“(…) porque as únicas pessoas que me interessam são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam ou falam chavões… mas queimam, queimam como fogos de artifício pela noite“.
Estou relendo o livro On The Road, que é um grande clássico norte americano. Estão fazendo uma versão para o cinema, com direção do brasileiro Walter Salles, e espero que o filme seja tão bom quanto o livro. No elenco do filme aparecem alguns nomes conhecidos, como: Kristen Stewart, Amy Adams, Viggo Mortensen, Kirsten Dunst, Garrett Hedlund, Alice Braga e Sam Riley.
On The Road (Pé na Estrada) é considerado a obra prima de Jack Kerouac, um dos principais expoentes da Geração Beat*, sendo uma grande influência para a juventude dos anos 60, que colocavam a mochila nas costas e botavam o pé na estrada. Foi lançado nos Estados Unidos, pela primeira, vez em 1957. Responsável por uma das maiores revoluções do século XX, On The Road escancarou ao mundo o lado divertido da experiência da vida americana, a partir da viagem de dois jovens (Sal Paradise e Dean Moriaty) que atravessaram os Estados Unidos de costa a costa. Acredita-se que Sal Paradise, o personagem principal, seja o próprio Jack Kerouac. É um livro que influenciou a música, do rock ao pop, os hippies e, mais tarde, até o movimento punk. E confesso que também fui um pouco influenciado, pois desde a primeira vez que li o livro, tenho colocado cada vez mais o “pé na estrada”.
*O termo Geração Beat (Beat Generation em inglês), foi criado por Jack Kerouac por volta de 1948. Era formado por um grupo de jovens intelectuais norte americanos, que cansados da monotonia da vida ordenada e da idolatria à vida suburbana do pós-guerra, resolveram, regados a jazz, drogas, sexo livre e pé na estrada, fazer sua própria revolução cultural por meio da literatura. O tempo passou e o ideal de liberdade foi assimilado, e um momento importante desse ideal foram os três dias do festival de Woodstock e seu público de meio milhão de pessoas.