Sou um confesso apaixonado pela história do Brasil, principalmente da época do Império. E sou fã de D. Pedro II. Nos últimos dias estou lendo sobre o pai de D. Pedro II, no caso D. Pedro I, o responsável pela independência do Brasil. O livro que estou lendo foi publicado em 2015 e se chama D. Pedro: A História não Contada. Estou quase no fim do livro e estou achando ele muito interessante. Baseado em muita pesquisa de documentos, o livro revela muita coisa que eu não sabia ou que sabia vagamente. Para quem gosta de história do Brasil, aconselho a ler tal livro.
Muito se fala do grito às margens do Ipiranga, da sexualidade exacerbada e do jeito impaciente que lhe rendeu a pecha de monarca difícil e de pouco tato político. Mas quase duzentos anos depois de sua morte, pouco ainda se sabe do homem de personalidade complexa que se dispunha a morrer por uma causa; do pai que queria para os filhos a educação que reconhecia falhar em si próprio; do governante que foi protagonista na transição do absolutismo ao liberalismo e ao regime constitucional no Brasil. Foi para preencher as inúmeras lacunas sobre nosso primeiro imperador que este livro foi escrito. Eis, enfim, a história não contada de d. Pedro. Ao morrer, d. Pedro deixou para as futuras gerações de brasileiros uma difícil tarefa: entender as muitas contradições da sua vida e extrair das suas memórias uma imagem fiel de sua personalidade, suas ideias, angústias e ambições. Até hoje, esta tarefa não havia sido bem cumprida. Em meio a um emaranhado de especulações e distorções históricas, restava ainda a interrogação: quem foi o primeiro imperador do Brasil? Foi para responder a essa pergunta que Paulo Rezzutti recorreu a uma ampla gama de fontes primárias e documentos originais que revelam uma miríade de facetas desconhecidas de d. Pedro, e que lhe deram acesso à história não contada do nosso primeiro monarca. Em lugar da caricatura que tomou conta do imaginário nacional, o autor nos apresenta o homem por trás do imperador, com todas as contradições e riqueza de personalidade que o transformam em um dos personagens mais interessantes da nossa história – um homem que, para além das muitas amantes, dos filhos ilegítimos e da fama de turrão, nos deixou como legado uma história de sacrifícios em prol da unidade nacional; um homem repleto de defeitos morais e contradições políticas, mas que esteve ligado a grandes passagens da história do liberalismo mundial, e que, acima de tudo, viveu uma vida intensa e repleta de humanidade.
Autor: Paulo Rezutti Páginas: 432 Editora: LeYa