Livro: As Montanhas do Marumbi

Para aqueles que gostam de montanhas e principalmente para aqueles que conhecem as montanhas do Paraná, segue a dica de um livro que fala sobre o tema. O livro As Montanhas do Marumbi é muito bem escrito e possui belas fotos. Tenho o livro há pouco mais de três anos e através dele aprendi muitas coisas sobre um dos locais que mais gosto no Brasil.

Aos cinco anos de idade vi pela primeira vez as montanhas da Serra do Mar paranaense, ao descer de caminhão com meu pai pela BR-277, para descarregar uma carga de soja no porto de Paranaguá. Fiquei encantando ao ver as altas montanhas cobertas pela mata e fiquei me perguntando como seria estar no alto de uma montanha daquelas. Levei vinte e três anos para saber a resposta! Em novembro de 1998 cheguei pela primeira vez ao cume do Olimpo, no Marumbi. Na descida sofri uma queda e me ralei todo, tendo que ser socorrido pela enfermeira do trem, na volta à Curitiba. Mas isso não me assustou e acabei voltando muitas outras vezes a região e subindo outras vezes ao cume do Olimpo, bem como outras montanhas menores. Na região do Marumbi passei muitos momentos bons, tanto sozinho, quanto na companhia de amigos e de amores. Namorar dentro de uma barraquinha montada no camping do Marumbi, numa noite fria de inverno e ouvindo o apito do trem é uma experiência surreal e inesquecível.

As Montanhas do Marumbi, de Nelson Luiz Penteado Alves, o Farofa, é um dos livros mais importantes do Paraná lançados neste ano (2008). E pode figurar, com certeza, entre os melhores, mais ricos e bem fundamentados livros sobre o montanhismo de todo o planeta.

É uma obra exemplar, porque representa, diante da extensão da pesquisa histórica, da preciosa documentação fotográfica e do cuidado técnico-científico, o esforço, o ideal e o amor de várias gerações pela prática deste esporte. Foi nestas célebres montanhas paranaenses, com a primeira conquista liderada por um farmacêutico nascido na baía de Antonina, Joaquim Olympio “Carmeliano” de Miranda, em 21 de agosto de 1879, que nasceu o montanhismo brasileiro.

O livro é igualmente importante por revelar muitas qualidades da natureza humana, hoje cada vez mais escassas e difusas. Que podem se traduzir de muitas maneiras, mas, do modo marumbinista, pelo desafio da conquista, o prazer juvenil da aventura, o estímulo do espírito de irmandade e pelo respeito voluntário à natureza.

Não é por nada que Farofa levou 40 anos para escrever e publicar este livro. Na acepção da palavra, ele disseca as montanhas do Marumbi e sua história. Tudo com o entusiasmo do montanhista iniciante, o fôlego de um maratonista e a preocupação do professor catedrático. Sem deixar de ser espontâneo e didático e mediar os 12 capítulos com histórias alegres e as minúcias de um ourivesador.

Compartilha as conquistas, na escrita, com seus companheiros de jornadas e outros amantes do Marumbi e da exuberante natureza da Serra do Mar. Este olhar especializado, abordando áreas como geologia, clima, rios, orquídeas, samambaias, bromélias, mamíferos, aves, anfíbios e répteis, amplificam o livro, mostrando toda a riqueza deste fantástico microcosmo natural, hoje felizmente preservado como Parque Estadual Pico do Marumbi (1990), numa área de 2,3 mil hectares.

Figuras humanas de todo o tipo e de todas as classes sociais subiram o Marumbi. Mas, no momento de percorrer as trilhas, escalar os monumentais paredões de pedra, transpor a bruma e enfrentar o perigo e as intempéries, Farofa mostra que as diferenças tão complexas e peculiares de cada indivíduo tornam-se secundárias. Na busca dos desafios, dos mistérios da montanha e do desfrute da natureza, prevalece um objetivo muito acima das idiossincrasias humanas. Esta é uma grande lição deste livro.

Além do pioneiro “Carmeliano”, Farofa revela muitos personagens marcantes dessa história. Como Rudolfo Augusto Stamm (1910-1959), eletricista de profissão, natural de Joinville (SC), que viveu toda a sua vida num quarto da Pensão Otto, em Curitiba. Desde que pisou pela primeira vez na Serra do Mar, em 1935, este célebre montanhista parece que viveu só pelo Marumbi. Em 1950, completou a sua centésima escalada ao Olimpo, o pico mais alto.

As suas extraordinárias contribuições como desbravador e os registros precisos e abrangentes que deixou mostram que o gosto pelo desafio e o prazer de estar junto à natureza também revelam grandes homens.

Outro deles é Henrique Paulo Schmidlin, o Vitamina, que continua liderando empreitadas aos cumes da Serra do Mar, em dias de sol ou chuva, e emprestando o seu carisma e experiência para as causas marumbinista e da natureza.

Organizador dedicado de caminhadas na floresta e de escaladas na montanha, incentivador nato das boas companhias e cantorias, Vitamina, com sua energia e crença fervorosa nesse estilo de vida, é um exemplo emocionante da tão necessária preocupação com a ligação social e cultural entre as gerações do passado e do presente, pensando no futuro.

O trem! Seriam muito diferentes as montanhas do Marumbi sem esta incrível linha férrea, que desafiou a Serra do Mar. Obra de arte da engenharia da era do vapor, ponto privilegiado de visão e instigador de sonhos românticos e juvenis, o trem cativou milhares de adeptos para este esporte e lazer, ao apresentá-los às montanhas, na Estação do Marumbi, por muitos e muitos anos, nas alegres manhãs ensolaradas dos sábados.

Farofa consegue transmitir justamente este estado de espírito em seu trabalho, que até pode parecer um pouco nostálgico, mas é essencial para a alma humana, em todos os tempos. Suas fotos preciosas e mesmo o sintético registro histórico sobre o trem não deixam de ser eloqüentes. Quem sabe, sem a maria-fumaça, Alfredo Andersen (1860-1935) e outros pintores paranaenses com o gabarito de Theodoro de Bona (1904-1990) não tivessem eternizado as paisagens e as montanhas nos seus óleos sobre tela.

Neste aspecto, cabe uma menção muito especial ao lendário Erwin Gröger, o Professor, próximo de completar 100 anos de idade, que Farofa também dá o merecido destaque no livro. Marumbinista também pioneiro, o Professor tem se dedicado a pintar as cálidas montanhas do litoral paranaense há décadas, tanto em óleos como em aquarelas.

Apaixonado orquidófilo, é um mestre que registra principalmente em aquarelas estas belas e exóticas plantas. Erwin Gröger é uma dessas figuras raras que, pelo seu elevado espírito humano e simplicidade, é merecedor de grande admiração.

O paranaense Waldemar Niclevicz, o maior montanhista brasileiro, primeiro a levar a bandeira do Brasil aos sete cumes do mundo, é seguidor desta geração. Conquistou o Everest porque aprendeu com os mais antigos escaladores da Serra do Mar a sempre persistir.

Henrique Paulo Schmidlin, o Vitamina, aos 78 anos, diz: “o mais importante de tudo é que o Marumbi o ensinou a nunca desistir. Tanto na luta pela natureza como (e muito mais) pelas causas da justiça e da dignidade do ser humano”.

Nelson Luiz Penteado Alves deixou registrado, para todos nós, este e outros testemunhos históricos de muito valor.

Eduardo Sganzerla (Gazeta do Povo – 26/10/2008)

Livro: AS Montanhas do Marumbi
Livro: As Montanhas do Marumbi
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Mapa
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Marumbi

O chamado da montanha

Desde os primórdios os homens buscam o alto de uma montanha sem um motivo aparente. O que leva as pessoas às alturas de um pico? Superação da condição humana? Transcendência? Ou somente a sensação da conquista? Essas são questões tão antigas como a própria humanidade. A montanha sempre esteve presente no imaginário das pessoas em todas as civilizações, através da mitologia que fundamenta e guia a história dos povos. 

O Monte Olimpo era a residência dos deuses para os antigos gregos, e através da mitologia, influenciou diretamente toda a cultura ocidental.

No folclore japonês, as montanhas são sagradas e todas possuem uma atmosfera sobrenatural. O Monte Fuji, por exemplo, seria a passagem para o outro mundo. Na mitologia Taoista, os imortais iam viver no cume dos grandes montes. O Monte Roraima, sustenta a morada do Deus Macunaíma.

Onde existir um pico imponente, marcando a paisagem, foi, ou é, para alguns um lugar sagrado ou a morada de um deus.

O fato é que as montanhas causam no homem perplexidade diante de sua natureza descomunal. Instigam a percepção de seu tamanho, insignificante, ínfimo diante da grandeza do mundo e da natureza que o cerca. A montanha simboliza a ruptura entre os níveis, do racional para o imaginário que ilustra os sonhos. Faz a ligação entre o céu e a terra.

Para a filósofa Zelita Seabra, O amor à montanha, naqueles que o sentem, tem raízes profundas. O ritual de preparação, o ato da subida, a busca pela imensidão faz parte do íntimo de muitos indivíduos, que não se contentam apenas à contemplação. É um momento de introspecção, a viagem se interioriza. O sentimento de subir é indizível, o silêncio é rompido pela respiração ofegante. O cume se aproxima!

Por que o ser humano é tomado pela inquietude, por essa ânsia de buscar o encanto no desconhecido? O Escritor Jon Krakauer, cita as encenações grosseiras em filmes e metáforas banais ao que o tema se presta, no excelente livro “Sobre homens e Montanhas”. Lembra ainda a interpretação equivocada de alguns psicanalistas que nunca romperam os limites de um consultório.

A palavra “montanhismo”, na concepção do público contemporâneo, causa a mesma repulsa da ideia de estar diante de tubarões ou abelhas assassinas. Porém, o êxtase das alturas está ligada ao ser humano, incontestavelmente, como a experiência de algo sublime, que nos permite enxergar e sentir que fazemos parte de um todo muito maior, que nunca vamos compreender. 

Andre Dib

Vista do alto do Caratuva (Paraná, 2008)
Vista do alto do Caratuva (Paraná, 2008)
Pico Paraná (Paraná, 2009)
Pico Paraná (Paraná, 2009)
Conjunto Marumbi (Paraná, 2009)
Conjunto Marumbi (Paraná, 2009)
Visto do alto de Huayna Potosi (Bolívia, 2011)
Vista do alto do Huayna Potosi (Bolívia, 2012)
Salkantay (Peru, 2011)
Huayna Potosi (Bolívia, 2012)
Montanhas próximas a Machu Picchu (Peru, 2011)
Montanhas próximas à Machu Picchu (Peru, 2012)
Descendo Huayna Picchu (Peru, 2011)
Descendo Huayna Picchu (Peru, 2012)

Huayna Potosi

De todas as minhas aventuras, com certeza chegar ao cume de Huayna Potosi foi a mais desafiadora, difícil, perigosa e fria aventura. Quando desci de Hauyna Potosi jurei que nunca mais subiria outra montanha nevada. Mas menos de 24 horas depois de tal juramento já estava fazendo planos para subir outra montanha gelada. E se tudo der certo, ano que vem vou subir o Illimani (também na Bolívia) que é mais alta, mais desafiadora, mais difícil, mais perigosa e mais fria que Huayna Potosi. Acho que fui acometido pela famosa “febre da montanha”!

Huayna Potosi (Foto: André Dib)
Huayna Potosi (Foto: André Dib)

Adeus ao meu amigo de quatro patas!!

Hoje faleceu o Jack, o Rottweiler da minha família! Ele estava com 14 anos e meio e já bastante fraco. Pôxa, não sabia que a morte de um cão podia doer tanto assim!! Então como homenagem e despedida ao meu amigo Jack, escrevi o texto abaixo com os olhos correndo lágrimas!! Vai com Deus meu amigo e que você possa estar num lugar melhor no céu dos cães, correndo livre e feliz como muitas vezes corremos juntos. Sentirei saudades!!

Minhas memórias: Jack 

Nasci em 1999 na cidade de Londrina e junto com meus irmãos passei um período feliz junto com minha mãe. Mas como todo cachorro, um dia tive que ser separado dos meus entes caninos queridos.  Logo ganhei um novo lar, na casa da família Dissenha, na cidade de Campo Mourão. Quando lá cheguei achei tudo meio estranho, mas aos poucos fui me acostumando. Na casa viviam o Wagner, que oficialmente seria o meu “dono” e seus pais, a Dona Vanda e o Seu Amilton. Quem sempre estava por lá era a Erica, a neta deles, uma menina brincalhona e que gostava muito de cachorros. Na casa ganhei novas companheiras, três fêmeas: a Bela, uma Cocker branca e marrom e sua mãe, de nome Preta. Tinha também uma vira lata chamada Bolinha. Foi no meio delas que cresci e com elas é que passava meus dias brincando. No fundo da casa existia um canil grande, onde eu ficava com as outras três cachorras. Mas durante boa parte do dia ficávamos soltos no pequeno quintal, debaixo de um pé de manga e outro de poncã. Logo nos meus primeiros meses na casa teve a primeira safra de poncãs e descobri o delicioso sabor dessa fruta que passei a adorar.

Eu não gostava muito de ficar no canil e logo encontrei um cantinho que passou a ser meu. Era um espaço na área de serviço, debaixo de uma pia e ao lado do tanque de lavar roupas. Passei a dormir ali quando permitiam. Depois de um tempo conheci o outro membro da família, mas que vivia numa outra cidade. O nome dele era Vanderlei e logo passamos a ser bons amigos.

Após eu completar meu primeiro ano de vida, os hormônios falaram mais alto e por descuido de meus donos humanos, acabei engravidando a Bolinha. Ela era anos mais velha que eu, mas isso não foi problema. Após alguns meses ela criou e fui pai de dois belos filhotes. Depois disso meus donos separaram a Bolinha de mim, mandando ela para a casa da filha deles, perto dali.

Os anos foram passando e eu fui crescendo feliz e saudável.  Adorava comer e logo fiquei grande, forte e gordo. Alguns diziam que eu parecia um urso! Um belo dia me levaram para uma outra casa, para cruzar e lá conheci uma fêmea da mesma raça que eu. Fizemos amor e depois me separaram dela. Após alguns meses fiquei sabendo que ela tinha parido sete filhotes. Fiquei orgulhoso, ao ser pai mais um vez!

O tempo foi passando e o Vanderlei passou a vir mais vezes visitar a família. E um belo dia ele resolveu me levar para passear com ele. Como eu era forte e colocava medo nas pessoas, até então ninguém tinha me levado para passear na rua, pois não conseguiam me segurar quando eu tentava correr. Esse primeiro passeio foi muito interessante, pois descobri coisas e cheiros novos e principalmente pude correr por grandes espaços. Após esse primeiro passeio, outros vieram e sempre que o Vanderlei vinha visitar a família ele me levava para sair com ele. Acabei me tornando seu companheiro de corridas e atado a uma corrente eu corria vários quilômetros ao lado dele.

Os anos foram passando e eu fiquei muito amigo das duas Cocker com as quais eu dividia o quintal. A Bela era muito minha amiga, mas era brava e desde pequeno ela me batia quando eu fazia algo que não a agradava. Acabei ficando muito maior do que ela, mas mesmo assim nunca revidei quando ela vinha brigar comigo. Eu sabia que se quisesse podia estraçalhar ela com minha forte mordida, mas gostava dela e nunca lhe fiz nenhum mal. Em 2008 a Bela ficou doente, teve câncer e após algumas semanas veio a falecer no canil. Eu que não gostava do canil, passei a gostar menos ainda desse lugar e nunca mais quis entrar nele. Tinha medo e quando me colocavam lá eu uivava até me tirarem. Passei a ficar somente no “meu cantinho” debaixo da pia. E como fui engordando cada vez mais, eu mal cabia no tal cantinho, mas mesmo assim adorava aquele cantinho.

Não demorou muito e a Preta, mãe da Bela também veio a morrer. Ela estava velha, com dezesseis anos e numa bela tarde enfartou no meio do quintal. Acabei ficando sozinho no quintal, mas isso não era legal, pois me sentia meio solitário sem a companhia de outros cães. O tempo foi passando e uma nova fêmea veio morar no quintal. Era pequenina, novinha e se chamava Milly. Ela era uma vira-lata que tinha sido resgatada, pois vivia abandonada nas ruas, passando fome. Era esperta e brincalhona e logo ganhou o coração dos donos da casa e deixou o quintal, indo morar na garagem. Não me importei, pois preferia ficar no quintal. Mais algum tempo e outra vira-lata resgatada das ruas veio fazer parte da família. Era outra fêmea marrom e muito espoleta. Ela era terrível, mordia tudo o que via pela frente e tinha um costume besta de ficar pulando. Ela parecia mais um canguru do que um cachorro! Ela passou a morar no canil e ficava boa parte do tempo trancada, pois se a deixassem solta ela aprontava alguma.

Com o passar dos anos minha saúde foi ficando debilitada. Fiquei velho e minhas pernas já não aguentavam mais fazer longas caminhadas ou correr como antigamente. O Vanderlei passou a fazer visitas mais frequentes e sempre me levava para curtas caminhadas pela vizinhança. Ele era paciente e deixava-me caminhar no meu ritmo. Teve uma noite em que minhas pernas se cansaram mais rapidamente e eu empaquei numa calçada. O Vanderlei ficou quase uma hora sentado no meio fio esperando que eu tivesse forças para levantar e voltar para casa. Dias depois ele me levou para passear na casa da avó dele e nessa visita tive talvez o momento mais vexatório de minha vida. Fui descer correndo de uma escada e caí literalmente de boca no chão, ficando com a boca cheia de terra e esfolando o nariz. A partir desse dia os passeios ficaram cada vez mais escassos e curtos. Não me importei com isso, pois sabia que não tinha mais força para longos passeios. A velhice chegou e com ela a rigidez de minhas pernas desapareceram.

Mesmo velho e fraco, acabei aprontando certa vez. Escapei de casa! Foi a primeira vez que encontrei os dois portões e duas portas que levam até a rua, abertos ao mesmo tempo. Não pensei duas vezes e fugi! Como não tinha muita força nas pernas, não fui muito longe. Logo um dedo duro me viu na rua e ligou para meus donos avisando onde eu estava. Não demoraram a me encontrar e me levaram para casa. Mas para que a escapada fosse completa, na hora que foram me pegar empurrei a Erica contra um muro e ela esfolou a mão. Mesmo assim não brigaram comigo e no fundo até acharam graça de minha fuga.

O tempo continuou passando e em janeiro de 2013 completei 15 anos de vida. Sei que essa idade é enorme para cachorros de minha raça. Comecei a me sentir cada vez mais fraco e meus dentes foram ficando moles e meus olhos perdendo a visão. Passava a maior parte do dia dormindo no meu antigo cantinho e segundo os humanos diziam, eu roncava alto igual eles.  Nesse ano dei três passeios curtos com o Vanderlei e no último caí de boca no asfalto. Minhas pernas iam ficando cada dia mais fracas! E não somente as pernas foram fraquejando, mas o corpo todo. E na madrugada do dia 12 de julho de 2013, então com 15 anos e meio de vida, deixei a vida na terra e parti para o céu dos cães. Sei que alguns choraram quando souberam de minha morte! Parece que isso demonstra que fui um bom cachorro em vida, companheiro, amigo e ótimo cão de guarda, pois nunca um ladrão entrou na casa. E fui bonzinho também, pois só mordi duas pessoas durante toda a minha vida. Uma foi a Erica, quando ainda garotinha inventou de montar cavalo em mim e puxou muito forte minhas orelhas. Mas não foi uma mordida forte! E a outra mordida foi em meus últimos meses de vida, quando mordi a mão do Seu Mirtão. Eu estava quase totalmente cego e não consegui diferenciar a mão dele do pedaço de carne que ele queria dar para mim.

Parto dessa vida feliz! Fui amado, bem tratado, bem cuidado! Muitos me amaram, tanto humanos, quanto cães! Deixei descendência, bons amigos e saudades! E na última safra de poncãs comi muitas. Talvez as poncãs sejam a coisa que mais sentirei falta de minha vida terrena. Mais até que dos ossos!! Mas a vida é assim mesmo, ela é finita para todos, seja homem ou animal. E fui muito feliz, tive um lar, comida e pessoas que cuidavam e gostavam de mim. Sei que tem muitos cães por aí abandonados, sem um teto, passando frio, fome e solidão, sendo espancados por pessoas maldosas. Então não posso reclamar da vida que tive! E parto com saudades dos que ficam e sei que vão ficar com saudades de mim e nunca vão me esquecer. Não passei em vão pela vida, pois deixei marcas boas e bons amigos. Só posso dizer que valeu a pena! ADEUS!!!

O velho Jack. (dez/2012)
O velho Jack. (dez/2012)
Erica e Jack. (07/09/2004)
Erica e Jack. (07/09/2004)
Vander e Jack. (13/08/2005)
Vander e Jack. (13/08/2005)

Novo Superman

Estreia hoje no Brasil o filme “O Homem de Aço”. Estou curioso para ver tal filme, pois em setembro de 2011 vi o set de filmagem na cidade de Vancouver, no Canadá. Eu passava um mês na cidade e durante dois dias em que fui passear de bicicleta no Stanley Park (parque gigantesco no centro da cidade), vi o enorme set de filmagem montado no parque. Eram muitos carros, caminhões, carretas, equipamentos diversos e pessoas. Isso tudo estava num local do parque que foi cercado e muitos seguranças cuidavam para ninguém se aproximar. As cenas que foram gravadas no Stanley Park, no filme aparecerão como se tivessem acontecido no Alaska. Mesmo não tendo conseguindo ver nada da gravação em si, foi uma experiência interessante ver toda a movimentação no local e fiquei abismado com a estrutura montada e a quantidade de pessoas envolvidas na produção do filme. E toda essa estrutura era para gravar cenas que no filme serão de poucos minutos. Não é a toa que tais filmes custam milhões de dólares.

Henry Cavill vive o novo Super-Homem em “O Homem de Aço”. O desafio era fazer um Superman mais realista, um Superman que existisse no mundo real, disse David S. Goyer, roteirista do filme. A direção fica a cargo de Zack Snyder. No filme, Superman enfrenta o General Zod em uma batalha de superseres jamais vista no cinema.

Vi o trailer em 3D e achei legal. Agora é assistir ao filme e ver se o resultado final é bom. E principalmente ver as cenas gravadas em Vancouver! E essa será a primeira vez que o Superman fica sem a cuequinha vermelha…

O Homem de Aço
O Homem de Aço.
Parte do set montado no Stanley Park.
Parte do set montado no Stanley Park.
Henry Cavill na gravação no Stanley Park.
Henry Cavill na gravação no Stanley Park.
Henry Cavill na gravação no Stanley Park.
Henry Cavill na gravação no Stanley Park.
Henry Cavill na gravação no Stanley Park.
Henry Cavill na gravação no Stanley Park.
Cartaz do filme.
Cartaz do filme.
Superman.
Superman.

As Irmãs Brown

O fotógrafo Nicholas Nixon retratou quatro irmãs por 36 anos. Tudo começou com uma foto em 1975. Nicholas Nixon era fotógrafo e retratou sua esposa Bebe ao lado de suas três irmãs. Foi aí que tiveram a ideia de imortalizar o vínculo familiar entre elas uma vez por ano, demonstrando, assim, as mudanças em seus traços e das vestimentas. E assim foi por 36 anos. 

As fotos não são obras de arte, mas emocionam e nos surpreende quando acompanhamos ano por ano e percebemos as pequenas diferenças entre elas. Para ter uma lógica, as irmãs Brown se posicionam da mesma maneira em todas as fotografias.  

As irmãs Brown – Heather, Mimi, Bebe e Laurie – tinham entre 15 e 25 anos na primeira foto. 

A série, intitulada “As Irmãs Brown” (The Brown Sisters) foi exibida na Galeria Nacional de Arte (Washington D.C., EUA) e no George Eastman House (Rochester, NY, EUA). Além disso, dois conjuntos foram vendidos em leilões de fotografia em Nova York (EUA).

Por Ana Lis Soares (Revista Pais & Filhos)

Escolhi publicar aqui no blog apenas algumas fotos da série. Para ver todas as fotos, acesse o link http://revistapaisefilhos.uol.com.br/familia-e-tudo/diga-x

1977
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1981
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1984
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1988
1988
1992
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2003
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2007
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