Vala dos 21

Aconteceu na noite de 22 de outubro de 1912, o confronto entre as tropas do Regimento de Segurança Pública do Paraná, comandado pelo coronel João Gualberto e os caboclos, comandados pelo monge José Maria. Este confronto entrou para a história como sendo o primeiro combate da Guerra do Contestado (1912 – 1916) denominado de Combate do Irani (ou Batalha do Irani). Na ocasião morreram, entre outros, o coronel João Gualberto e o monge José Maria. Ali foram enterrados o coronel e outros 21 corpos, entre caboclos e militares, no que foi chamado de “vala dos 21”. O monge José Maria foi enterrado em separado. O corpo do coronel João Gualberto permaneceu enterrado por apenas três dias e logo após foi transladado para Curitiba.

Cemitério do Contestado

O Cemitério do Contestado é um marco da história brasileira, principalmente no que diz respeito aos episódios que passaram a ser conhecidos como a Guerra do Contestado. O local onde hoje se encontra o cemitério era próximo a uma extensa área à margem direita do rio do Peixe, mais precisamente, no que era denominado por Banhado Grande. Neste terreno já existia um pequeno cemitério. A região era disputada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e pela Argentina.

Houve, na noite de 22 de outubro de 1912, o confronto entre as tropas do Regimento de Segurança Pública do Paraná, comandado pelo coronel João Gualberto e os caboclos, comandados pelo monge José Maria. Este confronto entrou para a história como sendo o primeiro combate da Guerra do Contestado (1912 – 1916) denominado de Combate do Irani (ou Batalha do Irani). Na ocasião morreram, entre outros, o coronel João Gualberto e o monge José Maria. Ali foram enterrados o coronel e outros 21 corpos, entre caboclos e militares, no que foi chamado de “vala dos 21”. O monge José Maria foi enterrado em separado. O corpo do coronel João Gualberto permaneceu enterrado por apenas três dias e logo após foi transladado para Curitiba.

A partir deste episódio, o local entrou no esquecimento até ser reconstruído, no final da década de 1970, por ocasião da construção de uma rodovia. Nas escavações para esta obra foram encontrados, numa vala comum, os restos mortais dos personagens que tombaram na longínqua noite da primavera de 1912. Diversas cruzes de madeira, a maioria sem identificação, indicam as sepulturas de vítimas da guerra. Até meados da década de 1990, os moradores da região podiam sepultar seus entes no local; mas atualmente o cemitério é considerado campo histórico, não sendo mais permitida a abertura de novas sepulturas.

Mesmo sabendo que os corpos dos comandantes do episódio, de ambos os lados, não se encontravam entre as ossadas achadas na vala comum, foram instaladas lápides para o monge José Maria e para o coronel João Gualberto no cemitério.

Hoje o Cemitério do Contestado faz parte do Sítio Histórico do Contestado, que fica em frente à rodovia BR-153, km 64, precisamente, a 4 km de distância do centro da cidade de Irani no estado de Santa Catarina.

23 horas, 23 perrengues…

Sempre acontecem perrengues em minhas viagens, independente de que tipo de viagem eu faça. Nas minhas viagens acontecem problemas que parecem só acontecer comigo e com mais ninguém. Já até me acostumei a isso e raramente me estresso com os perrengues, pois aprendi que em viagens os problemas são resolvidos mais facilmente quando ficamos calmos e conseguimos raciocinar de uma forma clara.

Certa vez conversando com minha amiga Angela, sobre perrengues, e depois de ela ler meus livros e conhecer os muitos perrengues que já passei em minhas viagens pelo mundo… Ela contou que é igual a mim, que sempre que viaja perrengues acontecem aos montes. E a partir dessa conversa surgiu a curiosidade de saber como seria dois mestres do perrengue viajando juntos. Será que um “perrenguento” anularia os perrengues do outro “perrenguento”? Ou os perrengues se somariam e a viagem se tornaria um caos? A dúvida para essa pergunta descobriríamos no dia que desse certo de viajarmos juntos. E esse dia chegou no feriado de 15 de novembro, quando convidei a Angela para me acompanhar numa viagem bate e volta até a Argentina e Paraguai, para buscar muamba.

A Angela é uma moça fina, que faz viagens finas e que já esteve no Paraguai fazendo compras, mas nunca no esquema “muambeiro”, atravessando a Ponte da Amizade a pé, sob um sol escaldante. Quando fiz o convite deixei claro para ela que a viagem seria um “programa de índio” e mesmo assim ela topou o desafio. No fim a viagem foi mais que um “programa de índio”, ela foi um “programa de uma tribo inteira”. Aconteceram coisas que até nós duvidamos. E descobrimos que juntos devemos ter batido o recorde mundial de perrengues num mesmo dia. A Angela anotou muitos desses perrengues e conta sobre alguns no texto logo mais abaixo. Apesar de tudo voltamos para casa sãos, salvos e inteiros, mas com horas de atraso na viagem e com dor nas mandíbulas de tanto rir. Nessa viagem descobrimos mais uma cosia em comum que temos, que é não se estressar – ao menos tentar – com os problemas e rir deles. Rimos demais e esse bate e volta até a Argentina e o Paraguai, acabou sendo uma viagem inesquecível justamente pela enorme quantidade de perrengues que tivemos.

No dia seguinte a viagem, após estarmos em nossa cidade dando expediente em nossos trabalhos, a Angela me perguntou pelo WhatsApp qual foi o momento da viagem em que ela perdeu sua dignidade. Respondi sem pestanejar que foi no momento em que ela atravessou a Ponte da Amizade a pé…

 

**Texto: Angela Colombo

Algo em comum é primordial para aproximar pessoas, se grupos se reúnem são porque integrantes gostam de uma mesma atividade, e se eu e o Vander temos algo em comum, é gostar de viajar. Nossa primeira viagem juntos vai ficar marcada em nossas memórias, pois além de especial, divertida e perrenguenta, também foi duplamente internacional. Os opostos não se atraem, os dispostos realizam experiências memoráveis.

Os bons momentos dependem muito mais da nossa própria vontade em aproveitar as oportunidades que a vida oferece, transformando cada ação em uma experiência única… Muitos terão preguiça de acordar cedo para ver o sol nascer, outros não terão disposição de caminhar até o topo da montanha para contemplar a paisagem, mas a recompensa só será garantida para quem for atrás…

Ponto para a pontualidade! E aqui começa nossa jornada… E ainda que o mocinho chegou pela contramão da direção, seguimos aproveitando cada quilômetro para revelar segredos, desabafar mágoas e dividir sonhos…

23 horas de convivência, 23 horas de “programa de índio” até parecia uma profecia… 23 horas de gostinho de quero mais, 23 horas de que bom que eu aceitei, 23 horas e deu tudo certo!

Minhas viagens sempre costumam ter imprevistos que sempre foram solucionados – geram estresse? Sim! Mas é melhor me estressar viajando do que em casa – mas um dia ao ler, Caminho de Santiago de Compostela, disse ao meu autor favorito que: “nós dois viajando juntos seria perrengue atrás de perrengue” e ele ciente dessa afirmação ousou me convidar e sentir na pele a alegria de estrear perrengues comigo…

Viajar é altamente enriquecedor, independente do destino, a sua responsabilidade é observar e aprender, é buscar lições… e tudo começou com um símbolo no painel do carro, para mim era um sinal de exclamação espanhol de cor amarela, mas esse símbolo no painel do carro revela que o pneu está murchando…

E dito e feito, começou a peregrinação em busca aos calibradores de pneus. A estratégia era ir em um mercado fazer compras, depois parar num posto de gasolina e calibrar o pneu, e assim sucessivamente até encerrar as compras do lado argentino e encontrar uma borracharia, mas fomos parados na fiscalização da Receita Federal. Lógico que fomos cadastrados. Claro! Carro cheio, pesado, pneu esvaziando… Vinte minutos de fila… Metaforicamente é como se as mágoas e histórias tristes desabafadas estivessem sendo “esvaziadas, expulsadas, vomitadas através do ar do pneus” o peso do carro seria a nova “bagagem, a nova história” o tempo na fila necessário para exercer nossa paciência que aliás foi acompanhada de muita gargalhada…

Serviços de emergência são imprescindíveis e olha que interessante a junção do serviço tão antigo do borracheiro com o moderno sistema de pesquisa do Google Maps. Depois de algumas vezes calibrando o pneu dianteiro do lado do passageiro o Vander localizou um parafuso, então pesquisamos no celular e encontramos o serviço de borracheiro 24 horas, e pagando 20 reais o pneu novinho foi remendado e seguimos viagem para o Paraguai… Agora estávamos mais tranquilos porque o sinal do painel tinha apagado… Aprendi uma lição, que pneu novo atrai prego/parafuso, o Vander tinha recém trocado os quatro pneus do carro dele!

Mal sabíamos que nossa reputação de perrengueiros estava apenas começando, e, agora iniciaria um efeito dominó que só vivendo é possível acreditar, perdemos várias vezes o sinal do Google Maps e assim nos perdermos e nos encontramos, mas algo que aprendi nessa viagem foi ser conduzida por ele – de olhos fechados – a capacidade que ele tem de se localizar é impressionantemente admirável… Com o carro devidamente estacionado, tomamos todas as medidas de segurança, acionamos o aplicativo Strava e seguimos rumo a famosa Ponte da Amizade… “Ei Angela, cadê a chave do carro? Vander não está comigo! – eu penso: não lembro de ter visto ele acionar o alarme – olho pra ele examinando o terceiro de seis bolsos da calça operacional dele e saio andando em direção ao carro pensando que a chave vai estar na ignição – meus vinhos estão dentro do carro dele – Corre Vander vamos lá no estacionamento… Ele vem andando atrás de mim, a gente ri, mas é de nervoso, ele abre a porta do carro e tira a chave da ignição…. Tenho certeza que se ele fosse de falar palavrão tinha soltado aos menos dois ali… Foi uma mistura de “não creio” com “como assim?” Ele é inteligente, atraente, carismático e acabou se distraindo conversando comigo e esqueceu a chave na ignição com o carro estacionado a menos de um quilometro da fronteira com o Paraguai. Mas tudo resolvido!

Eu tinha tomado meus remédios e vi ele tomando os dele… Inacreditável… Mas seguimos sob o sol, minha primeira vez cruzando a ponte a pé foi no esquema “boi no rio com piranha”… Ciudad del Leste o que dizer desse lugar? Caótico, muito óbvio! Mas enfim… Segui os passos do Vander, olhava a nuca dele e o suor escorria… Lembrava do parafuso no pneu e agradecia termos encontrado serviço 24 horas de borracharia… E inevitavelmente ria lembrando dele procurando a chave do carro nos seis bolsos da calça… O sol batia no asfalto e subia um mormaço, a temperatura estava quente… Eu queria um banho…

23 horas em três países, 23 horas de transparência e sinceridade, 23 horas transpirando feito maratonistas profissionais, 23 horas intensas, 23 horas revelaram que assunto não se esgotam quando a conversa é agradável, 23 horas observando, aprendendo e compreendo quem ele é…

Depois de sair do Paraguai, paramos num shopping center de rico em Foz do Iguaçu. O shopping estava lindo com decoração natalina e a melhor parte foi quando fui abordada por uma senhorinha pedindo ajuda com vinhos, me senti toda importante. O Vander empurrando o carrinho e a fiscal o parou perguntando se ele tinha pagado as caixas de cerveja que levava consigo. Eu não sei se a gente estava com cara de pobre, muambeiro ou com as vestimentas desalinhadas, meu cabelo parecendo que tinha acabado de sair da academia, ou se tal pergunta é um protocolo de praxe do estabelecimento. Não vou procurar saber também… Mas caloteiros não somos!

Mas culpar o Google Maps é fácil, a culpa é do aplicativo, o sinal está ruim, mas o que dizer quando se deixa o carro no estacionamento G3 do shopping, desce no G2 e quer insistir em encontrar o carro? É sério? Quando um imprevisto acontece é plausível, não há nada para comentar, mas eu e Vander tivemos tantos que chega virar piada e sabe que embora e lamentavelmente tenha tido o prejuízo financeiro a gente riu de doer a barriga… Enquanto ele procurava o carro no G2 – e nunca encontraria – eu pagava o estacionamento que tinha esquecido de pagar – fiquei com o ticket na mão, papel foi suando, entreguei pra ele e ao passar no código de barras o leitor não leu – leitor analfabeto – um carro estacionou atrás de nós – vai leitor – uma moto atrás do carro que estava atrás de nós, segurança do estacionamento se aproxima e Vander me pergunta: “você pegou o comprovante que pagou?” Eu respondo dando risada: “não”! Outro carro atrás da moto. Segurança olha pra nós, Vander olha para o segurança e diz “eu paguei!”, enfim a cancela sobe… Fazia tempo que não me divertia tanto como nesse dia…

Um dia li sobre a Lei de Murphy, não penso que ela se encaixa em nossa viagem, mas a verdade é que nunca, até hoje, escutei alguém contar que viajou e o pneu furou duas vezes… Pois é! É raro mais acontece! Na viagem de volta para casa, já quase no meio do caminho, seguíamos em uma conversa mais íntima, e ele solta um palavrão, o pensamento veio na velocidade da luz: “o Vander falando palavrão, algo de errado não está certo”! Vander disse que o símbolo de pneu esvaziando novamente apareceu no painel! Paramos em Medianeira e ele tentou entrar em contato com a seguradora, vi que foi o primeiro momento que realmente ficou irritado e desapontado! Eu consegui encontrar um borracheiro 24 horas – que serviço essencialmente útil – e lá vamos nós seguindo para um lugar desconhecido onde iríamos depositar toda confiança no trabalho de um borracheiro para seguir nossa viagem! Esse momento estávamos cansados e lidar com mais uma borracharia não era nada que queríamos, mas tudo bem! Encontramos o lugar, o borracheiro arrumou o pneu, mas, pasme! A luz do painel continuava acessa! Um segundo parafuso de rosca infinita no pneu traseiro do lado do motorista – efeito Vander! Nós dois juntos somos imparáveis! Pra que homem bomba? Um segundo pneu remendado…

Teve um momento que realmente acreditei na promessa que ele ia me mandar voltar de ônibus, porque depois que ele passou com o farol apagado no posto da Polícia Rodoviária Federal que já tinha multado ele em um viagem passada, eu falei que era minha vez de conduzir o carro, ele aceitou, e estava tudo bem, e pra fechar a última hora de viagem eu passei acima da velocidade permitida em um radar…Vander sendo Vander e Angela sendo Vander!

23 horas que não voltam mais e que ficaram no passado mas que foram vividas intensamente, 23 horas que deixam recordações que valem a pena serem relembradas e por isso foram fotografadas, filmadas e agora escritas, gratidão por proporcionar 23 horas, 23 perrengues…

O primeiro furo… Foz do Iguaçu – PR.
Rindo para não chorar…
Angela em frente a sua loja…
Vida de muambeiro…
Ciudad del Este.
Perdendo a dignidade…
Refazendo o remendo do primeiro furo e descobrindo o segundo furo… Medianeira – PR.

Parque Nacional Iguazú (Argentina) Parte: 2

PARQUE NACIONAL IGUAZÚ – MARAVILHA DO MUNDO

PATRIMONIO NATURAL DA HUMANIDADE

As Cataratas do Iguazú encontram-se no interior do Parque Nacional Iguazú, uma área de preservação da natureza que cobre 67.720 hectares no extremo norte da Província de Misiones, na República Argentina. É um sistema de 275 saltos de água no meio da Selva, localizado a 17 quilômetros da foz do Rio Iguazú, nas águas do Rio Paraná, ponto onde se encontram as fronteiras da Argentina, Brasil e Paraguai, onde se erguem as cidades de Porto Iguazú, no lado argentino, Foz do Iguaçu no lado brasileiro e o conglomerado urbano Cidade del Este/Presidente Franco, do lado paraguaio.

  • As Cataratas do Iguazú têm uma largura de 2,7 km (ou 1,7 milhas). A sua altura varia entre 60 metros (200 PES) e 82 metros (ou 269 PES) e a sua média de fluxo de água de 1.800 m ³/s.
  • Uma grande parte da água das cataratas cai na Garganta do Diabo, um grande abismo de 82 metros de altura, 150 metros de largura e 700 metros de comprimento. Este abismo é em forma de U.
  • Dois terços das Cataratas do Iguazú estão no lado Argentino.
  • As Cataratas do Iguazú se formaram como resultado de uma erupção vulcânica.
  • As Cataratas do Iguazú podem ser vistas em muitos filmes, incluindo: A Missão, Indiana Jones e o Reino da caveira de cristal, Mr. Magoo, Miami Vice.

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Parque Nacional Iguazú (Argentina) Parte: 1

Já perdi a conta das vezes em que visitei as Cataratas do Iguaçu, dentro do Parque Nacional do Iguaçu, no lado brasileiro das Cataratas. O local é muito bonito e merece uma visita. E fazia muito tempo que queria visitar o lado argentino das Cataratas. Se no lado brasileiro você tem um visão de baixo para cima, do lado argentino você tem a visão de cima para baixo das Cataratas.

E aproveitando o final de semana em Foz do Iguaçu, com direito a compras no Paraguai, eu e meus amigos de viagem: Laiane, Alemão e Jobis, além do baiano Bruno, que conhecemos no hostel onde  nos hospedamos, seguimos para à Argentina. Rodamos pouco mais de quarenta quilômetros até chegar ao Parque Nacional del Iguazú. Após uma longa fila para comprar os ingressos,  finalmente entramos no parque. O local é enorme, e para conhecer tudo, um dia inteiro é insuficiente.

Primeiramente fomos visitar a Garganta do Diabo, que é o local mais importante do parque. Andamos um pouco e depois pegamos um trenzinho que roda cerca de três quilômetros. Finalmente chegamos na margem do rio e seguimos por 1.200 metros sobre passarelas que atravessam o rio. Quando você chega perto do mirante que fica próximo as quedas, a sensação é indescritível. O barulho das águas caindo deixa a visita ainda mais emocionante. Demos sorte de visitar o lugar após um período de bastante chuva, que deixou as quedas com muita água, o que destacou sua beleza. E também demos sorte de pegar um dia quente e ensolarado de outono.

Após ficar um longo tempo admirando a beleza das quedas e tirando fotos, voltamos pelas passarelas até o local onde se embarca no trem. Ali tem muitos quatis, que roubam comida dos visitantes mais distraídos. Acaba sendo divertido ficar vendo os bichinhos ladrões. Mas vez ou outra, além da comida os bichinhos levam um pedaço do dedo dos mais distraídos. Pegamos o trem e desembarcamos numa estação que leva ao início da trilha que passa pela parte superior das quedas. Você segue por passarelas e vai visitando muitos saltos, um mais bonito do que o outro. Depois iniciamos a trilha que passa pela parte inferior dos saltos. Essa trilha é menos bonita que a anterior, mas seu final é próximo a um salto onde além de você se molhar, dá para sentir a emoção de ficar próxima a queda de um salto muito forte e que faz um barulho ensurdecedor.

Já era quase fim do dia quando demos mais uma volta pelo interior do parque e fomos embora. Tínhamos caminhado algo próximo a onze quilômetros, andado mais seis quilômetros de trenzinho, e mesmo assim não conseguimos visitar todos os locais dentro do parque. Vai ser preciso novo passeio para conhecer o restante do local e também para visitar novamente os lugares mais bonitos que visitamos. Vale muito visitar as Cataratas do lado argentino, que são muitas vezes mais bonitas do que as Cataratas do lado brasileiro. O ideal é você visitar os dois lados, para então ter uma experiência mais completa sobre o que são as Cataratas do Iguaçu, uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo.

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No Rio Grande do Sul

Essa semana estive no interior do Rio Grande do Sul e me encontrei com a Laura, minha amiga portuguesa/canadense. Ela está passeando pelo Brasil e foi à Ijuí visitar a família do Gilberto, que teve que cancelar sua vinda ao Brasil na última hora por razões de trabalho. Foi muito bom reencontrar a Laura e pudemos conversar bastante. Fomos jantar no melhor restaurante da cidade e ela pagou a conta. No dia seguinte retribuí e paguei o café da manhã. Na verdade o café da manhã foi um copo de café daqueles de máquina, em um posto de gasolina. Mas o que vale é a intenção!!! Kkkk…

Espero rever a Laura daqui uns dois ou três anos, quando pretendo fazer uma nova visita ao Canadá. E espero rever o Gilberto ainda esse ano, quando ele vier ao Brasil!

Reencontrando minha amiga Laura.
Jantar em Ijuí.
Laura e seu café da manhã.

Novamente em Salvador

Fui novamente à Bahia, dessa vez à Salvador. Essa é minha quarta vez na Bahia, sendo a segunda vez em Salvador. Os baianos que me perdoem (meus amigos Orlando e Miralva principalmente), mas Salvador é a cidade mais “fedida” onde já estive e também é bastante suja. Salvador para mim foi uma grande decepção, pois pela fama que tem imaginava outra cidade. Acho que a maioria dos turistas que gostam de Salvador são aqueles que gostam de carnaval e vão à cidade nessa época de festa. Eu que não gosto de carnaval acabei me decepcionando muito com a cidade. E por gostar de história e de monumentos e construções históricas, outra decepção foi ver o estado de abandono e falta de cuidado em que se encontram muitas construções antigas da cidade, que foi a primeira Capital do Brasil. Em compensação o povo de Salvador é muito simpático e receptivo.

Se não gosto muito de Salvador, adoro o interior da Bahia principalmente o litoral sul, as cidades de Porto Seguro, Arraial D’Ajuda, Trancoso, Prado, Alcobaça e Caravelas, locais muito bonitos.  E pretendo voltar outras vezes à Bahia, menos a Salvador!

Farol da Barra.
Farol da Barra à noite.
No Farol da Barra.
Passeando pela orla de Salvador.

Sombra e água fresca.
Caminhando na praia...
Pelourinho.
Pelourinho.
Entrada do Elevador Lacerda, na cidade alta.
Elevador Lacerda.
Elevador Lacerda e Mercado Modelo.
Elevador Lacerda visto da cidade baixa.
Pelas ruas de Salvador...

Novamente no Paraguai

Aproveitando a viagem até Marechal Cândido Rondon (ver post anterior) e a proximidade da cidade com o Paraguai, acabei indo fazer umas comprinhas no lado de lá da fronteira. O calor estava forte, algo entre 36 e 38 graus. Mesmo assim acabei andando bastante visitando algumas lojas. Antes de ir embora aproveitei para rodar um pouco pelo Paraguai e conhecer mais a região.

Acabei encontrando minha ex e última namorada, Andréia. Fazia alguns meses que não nos víamos, e acabamos nos encontrando numa “esquina” paraguaia.  Realmente esse mundo é pequeno!

Igual ocorreu nas últimas vezes que fui ao Paraguai, entrei e saí do país sem que me parassem, olhassem documento ou revistassem o carro para ver que tipo de mercadoria eu estava levando. Se por um lado não ser parado pela Receita Federal ou Polícia Federal brasileira acaba sendo bom, pois não tem aquele incomodo de ficar respondendo perguntas e ver o carro e as compras sendo vasculhados, por outro lado fico preocupado com essa falta de controle na fronteira. Imagine a quantidade de drogas e armas que entram ilegalmente no Brasil todos os dias, em razão do fraco controle das fronteiras. Dessa forma fica difícil combater a criminalidade que aumenta a cada dia no Brasil, pois se em locais onde existem postos de fiscalização e controle de fronteira não existe uma fiscalização eficiente, imagine como ficam os milhares de quilômetros de fronteira que não possuem nenhum tipo de controle? Desse jeito fica difícil!

Muito calor.
Conhecendo um pouco mais do Paraguai.
Monumento aos 200 anos de República (1811 - 2011).
Ponte Ayrton Senna, na divisa entre Mato Grosso do Sul e Paraná.

Marechal Cândido Rondon

No último final de semana fui a Marechal Cândido Rondon, cidade com uma das maiores colônias de imigrantes alemães no Brasil. Tenho muitos amigos nessa cidade, e já tinha ido várias vezes lá, mas fazia exatos onze anos que não visitava a cidade. Dessa vez fui até lá para visitar meus amigos Marcos e Roseméri. Desde que eles mudaram de Curitiba há uns seis anos, que eu não os via. E além da grande amizade que tenho pelos dois, fui o cupido do casal, fui eu quem apresentou um ao outro e depois fui padrinho de casamento deles.

Mesmo sendo rápida a visita, passei bons momentos na cidade em companhia de meus amigos e também revi familiares da Roseméri, que eu conheço há quase duas décadas. Além de muita conversa, e a noite uma saída para pizza e sorvete, a melhor parte da visita foi conhecer a filhinha do casal. A menina é uma graça e acabei brincando um pouco com ela, que ficava me chamando de tio. Eu que não gostava de crianças, que tinha medo de ter filhos, de uns anos para cá perdi tal medo e descobri que me entendo bem com as crianças. Talvez por que no fundo eu tenho ainda um pouco da criança que fui (e continuo sendo).  Kkkkk

Vou procurar não demorar tantos anos para fazer nova visita aos meus queridos amigos. E disse aos dois que já que fui eu que os “desencalhei”, agora é a vez de eles darem um jeito de me “desencalhar”. Vamos ver se eles são tão bons como cupidos, igual eu fui e me arrumam alguma(s) pretendente(s). Kkkkkkkkkk…

Portal de Marechal Cândido Rondon - Pr.
Sou o "culpado" por essa família " existir"...

Floripa

Mesmo com a chuva atrapalhando um pouco, pude fazer alguns passeios interessantes por Florianópolis. E conheci algumas praias onde nunca estive em minhas visitas anteriores a Ilha de Santa Catarina. E um local bem simpático onde estive duas vezes, foi o distrito de Santo Antonio de Lisboa. No local existe uma igreja centenária e também foi ali realizado o primeiro calçamento em uma rua no Estado de Santa Catarina. Tal fato ocorreu em 1845 durante uma visita do Imperador Dom Pedro II.

Barcos ao mar...
Santo Antonio de Lisboa.
A rua pavimentada mais antiga de Santa Catarina.
Sambaqui.
Ponta das Canas.
Ponta das Canas.

Reveillon em Florianópolis

O reveillon foi bastante molhado, com muita chuva em Florianópolis. Mesmo assim foi bastante divertido. Quase em frente ao prédio onde estava teve show da Paula Fernandes sob muita chuva, na avenida Beira Mar Norte. E na virada do ano teve 15 minutos de queima de fogos, um espetáculo muito bonito. Pena que eu esqueci de carregar a bateria da câmera e quase fico sem fotos da virada. E agora que venha 2012, um ano que promete muitos desafios e coisas boas. Feliz 2012 a todos!!!!

Queima de fogos na virada do ano.
Um brinde a 2012.
Show da Paula Fernandes.
Beira Mar Norte.

Viagem ao Mato Grosso do Sul

Essa semana estive viajando pelo Mato Grosso do Sul. Conhecia pouca coisa desse estado e dessa vez pude conhecer melhor a região. Passei por cidades importantes: Dourados, Naviraí e Campo Grande, que é a décima primeira capital brasileira que venho a conhecer. Fiquei três dias em Campo Grande, onde fiz alguns passeios e visitei uma tia que mora a mais de trinta anos na cidade. A cidade é até bonita, limpa, mas perde em termos de atrativos para cidades aqui do interior do Paraná, como Maringá e Londrina. Mesmo sendo uma capital de estado, o centro da cidade não possui nada interessante e de um modo geral a cidade não tem pontos turísticos marcantes. Mesmo assim valeu o passeio.

Campo Grande - MS
Parque das Nações Indígenas - Campo Grande/MS
Naviraí - MS
Dourados - MS

Umuarama, Guaíra, Salto del Guairá

No final de semana que passou, fiz mais uma viagem “internacional”. Dessa vez fui ao Paraguai fazer umas comprinhas. E não fui a Ciudad de Leste, que fica próximo a Foz do Iguaçu. Fui a Salto del Guairá, perto da cidade de Guaíra. Para quem não sabe, até o início dos anos oitenta, Foz do Iguaçu e Guaíra, rivalizavam para atrair turistas. Foz do Iguaçu com as Cataratas do Iguaçu e Guaíra com as Sete Quedas. Com a construção de Itaipu, as Sete Quedas desapareceram sob o lago de Itaipu, em outubro de 1982 e Guaíra quase virou uma cidade fantasma com o fim do turismo.

Em 1998, com a construção da Ponte Ayrton Senna ligando o Paraná ao Mato Grosso do Sul, a região de Guaíra voltou a crescer. E agora do lado paraguaio está surgindo um comércio parecido com o de Ciudad de Leste. A vantagem é que Salto del Guairá é mais tranqüila, limpa, menos perigosa e os preços são os mesmos de Ciudad de Leste. E a fiscalização é ainda mais precária e ineficiente do que em Foz do Iguaçu. Para quem quer comprar eletrônicos com preço bom e sem pagar imposto, é uma boa! (Também para que pagar imposto? Para que nossos “honrados” políticos tenham mais grana para roubar?) 

A tendência é que o comércio de Salto del Guairá cresça ainda mais e atraía boa parte dos compradores que sempre seguiram para Ciudad de Leste. No meu caso, que estou em Campo Mourão, são quase cem quilômetros a menos de estrada para chegar ao Paraguai via Guaíra, do que indo via Foz do Iguaçu. O estranho é que saí do Paraná, atravessei quase quatro quilômetros de ponte, andei uns cinco quilômetros pelo Mato Grosso do Sul e entrei no Paraguai. Ninguém me pediu documento pessoal ou do carro, seja no lado brasileiro ou paraguaio, tanto na ida quanto na volta. E depois ninguém sabe por onde entra tanta droga e armas no Brasil! E num domingo ensolarado onde o termômetro no centro de Salto Del Guairá marcava 38 graus, nenhum policial ou fiscal da receita estava preocupado em vistoriar carros e pessoas que trafegavam de um país ao outro.

Nessa curta viagem visitei duas cidades aonde não ia há muitos anos. No sábado estive em Umuarama (era caminho), cidade também conhecida como “mulherama”, de tanta mulher que tem por lá. Dormi numa casa que fica quase em frente aos dois maiores ginásios de esportes da cidade, locais onde nos anos de 1986 e 1987 obtive minhas maiores conquistas como jogador de basquete. Foi muito bom rever aquele lugar e relembrar dos amigos e de como era boa aquela vida de jovem esportista. 

E hoje estive em Guaíra, cidade que não visitava desde 1992. E foi nessa visita de 1992 a Guaíra que comecei a usar óculos e nunca mais parei. Lembro que eu estava me sentido sem jeito com o óculos. Daí conquistei uma paraguaia de olhos azuis, que me confidenciou ter sido minha cara de intelectual (graças aos óculos) que a conquistaram. Depois disso nunca mais tive traumas com relação a usar óculos. Cheguei até a usar lentes de contato por um tempo, mas não me acostumei.

 E chega de saudosismos!!!

Chegando a Salto del Guairá.
Êita lugarzinho quente...
Ponte Ayrton Senna.

Puerto Iguazú – Argentina

Como último passeio pela região de  Foz do Iguaçu,  fomos passar um final  de tarde  em Puerto Iguazú, Argentina. Diferente da entrada no Paraguai onde não nos pediram documento algum ao sair do Brasil e ao entrar no Paraguai, entrar na Argentina foi um pouco mais complicado. Tivemos que apresentar documentos ao sair do Brasil e também ao entrar na Argentina. A Andrea já conhecia a Argentina, pois já esteve em Buenos Aires e outras cidades. De antemão avisei a ela que Puerto Iguazú era bem diferente da Argentina que ela conhecia. A cidade é pequena e meio sujinha. Já estive ali algumas vezes e sabia o que ia encontrar. Chegamos à cidade no final do dia e fomos fazer um passeio a pé pelo centro. Depois demos uma volta de carro e paramos fazer umas compras num supermercado. Com o real valendo R$ 2,15 para cada peso argentino, foi divertido ir ao supermercado. Compramos pouca coisa, na maioria produtos que não tem no Brasil ou que são mais caros por aqui. Consegui encontrar iogurte de doce de leite, algo que até hoje só vi na Argentina. Depois fizemos um lanche na saída da cidade e retornamos ao Brasil a noite.

História: Puerto Iguazú (Porto Iguaçu em português) é uma cidade da província de Misiones e está localizada a 18 km das Cataratas do Iguaçu. Próxima a cidade fica a Ponte Internacional Tancredo Neves, inaugurada em 1985 e que liga o Brasil a Argentina. O turismo é a principal atividade econômica da cidade, já que o comércio e a hotelaria também são as principais fontes de renda. Nos últimos anos à cidade tem recebido um grande número de hoteis internacionais, os quais estão construindo suas edificações às margens do Rio Iguaçu. Alguns atrativos turísticos da cidade são as Cataratas do Iguaçu (lado argentino), Marco das Três Fronteiras, a feira artesanal localizada no mesmo, o complexo La Aripuca, o porto, o Museu de Imagens da Selva, o Museu Mbororé, o Parque Natural Municipal Luis Honorio Rolón, o centro de reabilitação para aves Guira Oga e um cassino internacional (o qual forma parte de um hotel). A cidade possui um centro comercial nas cercanias da Ponte Internacional Tancredo Neves, o Duty Free Shop.

Puerto Iguazú.
No centro de Puerto Iguazú.

Ciudad del Este – Paraguai

Como estávamos em  Foz do Iguaçu, aproveitamos  para  atravessar  a fronteira e  fazer  umas comprinhas no Paraguai. A Andrea conhece muitos países, já esteve sete vezes nos Estados Unidos, mas ainda não conhecia o Paraguai. No fundo acho que ela morria de vontade de conhecer esse pais irmão. Eu, ao contrário já estive muitas vezes no Paraguai, não somente em Ciudad del Este, mas também em outras cidades mais adentro do pais. O Paraguai foi o primeiro pais que conheci fora do Brasil, então tenho um carinho especial por ele. Já Ciudad del Este apesar de ter crescido bastante desde a primeira vez que lá estive em 1985, continua feia, suja e tumultuada. Não pretendíamos fazer muitas compras e assim caminhamos tranquilamente por alguns shoppings. Já os vendedores e bancas de rua procuramos evitar, além do que era um saco andar pela rua devido á quantidade de pessoas que nos paravam para tentar vender algo. Detesto esse tipo de assédio, seja no Brasil, no Paraguai ou onde for. Fazia um calor de derreter e dessa forma era melhor ficar nos shoppings, com ar condicionado. De compras trouxemos alguns itens eletrônicos e nos divertimos em uma loja que vendia produtos alimentícios americanos e europeus. Saímos com a sacola cheia de chocolates, doce de leite e no meu caso manteiga de amendoim JIF, pela qual sou tarado. Passamos uma manhã no Paraguai e foi suficiente para nossas compras e para a Andrea conhecer um pouco do lugar. No fundo acho que foi pior do que ela esperava e com certeza ela deve preferir comprar produtos eletrônicos nas lojas de Miami. No regresso ao Brasil resolvemos aventurar e atravessar a Ponte da Amizade a pé. Já fiz isso muitas vezes, já a Andrea precisava passar por essa pequena aventura e pelo visto gostou da experiência.

História: Ciudad del Este (Cidade do Leste, em português) é um distrito do Paraguai, capital do departamento (estado) de Alto Paraná. Situada no extremo leste do país, a cidade foi fundada em 1957 com o nome de Puerto Flor de Lís. Anos depois foi renomeada de Puerto Stroessner no período da ditadura paraguaia, quando o presidente do Paraguai era o general Alfredo Stroessner. Ganhou o nome atual após a queda do regime ditatorial do general Stroessner. A cidade faz parte de um triângulo internacional conhecido na região como Tríplice Fronteira, que envolve também Foz do Iguaçu, no Brasil, e Puerto Iguazú, na província (estado) de Misiones, Argentina. As três cidades são separadas uma das outras pelo Rio Paraná e pelo Rio Iguaçu. Ciudad del Este é responsável por metade do PIB paraguaio; é a terceira maior zona de comércio franca do mundo (após Miami e Hong Kong), cujos clientes na maioria são brasileiros atraídos pelos baixos preços dos produtos vendidos na cidade. Com pouco mais de 320 mil habitantes, Ciudad del Este é a segunda cidade mais populosa do Paraguai.

Nas ruas sujas da cidade.
Andrea no trânsito caótico da cidade.
Descansando num shoping.
Atravessando a Ponte da Amizade.

Pelourinho

O único  passeio em  Salvador que  vale ser mencionado numa postagem própria,  foi a visita ao Pelourinho. O Pelourinho é um bairro da cidade, que fica localizado no centro Histórico e que possui um conjunto arquitetônico colonial (barroco português) preservado e integrante do Patrimônio Histórico da Unesco. Chegamos bem cedo, quando não tinha quase ninguém na rua e pudemos passear tranquilamente pelo local. Quer dizer, quase tranquilamente, pois pelo caminho encontramos alguns elementos que nos olhavam com cara estranha, e dava um certo receio de ser assaltado ali, pois estava tudo deserto. (E Polícia que é bom não vimos ali, só vimos depois chutando mendigos e cacchorrros em outro local.). O conjunto do lugar é bonito, com construções antigas e na maioria preservadas. Para um cara como eu que é apaixonado por história e construções antigas, o lugar poderia ser o paraíso. Mas não é, pois tem muitas construções degradadas, mal cuidadas. E a sujeira e o cheiro do lugar eram terríveis. Foi mais uma decepção que a cidade de Salvador me deu.

HISTÓRIA: A história do bairro está intimamente ligada à história da própria cidade, fundada em 1549 por Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil, que escolheu o lugar onde se localiza o Pelourinho por sua localização estratégica – no alto, próximo ao porto e da região comercial e com uma barreira natural constituída por uma elevação abrupta do terreno, verdadeira muralha de até 90 metros de altura por 15 km de extensão – facilitando a defesa da cidade. Era um bairro eminentemente residencial, onde se concentravam as melhores moradias, até o início do século XX. A partir da década de 1960, o Pelourinho sofreu um forte processo de degradação, com a modernização da cidade e a transferência de atividades econômicas para outras regiões da capital baiana, o que tranformou a região do Centro Histórico em um antro de prostituição e marginalidade. Somente a partir da década de 1980 (com o reconhecimento do casario como patrimônio da humanidade pela Unesco) e da década de 1990 (com a revitalização da região) é que o Pelourinho transformou-se no que é hoje: um centro de “efervescência” cultural. Nas últimas décadas, o Pelourinho passou a atrair artistas de todos os gêneros: cinema, música, pintura, tornando-o um importante centro cultural de Salvador.

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Pelourinho.

Pelourinho.

Passeio matinal pelo Pelourinho.

Pelourinho.

Pelourinho.

Pelourinho.

Pelourinho.

Pelourinho.

Pelourinho.

Olha o Pelourinho!

Salvador

Nosso passeio por  Salvador foi rápido.  O único  que  já conhecia a  cidade  era o Wagner e  ele tinha  nos alertado de que Salvador não era tudo aquilo que falam, que íamos nos decepcionar. E ele estava certo, foi opinião geral de que a cidade não merece a fama que tem. A cidade é suja e tem muita coisa feia, decadente, mal preservada. Talvez no passado a cidade tenha sido bonita, mas pelo que vimos atualmente deixa muito a desejar. Foi uma grande decepção. 

Visitamos os principais pontos turísticos da cidade e passamos por quase toda a orla marítima que banha a cidade. Em alguns pontos principais fizemos uma parada mais longa pra conhecer e tirar fotos. A cidade possui muitas construções históricas, mas boa parte está degradada, caindo aos pedaços. Vimos alguns casarões e prédios históricos desabados, numa mostra de que o poder público local tem outras preocupações, que não é preservar o patrimônio histórico e cultural de uma das cidades mais antigas do Brasil. 

Na visita ao Elevador Lacerda, descemos da Cidade Alta para a Cidade Baixa e ao sairmos do elevador presenciamos uma cena vergonhosa. Dois Policias Militares estavam acordando um morador de rua aos berros e chutes. O PM machão tentou chutar até mesmo o cachorro do morador de rua, mas o cachorro foi mais esperto do que ele. A cena que presenciamos foi o típico abuso de poder e covardia. Duvido que os policiais tenham a mesma coragem e macheza pra enfrentar bandidos. Até brincamos com o Pity, que estava de chinelo e com uma bermuda verde alface, de que era pra ele tomar cuidado, pois senão os PMs iam confundi-lo com um morador de rua e ele ia levar uns chutes. A região próxima ao Elevador Lacerda, tanto na Cidade Baixa quanto na Cidade Alta é de uma sujeira total, lixo por todo o chão e um cheiro horrível. Resumindo, a decepção foi tanta com a cidade, que até antecipamos o fim de nosso passeio. Conheço quase todas as capitais do Nordeste e até agora Salvador foi a pior delas. Pra lá não volto mais!

HISTÓRIA: Salvador foi a primeira capital do Brasil. A região antes mesmo de ser fundada a cidade, já era habitada desde o naufrágio de um navio francês, em 1510, de cuja tripulação fazia parte Diogo Álvares, o famoso Caramuru. Em 1534, foi fundada a capela em louvor a Nossa Senhora da Graça, porque ali viviam Diogo Álvares e sua esposa, Catarina Paraguaçu. Em 1536, chegou à região o primeiro donatário, Francisco Pereira Coutinho, que recebeu capitania hereditária de El-Rei Dom João III. Fundou o Arraial do Pereira, nas imediações onde hoje está a Ladeira da Barra. Esse arraial, doze anos depois, na época da fundação da cidade, foi chamado de Vila Velha. Os índios não gostavam de Pereira Coutinho por causa de sua crueldade e arrogância no trato. Por isso, aconteceram diversas revoltas indígenas enquanto ele esteve na vila. Uma delas obrigou-o a refugiar-se em Porto Seguro com Diogo Álvares; na volta, já na Baia de todos os Santos, enfrentando forte tormenta, o barco, à deriva, chegou à praia de Itaparica. Nessa, os índios fizeram-no prisioneiro, mas deram liberdade a Caramuru. Francisco Pereira Coutinho foi retalhado e servido numa festa antropofágica.

Em 29 de março de 1549 chegam, pela Ponta do Padrão, Tomé de Sousa e comitiva, em seis embarcações: três naus, duas caravelas e um bergantim, com ordens do rei de Portugal de fundar uma cidade-fortaleza chamada do São Salvador. Nasce assim a cidade de Salvador: já cidade, já capital, sem nunca ter sido província. Todos os donatários das capitanias hereditárias eram submetidos à autoridade do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa. Com o governador vieram nas embarcações mais de mil pessoas. Trezentas e vinte nomeadas e recebendo salários; entre eles o primeiro médico nomeado para o Brasil por um prazo de três anos: Dr. Jorge Valadares; e o farmacêutico Diogo de Castro, seiscentos militares, degredados, e fidalgos, além dos primeiros padres jesuítas no Brasil, como Manuel de Nóbrega, João Aspilcueta Navarro e Leonardo Nunes, entre outros. As mulheres eram poucas, o que fez com que os portugueses radicados no Brasil, mais tarde, solicitassem ao Reino o envio de noivas. Após Tomé de Sousa, Duarte da Costa foi o governador-geral do Brasil, chegou a 13 de julho de 1553, trazendo 260 pessoas, entre elas o filho Álvaro, jesuítas como José de Anchieta, e dezenas de órfãs para servirem de esposas para os colonos. Mem de Sá, terceiro governador-geral, que governou até 1572, também contribuiu com uma grande administração. A cidade foi invadida pelos holandeses em 1598, 1624-1625 e 1638. O açucar, no século XVII, já era o produto mais exportado pela colônia. No final deste século a Bahia se torna a maior província exportadora de açúcar. Nesta época, os limites da cidade iam da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo até a freguesia de São Pedro Velho. A Cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi a capital, e sede da administração colonial do Brasil até 1763.

Elevador Lacerda (Cidade Alta).
Sidne, Wagner, Pity, Maico e Vander.
Sidne, Wagner, Pity, Maico e Vander.
Elevador Lacerda, na parte alta da cidade.
Os PMs covardes, chutando mendigos e cachorros.
Elevador Lacerda visto da parte baixa da cidade.
Mercado Modelo.
Prédios antigos que desabaram.
Momento de descanso.
Parte da orla da cidade.
Farol da Barra.
Wagner descansando no aeroporto de Salvador.

Fotos interessantes de Porto Seguro

Abaixo seguem algumas fotos interessantes da viagem á Porto Seguro. Algumas são curiosas, outras engraçadas, outras sem sentido. Por essas e outras elas foram consideradas as Top 12 dos dias que passámos em Porto Seguro.

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Fantasma.

Bóia pra bêbado não se afogar.

Silêncio! Bêbado dormindo...

Quem mandou esquecer o tripé da câmera!

Dois primos bebendo caipirinha.

O paparazzi sendo fotografado de perto.

Surubão.

Urinando no mar...

?????? Foto que o Pity tirou. Devia estar bêbado...

Bêbado a milanesa.

Sereia Maico e Netuno Sidne.

Vou te comer todinha!!!

Acarajé

Uma coisa que vamos lembrar dessa  viagem é  do acarajé.  Eu que  não curto comidas exóticas ou nativas, nem perto cheguei de provar tal iguaria, principalmente porque só o cheiro já me deixava enjoado. Mas teve gente que se fartou com os acarajés da Baiana do Centro Histórico de Porto Seguro. O W@gner numa única pegada num final de tarde degustou cinco de uma vez só. Mas quem mais se lembrará do acarajé será o Maico. O coitado passou mal durante um bom tempo e na viagem de volta visitou quase todos ao banheiros do aeroporto de Salvador. O menino estava verde e foi vítima de muitas brincadeiras de nossa parte. Ele ficou na duvida se o problema foi causado pelo acarajé ou por um bife que ele comeu no mesmo dia. Eu acho que foi o acarajé. 

HISTÓRIA: Acarajé é uma especialidade gastronômica da culinária afro-brasileira feita de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, frita em azeite-de-dendê. O acarajé pode ser servido com pimenta, camarão seco, vatapá, caruru ou salada, quase todos componentes e pratos típicos da cozinha da Bahia. O acarajé é um bolinho característico do candomblé. Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas, Oxum e Iansã. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixás. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acarajé ainda é considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora não seja secreta, não pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo.

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A Baiana do Centro Histórico.

Maico e o acarajé.

Vander e a Baiana.

Pity.

W@gner e o quinto acarajé da tarde.

Maico se garantindo com os saquinhos para vômito.

O coitado tava verde...

Maico chegando em Salvador.

Efeito acarajé.

Índia

A única mulher que pegamos em Porto Seguro foi uma índia. Fizemos até fila pra dar um abraço e uns amassos nela. O Sidne foi quem mais se aproveitou, mas essa foto dele com a índia não dá pra publicar aqui. Sei que tinha um cara na esquina ligando acho que era pra Polícia. A farra foi tanta que se a Polícia aparece acho que levariam nós cinco e a índia pra cadeia.

W@gner e a Índia.

Pity e a Índia.

Maicon e a Índia.

Vander e a Índia.

Sidne e Pity na fila pra pegar a Índia.

Santa Cruz Cabrália

O passeio a Santa Cruz Cabrália  também vale a pena ser mencionado numa  postagem própria, pois foi bem interessante. Santa Cruz Cabrália divide com Porto Seguro a primazia de ser o local de chegada dos portugueses ao Brasil em 1500. É uma cidade histórica, por nela terem sido realizadas a 1ª (Domingo de Páscoa) e a 2ª (de Posse) Missas no Brasil, ambas celebradas por Frei Henrique de Coimbra, capelão da armada de Pedro Álvares Cabral, em 26 de abril e 1 de maio de 1500, respectivamente. A primeira delas na extremidade sul da Baía Cabrália, mais precisamente no Ilhéu da Coroa Vermelha, e a segunda na foz do Rio Mutary. A exemplo de porto Seguro a cidade também é dividida em Cidade Alta e Cidade Baixa.

História: Santa Cruz Cabrália é uma cidade construída em 2 planos, seguindo a tradição portuguesa, tendo sido criada na margem norte da foz do Rio Mutary pelo navegador português Gonçalo Coelho, comandante da 2ª Expedição ao Brasil, que aportou na Baía Cabrália em 1503 para ali deixar os primeiros missionários, aventureiros e degredados, deixados ao lado da Santa Cruz de Posse, e que trouxe consigo, como Observador, o navegador Américo Vespúcio. Neste ano de 1503 o Brasil mudou seu nome de Terras de Vera Cruz para Terras de Santa Cruz. Oito décadas depois a Vila de Santa Cruz foi transferida para um platô na foz do rio João de Tiba, o atual Centro Histórico, como forma de proporcionar à população melhores condições de defesa para os freqüentes ataques indígenas. Além de belas paisagens, esta histórica cidade, berço da Civilização Brasileira, é um bonito porto de pesca. Na parte alta da cidade, encontram se a Igreja de N. Sra. da Conceição, construída no século XVII, a Casa de Câmara e Cadeia, que abrigou a 1ª Intendência do Brasil, prédio do século XVIII, e ainda as ruínas de um Colégio Jesuíta do século XVI. A 400 m fica o Morro do Mirante de Coroa Vermelha, que proporciona uma maravilhosa e inesquecível vista panorâmica de toda a bonita, larga e histórica Baía Cabrália.

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Atracadouro de Santa Cruz Cabrália.

Santa Cruz Cabrália.

Santa Cruz Cabrália (Cidade Baixa).

Escadaria que liga a Cidade Baixa a Cidade Alta.

Santa Cruz Cabrália (Cidade Alta).

Santa Cruz Cabrália (Cidade Alta).

Igreja na Cidade Alta.

Vista do alto da Cidade Alta.
Pose para foto.

Pausa para descanso.

Local onde foi realizada a primeira missa no Brasil.

Local da primeira missa.

Porto Seguro – Centro Histórico

Um do passeios que  mais gostei, foi visitar o Centro Histórico de Porto Seguro (eu já conhecia), que fica na Cidade Alta. Como a maioria das cidades portuguesas fundadas no litoral, Porto Seguro foi construida em dois planos, Cidade Alta e Cidade Baixa. Na cidade Alta viviam os moradores mais importantes e influentes do local, bem como as construções mais importantes ficavam ali. A Cidade alta de Porto Seguro foi bem preservada e hoje é conhecida como Centro Histórico. Ali existem algumas casas e construções antigas, bem preservadas. Também nesse local fica o Marco do Descobrimento, que foi trazido de Portugal alguns anos após o Descobrimento do Brasil. E num canto fica um Farol, que na visita anterior em 1997 eu não vi. Foi nesse local, onde hoje existe uma igreja antiga, mas que não é a original, o lugar onde foi construída a primeira igreja em terras brasileiras.

Além da parte histórica e das construções antigas, a vista lá do alto é muito bonita. E no Centro Histórico existem algumas lojas de artesanato e são vendidos também produtos da culinária local. Os meninos se acabaram de tanto comer acarajé. Eu adorei as cocadas. Estivemos duas vezes na Centro Histórico, a primeira pra conhecer e passear um pouco e a segunda exclusivamente pra fazer compras e comer acarajé.

História: Primeiro núcleo habitacional do Brasil, Porto Seguro, além de ostentar o marco do Descobrimento, desempenhou papel importante nos primeiros anos da colonização. São desta época prédios históricos que podem ser visitados durante o dia ou apreciados à noite, quando sob efeito de iluminação especial. O passeio histórico pode começar pelo Marco do Descobrimento, de onde se descortina uma das mais belas paisagens do litoral de Porto Seguro. O marco veio de Portugal entre 1503 e 1526, e simboliza o poder da coroa portuguesa, utilizado para demarcar suas terras. Todo em pedra de cantaria, de um lado está esculpida a cruz da Ordem de Avis e, do outro, o brasão de armas de Portugal. Na mesma área está a igreja de Nossa Senhora da Pena, construída em 1535 pelo donatário da capitania, Pero do Campo Tourinho. Aí estão guardadas imagens sacras dos séculos XVI e XVII, entre elas a de São Franscico de Assis – primeira imagem trazida para o Brasil – e a de Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade. Mais adiante o Paço Municipal ou Casa de Câmara e Cadeia, datada do século XVIII, uma das mais belas construções do Brasil colônia. Nesse prédio funciona o Museu Histórico da Cidade ou Museu do Descobrimento. A igreja da Misericórdia, ou como igreja do Senhor dos Passos, de estilo singelo, guarda imagens barrocas, destacando-se a do Senhor dos Passos e um Cristo crucificado.

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Fazendo pose em frente ao Marco do Descobrimento.

Marco do Descobrimento.

Em frente ao Marco do Descobrimento do Brasil.

Local onde foi constuída a primeira igreja no Brasil.

Farol.

Centro Histórico.

Antigo Paço Municipal ou Casa de Câmara e Cadeia.

Porto Seguro

A viagem á Bahia foi muito divertida e muitos momentos serão inesquecíveis. De negativo foram os atrasos e cancelamentos de voos, bem como as turbulências que enfrentamos. Mas mesmo com essas furadas foi divertido e mesmo em situações ruins nós conseguíamos nos divertir. Nossa viagem iniciou em Londrina, depois passamos por São Paulo e Salvador, até desembarcar em Porto Seguro num inicio de madrugada chuvosa. Era minha segunda vez na cidade, a outra tinha sido em 1997 e o desembarque também tinha sido com chuva. Quando comentei isso começaram a me chamar de pé frio. O pior disso tudo foi que o piloto no inicio do voo entre Salvador e Porto Seguro, avisou que o tempo estava bom em Porto Seguro. Ou ele estava com sono ou não leu corretamente o boletim de previsão do tempo. E ainda pior foi a turbulência no trecho final do voo, e uma ligeira queda de sustentação do avião que além do susto deu um frio na barriga. O desembarque foi na pista, sob chuva, de guarda chuva. Essa situação pra mim foi inédita, de sair de um avião de guarda chuva. Depois do desembarque pegamos nossa bagagem, alugamos um carro e fomos paro o hotel, onde fomos recepcionados com champagne (Clientes vip são outra coisa!). No sorteio dos quartos eu e Mayco ficamos em um, e W@gner, Sidne e Pity ficaram juntos num outro quarto. Me dei bem, minha cama era king size e cabiam umas quatro pessoas nela tranquilamente. 

Nos dias seguintes fizemos muita coisa, mas o principal foi ficar a toa na barraca de praia em frente ao hotel, bebendo (eu não) e vendo a paisagem. Fizemos alguns passeios curtos pelas proximidades, bem como algumas rápidas saídas noturnas. Por ser baixa temporada a cidade não estava muito cheia e tudo fechava cedo. Nos divertimos muitos entre nós, fizemos muita brincadeira e sacaneamos muito um ao outro. Entre outras teve neguinho que tomou caipirinha com água de piscina, outro que comeu batata frita com protetor solar, pensando que era maionese e um outro que tomou Coca-Cola num copo cuja borda tinha sido cuidadosamente besuntada com pimenta ardida. Em muitas brincadeiras fui preservado, principalmente nas guerras na piscina, guerra de coco e de travesseiros. Me preservaram por eu ainda estar com a hérnia de disco incomodando, então não queríamos correr o risco de eu parar no hospital por culpa de alguma brincadeira. 

Nossos finais de tarde eram sempre na piscina do hotel, onde bagunçamos bastante. Teve dois caras que ficaram pelados na piscina, como castigo por terem feito algo errado. As fotos que obviamente não podem ser publicadas aqui ficarão de registro para sacanearmos futuramente estes dois. Na piscina entre outras coisas jogamos bingo, fizemos lambaeróbica, jogamos uma emocionante partida de Pólo Aquático e muito mais. Nosso hotel tinha muitos paranaenses hospedados, tanto é que no jogo de Pólo descobrimos depois que todos os jogadores eram do Paraná. Por preguiça não vou contar detalhadamente os dias que passamos lá e tudo o que aprontamos. Vou fazer algumas postagens especificas sobre alguns passeios que fizemos e um ou outro comentário.

HISTÓRIA: Porto Seguro foi oficialmente, o primeiro local onde aportaram os navegantes portugueses comandados por Pedro álvares Cabral em 21 de abril de 1500. Em 1530, quando o comércio com as Índias Orientais enfraqueceu e Portugal passou a se interessar pela nova terra descoberta, veio dela tomar posse, terra que lhe cabia pelo Tratado de Tordesilhas. O município foi fundado em 1534. Atualmente possui cerca de 114.459 habitantes e está tombada em quase sua totalidade pelo Patrimônio Histórico, não sendo permitida a construção de prédios altos, com mais de dois andares.

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Recepção VIP no hotel.

Nosso hotel.

Vida boa!!!

Paisagem bonita.

Show.

Disputada partida de Pólo Aquático.

Chegando no Barramares.

Sol e mar...

Tôa-Tôa.

No Tôa-Tôa.

Aprendendo a dançar música bahiana.

Tôa-Tôa

Viagem a Bahia

Dando sequência ao meu período sabático e de viagens, no momento estou na Bahia com meu irmão e mais três amigos. Essa é minha terceira vez em terras bahianas, sendo ás duas anteriores em 1997 e 1998. Nos próximos dias quando sobrar tempo posto mais fotos e conto sobre a viagem.
No aeroporto ás quatro e meia da manhã.
Escala em São Paulo.
Aeroporto de Salvador.
Em Porto Seguro desembarque na pista e sob chuva.
Com meu irmão.

+ fotos da viagem a Visconde de Mauá

Abaixo algumas fotos interessantes dos quase quatro dias que passamos pela região de Visconde de Mauá, Vila de Maringá e Vila de Maromba. Algumas são bem legais, como a do Dálmata esperto que ficava em pé na frente de um restaurante enquanto ás pessoas comiam, esperando que jogassem algo pra ele. Outra curiosidade é a ponte de madeira que atravessávamos algumas vezes ao dia indo de Minas Gerais para o Rio de Janeiro e vice-versa. E tem também a Andrea pisando no cocô de cachorro.

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Divisa de estado entre MG e RJ.
Dálmata pidão.

Pés congelados.

Flores na mata.

Carro sujoooooooooooo...
Adivinha no que ela pisou?

Vila de Maringá.

Estrada em construção.

Descendo a serra.

Mapa da região.

Cachoeira do Santuário

Uma das cachoeiras mais legais que visitamos foi a Cachoeira do Santuário. Ela não é a maior e nem a mais conhecida, mas o “conjunto” que envolve a cachoeira acaba tornado-a interessante. Ela fica em uma propriedade particular e paga-se uma taxa de R$ 5,00 para visita-lá. A trilha que leva até a cachoeira é bem demarcada e cercada por árvores centenárias, muitas com uma tabuleta indicando qual a espécie. Nos lugares onde a trilha é perigosa existe um corrimão feito por cordas. Na entrada você recebe um pequeno mapa que te auxilia a encontrar os pontos de visitação no meio da mata. O local faz divisa com o Parque Estadual do Itatiaia. Segundo o dono do local, dali parte uma trilha que adentra o parque e da pra chegar próximo ao pico das Agulhas Negras. Mas segundo ele o acesso está fechado em razão da falta de chuva o que torna o risco de incêndio na mata muito alto. Fiquei muito interessado em fazer essa trilha, mas além da mesma estar fechada, não tínhamos tempo pra isso, já que demanda muitas horas de caminhada e também porque minha condição física em razão da hérnia de disco ainda não permite tal esforço.

Após percorrermos todo o caminho indicado no pequeno mapa que recebemos, passamos pela cachoeira, molhamos os pés na água gelada e percorremos outras trilhas no meio da mata. Daí seguimos até o alto do morro e de lá deu pra observar a extensão da mata. Um lugar muito bonito, com muito verde. Antes de ir embora conversamos um tempo com o Sebastião, dono do local. Ele é um mineiro bom de papo, de fala mansa e que contou que chegou ali há mais de trinta anos para ganhar a vida. E que torce para que a conclusão da estrada torne o local mais atrativo aos turistas e os negócios melhorem. E também torce que mesmo com o progresso o local seja preservado. Chegar até lá não foi nada fácil, a Andrea teve que exercitar ao maximo seus dotes de motorista e eu meus dotes de co-piloto.

Cachoeira do Santuário
Molhando o pés na água gelada.
Descalsa pela mata.
Mata e mais mata…
Loira perdida na mata!

Cachoeira da Santa Clara

Outra cachoeira interessante que visitamos foi a cachoeira da Santa Clara. Ela é uma das cachoeiras mais altas e conhecidas da região, ficando a 1200 metros de altitude e com 50 metros de queda de águas cristalinas, cercada de mata por todos os lados. As águas da cachoeira formam um grande lago que convida a um mergulho nas águas que formam o Rio Santa Clara. Após a queda tem uma piscina natural e para os mais radicais dá para praticar o rapel.

Procurando o caminho pra cachoeira.
Cachoeira da Santa Clara

Cachoeira da Santa Clara

Cachoeira do Escorrega

A região onde estávamos tem muitas cachoeiras e visitamos algumas delas. Uma das mais bonitas é a “Cachoeira do Escorrega”, uma laje de pedra que forma uma queda de uns 30 metros. Ela fica 2 km após a Vila de Maromba. Tem um poço bom pra nadar, e os aventureiros (ou corajosos) escorregam cachoeira abaixo. A água estava muito fria e nem pensar em escorregar pela cachoeira. Também não vi ninguém fazendo isso.

Essa cachoeira tem um história diferente das demais cachoeiras da região. Ela surgiu após fortes chuvas que caíram na região em 1966. Naquele ano choveu tanto e a água desceu da serra com tal força que alterou profundamente o leito do rio. Tanto que fez surgir a hoje conhecida cachoeira do Escorrega. Depois de carregar uma quantidade descomunal de terra, pedras e mata, brotou aquela imensa laje lisa por onde escorre a água cristalina, e que forma um escorregador natural.

Cachoeira do Escorrega
Cachoeira do Escorrega
Cachoeira do Escorrega
Cachoeira do Escorrega
Lojas de artesanato próximas a cachoeira.

Vila de Maromba

Na Vila de Maromba, a turma jovem e hippie domina a região. Ela fica bem próxima ao pico das Agulhas Negras. A exemplo de Visconde de Mauá e da Vila de Maringá possui diversas pousadas e chalés, que acomodam aqueles que procuram o lugar principalmente nos meses de inverno, em razão de suas baixas temperaturas e de sua paisagem, típica de regiões frias.  A Vila é mais pacata que a Vila de Maringá que fica próxima, mas parece ser mais importante, pois tem até igreja no pequeno centro da Vila. A estrada pra se chegar até a Vila é ruim, com muitos buracos e bastante estreita. Em alguns trechos quando vinham carros em sentido contrário dava o maior trabalho pra poder passar. 

Fizemos apenas um curto passeio em Maromba, onde visitamos uma cachoeira próxima e demos uma volta a pé pela Vila. Gostoso foi o lanche que fizemos em pé num local em frente a uma casa. O bolo de cenoura e o risólis estavam deliciosos, sem contar do doce de leite caseiro em cubos. Também vimos algumas “figuras” interessantes, alguns “bicho grilo” que congelaram no tempo e vivem de forma tranqüila na Vila.

Vila de Maromba - RJ
Vila de Maromba - RJ

Vila de Maringá

Após viajarmos cerca de 300 km desde São Paulo, enfim chegamos ao nosso destino que era a Vila de Maringá. Considerada a Vila mais charmosa da região, com vários restaurantes, pousadas e lojinhas de artesanato, o seu nome me fez lembrar da cidade de Maringá, no Paraná, que fica perto de minha cidade natal. Essa Vila de Maringá fica no estado do Rio de Janeiro, mas existe uma parte da Vila que fica no Estado de Minas Gerais, do outro lado do rio. A região foi um reduto hippie na década de 70. Por isso, o artesanato continua sendo valorizado na cidade e você vê a cultura hippie espalhada por todo canto, seja na vestimenta de alguns moradores, no nome e fachada de lojas e casas e até mesmo no clima de “paz e amor” que reina no lugar. Os principais tipos de recordações da Vila são os que se referem à culinária e artesanato. Geléias e outros tipos de compota podem ser encontrados em qualquer loja de artesanato. Comprei um vidro de doce de leite que era tudo de bom. Arrependi-me amargamente de não ter comprado mais.

Após passarmos rapidamente pela Vila de Maringá, seguimos em frente á procura de nossa pousada. São tantas pousadas, encruzilhadas e placas pelo caminho, que foi um pouco difícil encontrar a “Pousada El Mesón”, onde ficaríamos hospedados. Fomos recepcionados pelo dono da pousada, um espanhol que vive ali há muito tempo com sua família. A Andrea esteve nessa mesma pousada vinte anos antes, mas não se lembrava de muita coisa. Seriamos os únicos hospedes no final de semana e para nós foi reservado um chalé que mais parecia uma cabana de madeira, mas que era muito simpático e aconchegante, com direito a lareira que não precisamos usar, pois o frio que fez por lá não foi tanto. Até aí acreditávamos que estávamos no Rio de Janeiro. Somente no dia seguinte fomos descobrir que estávamos 600 metros dentro de Minas Gerais. Tinha uma ponte de madeira que dividia os dois estados, mas não existia nenhuma placa com tal informação. Foi chique ficar hospedado em Minas Gerais e todos os dias ir para o Rio de Janeiro almoçar e jantar.

Após nos alojarmos em nosso Chalé/Cabana, fomos caminhar a pé pelas redondezas, pois ouvíamos bem perto o barulho de um rio. Encontramos um local ao lado de uma ponte e conseguimos descer até o rio. A Andrea foi de biquíni por baixo do vestido, pois estava louca pra entrar na água. Quando ela colocou o pé na água desistiu na hora. A Água era congelante que chegava a doer o pé. É bem mais fria que as águas da Serra do Mar no Paraná. Por mais que eu a provocasse, a Andrea não molhou o biquíni, tendo se limitado a molhar os pés.

Antes do final do dia caminhamos mais um pouco em direção a uma das muitas cachoeiras existentes no local, mas acabamos não chegando até ela, pois tinha que pagar uma taxa de manutenção de R$ 3,00 e não tínhamos levado dinheiro para esse passeio a pé. De interessante nesse passeio foi encontrar uma gata que ficou nos seguindo. Ela estava meio perdida e então a carreguei no colo por um bom trecho até um local mais habitado. Daí surgiu um cachorro na estrada e a gata saiu correndo para subir numa árvore e nem se despediu de nós. Não a vimos mais. Á noite fomos para a Vila de Maringá jantar e depois fizemos um pequeno passeio a pé. Mas não tinha muito o que ver e voltamos para nossa pousada em Minas Gerais. Vale mencionar que o principal item da culinária local é a Truta. Eu não gosto de peixe e a Andrea não gosta de Truta, então não experimentamos tal prato.

Vila de Maringá – RJ
A “Pousada El Mesón” e o Chalé/Cabana
Nosso primeiro passeio pelo lugar.
Nossa amiga felina.

Visconde de Maúa

Chegando ao estado do Rio de Janeiro em plena Serra da Mantiqueira  passamos pela cidade de Visconde de Mauá. Nosso destino era mais acima, então acabamos não demorando em Visconde de Mauá. A estrada que leva serra acima está sendo asfaltada, numa grande obra de engenharia, pois o relevo é muito complicado. O asfalto ainda não chega á metade do caminho, então o restante do trecho foi bem difícil, por uma estrada estreita, cheia de buracos e com muita poeira. Quando o asfalto ficar pronto a região deve receber um maior número de turistas e se desenvolver economicamente.

A região de Visconde de Mauá fica no eixo RJ-SP numa área de proteção ambiental no alto da Serra da Mantiqueira, na divisa com o Parque Nacional de Itatiaia e abrange terras dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro na Serra da Mantiqueira a uma altitude que varia de 1400 a 2787m. O diferencial da região está na abundância de cachoeiras, rios e piscinas naturais de águas límpidas e cristalinas. A região de Visconde de Mauá é compreendida por três principais vilas: Visconde de Mauá, Maringá e Maromba. Após subir a serra (10 km de asfalto e 20 km de estrada de terra) chega-se na vila de Visconde de Mauá, seguindo por mais 8 km, chega-se a Maringá e por mais 3 km a Maromba. O clima é classificado como tropical de montanha com inverno rigoroso e verão suave. No inverno, de junho a agosto, a temperatura varia de -2 a 13 graus e não costuma chover, não sendo raro gear. No verão chove com mais freqüência, principalmente chuvas vespertinas. A temperatura varia de 8 a 27 graus.

Quase lá…
Parte de Visconde de Maúa e sua igreja construída em 1934.

Queluz

Ainda rumo a Serra da Mantiqueira,  na divisa dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, paramos na histórica e simpática cidade de Queluz. O motivo da parada foi para almoçar e descansar um pouco. A cidade é bem tranquila, mas quando fomos pegar o carro presenciamos um caso de Polícia. Um bêbado mostrou seu orgão genital (o nome politicamente correto para pinto) pra uma menina de uns dez anos. A mãe da menina viu o ocorrido e “agarrou” o homem. Depois ligou pra Polícia e quando entramos no carro após tirarmos umas fotos do rio ao lado, a Polícia estava chegando. Deduzimos que essa talvez tenha sido a única ocorrência policial que aconteceu na cidade naquela semana. Até perguntei pra Andrea se ela não queria aproveitar e se oferecer como advogada do bêbado tarado, mas ela se recusou pois estava de folga. Outro detalhe, a cidade de Queluz é o último município paulista antes de chegar ao estado do Rio, pra quem segue pela Via Dutra.

Em Queluz localiza-se a Pedra da Mina, ponto culminante do estado de São Paulo e também o Pico dos Três Estados que marca a fronteira entre RJ, MG e SP. Originou-se Queluz de um aldeamento de índios puris, criado no ano de 1800. A aldeia cresceu em torno de uma capela, onde hoje se ergue a igreja matriz. O povoado foi elevado à vila em 1842, passando a município em 1876. Seu padroeiro é São João Batista e o nome de Queluz foi uma homenagem prestada à família reinante, tendo a localidade recebido o nome do palácio perto de Lisboa, onde nasceu D. Pedro II. O município desenvolveu-se com a cultura do café, que aí deixou importantes marcos culturais, como as sedes ainda existentes das fazendas do Sertão, São José, Restauração, Bela Aurora, Regato, Cascata e outras.

Fonte: “O Passado Ao Vivo” (Thereza Regina de Camargo Maia)

Queluz - SP
Queluz - SP

Aparecida (erroneamente chamada de Aparecida do Norte)

De  carro a caminho do estado  do Rio de Janeiro,  a Andrea  sugeriu  fazermos uma  parada na cidade de Aparecida (erroneamente chamado de Aparecida do Norte), no Vale do Paraiba em São Paulo. A cidade é famosa por “guardar” a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Nossa visita se limitou somente a Basilica de Nossa Senhora Aparecida. Como tinhamos pressa não deu pra passear por outros pontos da cidade. A Basilica em si é enorme, uma construção grandiciosa. A Andrea que já esteve no Vaticano, disse que alguns arcos da Basilica são cópias do Vaticano. Visitamos uma torre que fica no 16º andar da Basilica e de onde da pra ver a paisagem da região que é muito bonita. No andar debaixo existe um museu até interessante, com arte sacra, antigos mantos da imagem de Nossa Senhora Aparecida e muitos outros objetos. Também fomos ver a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que fica dentro da Basilica, protegida por um vidro blindado desde que sofreu um atendado por parte de um fanático religioso e foi quebrada em 1978. Por ser sábado de manhã, o local estava bem cheio, com muitos romeiros, alguns pagando promessas até de forma meio que exagerada. Foi interessante o passeio e na hora de ir embora paramos pra tomar um picolé que além de enorme era muito saboroso.

História:  A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecido como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida é o terceiro maior templo católico do mundo. Foi inaugurada em 4 de julho de 1980 quando João Paulo II visitou o Brasil pela primeira vez. Em outra de suas visitas, passando por Aparecida, abençoou o Santuário e, em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, elevou a Nova Basílica a Santuário Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a “Passarela da Fé”, que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas por romeiros.

Imagem de Nossa Senhora Aparecida: Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma. A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá. A sua história tem o seu início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais. Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no Rio Paraiba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores. Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo se mostrou pequeno.

Por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela e a imagem. Em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basilica Velha) para acomodar e receber os fiéis que aumentavam significadamente, sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888. Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basilica e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita, em 08 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado. Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas. A  8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima coroa doada pela princesa Isabel e portando o manto anil, bordado em ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República e numeroso povo. Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.

Basilica de Nossa Senhora Aparecida
Interior de uma torre e a vista que se tem lá do alto
Imagem de Nossa Senhora Aparecida
A classe de uma “sangue azul” chupando um picolé

Marília

No final de semana estive em Marília, interior do estado de São Paulo. Fazia 29 anos que eu não ia pra lá. Fomos eu, W@gão, Maico e Gilvan. Acabou sendo um final de semana divertido, demos boas risadas. Teve uma cara que chegou a perder a aliança. Ainda bem que depois achou, pois senão ia se dar mal em casa, pois seria difícil convencer a “patroa” de que não perdeu a aliança por razões de safadeza (e não foi mesmo). 

A cidade de Marília cresceu bastante, está bonita, ruas limpas, cidade organizada. Gostei muito do que vi e pretendo não demorar outros 29 anos pra voltar lá. Dormimos a primeira noite num hotel e na segunda noite na casa do Luiz, amigo nosso. Na casa do Luiz fizemos um churrasco ao lado da piscina e ficamos batendo papo, contando histórias até tarde. Na hora de dormir cada um se ajeitou num canto. Eu dormi no chão, num colchão daqueles de berço de bebê e tive que me encolher todo pra caber no colchãozinho. Na primeira noite foi difícil agüentar o ronco do W@gão ao meu lado. Na segunda noite foi o Gilvan que roncou alto. Mesmo dormindo no andar de cima, ele conseguia roncar mais alto que o W@gão, que estava dormindo num sofá próximo de mim. Sei que ronco, mais estes dois roncam bem mais alto que eu.

Churrasco no sábado a noite. (21/08/2010)
Marília. (22/08/2010)
Sorvete e divisa de estados. (22/08/2010)

Vila de Paranapiacaba

Um dos passeios mais esperados e  que mais gostei, foi  a ida a Vila de Paranapiacaba, em plena Serra do Mar paulista. Eu já tinha lido sobre essa Vila histórica e também assistido reportagens sobre o local. O lugar é muito bonito e bastante preservado. Poderia ser melhor, mas o poder público no Brasil sempre deixa a desejar e muita coisa vai se degradando e não pode mais ser recuperada. De qualquer forma o passeio vale a pena, tem muita coisa bonita, interessante e a história está presente em cada esquina. A região também é muito bonita, no meio da floresta e existe uma neblina quase permanente que da um charme especial a Vila. Além da visita a Vila, também é possível fazer vários passeios por trilhas da região.

História: Um grupo inglês explorou através de consessão o sistema ferroviário na Serra do Mar e implantou o sistema funicular: com cabos e máquinas fixas. A primeira linha, com onze quilômetros de extensão, foi inaugurada em 1867 pelo grupo São Paulo Railway. Ela começou a ser construída em 1862 e um de seus maiores acionista e idealizadores foi o Barão de Mauá. Em 1859, ele chamou o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees, que veio ao Brasil e deu viabilidade ao projeto. A execução de tal projeto foi de responsabilidade de outro engenheiro inglês, Daniel Makinson Fox. Um ponto curioso é que pela instabilidade do terreno, a construção da estrada de ferro foi quase artesanal. Não se utilizou explosivos por medo de desmoronamento. As rochas foram cortadas com pregos e pequenas ferramentas manuais. Paredões de até 3 metros e 20 centímetros de altura foram construídos ao logo do traçado da estrada de ferro. A segunda linha começou a funcionar em 1900. Por ocasião da construção da ferrovia a vila abrigou cerca de 5.000 trabalhadores. A vila surgiu com o nome de Alto da Serra, que manteve até o ano de 1907, quando foi adotado o nome atual. A estação de trem, curiosamente, só teve seu nome trocado em 1945. O contrato para a construção da ferrovia data de 1856. A partir daí iniciaram-se os trâmites burocráticos, e a construção iniciou-se por volta de 1860. A preocupação com a parte urbana, estética, salubre, comercial e social surgiu apenas no final daquele século, quando foi necessário ampliar a vila para a construção da 2ª linha do sistema funicular. Nessa ocasião, os ingleses iniciaram a construção da Vila Nova (ou Martin Smith) e, aí sim, procederam ao melhoramento da Vila Velha. Juntas são conhecidas como Parte Baixa, ou Vila Inglesa. Do outro lado da ferrovia surgiu a Parte Alta, com característica portuguesa, e completamente diferente da primeira, era a vila dos comerciantes. Na Vila funcionou o segundo cinema projetado no Brasil, na década de 1930.

A Vila Velha foi construída morro acima,  de forma desordenada, com ruelas, becos e caminhos tortuosos,  beirando a ferrovia.  E  isso  faz dela o local mais aconchegante de todos, com um charme especial e uma bela vista do pátio ferroviário. É a mais descuidada de todas e em muitos lugares  está praticamente abandonada. Uma vez que está próxima à “boca da serra”, por onde entra a ferrovia, é a mais visitada pela famosa neblina local. Já a Vila Nova ou Martin Smith possui característica completamente diferente. Ela foi construída de forma simétrica, com planejamento  urbano.  Até  os sentidos norte-sul, leste-oeste foram observados, quase de forma perfeita, em seu arruamento. A Vila Nova, construída e transformada ao longo dos anos, tanto pelos ingleses quanto pelos que os sucederam, chegou aos dias de hoje ainda majestosa e única em nosso país. Os ingleses foram sucedidos pela Rede Ferroviária Federal, depois pelos moradores (período do abandono) e, finalmente, pela Prefeitura de Santo André. Cada um foi deixando sua marca ao longo do tempo, e esta faceta multicultural é nítida aos nossos olhares.

Os ingleses hierarquizaram suas casas e ruas. Havia casas específicas para diretores, chefes, funcionários com famílias grandes, outros com famílias pequenas e, até, alojamento para solteiros. Primitivamente as casas eram de madeira, e assim permaneceram até meados do século XX. Nessa ocasião diversas moradias e edifícios públicos foram construídos em alvenaria pela Rede Ferroviária Federal. Esta, por sua vez, manteve perfeita ordem na vila, até os dias em que entrou em decadência. Após sua privatização em 1997, a vila ficou por conta dos moradores. Houve um total descaso por parte das autoridades, e o Condephaat, que havia tombado a vila em 1987, mostrou toda sua incompetência. Houve um verdadeiro crime tanto contra a história como com a cultura nacional. Com a privatização e modernização da ferrovia houve um grande número de desempregados; muitas casas foram abandonadas e invadidas, até por pessoas de má-índole. Houve destruição e muita alteração nas residências. Paredes foram derrubadas, divisórias levantadas, anexos e garagens construídos, jardins desfeitos, cercas postas abaixo. Nos dias atuais, a administração vem restaurando edifícios públicos de grande valor arquitetônico local. Temos exemplos deles no Castelo, no Clube Lyra Serrano, no antigo Mercado e na antiga Padaria do Mendes. Outras obras e intervenções são realizadas, mas nem sempre com o devido respeito pela história e cultura. É preciso um pouco mais de cuidado.

Boa parte das informações acima “surripiei” do site do Rogério, que além de muito bem feito conta muito da história de Paranapiacaba.

Para saber mais acesse:  http://www.avilainglesa.com/

Para passeios guiados pela Vila ou pelas trilhas da região, entre em contato com o Osmar Losano, que foi nosso guia. Contato: losanobio@hotmail.com Telefones:(11) 4439-0144 ou (11) 8844-0755

Parte Alta da Vila de Paranapiacaba. (10/08/2010)
Parte Baixa da Vila de Paranapiacaba. (10/08/2010)
O cemitério da Vila possui túmulos centenários.
Pátio de manobras e o famoso relógio da Vila de Paranapiacaba.
Aspectos da Vila de Paranapiacaba. (10/08/2010)
Parte Alta da Vila de Paranapiacaba. (10/08/2010)
Vila de Paranapiacaba. (10/08/2010)
Vila de Paranapiacaba. (10/08/2010)
Na foto maior, local onde funcionou o segundo cinema do Brasil.

Santos

Após sairmos do Monte Serrat, fomos passear pelo centro de Santos, dando  atenção especial ao setor histórico da cidade. Estivemos na Bolsa do Café, Prefeitura, Alfândega e almoçamos um delicioso pastel no Café Carioca, local famoso pelo pastel. Confesso que nunca tinha comido um pastel tão saboroso e com tanto recheio. Á tarde fizemos um passeio pela orla marítima da cidade. Queríamos ir até um forte antigo, mas o mesmo estava fechado. Segunda-feira é dia de manutenção dos locais turísticos e encontramos muita coisa fechada. Também estivemos no Estádio do Santos F. C., na Vila Belmiro. Eu queria visitar o memorial, mas também estava fechado. Depois fomos para as praias de São Vicente e Praia Grande. A Andrea tinha levado biquíni pensando em entrar na água, mas mudou de idéia em razão do frio. A previsão que era de 27 graus ficou em 17 graus mais o vento, então entrar na água nem pensar. A volta para São Paulo foi no final da tarde e mesmo com tempo fechado e neblina, pude ver como é bonita a estrada, com seus vários túneis.

Bolsa do Café. (09/08/2010)
Alfândega e Café Carioca. (09/08/2010)
Vila Belmiro, estádio do Santos F. C. (09/08/2010)
Orla de Santos, São Vicente, Praia Grande e nova Imigrantes. (09/08/2010)

Monte Serrat

Após realizar passeios por  São Paulo e pela região serrana, fomos  fazer um passeio pelo litoral paulista. Nossa principal parada foi em Santos, conhecida cidade portuária. Um dos principais passeio que fizemos foi subir ao Monte Serrat de bondinho (funicular). Lá de cima a vista da cidade é muito bonita.

O sistema funicular do Monte Serrat foi planejado em 1910, mas a construção não foi possível pelas dificuldades encontradas durante a Primeira Guerra Mundial, que prejudicou o transporte do material que vinha da Alemanha. A construção então se deu em 1923 e sua inauguração ocorreu em 1 de junho de 1927. No alto do morro funcionou um cassino até 1946. Esse cassino recebeu muitos políticos influentes da época, desde o governador Julio Prestes até o Presidente da República. Além deles, artistas nacionais e internacionais e as grandes orquestras da época, também passaram pelo Monte Serrat, que era ícone de luxo e sofisticação.

Ainda hoje os salões do Monte Serrat conservam as características originais da decoração da época. No alto no morro fica a Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira da cidade. Possui dois bondinhos, que operam sempre simultaneamente: enquanto um sobe, o outro desce, e os dois se encontram exatamente na metade do percurso, onde há um desvio.

Sistema funicular do Monte Serrat. (09/10/2010)
Funicular parado no alto do Monte Serrat. (09/08/2010)
Parte do salão do Monte Serrat.
Mirante no alto do Monte Serrat. (09/08/2010)

Andrea observando a vista da cidade. (09/08/2010)
Vista do alto do Monte Serrat.