Viagem Europa 2025: Ingalterra – Big Ben

Big Ben é um grande sino instalado na torre noroeste do Palácio de Westminster, sede do Parlamento Britânico, localizado em Londres. O nome oficial da torre era originalmente Clock Tower, mas foi renomeada como Elizabeth Tower em 2012 para marcar o Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II. A torre foi inaugurada durante a gestão de Sir Benjamin Hall, ministro de Estado da Inglaterra, em 1859.

A torre abriga o maior relógio de quatro faces do mundo e é a décima quarta torre de relógio mais alta do planeta. Construída em estilo neogótico, possui 96 metros de altura, tendo sido concluída em 1858 e iniciando suas atividades em 7 de setembro de 1859.

A Torre do Big Ben é um ícone cultural britânico, um dos símbolos mais proeminentes do Reino Unido, frequentemente presente em filmes, séries de televisão e documentários ambientados em Londres.

Em 15 de fevereiro de 1952, o sino tocou 56 vezes, uma por minuto, durante o funeral do Rei Jorge VI, falecido aos 56 anos. Em 27 de julho de 2012, tocou por 3 minutos (das 8h12 às 8h15) para anunciar a abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2012. Essa foi a primeira vez que o sino tocou fora de sua programação normal desde o funeral de Jorge VI.

História e Construção

A Elizabeth Tower, anteriormente chamada Clock Tower e popularmente conhecida como Big Ben, foi erguida como parte do projeto de Charles Barry para a reconstrução do Palácio de Westminster, após um incêndio devastador em 16 de outubro de 1834. Barry, o arquiteto-chefe, contou com a colaboração de Augustus Pugin para o projeto da torre do relógio, inspirado nos trabalhos anteriores de Pugin, como Scarisbrick Hall, em Lancashire. Esse foi o último projeto de Pugin antes de sua morte.

A torre possui uma estrutura de 96 metros de altura. Os primeiros 61 metros são compostos de alvenaria revestida de calcário Anston, enquanto o restante da torre é de ferro fundido. A base da torre é quadrada, com 15 metros de lado e feita de concreto com 3 metros de espessura, situando-se a 4 metros abaixo do nível do solo. Os mostradores do relógio estão localizados a 55 metros do chão, e o volume interno da torre é de 4.600 metros cúbicos.

Apesar de ser uma das atrações turísticas mais famosas do mundo, o interior da torre não está aberto a visitantes estrangeiros. Apenas residentes do Reino Unido podem agendar visitas através de seus parlamentares. A torre também não possuía elevador, mas um está sendo instalado, eliminando a necessidade de subir seus 334 degraus.

Inclinação da Torre

Devido a mudanças nas condições do solo, a torre sofreu uma ligeira inclinação para o noroeste. Em outubro de 2011, a inclinação era de 0,26 graus, resultando em um desvio de meio metro entre a base e o topo. Especialistas indicam que a inclinação aumentou desde 2003, sem razão aparente. No entanto, autoridades britânicas afirmam que levaria cerca de 10 mil anos para que a torre atingisse uma inclinação crítica semelhante à da Torre de Pisa.

O Relógio

Os quatro mostradores do relógio foram projetados por Augustus Pugin. Cada um tem 7 metros de diâmetro e contém 312 peças de vidro opaco, similares a vitrais. As molduras das bases são douradas, e na base de cada marcador há a inscrição em latim: “DOMINE SALVAM FAC REGINAM NOSTRAM VICTORIAM PRIMAM” (“Deus Salve Nossa Rainha Vitória I”).

O mecanismo do relógio foi projetado pelo horologista Edmund Beckett Denison e pelo astrônomo real George Airy, e construído pelo relojoeiro Edward John Dent. A precisão do relógio é ajustada adicionando ou removendo moedas de cobre no pêndulo. Cada moeda altera a velocidade em 0,4 segundos por dia. O relógio é manualmente acionado três vezes por semana, levando cerca de 1,5 horas.

O Sino Big Ben

O sino original, fundido em 1856 pela John Warner & Sons, pesava 16 toneladas, mas rachou antes de ser instalado. O sino atual, fundido em 1858 pela Whitechapel Bell Foundry, pesa 13,76 toneladas e tem 2,74 metros de diâmetro. Foi erguido na torre em uma operação de 18 horas. Em setembro de 1859, o sino rachou novamente. Para repará-lo, um pedaço de metal foi removido e o martelo foi reposicionado. Desde então, o som do sino é ligeiramente diferente.

Impacto Cultural e Manutenção

O Big Ben é um dos símbolos mais icônicos do Reino Unido. Seu som é transmitido pela BBC Radio 4 desde 1923. A torre passou por uma grande restauração entre 2017 e 2021, com um orçamento que ultrapassou 80 milhões de libras. As obras incluíram a remoção de telhas de ferro fundido, instalação de um elevador e restauração da cor original azul da Prússia nos mostradores do relógio.

Após quatro anos de trabalho, a torre foi reinaugurada em novembro de 2021, a tempo para as festividades de Ano Novo. O Big Ben continua sendo um dos monumentos mais reconhecidos e admirados no mundo inteiro.

 

Viagem Europa 2025: Ingalterra – Dia 4

Saímos cedo do hotel e fomos pegar o metrô na estação ao lado. Fazia mais um dia de frio e céu nublado. Eu queria visitar a casa do Capitão Scott, o explorador polar que morreu na volta do Polo Sul. Em Londres, as casas onde personagens famosos da história moraram são sinalizadas com uma placa azul. Existe um aplicativo que mostra, num mapa da cidade, onde ficam essas casas.

A casa de Scott era a única que me interessava visitar. Na verdade, a visita se resumia a tirar uma foto em frente à casa, pois entrar nela estava fora de questão, já que foi modificada e tem novos moradores, que com certeza não devem gostar de visitantes estranhos. Pegamos o metrô até perto do local onde a casa ficava e depois um Uber.

Desci em frente à casa, tirei algumas fotos e fiquei observando-a por uns dois minutos, tentando imaginar o que se passava pela cabeça do Capitão Scott quando saiu dali pela última vez, em 1910, para seguir rumo à Antártica numa expedição de três anos da qual não voltou. O local devia ser um pouco diferente e mais calmo do que é atualmente.

Notei que, um pouco antes da casa do Capitão Scott, havia uma plaquinha na porta de outra casa informando que Bob Marley morou ali. Como não gosto de Bob Marley nem de suas músicas, não tive o menor interesse em tirar uma foto da casa onde ele viveu em 1977. Depois dessa visita, voltamos a estação do metrô e fomos rumo ao Palácio de Buckingham.

Descemos numa estação próxima ao Palácio de Buckingham. Atravessamos um grande parque e chegamos em frente ao Palácio, bem na hora da troca da guarda. O local estava cheio de gente, a maioria turistas. Também havia muitos policiais. O Palácio de Buckingham é ao mesmo tempo escritório e residência da família real quando eles estão em Londres. O Palácio também sedia cerimônias oficiais, como banquetes para chefes de Estado visitantes. Cerca de 500 pessoas trabalham no Palácio, incluindo funcionários para assuntos oficiais e domésticos do Rei Charles. A casa original que existia no local foi transformada em Palácio entre 1820 e 1830. A Rainha Vitória foi a primeira monarca a morar no Palácio, de 1837 a 1901.

Assistimos à troca da guarda e tiramos fotos em frente aos enormes portões do Palácio. Depois, ficamos um tempo em uma pequena praça em frente, onde existem muitas esculturas, inclusive uma da Rainha Vitória. Seguimos nosso passeio e fomos caminhando até a Abadia de Westminster. A Abadia é o lugar de descanso final da maioria dos monarcas britânicos e onde se realizam também as coroações e outros grandes eventos que envolvem a família real. Para entrar na Abadia, havia uma fila gigantesca e desistimos de visitá-la. Do outro lado da rua, em frente à Abadia, há uma praça repleta de estátuas de figuras importantes. Gostei muito da estátua de Gandhi. Havia uma manifestação nos arredores, com muitos carros travando o trânsito e um buzinaço sem fim.

Seguimos nosso passeio e chegamos à esquina do Parlamento. Há mais de 500 anos o Palácio de Westminster é a sede das duas Casas do Parlamento: a dos Lordes e a dos Comuns. Seria algo parecido com a nossa Câmara dos Deputados e o Senado, mas o sistema inglês é o parlamentarismo, que é bastante diferente do nosso sistema presidencialista. Num dos cantos do prédio do Palácio de Westminster fica o famoso Big Ben.

O Big Ben é um grande sino instalado na torre noroeste do Palácio de Westminster. O nome oficial da torre em que o Big Ben está localizado era originalmente Clock Tower, mas ela foi renomeada como Elizabeth Tower em 2012 para marcar o Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II. A torre foi inaugurada durante a gestão de Sir Benjamin Hall, ministro de Estado da Inglaterra, em 1859. A torre do Big Ben é um ícone cultural britânico, um dos símbolos mais proeminentes do Reino Unido e frequentemente aparece em cenas de filmes, séries de televisão, programas ou documentários ambientados em Londres. O sino do Big Ben toca a cada hora, e quatro sinos menores soam a cada quinze minutos.

Um pouco à frente do Parlamento, do outro lado da rua, nas margens do rio Tâmisa, fica a London Eye, uma roda-gigante enorme. Tiramos fotos em frente a ela e só. Meu irmão já tinha dado uma volta nela em uma viagem anterior e disse que demora muito. Eu tenho um trauma de infância com relação a rodas-gigantes, então não tinha o mínimo interesse em andar nela.

Pegamos o metrô na Estação Westminster, que ficava próxima de onde estávamos, e fomos até Piccadilly Circus. Andamos um pouco pela região e também próximo à Trafalgar Square. Fomos até Chinatown. A história desse lugar remonta à década de 1950. A comunidade chinesa da Londres do pós-guerra tinha poucos recursos, e muitos não tinham um lugar para morar, encontrando na área aluguéis baratos. Aconteceu que os soldados britânicos que voltavam do Oriente se apaixonaram pela culinária chinesa e, por isso, surgiram tantos supermercados e restaurantes. Seu sucesso atraiu mais empresários chineses do East End em busca de fortuna, e foi se formando uma reputação de vida noturna.

Após caminhar um pouco pela região, ficamos com fome, pois já era meio da tarde. Paramos numa churrascaria brasileira que fica em Chinatown e ali almoçamos um belo churrasco. Depois, fomos andar pelo Soho e voltamos a Piccadilly Circus, onde entramos em algumas lojas. Anoiteceu, esfriou e resolvemos voltar para nosso hotel. Precisávamos arrumar nossas malas, pois no dia seguinte, ou melhor, na noite seguinte, embarcaríamos de volta ao Brasil.

Antes de ir para o hotel, passamos no Tesco, que fica ao lado da estação do metrô, e fizemos algumas compras, inclusive a nossa janta. Minha janta se resumiu a quatro cupcakes com cobertura de chocolate e uma garrafa de Coca-Cola. Gosto de cupcakes e, no Brasil, nunca encontrei nenhum tão saboroso quanto os que comia nos Estados Unidos, quando lá vivi. Descobri que os cupcakes ingleses eram tão bons quanto, ou até melhores do que, os norte-americanos.

Algo que me chamou atenção tanto em Portugal quanto na Inglaterra é que as garrafas PET, sejam de água, suco ou refrigerante, ficam com as tampas presas à garrafa. Elas não se soltam totalmente, como as garrafas PET no Brasil. Depois, fiquei sabendo que, na Europa em geral, as tampas de garrafas PET ficam presas às garrafas. Isso tem por objetivo garantir que a tampa seja reciclada junto com a embalagem e também evitar que a tampa seja perdida após a abertura da garrafa, reduzindo o risco de serem jogadas em rios ou praias. Achei isso bastante interessante, e tal prática bem que podia ser adotada no Brasil.

Após comer, tomar banho e arrumar minha mala e mochila, foi hora de procurar nos bolsos moedas e notas de libras. As notas não são problema se sobrarem, pois podem ser trocadas no Brasil. Já as moedas não são trocadas e acabam se perdendo, gerando um certo prejuízo. Nas últimas semanas, tinha andado com notas de euro e de libras na carteira. Agora, tinha que me livrar delas para, em breve, voltar a ter na carteira somente as desvalorizadas notas de real.

O local onde Scott morava.
Casa do Capitão Scott.

Policial londrina.
Palácio de Buckingham.
Troca da guarda.
Em frente aos portões do Palácio de Buckingham.

Palácio de Buckingham.
Estátua da Rainha Vitória.
Palácio de Buckingham.
Palácio de Buckingham.
Abadia de Westminster.
Ao fundo o Big Ben.
Estátua de Gandhi.
Wagner, tendo ao fundo o Parlamento.
London Eyes.

Chinatown.
Churrascaria brasileira em Chinatown.
Soho.
Confeitaria no Soho.
Jantando cupcakes e Coca-Cola.
Garrafa com tampa presa.
Euros e Libras que sobraram na carteira.