D. Pedro: A História Não Contada

Sou um confesso apaixonado pela história do Brasil, principalmente da época do Império. E sou fã de D. Pedro II. Nos últimos dias estou lendo sobre o pai de D. Pedro II, no caso D. Pedro I, o responsável pela independência do Brasil. O livro que estou lendo foi publicado em 2015 e se chama D. Pedro: A História não Contada. Estou quase no fim do livro e estou achando ele muito interessante. Baseado em muita pesquisa de documentos, o livro revela muita coisa que eu não sabia ou que sabia vagamente. Para quem gosta de história do Brasil, aconselho a ler tal livro.

Muito se fala do grito às margens do Ipiranga, da sexualidade exacerbada e do jeito impaciente que lhe rendeu a pecha de monarca difícil e de pouco tato político. Mas quase duzentos anos depois de sua morte, pouco ainda se sabe do homem de personalidade complexa que se dispunha a morrer por uma causa; do pai que queria para os filhos a educação que reconhecia falhar em si próprio; do governante que foi protagonista na transição do absolutismo ao liberalismo e ao regime constitucional no Brasil. Foi para preencher as inúmeras lacunas sobre nosso primeiro imperador que este livro foi escrito. Eis, enfim, a história não contada de d. Pedro. Ao morrer, d. Pedro deixou para as futuras gerações de brasileiros uma difícil tarefa: entender as muitas contradições da sua vida e extrair das suas memórias uma imagem fiel de sua personalidade, suas ideias, angústias e ambições. Até hoje, esta tarefa não havia sido bem cumprida. Em meio a um emaranhado de especulações e distorções históricas, restava ainda a interrogação: quem foi o primeiro imperador do Brasil? Foi para responder a essa pergunta que Paulo Rezzutti recorreu a uma ampla gama de fontes primárias e documentos originais que revelam uma miríade de facetas desconhecidas de d. Pedro, e que lhe deram acesso à história não contada do nosso primeiro monarca. Em lugar da caricatura que tomou conta do imaginário nacional, o autor nos apresenta o homem por trás do imperador, com todas as contradições e riqueza de personalidade que o transformam em um dos personagens mais interessantes da nossa história – um homem que, para além das muitas amantes, dos filhos ilegítimos e da fama de turrão, nos deixou como legado uma história de sacrifícios em prol da unidade nacional; um homem repleto de defeitos morais e contradições políticas, mas que esteve ligado a grandes passagens da história do liberalismo mundial, e que, acima de tudo, viveu uma vida intensa e repleta de humanidade.

Autor: Paulo Rezutti    Páginas: 432  Editora: LeYa

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A primeira cerveja em lata

Não sou apreciador de cerveja, ou de qualquer bebida alcoólica. Mas sou colecionador de latinhas. No meu caso latas de Coca-Coca, cuja coleção comecei há 20 anos. Mas esse post é para falar sobre latas de cerveja, pois hoje fazem 82 anos que foi vendida nos Estados Unidos, a primeira cerveja enlatada.

A primeira cerveja em lata foi da marca Krueger Beer. No Brasil a primeira cerveja em lata foi da marca Skol, no ano de 1971. Ou seja, 36 anos após a primeira cerveja em lata norte americana.

No final do século 19, as latas eram fundamentais no acondicionamento e distribuição de alimentos. Mas somente a partir de 1909 que a American Can Company passou a fazer experiências com latas para guardar líquidos. Após muitos testes malsucedidos, a American Can teve de esperar até o fim da Lei Seca nos Estados Unidos, em 1933, para então realizar novos testes com a cerveja em lata. Após dois anos de pesquisas, a American Can desenvolveu uma lata  resistente à pressurização  e com revestimento interno especial que não deixava a cerveja se gaseificar como resultado de uma reação química com o metal.

No início foi muito difícil para os amantes da cerveja aceitar o conceito da bebida enlatada. Mas aos pouco a Krueger superou as fortes resistências e se tornou a primeira cervejaria do mundo  a vender cerveja em lata.

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Krueger´s Beer, a primeira no mundo (1935).
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Skol, a primeira no Brasil (1971).

Hino Nacional

Hoje, 13 de abril, é comemorado o Dia do Hino Nacional Brasileiro. A música composta por Francisco Manuel da Silva já era usada desde a primeira metade do século 19. Mas a letra de Joaquim Osório Duque Estrada, só foi escolhida para o hino em 1922 e oficializada por lei em 1971. A letra do hino é toda “rabuscada”, se enquadrando no estilo parnasiano.

O Hino Nacional Brasileiro foi criado em 1831 e teve diversas denominações antes do título, hoje, oficial. Ele foi chamado de Hino 7 de abril (em razão da abdicação de D. Pedro I), Marcha Triunfal e, por fim, Hino Nacional.

Com o advento da Proclamação da República e por decisão de Deodoro da Fonseca, que governava de forma provisória o Brasil, foi promovido um Grande Concurso para a composição de outra versão do Hino. Participaram do concurso, 36 candidatos; entre eles Leopoldo Miguez, Alberto Nepomuceno e Francisco Braga.

O vencedor foi Leopoldo Miguez, mas o povo não aceitou o novo hino, já que o de Joaquim Osório e Francisco Manuel da Silva havia se tornado extremamente popular desde 1831. Através da comoção popular, Deodoro da Fonseca disse: “Prefiro o hino já existente!”. Deodoro, muito estrategista e para não contrariar o vencedor do concurso, Leopoldo Miguez, considerou a nova composição e a denominou como Hino da Proclamação da República.

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Mais Coca-Cola

Consegui novos itens para minha coleção da Coca-Cola. Dessa vez foram latas de Coca-Cola do Japão, México e Chile. E também garrafas de alumínio brasileiras, da Copa do Mundo e do Natal. Já perdi a conta de quantos itens tenho na coleção e preciso fazer um inventário urgentemente. Mas devo ter cerca de 500 itens, sendo muita coisa importada.

Estou a procura de latas de Coca-Cola, anteriores há 1990. E também da Coca-Cola Life, que é verde. Se alguém quiser me doar esses itens, basta entrar em contato.

Coca-Cola: Brasil, Brasil, México, Japão, México, Chile e Japão.
Coca-Cola: Brasil, Brasil, México, Japão, México, Chile e Japão.

Túnel do Tempo: “Ponte da Amizade”

Essa foto “achei” no acervo da família. Ela retrata a Ponte da Amizade, na fronteira do Paraguai com o Brasil (Foz do Iguaçu). A foto foi tirada em 1965, logo após a inauguração da ponte. Só não consegui descobrir ao certo quem tirou a foto, se foi meu pai ou meu avô. A foto está meio tremida, pois foi tirada a partir de um veículo em movimento.

Ponte da Amizade (1965)
Ponte da Amizade (1965)

Darwin no Brasil

Em 2008, comemorou-se 150 anos da teoria da seleção natural, proposta em conjunto pelos naturalistas britânicos Charles Darwin (1809-1882) e Alfred Wallace (1823-1913). A efeméride é a ocasião de relembrar a passagem dos dois naturalistas pelo Brasil e a contribuição das observações feitas por ambos em nosso país para a formulação da teoria que mudou a biologia.

A passagem de Darwin pelo Brasil foi o foco da conferência do físico e historiador da ciência Ildeu de Castro Moreira na reunião anual da SBPC. Moreira, que dirige o Departamento de Popularização e Difusão da Ciência do Ministério da Ciência e Tecnologia, está tentando reconstituir os diferentes passos da passagem do naturalista inglês pelo país e está envolvido na organização de vários eventos comemorativos dos 150 anos da teoria da seleção natural.

Darwin passou pelo Brasil a bordo do Beagle, navio encarregado de dar a volta ao mundo fazendo medições importantes para a marinha britânica. Recém-formado, aos 24 anos, Darwin era o naturalista de bordo, incumbido de fazer observações geológicas e biológicas durante a expedição. Na viagem, que durou quase cinco anos, o inglês coletou material e fez observações que, mais tarde, o colocariam na trilha da seleção natural.

Algumas das primeiras escalas do Beagle foram feitas na costa brasileira, em Fernando de Noronha, Salvador, Abrolhos e no Rio de Janeiro, onde Darwin passou quatro meses. “Darwin ficou hospedado em Botafogo, que era então um bairro nobre e tranqüilo, onde nobres e embaixadores tinham sítios”, conta Moreira. “Estamos tentando identificar a localização exata da casa em que ele ficou, provavelmente na atual rua São Clemente.” Em 1836, após completar a circunavegação, o Beagle fez novas escalas no Brasil, em Salvador e Recife, em seu caminho rumo à Inglaterra.

A deslumbrante natureza foi o que mais chamou a atenção de Darwin em sua passagem pelo Brasil. Seu diário de bordo e as notas de viagem reunidas anos mais tarde em livro (A viagem do Beagle, disponível em português) refletem o encanto do jovem inglês com a luxuriante paisagem tropical.

“Delícia é um termo fraco para exprimir os sentimentos de um naturalista que, pela primeira vez, se viu perambulando por uma floresta brasileira”, escreveu Darwin sobre sua passagem por Salvador. Seu relato é repleto de adjetivos deslumbrados que exaltavam “a exuberância geral da vegetação”, “a elegância da grama”, “a beleza das flores” ou “o verde lustroso da folhagem”.

Humanismo e preconceito

As notas de viagem de Darwin refletem também sua visão sobre a sociedade brasileira. Em várias passagens, elas manifestam o humanismo do naturalista, que recrimina reiteradas vezes a escravidão contemplada por ele no país. Mas Ildeu Moreira lembra também que as observações do inglês denotam certo preconceito em algumas passagens.

Sua impaciência com a burocracia brasileira, por exemplo, ou sua decepção com os modos rudes com que foi tratado por certos habitantes locais motivaram comentários pouco simpáticos à população brasileira em suas anotações. “Darwin fez algumas generalizações sobre os brasileiros e às vezes julgava as pessoas pela sua aparência ou pela forma como se vestiam”, diz Moreira.

O historiador da ciência chama a atenção também para outro aspecto interessante que se sobressai das anotações feitas por Darwin em sua passagem pelo Brasil. Esses relatos mostram como o inglês foi ajudado por habitantes locais em suas incursões pela mata e nas expedições para coleta de material biológico. Moreira lembra que esses guias, geralmente omitidos nos relatos científicos dos naturalistas, aparecem mais claramente nos relatos de viagem, escritos em estilo mais solto.

“Os índios, escravos e crianças que ajudavam os naturalistas do século 19 tinham um conhecimento que, depois de catalogado e registrado, foi incorporado ao acervo da ciência mundial”, afirma Moreira. “Isso não representa um demérito para esses cientistas, mas nada teria sido feito sem a ajuda desses guias. Não podemos perder a perspectiva de que a ciência dependia do conhecimento das populações nativas.”

Bernardo Esteves 

Ciência Hoje On-line / 16/07/2008

Darwin jovem, quando passou pelo Brasil.
Darwin jovem, quando passou pelo Brasil.
Darwin, idoso.
Darwin, idoso.
Livro: A Viagem do Beagle.
Livro: A Viagem do Beagle.
Navio HMS Beagle.
Navio HMS Beagle.

Voltando ao Brasil

Acabei tendo que voltar ao Brasil antes do planejado. Quando saí do Brasil minha passagem de volta estava marcada para final de janeiro. Mas existia a possibilidade de ter que retornar antes ou até mesmo não retornar. No fim assuntos pendentes me fizeram pagar U$ 200 de multa para mudar a passagem e antecipar minha volta. Se não retorno agora ao Brasil o prejuízo seria bem maior que os U$ 200 que paguei de multa. Mas tudo bem, ter que voltar antes do planejado não é nenhum problema, não me deixa triste e nem frustrado. O período que fiquei fora foi muito bom, conheci novos lugares, fiz novos amigos. Também revi certos lugares e alguns amigos. No final das contas foi válido cada dia, cada hora, cada minuto que passei fora do Brasil nessa viagem. Alguns momentos, alguns lugares serão inesquecíveis.

Mudei a passagem num dia e no outro já estava com as malas prontas e embarcando para casa. No aeroporto tive problemas com o peso de uma mala, e queriam me cobrar U$ 100 pelo excesso. O jeito foi abrir minhas duas malas no chão do aeroporto e mudar algumas coisas de uma mala para outra. No fim não precisei pagar excesso e uma das malas ficou somente com 200 gramas abaixo do peso permitido. O vôo de Orlando a Miami foi tranqüilo, apenas a conexão é que ficou com horário apertado, e mal desci de um avião já tive que embarcar em outro.

No vôo rumo ao Brasil fiquei num lugar bom, mas outra vez dei azar e veio um cara enorme do meu lado. E o pior é que o cara cheirava muito a suor. Tive que me espremer no canto da janela, ligar o ar no último e direcionar a saída do ar para o meu rosto. Isso aliviou o cheiro ruim, mas em compensação o ar frio me fez chegar ao Brasil resfriado. E a parte mais chata da viagem foi quando o avião estava preparado para decolar, já estava entrando na pista principal e de repente parou, as turbinas pararam. Ficamos um bom tempo ali parados e dava para ouvir o ruído das turbinas tentando serem ligadas. Era algo parecido com um carro que não quer dar partida e você fica forçando. Depois de uns 15 minutos nessa situação o piloto avisou pelo rádio que estavam com problemas no computador de bordo e caso não conseguissem solucionar o problema, logo ele voltaria avisando quais providências seriam tomadas. Nesses caso nunca sei se é melhor saber que estamos com um problema, ou não saber de nada! Sei que depois de 15 minutos finalmente conseguiram ligar as turbinas e foi dado o aviso que a decolagem seria feita. Mas aí já era tarde, a tensão era geral. Fiquei pensando se tinham mesmo resolvido o problema de uma forma definitiva, ou se o computador de bordo daria nova pane durante o vôo? Daí fica aquela duvida, será que iam decolar com uma aeronave com problemas? Ou iam arriscar, já que cancelar ou atrasar o vôo causaria alguns problemas e prejuízos para a Companhia Aérea? No fim das contas perdi o sono e qualquer ruído diferente durante o vôo era motivo para muitos passageiros olharem para os lados de forma apreensiva. Foram quase oito horas de vôo até chegar a São Paulo e não dormi um minuto sequer. Para passar o tempo e me distrair, assisti a quatro filmes.

O desembarque foi tranqüilo e mais tranqüilo ainda foi passar pela Receita Federal. Simplesmente não tinha fiscalização, estavam liberando todo mundo. Eu estava trazendo coisas acima da cota permitida e fiquei aliviado ao ver que não tinha fiscalização. E teve gente que ficou mais aliviada do que eu, pois traziam muitas malas, muita mercadoria, muitos aparelhos eletrônicos. Isso mostra mais uma vez que no momento o Brasil não tem capacidade para dar um tratamento adequado à demanda de passageiros que entram e saem de nosso pais. Será que terão na época da Copa e da Olimpíada? E outra constatação foi que Guarulhos, nosso maior e melhor aeroporto, é um “lixo” comparado aos muitos aeroportos por onde passei nessa viagem. Realmente estamos no terceiro mundo em termos de infra-estrutura. Independente disso tudo, foi bom voltar para casa.

Agora é dar uma parada nas viagens, e recomeçar minha vida. Quinze meses parado, cuidando da saúde, descansando e viajando muito foram suficientes para me deixar completamente curado de meus problemas. Posso dizer que hoje sou um novo homem, com uma nova visão sobre a vida e sobre muitas coisas. Essa última viagem me permitiu pensar muito e ajustar algumas coisas que ainda não estavam bem certas. Hoje sei o que quero, sei qual rumo dar a minha vida. E decidi que certas coisas e certas pessoas não quero mais em minha vida. Tem algumas pessoas que se possível nunca mais quero ver, nunca mais quero falar com elas, ou saber algo sobre elas. Para mim simplesmente “morreram”. Em contrapartida tem pessoas que surgiram em minha vida recentemente e que são muito importantes. E espero que com o passar do tempo essas pessoas se tornem ainda mais importantes. É isso aí! Vida nova, novos planos, novos sonhos… O que passou ficou no passado e com o tempo tudo será esquecido. O que importa são as lições que aprendi com tudo o que passei, principalmente com as dificuldades. Agora é cabeça erguida e uma nova vida pela frente. Amém!!!

Aeroporto de Miami.

Ora bolas!

No dia em que cheguei ao Canadá e na casa do meu amigo Gilberto, vi umas bolas no fundo do quintal ao lado da cerca que é baixa, próximo à rua. Durante o período em que fiquei no Canadá, todos os dias eu olhava para ver se as bolas ainda estavam lá. E por incrível que possa parecer elas nunca saíram de lá. Se algo parecido fosse no Brasil, acredito que levaria algumas poucas horas para que as bolas desaparecessem, ou minutos. E por que isso? O brasileiro é mais desonesto? Não sei dizer ao certo, o fato é que no Canadá a educação e principalmente a cultura do povo de um modo geral é muito maior que no Brasil. E lembre-se que “cultura” não significa os anos que você passa nos bancos escolares, mas sim o que você aprende dentro de casa com seus pais, nos livros, na escola, na TV, nos jornais e etc. É claro que existem roubos e assassinatos no Canadá, mas com certeza a índices centenas de vezes menores que no Brasil. E o que falta para que no Brasil as coisas sejam diferentes? Acredito que faltem exemplos bons vindos de cima, de quem comanda o país, seja do vereador ao Presidente da República. Vivemos num país onde todos querem levar vantagem, querem tirar proveito de algo, então ser honesto no Brasil é quase sinônimo de ser otário. Infelizmente isso é verdade, pois todos querem de alguma forma dar um jeitinho nisso e naquilo, levar vantagem em tudo o que for possível. Com uma mentalidade dessas o sistema todo fica corrompido e todos querem tirar proveito de algo. E se continuarmos com essa mentalidade as coisas tendem a piorar cada vez mais. Então não adianta a situação econômica do Brasil estar melhorando, se o nível de educação e cultura da população não está crescendo. O que vai acontecer é que seremos um país com economia de primeiro mundo, mas com uma população com educação e cultura eternamente de terceiro mundo.

Por gostar de viajar, sempre procuro aprender um pouco mais da cultura e dos costumes dos lugares por onde passo. E procuro aprender principalmente com as coisas boas que vejo. E muitas vezes me pego perguntando por que tal coisa é diferente no Brasil, ou então me questionando se isso ou aquilo funcionaria no Brasil. Um exemplo disso é o sistema de autopagamento que vi em alguns supermercados nos Estados Unidos e no Canadá. Você mesmo passa os produtos em um caixa, e faz o pagamento com cartão de crédito. Nesse processo não existe nenhum funcionário te observando ou ajudando. Na saída vez ou outra um segurança escolhe alguém e pede para dar uma olhada no comprovante de pagamento e vê se o comprador passou no escaner todas as mercadorias compradas. Mas é muito raro acontecer tal conferência, eu só vi isso uma única vez nas várias vezes em que fui a supermercados. Ou seja, se confia principalmente na honestidade do comprador. E por que o comprador é tão honesto assim? Primeiro em razão da educação que recebeu em casa e no grau de cidadania que possui. E segundo por que ele sabe que se for pego fazendo algo errado, ele será punido e terá que cumprir alguma pena ou pagar uma multa. No Brasil o cara mata alguém e se tiver dinheiro nem cadeia pega. E as muitas Leis que temos, nem sempre são cumpridas, são fiscalizadas. Então o povo em geral deita e rola no descumprimento das Leis, pois sabe que dificilmente será punido. Isso gera crimes e mais crimes, gera desonestidade. E o exemplo vindo de cima é o pior dos possíveis, pois os políticos são os primeiros a desobedecer as Leis e fugirem de punições, quase sempre apoiados por seus pares e pelo corporativismo que existe em muitas esferas do poder. Chega de desabafar isso aqui, pois sei que tão cedo as coisas no Brasil não vão melhorar, que vai demorar algumas gerações para que algo talvez mude e o Brasil deixe de ser o eterno país do futuro. Infelizmente é isso!!!

As bolas no quintal do Gilberto...

Férias 2009 – Petropólis (Parte III)

Nessa minha segunda visita ao Museu Imperial, pude me deter por mais tempo observando alguns objetos que me chamaram atenção. E dessa vez pude visitar o andar superior, o que na primeira visita em 1996 não foi possível em razão de reformas no local. Muitos ambientes foram montados, mas sem objetos originais do Palácio. Pude perceber que poucas pessoas notam isso, talvez por distração, ignorancia ou por não observarem direito as placas informando sobre os objetos ali expostos, onde é possível ler que “tal” foi doado, que outro veio de “tal” lugar. O trono ali exposto é um exemplo disso, ele veio do Rio de Janeiro, de um outro Palácio.

Quando aconteceu a Proclamação da República e o banimento da Família Real, muitos objetos foram destruidos, outros retirados do local e acredito que alguns até foram roubados. Ali é possível observar um quadro que possui cortes provocados pela espada de algum republicano mais eufórico, que deve ter entrado no Palácio nos dias posteriroes a Proclamação da República. Mesmo nem tudo sendo original, a visita é valida, pois você pode entrar no clima do lugar e imaginar como era a vida palaciana  naquela época.

Dois objetos interessantes são as coroas de D. Pedro I e de D. Pedro II. A de D. Pedro I tem somente a carcaça de ouro, pois foi desmontada e teve suas jóais utilizadas para a confecção da coroa de D. Pedro II. Essa sim, está completa e é muito bonita.

Museu Imperial

Em 1822, D. Pedro I, viajando em direção a Vila Rica, Minas Gerais, para buscar apoio ao movimento da nossa Independência, encantou-se com a Mata  Atlântica e o clima ameno da região serrana. Hospedou-se na Fazenda do Padre Correia e chegou a fazer uma oferta para comprá-la. Diante da recusa da proprietária, D. Pedro comprou a Fazenda do Córrego Seco, em 1830, por 20 contos de réis, pensando em transformá-la um dia no Palácio da Concórdia. A crise política sucessória em Portugal e a insatisfação interna foram determinantes para o seu regresso à terra natal, onde ele viria a morrer sem voltar ao Brasil.  A Fazenda do Córrego Seco foi deixada como herança para seu filho, D. Pedro II, que nele construiria sua residência favorita de verão.

A construção do belo prédio neoclássico, onde funciona atualmente o MUSEU IMPERIAL, teve início em 1845, e foi concluída em 1862. Para dar início à construção, D. Pedro II assinou um decreto em 16 de março de 1843, criando Petrópolis. Uma grande leva de imigrantes europeus, principalmente alemães, sob o comando do engenheiro Júlio Frederico Koeler, foi incumbida de levantar a cidade, construir o Palácio e colonizar a região.

Criação do Museu Imperial

Com a Proclamação da República, em 1889, a Princesa Isabel alugou o  Palácio para o Colégio Notre Dame de Sion. Mais tarde, foi a vez do  Colégio São Vicente de Paulo ocupar o prédio. Entre seus alunos, havia um apaixonado por História: Alcindo de Azevedo Sodré. Graças a ele, que sonhava acordado nas noites silenciosas, com a transformação do seu colégio em um Museu Histórico, o presidente Getúlio Vargas criou em 29 de março de 1940 pelo decreto Lei n° 2096, o MUSEU IMPERIAL. Foi aberto à visitação pública três anos depois, a 16 de março de 1943, por ocasião do centenário da fundação de Petrópolis.

O acervo do Museu Imperial, formado pela transferência de coleções de outros órgãos culturais, além de compras e doações, reúne 7866 objetos representativos da cultura nacional e estrangeira do século XIX, entre numismática, armaria, heráldica, porcelanas e cristais, ourivesaria, viaturas, mobiliário, prataria, indumentária, objetos musicais, esculturas e pinturas. Dentre as peças únicas, destacam-se o cofre em porcelana de Sèvres e bronze da Princesa de Joinville e os objetos-símbolos da Monarquia Brasileira, como a coroa imperial de D. Pedro I, a coroa e os trajes majestáticos de D. Pedro II e o cetro dos dois imperadores.

Mais informações acessar:  http://www.museuimperial.gov.br/

Visita ao Museu Imperial. (12/05/2009)
Visita ao Museu Imperial. (12/05/2009)
Visita ao Museu Imperial. (12/05/2009)
Visita ao Museu Imperial. (12/05/2009)
Visita ao Museu Imperial. (12/05/2009)
Visita ao Museu Imperial. (12/05/2009)
Família Imperial, Trono e coroa de D. Pedro II. (12/05/2009)
Família Imperial, Trono e Coroa de D. Pedro II. (12/05/2009)

Dia da Bandeira

A bandeira brasileira deveria ser essa...
A bandeira brasileira deveria ser essa…

Hoje é dia da bandeira e quase ninguém lembra. Aqui no colégio onde trabalho não teve nem hasteamento ou hino da bandeira. Nos meus tempos de colégio, datas como esta eram lembradas. Vivíamos numa ditadura, com governo militar, mas ao menos o patriotismo era mais nítido, não acontecia somente em época de copa do mundo.

Acho o hino da bandeira muito bonito, quem fez a letra do hino (Olavo Bilac) estava inspiradíssimo. Lembro bem do dia da bandeira em 2002. Eu estava nos Estados Unidos e pela manhã seguia numa Van com mais doze pessoas, entre brasileiros e hispanos, indo de Orlando para Cocoa Beach. Na época eu trabalhava no hotel Hollydai Inn, de Cocoa Beach. No meio da viagem lembrei que era dia da bandeira no Brasil e comentei isso com o “Honey”, amigo brasileiro que estava sentado ao meu lado. No mesmo instante sem combinar nada começamos a cantar o hino da bandeira ali mesmo dentro da Van. Os hispanos não entenderam direito o que estávamos fazendo e depois que contamos acharam bonito o nosso gesto.

Quando estamos longe de nosso país é que sentimos mais saudades dele e onde os símbolos nacionais fazem mais sentido. Parece estranho, mas na verdade somos mais patriotas quando estamos longe do Brasil.

A bandeira acima é um protesto pelos dias atuais, onde a fome, a desordem, o crime e a corrupção imperam no Brasil. Acho que deveríamos mesmo alterar a frase positivista de “Ordem e Progresso” para essa frase realista “Caos e Fome”.