Após dormir até um pouco mais tarde, chegou a hora de levantar e terminar de arrumar minhas coisas para ir embora. Após vários dias de viagem, já estava sentindo saudades de casa, principalmente da minha cama, pois há dias vinha sentindo dores nas costas por não ter me adaptado às camas onde dormi.
Tudo ajeitado e, pouco antes do meio-dia, fizemos o check-out no hotel. Antes de seguir para o aeroporto, resolvemos almoçar em um Nando’s, que é um restaurante que serve comida indiana. Por ser hora do almoço, o restaurante estava cheio; inclusive, havia alguns indianos de turbante almoçando no local. Na Inglaterra, vivem muitos indianos que, por vários motivos, se mudaram para a terra de seus colonizadores. Para evitar surpresas, olhei o cardápio de ponta a ponta duas vezes e escolhi um sanduíche. Como sou muito chato para comer, prefiro não arriscar em lugares onde vou comer pela primeira vez.
Após almoçar, atravessamos a rua em frente e entramos na estação de metrô Southwark. Até o aeroporto de Heathrow, foi quase uma hora de viagem, e tivemos que trocar de metrô em uma estação quase no meio do caminho. Para evitar problemas, sempre procuramos chegar bem cedo aos aeroportos.
Fomos para a fila de check-in da Latam e ficamos quase uma hora esperando abrir. Então, fizemos o check-in, despachamos nossas malas e fomos passar pela imigração. Sair de um país sempre é mais fácil do que entrar, então não tivemos problemas. Em seguida, fomos para a sala VIP da British Airways, que é parceira da Latam. Ficamos o resto da tarde e o começo da noite na sala VIP, conversando, descansando, comendo e bebendo. Tínhamos à disposição vários freezers de bebidas, principalmente latas de refrigerante pequenas, de 150 ml. Eu e o Wagner bebemos várias latas. Acabei provando uma Ginger Ale cítrica. Adorei esse refrigerante e só não bebi mais porque não tinha espaço no estômago. A Ginger Ale é um refrigerante à base de gengibre. As opções de comida disponíveis eram bem inglesas, e provei algumas com moderação. Acabei gostando de um feijão enorme, com carne de ovelha, que mais parecia uma feijoada feita com feijão marrom. Exagerei e, depois, fiquei passando mal antes, durante e após o voo.
Pouco antes das 21 horas, horário local, embarcamos no avião. Mais uma vez, viajaríamos na classe executiva. Dessa vez, fiquei em um canto, bem no final da classe executiva, e meu irmão ficou em uma poltrona à minha frente. A viagem até o Brasil teria duração de onze horas, o que, mesmo na classe executiva, é desgastante. Serviram o jantar menos de duas horas após a partida. A sobremesa, assim como na ida, era sorvete. Só que, dessa vez, não era Häagen-Dazs. Como eu era o último da fila, não tive opção de escolher o sabor, e me trouxeram um sorvete de chocolate com pedaços de laranja, de uma marca inglesa cujo nome não lembro. O sorvete era horrível, e não sei por que comi tudo. Eu, que já estava mal do estômago, fiquei ainda pior. Não conseguia dormir e vi dois filmes e seis episódios de uma série. Só consegui dormir quando começamos a sobrevoar o Brasil. E justo quando comecei a dormir, iniciou-se uma turbulência severa.
O resto da viagem se resume ao desembarque em São Paulo e, depois, pegar um voo de conexão para Maringá. Lá, passei o resto do dia e, no começo da noite, peguei meu carro, que tinha ficado na garagem do prédio do meu irmão, e segui para minha cidade, minha casa, meus gatos e minha cama querida…
Essa minha terceira viagem para a Europa foi muito legal. Conheci muitos lugares interessantes, conheci pessoas legais, provei comidas novas e diferentes. No geral, não tenho nada a reclamar. Só tenho a agradecer a Deus por tudo ter dado certo, mesmo com os pequenos perrengues que passei, e ao meu irmão pelo convite para viajar com ele, mesmo que tenha sido meio de última hora. No geral foi uma viagem inesquecível!








