Na sexta-feira e no sábado, teve seminário para funcionários novos na chácara do colégio que fica em Piraquara. Mesmo não sendo um funcionário novo, fui participar. Saímos do colégio no final da tarde e após 30 km, metade em asfalto e metade em estrada de chão, chegamos ao nosso destino. A chácara fica no inicio da Serra do Mar, num lugar muito bonito cercado de mato, “no pé” de alguns morros. Estávamos em aproximadamente 50 pessoas e quando fui procurar meu quarto na lista, descobri que tinham esquecido de me incluir na lista de participantes e o único quarto vago ficava justamente na ala feminina. Para piorar o quarto não tinha chave e o trinco de dentro não funcionava. E pra piorar ainda mais, logo apareceu uma gaiata e disse que por ser meu aniversário no dia seguinte, a mulherada ia me sacanear. Fiquei de olho, cuidando para que ninguém entrasse no quarto. Mas acabei esquecendo de trancar direito a janela e foi por ali que entraram e deram nó em toda minha roupa, só não deram nó nas cuecas. Até meu colchão desapareceu. Tivemos o inicio do seminário com uma discussão em grupos que foi bastante interessante. Depois teve janta regada a muita lasanha e como não tinha almoçado, me acabei de tanto comer. O ponto negativo foi que acabou a energia e ficamos no escuro total. Depois de um a rápida chuva o tempo começou a limpar e fomos numa turminha bater papo do lado de fora do prédio. O papo estava bastante animado e como o céu foi limpando cada vez mais, a lua surgiu e resolveram ir passear no escuro, até a entrada da chácara, onde existe um lago. Foi meio complicado caminhar no escuro em alguns trechos onde tinham árvores e a luz da lua não clareava. Não faltaram escorregões e pisadas em bosta de vaca. Eu fui um dos premiados e além de pisar, escorreguei num monte de bosta e quase cai sentado. Nosso passeio no escuro foi divertido e demos boas risadas e “micos” é que não faltaram. O maior de todos foi a Juliana H. que ao se afastar de costas para tirar uma foto do pessoal, caiu num barranco de cara numa árvore. Após o susto demos muitas risadas, mas quase que ela se machuca. E pior seria se ela tivesse caído do outro lado da estradinha, onde fica o lago. Outro fato curioso foi ao tirar uma foto com o Alysson, um morcego passou voando sobre nossas cabeças. Na foto aparece o Alysson olhando para cima, mas o morcego não aparece. Agora em vez de dizer “olha o passarinho” ao tirar fotos, melhor dizer “olha o morceguinho”. Fizemos o caminho da volta pouco depois da meia-noite e tive direito a “parabéns pra você” e cumprimentos no escuro, pois já era dia quatro, dia de meu aniversário. Acabei indo dormir bem tarde, pois fiquei conversando com o pessoal.