Assistindo novamente “Into The Wild”

Hoje assisti novamente ao filme “Na Natureza Selvagem” (Into The Wild), que é um de meus filmes favoritos. O livro no qual o filme foi baseado também é um de meus favoritos. A história de Christopher McCandless, mesmo tendo final infeliz é para mim inspiradora. E mais uma vez vendo o filme tive idéias de novas viagens e aventuras. Então aguardem que em breve terei novidades para contar aqui no Blog!!

Eu não teria coragem para largar tudo e “cair no mundo” igual fez o jovem Chris, utilizando o pseudônimo Alexander Supertramp (Supertramp significa Super Andarilho). Mas consegui entender parte do que ele sentia e coloquei em prática isso faz algum tempo. Ficar atrelado a uma vida infeliz em troca de um bom salário, certa estabilidade e uma vida pequena burguesa cercada de muitos confortos da vida moderna, pode ser bom para muitas pessoas, mas com certeza afasta essas pessoas do seu “eu” ancestral, que é viver próximo, senão junto à natureza. E viver um tempo desapegado do dinheiro e do conforto, nos faz dar ainda mais valor as coisas simples da vida e as pessoas de que gostamos. Como disse o navegador Amyr Klink: “É preciso sentir frio para dar valor ao calor, sentir-se desabrigado para dar valor ao próprio teto”. Coloquei isso em prática – se bem que era algo que eu já fazia antes em menor grau – e desde então passei a dar valor às coisas que realmente importam. Não desisti de levar uma vida confortável, mas vez ou outra tenho que fazer alguma atividade, alguma viagem que me faça deixar de lado por algum tempo o conforto da vida moderna e viver de uma forma muito simples, valorizando as pequenas coisas.

Passei alguns anos infeliz e triste, me matando de trabalhar para ganhar cada vez mais dinheiro e depois descobri que isso não me trazia uma real felicidade. E bastaram alguns problema pessoais e de saúde, para que minha infelicidade se transformasse em uma depressão que quase me matou. Tive que recomeçar minha vida do zero, e ainda estou tentando dar um rumo definitivo a ela. Mas para isso tive que parar por um tempo e me aventurar por muitos lugares na busca de um novo rumo para minha vida e principalmente tentando me reconhecer, tentando descobrir quem era esse novo “eu”, a nova pessoa em que me transformei. Esse processo foi longo e muitas vezes doloroso, mas foi necessário e hoje encontrei finalmente meu novo norte e sei o que quero e o que não quero de/em minha vida daqui para frente. E nesse processo, tanto o livro quanto o filme “Na Natureza Selvagem” me ajudaram, serviram de inspiração. Para o personagem do livro/filme, infelizmente não foi possível recomeçar sua vida quando ele finalmente tinha encontrando o seu norte e decidira voltar a viver na “civilização”. Ele cometeu um erro que lhe custou à vida. Mas sua morte não foi em vão, pois ela serviu e serve de inspiração para pessoas no mundo todo.

Se você não conhece a história de Christopher McCandless, leia o livro e veja o filme. Garanto-lhe que alguma coisa, por menor que seja, vai mudar em sua mente e no seu coração. E se assistir ao filme, com certeza a trilha sonora de Eddie Vedder vai fazer valer a pena o tempo que “perdeu” vendo o filme.

NA NATUREZA SELVAGEM
INTO THE WILD
Livro: Na Natureza Selvagem

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Amyr Klink

Participei de outra palestra no SEBRAE, desta vez com o Amyr Klink, de quem sou admirador confesso. Não sou chegado a tietagens nem a frescuras do gênero, mas desde que li o primeiro livro do Amyr, em 1991, tornei-me um grande admirador do seu trabalho, de suas viagens e de suas ideias. Desde então, tenho acompanhado sua carreira, lido seus livros e acompanhado seus projetos.

A palestra foi bastante interessante e divertida, pois as histórias que ele conta, as experiências que viveu, muitas vezes acabam sendo engraçadas. Eu já havia assistido a uma palestra dele em 2000, por ocasião do lançamento do livro Mar Sem Fim. Naquela ocasião, consegui apenas um autógrafo no livro, cumprimentei com um aceno de cabeça e nada mais. Já desta vez, consegui autógrafo em dois livros, tirei uma foto e ainda conversei um pouco com ele, que me deu uma excelente dica sobre um plano futuro. Só não conversei mais porque a fila para falar com ele estava enorme e, como eu estava demorando, o pessoal já começava a olhar torto.


Breve biografia de Amyr Klink

Natural de São Paulo, filho de pai libanês e mãe sueca, começou a frequentar a região de Paraty (RJ) com a família quando tinha apenas dois anos de idade. Essa cidade histórica do litoral brasileiro foi o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo. Casou-se em 1996 com Marina Bandeira, com quem teve as filhas gêmeas Tamara e Laura, nascidas em 1997, e a caçula Marininha, nascida em 2000.

Desde 1965, é colecionador de canoas antigas, tendo ajudado a fundar o Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul (SC). No terreno esportivo, foi remador pelo Clube Espéria, em São Paulo, de 1974 a 1980. Em 1978, realizou sozinho a travessia Santos–Paraty em canoa. Dois anos depois, fez os percursos Paraty–Santos e Salvador–Santos em catamarã, viagem que durou 22 dias. Em 1982, velejou de Salvador até a Guiana Francesa, passando por Fernando de Noronha, pesquisando correntes para o projeto seguinte: a travessia do Atlântico Sul a remo, em solitário.

Também percorreu mais de dois mil quilômetros em um pequeno barco a motor na Amazônia, seguindo o curso dos rios Negro e Madeira. De moto, foi até a Patagônia, e aos 19 anos escalou a cordilheira dos Andes, percorrendo todo o território do Chile.

Em 1984, realizou a primeira travessia do Atlântico Sul a remo em solitário, viagem relatada no livro Cem Dias entre Céu e Mar. Em 1986, iniciou uma viagem preparatória à Antártica e ao Cabo Horn, a bordo do veleiro polar Rapa Nui.

Em dezembro de 1989, iniciou o Projeto de Invernagem Antártica, em solitário, a bordo do veleiro polar Paratii. Foram 27 mil milhas da Antártica ao Ártico, percorridas em 642 dias. Os livros Paratii – Entre Dois Pólos e As Janelas do Paratii relatam e ilustram este projeto.

Em 1992, participou do projeto Faróis do Brasil – navegação terrestre pela costa brasileira, em equipe com Klever Kolberg e André Azevedo. No ano seguinte, viajou novamente pela costa, desta vez pilotando um trike (asa-delta motorizada).

Em janeiro de 1997, voltou à Antártica como consultor de uma equipe de filmagem para captação de imagens de alpinistas em icebergs.

Em 31 de outubro de 1998, iniciou o projeto Antártica 360 – uma volta ao mundo pela rota mais difícil: a circunavegação em torno do continente gelado. Durante 79 dias, Amyr enfrentou sozinho os mares mais temperamentais do planeta e inúmeros icebergs. Essa viagem está registrada no livro Mar sem Fim.

No ano 2000, começou a desenvolver um projeto de construção de cais flutuantes adequados às condições brasileiras, para uso em marinas e portos de lazer. No mesmo ano, participou do Rally Paris–Dakar–Cairo como navegador da equipe brasileira Troller, a bordo de um veículo 100% nacional, conquistando o 6º lugar na categoria novatos.

Em 2001, após oito anos de planejamento, ficou pronto o veleiro polar Paratii 2. Idealizado por Amyr para ser uma “plataforma de trabalho”, foi construído no mesmo estúdio que projetou o Seamaster (antigo Antarctica). Em dezembro, ele viajou à Espanha com o novo barco para a instalação dos dois mastros “aerorig”, produzidos em Palma de Mallorca.

Em 2002, concluiu a etapa experimental do Projeto Viagem à China, que previa a volta ao mundo por uma rota inédita, no Círculo Polar Ártico. Entre 30 de janeiro e 6 de abril, Amyr e sua tripulação ultrapassaram o Círculo Polar Antártico, visitaram a Baía Margarida e alcançaram o Mar de Bellingshausen, extremo sul navegável da península antártica. De lá, partiram para a Geórgia do Sul antes de regressar ao Brasil.

Entre 2003 e 2004, realizou uma reedição da circunavegação polar com o Paratii 2. Na primeira viagem, com o primeiro Paratii e em solitário, não conseguiu registrar imagens. Desta vez, com cinco tripulantes, foi possível documentar tudo em um documentário e em uma série de quatro episódios produzida pelo National Geographic Channel. A viagem durou cinco meses, sendo 76 dias para completar a volta ao mundo, o que consagrou o Paratii 2 como o veleiro polar mais eficiente de que se tem notícia.

Esse projeto encerrou um ciclo de viagens experimentais que tinham como objetivo validar novos conceitos construtivos e aplicar técnicas inovadoras em produtos de uso cotidiano, submetidos a condições extremas e sempre com preocupação ambiental.

Formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie, Amyr Klink é diretor da Amyr Klink Planejamento e Pesquisa Ltda. e da Amyr Klink Projetos Especiais Ltda. É também sócio-fundador do Museu Nacional do Mar (São Francisco do Sul, SC) e da revista Horizonte Geográfico.

Membro da Royal Geographical Society e assessor de expedições da revista National Geographic Brasil, Amyr Klink ministra palestras para empresas, escolas, universidades, instituições e associações, abordando temas como planejamento estratégico, gerenciamento de risco, qualidade e trabalho em equipe.

Fonte: www.amyrklink.com.br

Com Amyr Klink durante palestra do Sebrae.
Com Amyr Klink durante palestra do Sebrae.
Amyr Klink
Amyr Klink
Outra foto com Amyr, mas o flash não funcinou.
Outra foto com Amyr, mas o flash não funcionou.