Prova Rústica Tiradentes 2018

Hoje foi dia de levantar cedo, pegar estrada e viajar quase 90 km até Maringá, para participar da Prova Rústica Tiradentes. Foi a segunda vez que corri essa prova, a outra vez foi em 2005. O que percebi foi que a prova cresceu, tanto em participantes, quanto em organização. Dessa vez, mesmo sofrendo com dores no joelho direito, curti muito ter participado. Corri devagar, cuidando do joelho e consegui cruzar a linha de chegada, mancando…

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Jorge & Mateus – Expoingá 2017

Meu domingo foi movimentado, pois acordei de madrugada, no frio para ir participar de uma caminhada de 14 km. Voltei para casa no meio da tarde, resolvi alguns assuntos e parti para Maringá, para ir na Expoingá. Alguns passeio por lá, brincadeiras no parque de diversões e para fechar a noite show com Jorge & Mateus.

Em 2012 eu tinha assistido a um show de Jorge & Mateus, também na Expoingá. O show de 2012 já tinha sido muito bom, e o desse ano foi ainda melhor. Foi uma hora e meia de show, onde mesclaram músicas antigas e novas. E teve participação do Rodolfo, da dupla Israel & Rodolfo, que cantou a música Marca Evidente, em dupla com o Jorge. O pavilhão de shows estava lotado, uma plateia comportada e que interagiu muito com o show. O difícil foi pegar estrada para ir pra casa, chegar em casa ás quatro da manhã e levantar cedo na segunda-feira para ir trabalhar. Mesmo assim valeu muito o domingo movimentado!

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Antiga Rodoviária de Maringá

Estive na cidade de Maringá recentemente e ao parar em um semáforo no centro da cidade, olhei para um enorme terreno ao lado. Demorei alguns segundos para lembrar o que existia em tal local, que agora é um feio estacionamento público. Nesse terreno ficava a antiga Rodoviária de Maringá, que foi construída no anos sessenta. Durante muitos anos a rodoviária funcionou no centro da cidade e foi palco de milhares de histórias alegres e tristes. E tal rodoviária também faz parte de minha história, principalmente em minha infância e adolescência. Muitas vezes passei a noite na antiga Rodoviária, pois costumava ir para Maringá visitar amigos, ir em festas, assistir partidas de futebol e shows. E durante muitos anos o meio de transporte para ir de minha cidade, Campo Mourão, até Maringá, eram os ônibus que entravam e saiam da antiga Rodoviária da cidade. E muitas vezes era necessário pernoitar na antiga rodoviária, para esperar o primeiro ônibus no dia seguinte e voltar para casa. Era mais seguro esperar dentro da Rodoviária!

Nos quase dois minutos que fiquei parado no semáforo ao lado do local onde existia a antiga Rodoviária, pude lembrar de muitas histórias engraçadas e interessantes que vivi naquele local. A maioria delas foi na companhia de amigos. E ali também aconteceu uma dolorida despedida de uma linda carioca loira de olhos claros (um verde e outro azul), em meados de 1990.

Não sei ao certo qual o motivo de demolirem o antigo prédio da rodoviária, após terem construído uma outra rodoviária maior e mais moderna em outro local. Mas sei que tal demolição ocorreu em 2010 e que foi conflituosa. Tentaram fazer com que o prédio fosse tombado, por ser histórico. Mas no final prevaleceu a vontade do Prefeito da época, que era demolir o prédio o mais rápido possível. Tal decisão foi lamentável, pois o prédio histórico poderia muito bem ter sido restaurado e servido para outros nobres fins.

Infelizmente no Brasil não existe a cultura de preservar e conservar prédios históricos. Aqui o velho é considerado feio e sem importância, então decidem demolir e construir outra coisa no local. E muitas vezes a decisão de destruir construções histórias é tomada em razão de interesses econômicos obscuros. No caso da demolição da antiga Rodoviária de Maringá, não sei ao certo qual era o real interesse. Mas sei que se passaram mais de cinco anos e no local da antiga Rodoviária existe uma “vazio” bem no coração da cidade, onde atualmente existe um feio estacionamento.

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Cartão Postal da antiga Rodoviária de Maringá.
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Antiga rodoviária. (Foto: Gazeta de Maringá)

Evento da Makita

Esteve visitando Campo Mourão, o presidente do grupo Makita, o japonês Muni Goto. A Makita é uma empresa de alcance mundial, com 40 fábricas espalhadas pelo mundo, sendo uma no Estado do Paraná, na cidade de Ponta Grossa. A empresa completara 100 de existência em 2015 e é conhecida principalmente pela fabricação de ferramentas elétricas portáteis, tornando-se conhecida mundialmente pela qualidade e tecnologia de seus produtos, que são utilizados até mesmo pelas equipes de Fórmula 1.

E participei na cidade de Maringá, de um gigantesco evento promovido pela Makita. Em 2015 para marcar seu centenário, a Makita está lançando novos produtos, principalmente com funcionamento a bateria. Dentre estes produtos, o que mais gostei foi de uma jaqueta com aquecimento. Fiquei imaginando como seria bom uma jaqueta destas em minhas aventuras no frio. A jaqueta possui três tipos de temperatura e funciona com uma pequena bateria de lition, que fica no bolso.

Após a demonstração dos novos produtos, aconteceu um delicioso jantar e sorteio de brindes. Eu que sempre levo sorte em sorteios, desta vez fiquei chupando o dedo. Mesmo assim valeu a pena ter participado de tão bom e grandioso evento.download

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Novos produtos em exposição.
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Visitando os stands em Maringá.
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O Sr. Muni Goto discursando em português.
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Roberto e Luis, testando a bicicleta a bateria.
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Luis, Isamel, Roberto, Vander, Antonio e Raphael.
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Nos despedindo do amigo Ricardo, da Makita de São Paulo.

Caminhada: Maringá/Floriano

Após uma longa ausência voltei a participar de uma caminhada. Participei com o Grupo Peregrinos de Maringá de uma caminhada de treze quilômetros, entre Maringá e o Distrito de Floriano. Foi bom voltar a caminhar, principalmente após ter ficado um tempo machucado e passado por algumas sessões de fisioterapia. Essa caminhada serviu para desenferrujar e iniciar novo projeto de condicionamento físico.

O pessoal se reuniu ao lado do aeroporto de Maringá e após uma rápida sessão de aquecimento iniciamos a caminhada. O grupo era formado por vinte e quatro caminhantes. O trecho não tinha nenhum atrativo, pois foi todo em estrada de terra e raramente passávamos por alguma árvore. Quase todo o tempo plantações de soja dominavam a paisagem e alguns agricultores aproveitavam o dia de sol após muitos dias de chuva, para colher o soja. Todos esperavam chuva para o horário da caminhada, mas a chuva não veio e caminhamos sob um sol escaldante. Levei somente uma garrafinha de água e o último quilômetro caminhei com sede, pois não passamos por nenhum lugar onde pudéssemos conseguir água. Ao chegar à Floriano parei no primeiro bar que encontrei e de uma vez só tomei dois Tampico e uma garrafinha de água gelada. Ufa!!

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Início da caminhada, ao lado do aeroporto.
Colheita de soja.
Colheita de soja.
Rumo à Floriano.
Rumo à Floriano.
Sombra era raridade pelo caminho.
Sombra era raridade pelo caminho.
Colheitadeira.
Colheitadeira.
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Estrada longa…
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Parada para descanso.
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Momento de descanso.
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Pequena ponte na estrada.
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Longa subida.
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Chegando à Floriano.
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Igreja Matriz de Floriano.

1º Trekkingá

Hoje estive em Maringá e participei do 1º Trekkingá – Enduro a pé no Parque do Ingá. Fiz parte de uma das equipes do Grupo Peregrinos de Maringá. O enduro com orientação foi realizado dentro do Parque do Ingá e contou com a participação de trinta equipes. Fazia muitos anos que eu não via uma bussola ou fazia algum tipo de orientação com planilha. A última vez tinha sido nos meus tempos de Exército. Confesso que estava totalmente enferrujado, e eu que era o capitão da equipe e responsável pela leitura da planilha de orientação, tive que contar com a ajuda de meus companheiros de equipe, pois muitas vezes fiquei totalmente perdido na orientação e leitura da planilha. Minha equipe era a Peregrinos II (equipe número 15) e dela faziam parte: Gaúcho (que contava os passos); Sueli (que auxiliava o Gaúcho na contagem); Mada (responsável pela leitura da bussola) e Matilde (que fez de tudo um pouco).

Na largada que aconteceu às 09h00min, cada equipe partia com dois minutos de diferença da equipe anterior. A rota inicial do enduro até que foi tranquila, pois na planilha de orientação existiam algumas boas referencias que ajudavam na leitura da planilha. Ao mesmo tempo em que tínhamos que procurar fazer uma leitura correta da planilha, tínhamos que contar passos para ter noção de distância que a planilha indicava e também fazer leituras na bussola para descobrir a direção correta a seguir em alguns trechos. Passamos por trilhas e ruas dentro do parque, entramos em valetas, atravessamos pequenas pontes e outras coisas mais. Tínhamos que manter certa regularidade e tentar seguir o tempo estipulado na planilha para percorrer cada trecho. Existiam alguns pontos de controle escondidos pelo caminho e precisamos encontrar estes pontos e carimbar nossa planilha. E não podíamos passar nos pontos de controle muito adiantados ou atrasados, pois passar muito adiantado ou atrasado por um ponto de controle significava perder pontos.

Até o ponto de controle número dois nós fomos muito bem e passamos dentro de uma margem de tempo aceitável. Mas logo nos perdemos por culpa de uma referência errada e acabamos perdendo um bom tempo até chegarmos ao ponto de controle número três. Em seguida conseguimos recuperar um pouco nosso tempo e passamos bem pelo ponto de controle quatro. Mas a partir daí nos perdemos e ficamos andando de um lado para outro tentando entender a planilha e encontrar o caminho correto. Nossa maior dificuldade foi que a planilha passou a ter poucas referencias e isso fez com que ao errarmos um pouco a contagem da distância a percorrer através da contagem de passos ou errar em alguma leitura da bussola ou indicação da planilha, a falta de referencias nos fazia ficar literalmente perdidos. E não fomos o único grupo a ficar perdido a partir do ponto de controle quatro. Mais grupos também se perderam e reclamaram da falta de mais referencias. Como se tratava de uma prova de orientação para iniciantes, bem que os organizadores podiam ter facilitado um pouco e colocado mais pontos de referencia na planilha.

Após três horas de caminhada pelo interior do Parque do Ingá, chegamos ao final do Treekingá. Na colocação geral ficamos em 15 º lugar entre as trinta equipes participantes, o que não foi um mau resultado se levarmos em conta nossa falta de experiência nesse tipo de prova, bem como as dificuldades que enfrentamos e os perdidos que demos. No final valeu a experiência e espero no futuro participar de outras provas do tipo. E com certeza se não tivéssemos tido tanta dificuldade na parte final do enduro, teríamos ficado numa colocação muito melhor. Mas valeu ter participado e conhecido novas pessoas, feito novos amigos!

Equipe Peregrinos I (de branco) e Peregrinos II (de azul).
A primeira página da Planilha de Orientação.
Na LARGADA: Matilde, Gaúcho, Mada, Sueli e Vander.
Quase chegando no primeiro ponto de controle.
Local onde muitas equipes se perderam.
Nesse momento estávamos bem perdidos.
Mada e Gaúcho tentando encontrar o caminho certo.
Na CHEGADA a divulgação do resultado do Trekkingá.

Viagem ao Peru e Bolívia (25° e 26° Dias)

08/06/2012 

Porto Quijarro 

Eram 6h30min quando uma moça me acordou e entregou uma bandeja com o café da manhã. Comi o sanduiche de presunto e a salada de frutas que foram servidos. Dispensei o café e o chá de coca. Fui ao banheiro escovar os dentes e lavar o rosto e logo voltei para minha poltrona. Fiquei olhando pela janela do trem e a paisagem eram árvores e alguns pastos. Vi muitos passarinhos, inclusive alguns papagaios e araras azuis. Aquela região fazia parte do pantanal e era muito rica em fauna e flora. Mais meia hora de viagem e chegámos a Porto Quijarro.

O desembarque foi tranquilo e nem entrei na estação, saí por um portão lateral e peguei um taxi na rua em frente. Paguei $ 10,00 bolivianos (meus últimos bolivianos) e desembarquei na fronteira com o Brasil. Fui para a fila da imigração, que não era grande naquele horário e não demorou muito para que verificassem e carimbassem meu passaporte. Apenas achei muito detonado o escritório da imigração, que era todo sujo, com móveis velhos e equipamentos quebrados. Com certeza foi o pior escritório de imigração onde já estive!

Atravessei a fronteira a pé e fui “recebido” no lado brasileiro por um simpático cachorrinho. Passei pela imigração brasileira, onde pela primeira vez consegui ver na tela do computador como é o cadastrado vinculado ao número de passaporte da pessoa e as informações de entrada e saída no Brasil. Geralmente em aeroportos o monitor do computador fica virado para o funcionário e não é possível ver nada. Ali o monitor estava de lado e eu dei uma esticada de pescoço para poder matar minha curiosidade e ver o que aparecia para o agente federal. Carimbaram meu passaporte, o que não é um procedimento usual e foi a primeira vez que isso aconteceu, de eu ganhar um carimbo brasileiro no passaporte. 

Corumbá – MS

Já em solo brasileiro fui procurar um jeito de ir até a rodoviária de Corumbá, cidade ao lado da fronteira. Pedi informações para dois rapazes que entregavam panfletos sobre viagens turísticas pelo pantanal. Os rapazes me sugeririam conversar com uma mulher e sua filha, que estavam num ponto de taxi próximo e propor a elas pegar o mesmo taxi até a rodoviária. E foi o que fiz, conversei com a tal mulher, que tinha vindo no mesmo trem que eu. O preço da corrida até a rodoviária era R$ 40,00 e paguei a metade. No caminho o taxista parou em um supermercado, onde fui sacar reais num caixa eletrônico. Desembarcamos na rodoviária pouco antes das 9h00min e fomos direto ao balcão da Viação Andorinha, para comprar a passagem até Campo Grande. O próximo ônibus partiria às 11h00min e paguei R$ 79,00 na passagem. Fiquei bastante tempo conversando com a senhora com quem dividi o taxi e com sua filha. A tal senhora era paranaense, mas vive em Minas Gerais e é casada com um boliviano.

Estava ficando com fome e fui procurar um lugar para comer. Na rodoviária só tinha uma lanchonete e para comer a única opção eram algumas coxinhas gordurosas e caras. Dei uma volta pelas proximidades e só encontrei um restaurante, do outro lado da rua. O local era bem simples, mas olhei a cozinha e era limpa e o cheiro da comida era tentador. O Problema é que ia demorar um pouco para a comida ficar pronta. Voltei até a rodoviária e falei para a senhora com quem dividi o táxi, sobre o restaurante que tinha encontrado. Ela e a filha foram comigo até o restaurante e ficamos esperando a comida ficar pronta. Eu fiquei o tempo todo de olho no relógio, com medo de perder o ônibus. Quando faltavam vinte minutos para o horário de partida do ônibus, o almoço foi servido. Era prato feito, na verdade dois pratos, um com feijão e arroz, e outro com bife e salada. Era muita comida para uma pessoa somente e achei que não ia dar conta de comer tudo. Fazia quase um mês que eu não comia feijão e quando vi aquele prato de feijão e arroz na minha frente não pensei duas vezes e comecei a comer. A comida era muito boa e foi uma pena que tive que comer correndo. E comi tudo, não deixei um único grão de arroz no prato! A senhora e sua filha dividiram um prato e mesmo assim não conseguiram comer toda a comida.

Voltamos à rodoviária e o pessoal já estava embarcando. Coloquei minhas mochilas no bagageiro e fui para meu lugar, no corredor ao lado de um homem. Tão logo o ônibus partiu eu dormi e acordei uma hora depois, num posto de fiscalização. Voltamos à estrada e dormi um bom tempo, até nova parada, dessa vez num posto da Policia Rodoviária Federal. Os policiais pediram documentos de alguns bolivianos e também de duas garotas com cara de menores de idade, que viajavam sozinhas. No fim não encontraram nenhum problema e fomos liberados para seguir viagem. Dormi mais um pouco e acordei novamente quando teve uma parada para lanche. Desci, estiquei as pernas e fiz um lanche rápido. Embarquei e o restante da viagem fui dormindo.

Campo Grande

Pouco depois das 18h30min o ônibus passou em frente ao aeroporto de Campo Grande e desembarquei. Fiquei feliz pelo ônibus ter passado em frente ao aeroporto, pois assim eu economizava o taxi da rodoviária até ali. Entrei no saguão do aeroporto e fui direto ao banheiro. Eu estava sem banho desde o dia anterior, então procurei amenizar um pouco a situação lavando os pés e passando uma toalha úmida pelo corpo. Coloquei uma camiseta limpa, que era a última peça de roupa limpa que eu tinha. Voltei ao saguão e lembrei-me da lanchonete do posto de gasolina que fica do outro lado da avenida em frente aeroporto. Nessa lanchonete eu tinha lanchado quando passei por Campo Grande no início da viagem. Fui até lá e comi três deliciosas coxinhas, acompanhadas de um Todynho. A bela e simpática dona da lanchonete lembrou que eu tinha passado por lá dias antes e puxou conversa. Ficamos um bom tempo papeando. Como estava ficando tarde resolvi voltar para o aeroporto. Escolhi uma cadeira confortável e fiquei ali usando o net book, organizando as fotos da viagem e também alguns textos sobre a viagem, para postar no blog. Tenho uma tia e alguns primos que moram em Campo Grande e poderia entrar em contato com eles e me hospedar na casa de algum deles. Ou poderia ir para um hotel. Mas como não gosto de incomodar os outros, principalmente meus parentes e como sou um cara econômico (não confunda com pão duro) achei melhor passar a noite acordado no aeroporto. Já fiz isso outras vezes, tanto em aeroportos brasileiros como no exterior. Aeroportos são locais seguros e sossegados para passar a noite. Tem muita gente que faz isso, sendo que alguns dormem pelos bancos ou no chão. Eu prefiro ficar acordado, fazendo algo para passar o tempo.

Pouco antes da meia noite resolvi dar uma volta pelo aeroporto, que não é grande. Entrei numa livraria e fiquei vendo os livros e revistas. Acabei comprando um livro do Rodrigo Ranieri, onde ele conta sobre suas escaladas pelo mundo e principalmente suas experiências no Everest. Sentei-me para ler o livro, que era muito interessante. Animei-me tanto com a leitura que só fui parar de ler poucos antes da 3h00min, quando estava na metade do livro. Dei mais uma volta pelo aeroporto, para esticar as pernas. Sentia fome e fui até uma Casa do Pão de Queijo, que fica ao lado de uma das portas do aeroporto e que estava aberta naquele horário. Olhei o cardápio e pedi um suco. A atendente disse que não tinha. Daí pedi um sanduíche e também não tinha. Olhei mais uma vez o cardápio e pedi outro tipo de sanduíche. Novamente a resposta foi que não tinha. Então desisti! Levantei, dei tchau para a atendente e por pouco não perguntei a ela porque não fecham aquela espelunca, já que não tem nada para servir. Acabei entrando no restaurante mais caro do aeroporto, pois era o único que restava aberto. Pedi um suco e um sanduíche (ali tinha!) e fiquei numa mesa lendo meu livro e comendo. Após quase uma hora ali, comecei a sentir sono e resolvi sair e dar uma volta.

Fiquei uns 15 minutos caminhando pelo aeroporto e resolvi me sentar e terminar de ler meu livro. Mas cadê o livro? Voltei ao restaurante, pois só podia ter esquecido o livro lá. Quando entrei pela porta vi a atendente lendo meu livro. Quando ela me viu deu um sorriso, mostrou a capa do livro e perguntou se era eu na foto. Respondi que não, apesar de estar barbudo igual o Rodrigo Ranieri na capa do livro. Ela disse que me achou parecido com o cara da capa e como eu estava cheio de mochilas, pensou que fosse eu o autor do livro. Ficamos papeando um pouco e quando chegaram clientes a deixei ir trabalhar e voltei a me sentar no saguão. Fiquei lendo meu livro até amanhecer o dia. 

09/06/2012 

Campo Grande 

Às 6h00min fui até o balcão da Gol e fiz meu checkin. Despachei a mochila grande e a média, e em seguida fui para a sala de embarque, onde terminei de ler o meu livro. Logo embarquei num voo que vinha de Santa Cruz de La Sierra e seguia para São Paulo. Fui o último a embarcar no avião lotado. Meu lugar era no meio, na janela e ao meu lado foi sentado um senhor de meia idade e uma boliviana com cara de antipática. Antes da decolagem peguei no sono e só fui acordar quando chegámos à São Paulo, ao aeroporto de Guarulhos.  

São Paulo 

Minha conexão para Maringá seria às 11h00min, então não tinha pressa para desembarcar do avião. Esperei todos passarem pelo corredor e me levantei para sair. Ao passar pela poltrona do corredor onde a boliviana estava sentada, vi uma pasta com um note book e um Iphone. Na pressa de descer a boliviana esqueceu suas coisas. Peguei o note book e o Iphone e na saída do avião os entreguei a comissária de bordo e falei a ela o número da poltrona onde os tinha encontrado. Em nenhum momento tive vontade de ficar com tais coisas, o que seria fácil, pois era só guardar rapidamente em minha mochila e desembarcar. Mas aprendi desde criança a não pegar o que é dos outros. Se eu tivesse encontrado aquilo em um lugar onde não tinha como devolver ao dono, ou então não soubesse quem era o dono seria diferente, seria algo “achado” literalmente. Mas nesse caso eu sabia quem era o dono, tinha a opção de deixar com a comissária de bordo, pois a dona podia procurar com a Cia Aérea.

Desci do avião e resolvi ir atrás da boliviana, para avisá-la que tinha encontrado suas coisas e deixado com a comissária. Em vez de seguir para a sala de embarque de minha conexão, segui por outra porta e tive que passar pela imigração. Mostrei meu passaporte e cartão de embarque, para provar que mesmo eu vindo num voo internacional eu tinha embarcado em solo brasileiro, o que me liberava de certos tramites burocráticos. Fui até a esteira de bagagens e lá encontrei o senhor que estava sentado ao meu lado. Perguntei se a boliviana estava junto com ele e a resposta foi negativa. Ele disse que ela desceu somente com a bagagem de mão e que a viu saindo pela porta de desembarque. Eu não tinha mais como encontrar a boliviana, mas minha consciência estava tranquila, pois fiz a coisa certa. Apenas não sei (e jamais saberei!) se a comissária de bordo fez a parte dela e deu o encaminhamento correto ao note book e Iphone que entreguei a ela. Espero que tenha dado!!

Andei um pouco pelo aeroporto, para espantar o sono. Pouco antes das 11h00min embarquei e mais uma vez dormi durante quase toda a viagem. 

Maringá 

O desembarque em Maringá como sempre foi um pouco tumultuado, em razão do pequeno espaço físico na hora de pegar as malas na esteira. E a saída para o saguão também é complicada, pois sempre tem gente esperando quem chega de viagem e eles acabam travando a saída de quem está saindo com suas malas. Encontrei meu irmão, que me levou até a rodoviária, onde peguei um ônibus para Campo Mourão.

Na viagem fui lembrando de alguns momentos dos vinte e poucos dias de viagem. Lembrei dos amigos que fiz e das pessoas que conheci. A maioria dessas pessoas jamais verei ou terei notícias delas novamente. Alguns amigos que fiz manterei contato, mas com o tempo alguns vão desaparecendo e somente com poucos é que terei um contato mais permanente. Também lembrei das fotos que tirei na viagem e que muitas dessas fotos ficarão espalhadas pelo mundo. Daqui uns cinquenta anos o neto de algumas das pessoas que estavam ao meu lado nas fotos, vai ficar se perguntando quem era e de onde era aquele cara de barba vermelha que aparece na foto junto ao seu avô ou avó. Bem como daqui cinquenta anos meus netos vão olhar minhas fotos e perguntar quem eram as pessoas que estavam comigo nas fotos.

Essa foi uma das melhores viagens que já fiz, principalmente em razão das coisas que fiz, das pessoas maravilhosas que conheci. E contar sobre essa viagem de forma detalhada no blog é uma forma de não esquecer tal viagem e nem as pessoas que fizeram parte dessa história. Sempre que eu reler a narrativa dessa viagem estarei recordando momentos especiais e inesquecíveis e relembrando as muitas emoções e até momentos de medo pelos quais passei. Viajar, conhecer novos lugares e pessoas, viver aventuras, é uma das coisas que mais gosto na vida. Em cada viagem, no contato com todas as pessoas que conheço nas viagens, aprendo algo novo e procuro colocar em prática no meu dia a dia muitas dessas coisas que aprendo.

E finalizando os relatos da viagem ao Peru e Bolívia, vou “emprestar” o lema da empresa na qual trabalho atualmente e que diz: VIVER É VIAJAR!

Olhando pela janela do Trem da Morte.
Desembarcando na Estação de Porto Quijarro.
O Trem da Morte, na versão luxo (Ferrobus).
Ferrobus em Porto Quijarro.
Fronteira Bolívia/Brasil.
Fila de embarque em Corumbá – MS.
O livro que li no aeroporto.
Aeroporto de Campo Grande.
Em Campo Grande o embarque é na pista.

Show de Jorge & Mateus – Expoingá 2012

Ontem (domingo) fui à Maringá assistir ao show de Jorge & Mateus na 40ª Expoingá. O show aconteceu na arena de rodeios, que é coberta e estava totalmente lotada. O show foi sensacional, o pessoal cantou todas às músicas junto com a dupla, que está fazendo enorme sucesso atualmente. No final das contas valeu a pena viajar 180 quilômetros entre ida e volta para ver esse show e chegar em casa às 4h00min da manhã, tendo que levantar 7h40min para ir trabalhar. Louco eu? Nem tanto!!!

Jorge & Mateus
Jorge & Mateus na 40ª Expoingá.
Jorge & Mateus na Expoingá/2012.

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Show da Paula Fernandes em Maringá

Como terei que passar os finais de semana em Maringá durante um tempo, estou aproveitando para sair e conhecer um pouco mais da cidade. E ontem fui no show da Paula Fernandes, que aconteceu num dos pavilhões da Expoinga.

O show começou quase uma da manhã e tinha bastante gente. E foi muito bom, pois a Paula Fernandes tem boas músicas, canta bem e tem boa presença de palco. Foi um programa muito divertido!!

Paula Fernandes.
Paula Fernandes.
Vander e Demar.
Mira e Vander.
Paula Fernandes.

 

Catedral de Maringá

Nos últimos meses, por várias razões acabei indo diversas vezes a cidade de Maringá. E já fazia um bom tempo que estava planejando fazer uma visita a Catedral da cidade, que é conhecida principalmente por sua forma e altura. Semana passada consegui realizar tal visita. Fazia mais de 30 anos que eu não entrava na Catedral e já nem lembrava mais como ela era por dentro. Já por fora eu tinha passado por ela muitas vezes nos últimos anos. A Catedral é mais bonita por fora do que por dentro. Seu espaço interno não é dos maiores para uma Catedral. Sua decoração é simples e por ser toda feita em concreto, algumas partes da igreja são bem rústicas. Ou seja, já visitei igrejas bem menores e menos importantes que são bem mais bonitas por dentro. Já por fora a Catedral é muito bonita, sua forma que vai afinando em direção ao céu é de uma beleza muito grande.

História: Monumento símbolo da cidade, a Catedral de Maringá ou Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória, possui uma arquitetura moderna e arrojada e foi construída toda em concreto. É a mais alta igreja da América Latina. Foi idealizada pelo então Bispo, Dom Jaime Luiz Coelho e projetada pelo arquiteto José Augusto Bellucci. Sua forma cônica, possui um diâmetro de 50 metros e uma nave única, circular, com diâmetro interno de 38 metros. O cone possui uma altura externa de 114 metros, sustentando uma cruz de 10 metros, perfazendo um total de 124 metros de altura. Sua capacidade é de 3.500 pessoas, que podem ser distribuídas em duas galerias internas superpostas. A porta principal está voltada para o norte; a Capela do Santíssimo para o sol nascente e a do Batistério para o poente. Ao sul a grande porta que leva a cripta, onde serão sepultados os Bispos, e que está sob o altar mor. No interior dos dois cones a 45 metros de altura, encontra-se o ossário, com 1.360 lóculos, que os fiéis adquirem para guardar os restos mortais de seus entes queridos. Sua pedra fundamental que é um pedaço de mármore retirado das escavações da Basílica de São Pedro, pelo Papa Pio XII, foi lançada em 15 de agosto de 1958. A Catedral, dedicada a Nossa Senhora da Glória, foi construída entre julho de 1959 e maio de 1972, levando quase 14 anos para ser concluída.

Interior da Catedral de Maringá.
Catedral de Maringá, 07/01/2011.
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Catedral de Maringá (07/01/2011)