Viagem a Argentina

Já fui a Argentina seis vezes, mas sempre ao interior. Inclusive há uns 15 anos tive um affair com uma argentina, que não deu certo em razão dos mil quilômetros que nos separavam. Gosto dos argentinos, pois são simpáticos e receptivos, a rivalidade fica somente no futebol. Então quando meu irmão falou que estava indo pra Buenos Aires a trabalho (ele já tinha ido duas vezes pra Buenos Aires antes) dei um jeito de ir me encontrar com ele lá, pois sempre tive vontade de conhecer a capital portenha. E sem ele saber resolvi levar minha mãe junto. Seria uma surpresa pra ele. E pra compensar a viagem, também planejei dar uma passada no Uruguai. Foi um pouco complicado convencer minha mãe a ir junto, pois ela é meio caseira. E como ela tem um problema de saúde que não permite que ela ande muito, ela ficou com receio de ir. Mas depois de alguma conversa e a promessa de que não andaríamos muito, ela topou ir junto. E então parti de Campo Mourão de carro numa madrugada de quinta-feira e viajamos 85 km até Maringá, onde fica o aeroporto mais próximo com voos regulares. Deixamos o carro num estacionamento perto do aeroporto e fomos pegar nosso voo, o inicio de uma maratona que levaria quase o dia todo. Ao todo seriam quatro voos e seguiríamos para Buenos Aires via Montevidéu, no Uruguai.

O primeiro trecho foi tranqüilo, seguimos de Maringá até Curitiba pela Gol. Em Curitiba trocamos rapidamente de aeronave e seguimos para Porto Alegre. Eu que achava que tão cedo não voltaria a essa cidade, mas estava novamente ali, pela terceira vez esse ano. Parece que tem algo que me puxa para essa cidade e o aeroporto Salgado Filho é com certeza o aeroporto onde mais horas passei em minha vida. E pra aumentar minhas estatística, ficamos cinco horas esperando nosso próximo voo. Eu morrendo de sono acabei cochilando um bom tempo em uma mesa na Praça de Alimentação. Almoçamos no aeroporto e em seguida embarcamos num voo rumo a Montevidéu. Eu estava pregado e não demorei a pegar no sono. Isso foi bom, pois boa parte desse trecho foi de muita turbulência, coisa que detesto, pois ataca minha labirintite. Dessa parte do voo só lembro-me de minha mãe me perguntado se eu queria o lanche servido pela comissária, que era um sanduíche. Depois não me lembro de mais nada. Fui acordar pouco antes do desembarque em Montevidéu.

O aeroporto de Montevidéu é novo, grande e muito bonito, além de ter uma arquitetura moderna. Fizemos os tramites burocráticos e ficamos mais um bom tempo esperando o voo para Buenos Aires. Geograficamente Montevidéu e Buenos Aires não são muito distantes, cada uma fica de um lado do Rio da Prata. Existe a opção de ir de uma cidade a outra de barco. Pesquisei essa opção, mas era mais demorada e mais cara do que seguir por via área. Fizemos nosso tramite para seguir para a Argentina e tudo correu sem problemas. Todo o processo era feito do lado uruguaio, numa operação conjunta entre argentinos e uruguaios. Achei o sistema interessante. No inicio da noite embarcamos num avião da empresa uruguaia Pluna. O avião não era dos maiores, por muito pouco minha cabeça não batia no teto. De ponto negativo vale mencionar que a bagagem despachada é cobrada e a taxa de embarque é cobrada antes do embarque, e ambas tem preço em dólar e não é barato. O lanche a bordo também era cobrado em dólar, bem caro, então quase ninguém pediu. O voo foi rápido, pouco mais de meia hora. O desembarque não foi em Ezeiza, o grande aeroporto de Buenos Aires, mas sim no Aeroparque, um aeroporto menor e mais perto do centro. O desembarque foi feito na pista e logo pegamos nossa bagagem e fomos tomar um taxi.

A moeda brasileira está bastante valorizada na Argentina, valendo quase que dois por um. Então o taxi acabou sendo barato. Mas taxista é safado em toda parte do mundo, então sempre é bom tomar cuidado. O taxista nos mostrou uma tabela que continha o preço a ser cobrado entre o aeroporto e o centro. Achamos barato e pagamos pela tabela, sem o uso do taxímetro. Dias depois ao fazermos o mesmo trecho de volta, utilizando o taxímetro e fazendo uma parada (que foi cobrada) de 10 minutos pelo caminho, o valor cobrado foi menor do que o valor cobrado na ida. Chegamos ao nosso hotel, o mesmo que meu irmão estava hospedado, bem no centro da cidade próximo a famosa Cale Florida. Já na entrada deu pra perceber que tinha muito brasileiro hospedado ali. Fizemos os tramites e fomos para o quarto. Encontramos meu irmão que ficou surpreso e feliz com a presença de minha mãe. Após descansar um pouco fomos sair para jantar. E pra não ter surpresas com a comida local, fomos ao mais fácil que é encontrar um McDonald´s. Depois do lanche voltamos direto para o hotel e fomos dormir, pois o dia seguinte seria puxado.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Eu e minha mãe em Porto Alegre.

Dormindo no aeroporto.

Dona Vanda curtindo o voo.

Aeroporto de Montevidéu. 

Avião da Pluna.

A cabeça quase encostando no teto.

Voo entre Montevidéu e Buenos Aires.

Chegando a Buenos Aires.

Suculento jantar em Buenos Aires.

Dona Vanda e seu jantar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *