Mês: janeiro 2022
Curitiba
Não visitava Curitiba há dois anos e meio. Morei 20 anos em Curitiba e desde 1988 que não ficava tanto tempo sem ir na cidade. E me assustei com o que vi. Cidade suja, cheia de pichações, muitos moradores de rua, tráfico correndo solto a luz do dia em algumas praças do centro da cidade.
Andei pela cidade a noite e aí sim me assustei. Em algumas regiões existem pedintes em todo semáforo. Nada contra os pedintes, mas é que não tem como você saber quem é realmente pedinte e quem está querendo te assaltar.
Definitivamente Curitiba é uma cidade decadente, que nada lembra os tempos em que morei por lá. Tão cedo não volto!
Ilha do Mel
Desde 2010 que não ia na Ilha do Mel. E depois dessa visita não pretendo voltar tão cedo. Muito lixo, excesso de visitantes, muitas pousadas, bares e restaurantes. Comecei a frequentar a Ilha do Mel no final dos anos oitenta e naquela época a Ilha era mais deserta, não tinha tantos bares, pousadas, som alto e sujeira. Ficávamos em camping e a ilha era mais selvagem e paradisíaca.
Outro absurdo que presenciei, foram algumas casas de alto padrão construídas quase ao lado da Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres.
Fizemos um passeio a pé, maior parte na chuva, entre Nova Brasília e a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres. O passeio foi legal e a volta de barco foi com emoção devido a chuva e o mar cheio de ondas.
Morretes
Estivemos visitando Morretes, uma cidade que acho muito simpática. Fazia alguns anos que não visitava a cidade e me espantei com o aumento do número de restaurantes. Sendo o prato típico local o Barreado, muita gente visita a cidade exclusivamente para comer tal iguaria. Não é meu caso, pois não curto carne cozida e da vez que experimentei o Barreado não gostei.
A chuva acabou encurtando nosso passeio por Morretes, mas mesmo assim valeu a pena as poucas horas que ficamos na cidade.
Passeio de trem Morretes / Curitiba
Fizemos o passeio de trem entre Morretes e Curitiba. Na verdade embarcamos pouco depois de Morretes, na Estação Marumbi. Era a primeira vez que a Eliane fazia esse passeio e ela gostou da experiência. Eu já fiz várias vezes, sendo a última vez em 2010. Tal passeio é muito legal e a paisagem é incrível.
Farei duas observações que acho oportunas. A primeira é com relação as árvores do lado da estrada, que cresceram muito e impedem de se ver muitas paisagens que eram possíveis ver no passado.
A segunda observação é com relação ao preço da passagem. A passagem mais barata é R$ 160,00. Achei muito caro! Lembro dos tempos em que a RFFSA administrava o trem e os preços eram bem em conta. Era muito comum nos finais de semana, famílias inteiras pegarem o trem e irem até Morretes ou Paranaguá (naquela época o trem ia até lá) passarem o dia e no final da tarde pegarem o trem de volta para Curitiba. Hoje isso é meio que impossível de se fazer, pois um casal com um filho, gastaria R$ 960,00 para fazer tal passeio, isso comprando a passagem mais barata. A Serra Verde Express, empresa que administra o trem de passageiros atualmente, parece estar mais preocupada com os turistas endinheirados do que com os passageiros comuns, moradores de Curitiba e região metropolitana.
Parque Estadual Marumbi
Comecei o ano junto com a Eliane, desbravando o Parque Estadual Marumbi. Passámos dois dias andando pelo Parque. Fazia alguns anos que não visitava o lugar e constatei que as casas e as estações Engenheiro Lange e Marumbi, estão em péssimo estado de conservação.
Também caminhamos um pouco pelo Caminho do Itupava. O mesmo está fechado desde o início da pandemia e a trilha está suja, com muito mato e cobras. O camping do Marumbi também está fechado e o horário restrito, você precisa sair do Parque até 17 horas. Isso atrapalhou muito nossos planos, pois tivemos que ficar num camping distante seis quilômetros do Parque. E por conta do horário restrito de visitação, não chegamos ao cume do Marumbi.
Apesar dos pesares, foram dois dias muito agradáveis visitando o Parque Estadual Marumbi. O que nos fez sofrer bastante foi o calor intenso, mas no geral valeu o passeio.
Estrada da Graciosa
Descemos pela histórica Estrada da Graciosa. Fazia um dia de sol, o que deixou o passeio ainda mais bonito. Notei que a cada ano as árvores do lado da estrada crescem mais e isso faz com que cada vez menos se possa observar a bela vista que se tem ao passar por ali. Mas derrubar árvores é algo impensável, então o jeito é admirar a mata e as sinuosas curvas da estrada.
A Estrada da Graciosa é uma estrada pertencente ao governo do Paraná, que utiliza a antiga rota dos tropeiros em direção ao litoral do Estado, interligando o município de Quatro Barras, às cidades de antonina e Morretes. Foi a primeira estrada pavimentada do Paraná. A estrada atravessa o trecho mais preservado de Mata Atlântica do Brasil, marcado pela mata tropical e pelos belos riachos que nascem na Serra do mar. Por isso, em 1993, parte do trecho da Serra foi declarada pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
Parque Estadual de Vila Velha
Após 11 anos desde minha última visita, voltei ao Parque Estadual de Vila Velha. E gostei do que vi! O Parque está bem cuidado, limpo, os passeios bem organizados. Tudo bem diferente da primeira vez que estive ali, no início de 2000. Naquela época tudo era meio caótico e bagunçado.
Fizemos o passeio clássico pelos arenitos e depois fomos de ônibus até Furnas. Uma pena que o elevador que leva até o fundo continua quebrado. Foi a primeira vez da Eliane no local e ela curtiu muito o passeio. Fazia bastante calor e mesmo sendo o primeiro dia do ano o Parque estava cheio.
Você paga um ingresso de R$ 48,00 e tem direito a fazer os três passeios disponíveis, que são: Arenitos, Furnas e Lagoa Dourada. Não fomos até a Lagoa Dourada, pois tinha muita fila para os ônibus e estávamos cansados após viajar quase a noite toda e queríamos seguir em frente com nossa viagem.
O Parque Estadual de Vila Velha foi o primeiro Parque Estadual criado no Paraná, em 1953, pela Lei Estadual nº 1.292. Alguns anos depois, em 1966, foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Paraná. Hoje, é uma concessão do Governo de Estado do Paraná, por meio do Instituto Água e Terra, à Soul Vila Velha, uma empresa da Soul Parques.