos, bem como as turbulências que enfrentamos. Mas mesmo com essas furadas foi divertido e mesmo em situações ruins nós conseguíamos nos divertir. Nossa viagem iniciou em Londrina, depois passamos por São Paulo e Salvador, até desembarcar em Porto Seguro num inicio de madrugada chuvosa. Era minha segunda vez na cidade, a outra tinha sido em 1997 e o desembarque também tinha sido com chuva. Quando comentei isso começaram a me chamar de pé frio. O pior disso tudo foi que o piloto no inicio do voo entre Salvador e Porto Seguro, avisou que o tempo estava bom em Porto Seguro. Ou ele estava com sono ou não leu corretamente o boletim de previsão do tempo. E ainda pior foi a turbulência no trecho final do voo, e uma ligeira queda de sustentação do avião que além do susto deu um frio na barriga. O desembarque foi na pista, sob chuva, de guarda chuva. Essa situação pra mim foi inédita, de sair de um avião de guarda chuva. Depois do desembarque pegamos nossa bagagem, alugamos um carro e fomos paro o hotel, onde fomos recepcionados com champagne (Clientes vip são outra coisa!). No sorteio dos quartos eu e Mayco ficamos em um, e W@gner, Sidne e Pity ficaram juntos num outro quarto. Me dei bem, minha cama era king size e cabiam umas quatro pessoas nela tranquilamente. 

Nos dias seguintes fizemos muita coisa, mas o principal foi ficar a toa na barraca de praia em frente ao hotel, bebendo (eu não) e vendo a paisagem. Fizemos alguns passeios curtos pelas proximidades, bem como algumas rápidas saídas noturnas. Por ser baixa temporada a cidade não estava muito cheia e tudo fechava cedo. Nos divertimos muitos entre nós, fizemos muita brincadeira e sacaneamos muito um ao outro. Entre outras teve neguinho que tomou caipirinha com água de piscina, outro que comeu batata frita com protetor solar, pensando que era maionese e um outro que tomou Coca-Cola num copo cuja borda tinha sido cuidadosamente besuntada com pimenta ardida. Em muitas brincadeiras fui preservado, principalmente nas guerras na piscina, guerra de coco e de travesseiros. Me preservaram por eu ainda estar com a hérnia de disco incomodando, então não queríamos correr o risco de eu parar no hospital por culpa de alguma brincadeira. 

Nossos finais de tarde eram sempre na piscina do hotel, onde bagunçamos bastante. Teve dois caras que ficaram pelados na piscina, como castigo por terem feito algo errado. As fotos que obviamente não podem ser publicadas aqui ficarão de registro para sacanearmos futuramente estes dois. Na piscina entre outras coisas jogamos bingo, fizemos lambaeróbica, jogamos uma emocionante partida de Pólo Aquático e muito mais. Nosso hotel tinha muitos paranaenses hospedados, tanto é que no jogo de Pólo descobrimos depois que todos os jogadores eram do Paraná. Por preguiça não vou contar detalhadamente os dias que passamos lá e tudo o que aprontamos. Vou fazer algumas postagens especificas sobre alguns passeios que fizemos e um ou outro comentário.

HISTÓRIA: Porto Seguro foi oficialmente, o primeiro local onde aportaram os navegantes portugueses comandados por Pedro álvares Cabral em 21 de abril de 1500. Em 1530, quando o comércio com as Índias Orientais enfraqueceu e Portugal passou a se interessar pela nova terra descoberta, veio dela tomar posse, terra que lhe cabia pelo Tratado de Tordesilhas. O município foi fundado em 1534. Atualmente possui cerca de 114.459 habitantes e está tombada em quase sua totalidade pelo Patrimônio Histórico, não sendo permitida a construção de prédios altos, com mais de dois andares.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Recepção VIP no hotel.

Nosso hotel.

Vida boa!!!

Paisagem bonita.

Show.

Disputada partida de Pólo Aquático.

Chegando no Barramares.

Sol e mar...

Tôa-Tôa.

No Tôa-Tôa.

Aprendendo a dançar música bahiana.

Tôa-Tôa

Viagem a Bahia

Dando sequência ao meu período sabático e de viagens, no momento estou na Bahia com meu irmão e mais três amigos. Essa é minha terceira vez em terras bahianas, sendo ás duas anteriores em 1997 e 1998. Nos próximos dias quando sobrar tempo posto mais fotos e conto sobre a viagem.
No aeroporto ás quatro e meia da manhã.
Escala em São Paulo.
Aeroporto de Salvador.
Em Porto Seguro desembarque na pista e sob chuva.
Com meu irmão.

Montevidéu

Passamos uma noite e uma manhã em Montevidéu,  onde passeamos a pé pelo centro antigo da cidade e de carro por outras regiões. È uma cidade relativamente cara e o custo dos produtos e alimentação ou é igual ao do Brasil ou um pouco mais alto. Uma coisa que me chamou atenção foram os vários cartazes de uma escola de idiomas que vi pregados em postes pelo centro da cidade. Nestes cartazes eles prometiam ensinar o português em quatro meses. Fiquei interessado, pois em quarenta anos ainda não consegui aprender direito o português. 

Perto do nosso hotel ficava a Praça Independência (Plaza Independencia) a mais importante da cidade e que separa a Cidade Velha e a àerea central. No centro da praça fica um mausoléu que abriga os restos mortais de Artigas, famoso herói, considerado o fundador da nacionalidade uruguaia. Em volta da praça existem muitas construções imponentes, antigas e bonitas. Gostei de um edificio bem na esquina, meio esquisito com uma enorme torre, mas muito bonito (segundo meu gosto). Pelo centro da cidade notei muitas construções antigas, a maioria delas preservadas, e outras em estado de calamidade. A cidade me pareceu suja, não me impressionou muito em razão de ser a capital de um páis. De qualquer forma valeu nosso rápido passeio pelo Uruguai, pois foi mais um páis para a “coleção”. No final da manhã arrumamos as malas, fechamos a conta do hotel e fomos para o aeroporto. Entregamos o carro e almoçamos num… MacDonald´s!! Então fomos fazer o chekin e despachar as bagagens para voltar ao Brasil. Daí começou o maior temporal e temi que nosso voo fosse cancelado ou atrado, pois os trovões eram muito fortes. A chuva deu uma trégua na hora do embarque e decolamos sem atraso. Antes passámos no Duty Free fazer umas comprinhas básicas. A primeira hora de voo foi bem chata, com muita turbulencia. Minha labirintite incomodou bastante mas logo que entramos em espaço aéreo brasileiro o tempo melhorou e pousamos em Porto Alegre sem problemas. 

Esperamos um bom tempo no aeroporto de Porto Alegre, onde jantamos e embarcamos para Curitiba. Senti falta do cinema que existia no aerporto, que foi fechado em razão da Infraero não ter renovado o contrato de locação. Esse cinema teria servido para passar o tempo caso ainda estivesse em funcionamento. Nosso voo para Curitiba quase foi cancelado em razão do mal tempo, mas na ultima hora pousamos em Curitiba e em seguida pegamos outro voo para Maringá. Rodamos de carro os 85 km até Campo Mourão e ás três da manhã chegamos em casa, cansados mas felizes, pois o passeio mesmo tendo sido um pouco corrido valeu a pena.    

História: Montevidéu nasceu de um pequeno povoado de índios tapes e imigrantes das Canárias, radicados em torno de um forte construído, em 1724, por ordem de Bruno Mauricio de Zabala, governador espanhol de Buenos Aires, para manter as tropas portuguesas de Manuel de Freitas da Fonseca fora do Rio da Prata. Em 1726, adquire estatuto de cidade. No século XVIII, o crescimento de Montevidéu foi estimulado pela liberdade de comércio direto com as cidades espanholas, declarada por Carlos III em 1778. Além disso ela era o centro de exportação dos produtos da pecuária do interior da província e realizava trocas comerciais com Buenos Aires. Foi a partir dela, inclusive que partiram os navios espanhóis para libertar Buenos Aires, tomada pelos britânicos em 1806 e graças a isso foi também ocupada durante sete meses. Após a conquista da Espanha por Napoleão Bonaparte e a prisão do rei espanhol, a junta de governo de Buenos Aires declara a independência do Vice-reinado do rio da Prata, mas em Montevidéu forma-se uma outra junta favorável à cisão. A disputa entre as duas cidades levou Montevidéu a enviar tropas da Espanha posteriormente e a ser retomada em 23 de Junho de 1814. Conquistada por Portugal em 1817, tornou-se capital da Província Cisplatina do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve em 1821. Pertenceu ao Brasil durante o reinado de D. Pedro I, chegando a receber o título de Imperial Cidade através do alvará de 15 de abril de 1825, mas logo conquistou a sua independência na chamada Guerra da Cisplatina, em que recebeu o apoio da Argentina. Com a independência (1828) passou a ser capital do Uruguai. Após a independência, a cidade foi palco de disputas políticas internas entre 1843 e 1851 na chamada Guerra Grande, contudo a partir da metade do século XIX, vê grande urbanização, crescimento populacional e industrial. Montevidéu recebeu no início do século XX um contingente de imigrantes italianos e espanhóis e logo em seguida, a partir da dácada de 30 de pessoas vindas do interior do país atraídas pelo crescimento da economia.   

Montevidéu  é a capital e maior cidade do Uruguai. Localiza-se na zona sul do país, às margens do rio da Prata e é a cidade latino-americana com a maior qualidade de vida e se encontra entre as 30 cidades mais seguras do mundo. Em 2004, possuia uma população de aproximadamente 1.325.968 habitantes. Porém, considerando sua área metropolitana, Montevidéu alcança 1.668.335 habitantes, aproximadamente a metade da população total do país. A cidade se encontra em uma zona geográfica que se caracteriza como a rota principal de movimentação de cargas do Mercosul. Por sua vez, conta com uma baía ideal que forma um porto natural, sendo o mesmo o mais importante do país, pela qual saem e entram as mercadorias que se importam e se exportam. É a capital mais austral do continente americano.  

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS FOTOS 

Mausoléu de Artigas.

Centro velho de Montevidéu.
Plaza Independencia.
Montevidéu.
Montevidéu.
Montevidéu.
Montevidéu.

Punta Del Este

Viajamos cerca de 130 km  entre o aeroporto de Montevidéu e  a cidade  litorânea de  Punta Del Este. A estrada era boa e pelo caminho uma paisagem muito bonita. Algo que nos chamou a atenção foi a grande quantidade de depósitos de carros antigos existentes pelo caminho e também a quantidade de carros velhos rodando pela estrada. Punta Del Este está entre os dez balneários de luxo mais famosos do mundo e é um dos mais charmosos da America Latina, oferecendo tanto praias oceânicas (Oceano Atlântico) quanto de rio (Rio da Prata). É ponto de encontro do jet set internacional, muito sofisticada, com suntuosas casas típicas de balneários, modernos edifícios de grande altura, um porto com grande infra-estrutura e locais comerciais de importantes marcas, restaurantes e pubs. Alguns dos edifícios existentes em Punta Del Este foram projetados por arquitetos de renome internacional.

Passeamos um pouco pela cidade, demos uma volta pela orla e paramos em alguns locais para tirar fotos. Ventava muito, um vento cortante e a sensação térmica devia ser próxima de zero. A cidade estava deserta, parecia uma cidade fantasma. Por ser uma cidade balneária, seu movimento é no verão. Era estranho ver os diversos edifícios vazios, sem nenhum sinal de pessoas, parecia uma cidade fantasma. Entrar na água nem em sonho, pois estava congelante. Sem querer molhei o pé (tênis) na praia e tive que ficar o resto do dia com os dedos congelados. Mesmo deserta a cidade é bonita fico imaginando como deve ser na temporada de verão quando fica bem movimentada. Antes do final da tarde pegamos a estrada de volta para Montevidéu. O W@gner resolveu fazer uma parada rápida no aeroporto da cidade e daí aconteceu a furada do dia. Na hora de sair ele colocou o comprovante do estacionamento no buraco errado de uma cancela errada. O resultado foi que não podíamos sair do aeroporto e nem tiquet de saída tínhamos para poder comprovar que entramos. Felizmente toda nossa movimentação estava sendo acompanhada por uma funcionaria do aeroporto através de câmeras de segurança e o W@gner conseguiu resolver a situação com um pouco de conversa. 

História: A cidade foi fundada em 1829 por Don Francisco Aguilar, quem foi o primeiro a começar a explorar os recursos da área. A existência de baleias nas águas de Punta del Este era muito importante na época e foi lhe foi permitido caçá-las, por mais de 10 anos em forma exclusiva. Como prefeito da cidade fez muita obra social, fundou escolas, igrejas e prisões. Em 1843 a península foi comprada pelos irmãos Lafone em $ 4500 e a ilha Gorriti em $1500. A circulação na península somente era possível graças aos carros de madeira puxados por camelos. Os camelos foram animais ideais para a areia de Punta del Este, que muitas vezes ameaçava com cobrir a pequena cidade. Eles foram trazidos por Aguilar e faziam um ótimo trabalho. Punta del Este tem que agradecer a Enrique Burnett pela florestação de Punta del Este, que, trazendo árvores de todas partes do mundo plantou eles por toda a costa. Em 1907 só havia uma pequena população em Punta del Este o Hotel Risso, La Capitania, o Chalet de Suárez e 50 casas. Nesse mesmo ano chegou ao porto de Punta del Este o primeiro barco de turistas “La Golondrina”. Eram famílias que vinham de Montevidéu e da Argentina convidados pelo Diretório da Sociedade “Balneário de Punta Del Este”. Esse foi o começo de Punta del Este como destino turístico internacional. Nesse mesmo ano de 1907 a então Villa Ituzaingó, passou a se chamar Punta Del Este. Atualmente sua população é de 130 mil habitantes, mas nas temporadas de verão salta para 400 mil habitantes. Além das praias, os destaques de Punta Del Este são: a gastronomia, com grande quantidade e variedade de restaurantes, onde a parrillada (churrasco à moda uruguaia, com carne e vísceras de animais grelhadas de maneira típica) pode ser saboreada, os cassinos (dentre eles, os famosos Cassino Conrad e Cassino Mantra) e as lojas de grifes famosas. Uma marca tradicional de Punta Del Este são os adesivos colocados nos carros de vários estabelecimentos, como hotéis, bancos, lojas e supermercados. Possui grande apelo turístico com jovens e pessoal de classe social de média alta à alta alta.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS FOTOS

Estrada para Punta.
Chegando em Punta Del Este.
D. Vanda descansando.
Punta Del Este.
Punta Del Este.
Marina de Punta Del Este.
Centro da cidade.
Dona Vanda com frio.
Vento congelante.
Cidade fantasma.
Monumento.
Café para esquentar.
Punta Del Este.

Uruguai

Após os gostosos dias em  Buenos Aires chegou o momento de  arrumar as malas e partir para o outro lado do Rio da Prata, com destino ao Uruguai. Dessa vez meu irmão foi junto para passear um pouco. Saímos cedo do hotel e seguimos de taxi rumo ao Aeroparque, sendo que no caminho demos uma rápida parada no Cemitério da Recoleta. Fizemos os tramites burocráticos e por culpa de uma fila longa quase perdemos nosso vôo, tendo a Cia Aérea chamado nossos nomes pelo sistema de som para embarque imediato. Fomos os últimos a embarcar no avião da Pluna e seguimos num vôo meio turbulento até Montevidéu. Ventava muito e dava pra ver que o Rio da Prata estava cheio de ondas. Nessa hora vi que a opção de seguir por via área e não aquática foi a mais acertada, pois víamos os barcos abaixo de nós e dava pra ver que tudo balançava, o pessoal devia estar ficando enjoado. Na aterrizagem em Montevidéu o piloto mostrou ser bom, pois o vento lateral era forte e deu uma balançadas fortes no avião.

Desembarcamos e fomos almoçar num MacDonald´s pra não perder o costume. Em seguida alugamos um carro e fomos para Punta De Leste (ver post especifico). Passamos a tarde fora e quando retornamos no inicio da noite sofremos um pouco para encontrar nosso hotel, mesmo com a ajuda de um mapa. Ao menos a longa procura serviu para que conhecêssemos um pouco da cidade de Montevidéu. A cidade é bonita, mas perde para Buenos Aires. Os bairros mais afastados são mais bonitos do que a região central e lembra muito bairros dos Estados Unidos. Encontramos nosso hotel bem perto ao centro velho, um Holiday Inn. Eu já tinha trabalhado em três Holiday Inn no tempo que morei nos Estados Unidos. Dessa vez eu veria o “outro lado” do hotel, como hóspede. O hotel era bom, melhor que o de Buenos Aires e o quarto muito confortável. Anoiteceu e saímos dar uma volta pelas proximidades, fazia um pouco de frio e ventava muito. Após um passeio e algumas pequenas compras retornamos ao hotel, de onde saímos mais tarde somente para jantar numa Pizzaria próxima. 

História: A Colônia del Sacramento, o mais antigo assentamento europeu no Uruguai, foi fundada pelos Portugueses em janeiro de 1680. Em 1777, com o tratado de Santo Ildefonso, a colônia tornou-se possessão espanhola. O Uruguai conquistou sua independência entre 1810 e 1828 após uma guerra entre Espanha, Argentina e Brasil. O país é uma democracia constitucional, onde o presidente cumpre o papel de chefe de estado e chefe de goberno. A economia é baseada principalmente na agricultura (que compõe 10% doPIB e a maior parte das exportações) e no setor estatal. Segundo a Transparência Internacional, o Uruguai é classificado como o país menos corrupto da América Latina (junto com o Chile), com condições políticas e de trabalho entre as mais livres do continente. O Uruguai é um dos países economicamente mais desenvolvidos da América Latina, com um PIB per capita elevado e o 50º maior Índice de Desenvolvimento Humano do mundo. A única fronteira terrestre do Uruguai é com o estado brasileiro do Rio Grande do Sul, no norte. Para o oeste encontra-se o rio Uruguai e a sudoeste situa-se o estuário do rio da Prata. O país faz fronteira com a Argentina apenas em alguns bancos de qualquer um dos rios citados acima, enquanto que a sudeste fica o Oceano Atlântico. O Uruguai é o segundo menor país da América do Sul, sendo somente maior que o Suriname.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Desembarque

$$$$$$$$$$$$$

Primeira refeição no Uruguai.

Achei ás lixeiras simpáticas!

No Holiday Inn.

Passeio noturno.

Passeio noturno.

D. Vanda descansando.
Chegamos num voo da Pluna.

Cemitério de La Recoleta

E no fim acabei não visitando um dos pontos turísticos que eu queria conhecer em Buenos Aires, que é o Cemitério de La Recoleta. Gosto de visitar cemitérios antigos, onde existe arte tumular (esculturas, projetos arquitetônicos em jazigos e etc) e personagens famosos e históricos. Eu dei bobeira e só fui lembrar de ir no cemitério na ultima noite que estávamos em Buenos Aires. Fui olhar no site do cemitério e descobri que o mesmo abria todos os dias ás 8 horas, então daria tempo de fazer uma visita rápida a caminho do aeroporto. O problema foi que no dia seguinte, uma segunda-feira, ao chegar no cemitério descobri que o mesmo estava fechado, que a informação do site estava incorreta. A famosa entrada principal está sendo restaurada, daí dei uma volta no quarteirão e encontrei as demais entradas todas fechadas. Então o jeito foi engolir a decepção e seguir rumo ao aeroporto. 

O Cemitério de La Recoleta é um caso a parte, pois além da arte tumular que ele possui e dos personagens famosos que lá estão sepultados (Eva Perón e alguns ex-presidentes argentinos, entre outros) o inusitado desse cemitério é que os caixões não são sepultados ou ficam fechados dentro dos jazigos. Os caixões ficam a vista, alguns em prateleiras. Em alguns túmulos de famílias mais tradicionais e antigas, os caixões chegam a ficar um em cima do outro em razão de muitos mortos para um mesmo jazigo. Ao mesmo tempo que é curioso também é assustador tal costume. Os corpos são embalsamados antes de serem sepultados e dessa forma ficam dezenas de anos os caixões a mostra nos jazigos. 

História: O Cemitério de La Recoleta é o mais antigo e aristocrático da Cidade. Em seus quase seis hectares estão sepultados heróis da Independência, presidentes da República, militares, cientistas e artistas. Entre eles, Eva Perón, Adolfo Bioy Casares e Facundo Quiroga. Os sepulcros e mausoléus foram obras, em muitos casos, de importantes arquitetos. Mais de 70 mausoléus foram declarados como Monumentos Históricos Nacionais. Está localizado em terras concedidas por Juan de Garay a Rodrigo Ortiz de Zárate, que fazia parte de sua expedição colonizadora. Depois foi instalado nesse lugar um convento de freis recoletos. Inaugurado em 1822, em terras que até então eram dos monges recoletos, o da Recoleta é o primeiro cemitério público da cidade. Tem 54 hectares. Até então, os mortos eram enterrados nas igrejas ou nas terras sob sua administração, os chamados campos santos. Os caixões chamam a atenção. Em vez de enterrados, são guardados sobre a terra, empilhados uns sobre os outros, dentro de mausoléus. Vidros e vitrais são colocados especialmente para que se possa vê-los. Macabro, para quem não está acostumado. O cemitério da Recoleta, no rico bairro de mesmo nome, é o mais famoso e destino obrigatório para quem está de passeio por Buenos Aires. No charmoso e ostentoso cemitério, cheio de esculturas e mármores, sepultamentos e mausoléus se misturam a passeios dos portenhos e visitas guiadas de turistas. Uma curiosa junção de morte, praça e museu. Costume raro para muitos povos, mas que é rotina na capital argentina e atrai cada vez mais turistas em busca das belezas e histórias que há por trás dos sepulcros da cidade.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Vários caixões de uma mesma família.

Jazigo no Cemitério da Recoleta.

Jazigo aberto no Cemitério da Recoleta.
Cemitério da Recoleta.

Praça do Congresso

Outro passeio interessante que fizemos foi ir a pé até a Praça do Congresso Argentino. Foi uma longa caminhada e com um vento congelante que chegava a doer nas orelhas em alguns momentos. Mesmo assim valeu a pena e no caminho passamos por uma avenida arborizada, com prédios antigos e muito bonitos. Meu irmão disse que aquela avenida fez ele lembrar de Paris. Vi muita coisa antiga e interessante. Na fachada de um antigo hotel vi uma placa sinalizando que ali tinha vivido o famoso poeta e dramaturgo espanhol Federico García Lorca. No final dessa avenida fica a Praça do Congresso, que nesse dia estava cheia de pessoas tomando sol e curtindo o domingo de folga. Ficamos um pouco por ali, tiramos fotos e fizemos o caminho volta rumo a Calle Florida, para fazer mais algumas comprinhas. rs…

PARA AMPLIAR CLIQUE NA IMAGEM

Dona Vanda descansando.

Praça do Congresso.

Praça do Congresso.

Praça do Congresso.

Em frente ao Congresso Argentino.

Praça do Congresso.

Descansando na Praça do Congresso.

Arrastando a velhinha...

Família unida.

Placa no hotel onde viveu Garcia Lorca.

Praça do Congresso
Avenida próxima ao Congresso.

Obelisco

Um dos monumentos mais conhecidos de  Buenos Aires é o Obelisco. Eles se localiza na Praça da República, no cruzamento de duas grandes e importantes avenidas da cidade. Sua construção foi em comemoração ao quarto centenário da fundação da cidade. Passamos por ele em um de nososs passios a pé e tiramos algumas fotos. Essa parte da cidade onde ele está localizado é bastante interessante e chama atenção as duas grandes avenidas e o intesno trafego de veículos. 

História: As obras começaram em 20 de março de 1936, e o monumento foi inaugurado em 23 de maio 1936. Foi projetado pelo arquiteto Alberto Prebisch (um dos principais arquitetos do modernismo argentino e autor também do Teatro Gran Rex), a pedido do prefeito Mariano de Vedia e Mitre. No que se refere à questão da forma do monumento Prebisch disse: “Foi adotado esta simples e honesta forma geométrica, porque é a forma de um obelisco tradicional … Ele foi chamado de “Obelisco”, porque havia de chamar-lhe de alguma coisa. Eu reivindico para mim o direito de chamá-lo de uma forma mais abrangente e genérica “Monumento”.

A construção do obelisco esteve a cargo da empresa Alemã GEOPE-Siemens Bauunion – Bilfinger & Grün, que concluiu o seu trabalho em tempo recorde de 31 dias, empregando 157 trabalhadores. Maximizando a utilização do tempo foi utilizado o cimento INCOR de endurecimento. Ele tem a altura máxima permitida no âmbito da linha de construção da avenida Roque Sáenz Peña (Diagonal Norte):67,5 m de altura, distribuídos da seguinte forma: 63 m para o início do ápice, que é 3,5 m por 3,5 m. A ponta mede 40 centímetros. Culminando com um pára-raios, cujos fios correm através do interior do obelisco. A base mede 49 m². Tem uma única entrada (no lado Oeste) e em seu auge há quatro janelas, que só podem ser atingidas através de uma escada reta de 206 degraus.

Em 29 de fevereiro de 1938, Roberto M. Ortiz sucedeu Justo, e foi nomeado como novo Presidente da Câmara da cidade Arturo Goyeneche. Em junho de 1939, o Conselho deliberativo sancionou a demolição do obelisco pelo Despacho n. º 10251, invocando razões econômicas, estéticas e de segurança pública. Mas foi vetado pelo Poder executivo municipal, caracterizado como um acto desprovido de conteúdo e valor jurídico,porque ela modifica o estado das coisas, emanados do poder executivo e que se tratava de um monumento ao abrigo da competência e da guarda da Nação, cujo patrimônio pertence. Nos local onde esta localizado o obelisco, anteriormente, havia uma igreja dedicada a São Nicolau de Mora. Nessa igreja pela primeira vez oficialmente a bandeira Argentina foi asteada, dentro de Beunos Aires, em 1812: em memória ao fato existe inscrições do lado norte do obelisco. Para a sua construção, que custou 200.000 pesos foram utilizados 680 m³ de cimento e 1360 m² de pedra branca de Córdoba.O estabelecimento da linha B do metrô favoreceu a construção do monumento uma vez que facilitou a colocação da fundação pois os túneis formam uma base concreta de 20 metros. A laje plana do metrô permite a passagem da laje de fundação do obelisco. Como resultado de alguns desprendimentos do revestimento de pedra, ocorridos na noite de 20 para 21 de junho de 1938, um dia após a um evento público com a presença do Presidente Ortiz no local do obelisco, decidiu-se retirar o revestimento em 1943, e foi substituído por um cimento polido. Também foram realizadas fissuras que simulam as junções das pedras. Ao eliminar as lajes do obelisco não foi tido em conta que se retirou uma legenda que dizia “Alberto Prebisch foi o seu arquiteto .”

PARA AMPLIAR CLIQUE NA IMAGEM

Obelisco

Obelisco

Obelisco

Mãe e W@gner próximo ao Obelisco.

W@gner

Vander

Monumento aos Caídos na Guerra das Malvinas

Outro passeio interessante que fizemos em  Buenos Aires e vale ser mencionado foi á visita que fizemos ao Monumento aos Caídos (mortos) na Guerra das Malvinas. O Monumento é até simples, fica no final de uma praça muito bonita, perto da Estação Central do Metro. Ele lembra um pouco o Monumento aos Mortos na Guerra do Vietnã, que fica em Whasington – USA. Os nomes de todos os soldados argentinos mortos na Guerra das Malvinas (Argentina x Inglaterra em 1982) estão esculpidos em granito. Eu que acompanhei pela TV essa guerra na época em que ela ocorreu e que posteriormente li alguns livros sobre o assunto, me senti emocionado em estar em tal lugar. Mais que um monumento aos mortos, esse local é um monumento a estupidez de um governante que em busca de aumentar sua popularidade, lançou seu país em uma guerra contra uma grande potencia, sem estar preparado. Mandou para uma ilha fria e distante jovens mal treinados e mal equipados, para lutar contra um Exército formado por soldados profissionais e bem melhor equipados. O resultado foi uma humilhante derrota e muitas mortes, além de seqüelas na alma do povo argentino que duram até os dias de hoje. 

História: A Guerra das Malvinas (em inglês Falklands War e em espanhol Guerra de las Malvinas) ou Guerra do Atlântico Sul ou ainda Guerra das Falklands, foi um conflito armado entre a Argentina e o Reino Unido (Inglaterra) ocorrido nas Ilhas Malvinas (em inglês Falklands), Geórigia do Sul e Sandwich do Sul entre os dias 2 de abril e 14 de junho de 1982 pela soberania sobre estes arquipélagos austrais tomados por força em 1833 e dominados a partir de então pelo Reino Unido. A Argentina reclamou como parte integral e indivisível de seu território, considerando que elas encontram “ocupadas ilegalmente por uma potência invasora” e as incluem como partes da província da Terra do Fogo, Antártica e Ilhas do Atlântico Sul. O saldo final da guerra foi a recuperação do arquipélago pelo Reino Unido e a morte de 649 soldados argentinos, 255 britânicos e 3 civis das ilhas. Na Argentina, a derrota no conflito fortaleceu a queda da Junta Militar que governava o país e que havia sucedido as outras juntas militares instaladas através do golpe de Estado de 1976 e a restauração da demoracia como forma de governo. Por outro lado, a vitória no confronto permitiu ao governo conservador de Margaret Thatcher obter a vitória nas eleições de 1983.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Monumento aos Mortos na Guerra das Malvinas.

Monumento aos Mortos na Guerra das Malvinas.

Dona Vanda fazendo graça.

W@gner no monumento.

Nomes de todos os mortos na Guerra das Malvinas.

Nomes de alguns dos mortos.

Nomes de todos os argentinos mortos nas Malvinas.

D. Vanda e W@gner descansando.

Guarda de Honra.
Vander e W@gner.

Catedral Metropolitana de Buenos Aires

Outro visita interessante que  fizemos no centro de Buenos Aires,  foi a Catedral Metropolitana. Por fora a Catedral não tem jeito de igreja, mas por dentro é bastante imponente e muito bonita. Numa lateral fica o mausoléu onde desde 1880 se encontram os restos mortais do General San Martín, o herói da proclamação da Republica. E a seu lado estão os restos mortais dos generais Guido e Las Heras, outros heróis argentinos e o simbólico Soldado desconhecido.

História: A Catedral Metropolitana de Buenos Aires  é o maior templo católico da província. Desde a primeira capela de 1593, até agora, existiu nesse lugar seis edifícios diferentes que funcionaram como Templo Maior, que tiveram de ser renovados devido à escassez de materiais e a defeitos estruturais. A Igreja atual foi terminada entre os anos 1572 e 1852, apesar de que sua decoração é de 1911. O edifício possui um perfil que não é comumente usado nas catedrais, pois não tem torres e é mais como um templo grego clássico que um típico católico. Tem 12 colunas na fachada que representam aos apóstolos de Jesus, e seu interior chega aos 41 metros de altura. Em uma de suas laterais estão as 14 pinturas do Via Crucis, que antes tinham estado na Igreja Del Pilar. O chão foi desenhado no ano de 1907, e fabricado na Inglaterra com mosaico veneziano. No centro impõe-se o Alto Altar, como o ponto mais proeminente. À esquerda a um pequeno altar  com uma imagem conhecida como Santo Cristo de Buenos Aires, trabalhada em madeira e no final do corredor central pode-se ver um altar dedicado à Virgen de los Dolores.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS FOTOS

Catedral Metropolitana de Buenos Aires.
Catedral Metropolitana de Buenos Aires.

Catedral Metropolitana de Buenos Aires.

Mausoléu de San Martin.
Dona Vanda no interior da igreja.

Casa Rosada

Num passeio  pelo centro da  cidade  passamos pela  Plaza de Mayo,  que fica em frente á Casa Rosada, sede do governo argentino. Fomos tirar fotos em frente á Casa Rosada e para nossa surpresa descobrimos que a mesma fica aberta para visitação publica em alguns finais de semana. Não íamos perder essa chance de visitar tão famoso ponto turístico e fomos para a fila. Entramos sem problemas, após passarmos por um detector de metais. A visitação era gratuita. Primeiro ficamos num saguão esperando os soldados que em farda de galã acompanham os visitantes que seguem em grupo pelo local. Nesse saguão que ficamos estavam em exposição muitos quadros ofertados por governantes das Américas (inclusive o Lula) como presente para a Argentina em comemoração aos 200 anos de sua Proclamação da República, que aconteceu agora em 2010. Minha mãe não resistiu e foi tirar uma foto ao lado de um dos soldados, que foi bastante simpático e ofereceu o braço pra ela segurar.

Logo nosso grupo foi chamado para fazer a visita pelo interior da Casa Rosada. O prédio é muito bonito por dentro, com muitas salas, sendo algumas com a decoração bem antiga. Algumas alas estão sendo reformadas. Tivemos acesso guiado por vários locais, inclusive a um jardim interno, aos salões onde são recebidos os estadistas estrangeiros, ao local onde a Presidente Cristina Kirchner faz os pronunciamentos oficias do governo e também ao seu gabinete de trabalho. Ficamos parados um tempo ao lado da mesa de sua secretaria e sobre a mesa tinha uma lista de telefones. Tirei uma foto com zoom da lista de telefones, pois ali podia estar o número do Lula. Isso foi mais por brincadeira e de qualquer forma a foto ficou tremida e não da pra ver os números. Também vimos uma mesa que pertenceu a Eva Perón. Tivemos acesso a um balcão que fica de frente para a Plaza de Mayo, que entre outras cosias foi o local onde o general Juan Domingo Perón fez seu último discurso como presidente, o Papa João Paulo II abençoou o país após a Guerra das Malvinas (1982) e a Seleção Argentina campeã do mundo em 1986 esteve para comemorar oficialmente o título de campeã junto com o povo argentino. Esse foi um passeio não programa e que acabou sendo muito interessante. 

História: A Casa Rosada é a sede da presidência da República Argentina. È chamada assim pela sua cor ser aproximadamente rosa. A casa Rosada tem sua cor atribuída ao fato de na época de sua construção as tintas mais baratas serem feitas a base de sangue de vaca, tendo a cor rosada. Há também uma lenda que diz que a cor rosada é uma junção de vermelho e branco, cores-símbolo de dois partidos políticos. Abriga também o Museu da Casa do Governo, com material relacionado aos presidentes do país. A Casa Rosada possui fama internacional por ter sido palco para importantes manifestações políticas e também artísticas. Por exemplo, várias cenas dos filmes “A História Oficial” e “Evita” foram gravadas na praça e nas sacadas do palácio. A Casa Rosada se levanta no lugar que ocupara a Real Fortaleza de San Juan Baltasar da Áustria, construída por ordem do Governador Fernando Ortiz de Zárate em 1595. A Fortaleza sofreu diversas modificações desde a queda de Rosas: demolida parcialmente para a construção da Aduana Nueva, do antigo edifício só ficou de pé o arco de acesso e um dos edifícios do interior do recinto, reformado para seu uso como sede do Governo. Durante a presidência de Sarmiento, o edifício foi pintado de rosa, inaugurando uma tradição que chegou aos nossos dias e que deu seu nome popular. Também por iniciativa de Sarmiento foi construído o Palácio de Correos, terminado em 1878 no ângulo sudoeste do prédio. Pouco depois, o Presidente Roca ordenou a construção de uma nova Casa de Governo, em lugar do antigo edifício. Em 1894, durante a presidência de Luis Sáenz Peña, o arquiteto italiano Francisco Tamburini foi o encarregado de projetar a união dos dois edifícios, formando o complexo monumento que conhecemos hoje. O Correo, obra do sueco Carlos Kilhdderg, e a nova Casa de Governo, obra de Enrique Aberg, eram similares, mas não idênticos. Seu ligamento foi um desafio para Tamburini, que uniu ambos os corpos com um grande arco central (atualmente o acesso principal da Casa Rosada sobre a Plaza de Mayo) e definiu os restantes corpos sobre o Paseo Colón e Rivadavia. O resultado é de um marcante ecleticismo, no qual elementos de tão diversa origem como as mansardas francesas, as loggias e as janelas concebidas por arquitetos nórdicos coexistem com a linguagem classiciista característica de Tamburini. Da entrada principal, pela Esplanada da rua Rivaldavia, sobe-se ao Salón de los Bustos, assim chamado pelas esculturas que retratam os presidentes argentinos. Duas escadarias de honra, conhecidas como “Italia” e “Francia”, conduzem ao primeiro andar, onde estão o Salón Blanco, sede das grandes recepções oficiais, e os escritórios presidenciais. Toda essa ala – a ala norte – é organizada ao redor do Patio de las Palmeras. A ala sul da Casa de Correos foi recortada na década de 30, ao se refazer a atual rua Hipólito Yrigoyen para construir o Palacio de Hacienda. A Casa Rosada está sendo restaurada desde 1989. Em sua parte posterior foram encontrados restos do antigo Forte e da Aduana Nueva, que foram conservados e é onde funciona o Museo de la Casa de Gobierno.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS FOTOS

Saguão de entrada da Casa Rosada.

Minha mãe com o soldado.

Fila para visitação.

Local de comunicados a imprenssa.

Num dos salões da Casa Rosada.

Jardim interno.

Mesa que foi de Eva Perón.

Dona Vanda no Gabinete da Presidenta.

Balcão da Casa Rosada.

Escada interna.

Um dos muitos lustres do lugar.

Salão dos Bustos.

Plaza de Mayo

No passeio pelo centro de Buenos Aires  ficamos um bom tempo na Plaza de Mayo, tirando fotos e observando as pessoas e prédios ao redor. Essa Praça é famosa pelos protestos de origem política e por ali se reunirem as conhecidas “Mães da Plaza de Mayo”, um grupo de senhoras que tiveram seus filhos desaparecidos ou mortos durante o período do Governo Militar na Argentina (1966/1983). 
 
História: A Praça de Maio (em espanhol Plaza de Mayo) é a principal praça do centro da cidade de Buenos Aires. A Praça sempre foi o centro da vida política de Buenos Aires, desde a época colonial até a atualidade. Seu nome comemora a Revolução de 1810, que iniciou o processo de independência das colônias da região do sul da América do Sul. A Praça de Maio encontra-se no chamado microcentro portenho, no bairro Monserrat. Tem forma aproximadamente retangular. Ao seu redor encontram-se vários dos principais monumentos da cidade, como o Cabildo hsitórico, a Casa Rosada (sede do Poder Executivo da Argentina), a Catedral Metropolitana, o edifício do Governo da cidade de Buenos Aires e a casa central do Banco Nación. A 25 de maio de 1811, um ano após a Revoulução de Maio, foi decidido comemorar a data com um monumento público. Levantou-se assim um obelisco no centro da Praça da Vitória, conhecido como Pirâmide de Maio. Este monumento foi reformado em 1856 pelo artista argentino Prilidiano Pueyrredón, que revestiu a pirâmide e a base com argamassa e adicionou relevos decorativos. O escultor francês Joseph Dubourdieu foi o autor da estátua da liberdade que coroa a pirâmide, além de outras estátuas ao redor do monumento que foram posteriormente retiradas. Em 1912 o monumento foi transladado até o centro da Praça de Maio, onde se encontra atualmente. Em 1873 foi inaugurada a estátua equestre de Manuel Belgrano, atualmente localizada em frente à Casa Rosada. Em 1912, a Pirâmide de Maio foi movida ao seu lugar atual, no centro da praça. Quatro estátuas que existiam ao seu redor foram então movidas para a praça em frente à Igreja de São Francisco da cidade. Em 1913 foi inaugurada a estação subterrânea do metrô na praça (estação Plaza de Mayo). Em 1942 a praça foi declarada Lugar Histórico. Em 1977 foi realizada a última reforma importante, com a instalação de canteiros de flores e modificações no calçamento. 
Durante séculos, a Praça de Maio reuniu ao seu redor importantes instituições como o Cabildo – sede da administração da cidade – e o Forte de Buenos Aires, substituído depois pela Casa Rosada – sede de governo colonial e mais tarde da República Argentina. Por isso, a praça sempre foi o epicentro de acontecimentos de grande importância para a cidade e o país. O próprio nome da praça comemora a Revolução de 25 de maio de 1810, quando os habitantes mais destacados da cidade reunidos no Cabildo de Buenos Aires decidiram não mais obedecer ao governo espanhol, à época dominado pelas forças de Napoleão. Essa revolução foi o prenúncio da independência definitiva do país, declarada em 1816 em Tucumán. Em 17 de outubro de 1945, as mobilizações populares organizadas pela CGT e Eva Perón terminaram com a libertação de Juan Domingo Perón, que mais tarde seria eleito presidente da Argentina. Desde então, o movimento peronista se reúne anualmente na Praça de Maio para celebrar. Muitos outros presidentes, democratas ou não e até jogares de futebol e sua torcida, também desfrutam em celebrar na praça seus triunfos. Desde a década de 70 as Mães da Praça de Maio se reúnem com fotos de seus filhos desaparecidos pelos militares e a ditadura argentina. O povo argentino foi a Praça mais uma vez em março de 1982, para exigir o fim da ditadura, e novamente em 2 de abril do mesmo ano, para celebrar o ditador Leopoldo Galtieri, que havia decidido ocupar as Ilhas malvinas, dando começo assim a Guerra das Malvinas. A Praça de Maio também foi cenário dos conflitos sociais ocorridos em 19 e 20 de dezembro de 2001 que levaram à renúncia do presidente Fernando de la Rúa.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Minha mãe e eu na Plaza de Mayo.

Obelisco da Plaza de Mayo.

Vagando pela Plaza de Mayo.

Dona Vanda na Plaza de Mayo.

Uma espécie de capsula do tempo na Plaza de Mayo.

Vander no meio da Plaza de Mayo.

Vander, Vanda e W@gner.

Estátua equestre da Plaza de Mayo.

Vander descansando na Plaza de Mayo.

W@gner descansando no chafariz da Plaza de Mayo.

A Plaza de Mayo com a Casa Rosada ao fundo.
Plaza de Mayo.