Curitiba noturna

Estive em Curitiba nas duas últimas semanas e entre outras coisas, aproveitei para fazer caminhadas noturnas pelo centro da cidade. Isso era algo que eu fazia muito quando morava em Curitiba, principalmente nos anos em que vivi no centro da cidade. Adorava sair andando sem rumo, indo de um canto a outro do centro, observando as pessoas e o movimento noturno. Sempre tomava o cuidado de não levar carteira, celular ou algum outro objeto de valor, pois costumava caminhar também por lugares perigosos do centro. Encantava-me observar os tipos noturnos da cidade, os boêmios, os bêbados, os drogados, os mendigos, as putas. Todos os personagens que vivem na noite curitibana, que circulam por suas ruas e igual ao Vampiro de Curitiba desaparecem ao nascer do dia.

Em minhas caminhadas noturnas sempre evitei o contato com as pessoas. Raramente era abordado por alguém, e quando isso acontecia preferia ficar em silêncio e seguir meu caminho. Sempre tive especial predileção por caminhar em noites frias, pois para mim a cidade tinha um aspecto diferente nessas noites, onde a quantidade de personagens noturnos é bem menor. Os ruídos da cidade, seu cheiro, o movimento de pessoas e carros, tudo é diferente durante a noite. É dessa Curitiba noturna e exótica que sinto saudades agora que vivo distante dela. Por isso que em minha recente visita a cidade, procurei fazer algumas caminhadas noturnas e reencontrar antigos lugares e personagens noturnos, bem como descobrir novos lugares e personagens. A cidade é mutante e mesmo que essa mutação ocorra num ritmo lento, quando se fica muito tempo ausente da cidade é mais fácil perceber tais mutações.

Iniciei essas caminhas noturnas no distante ano de 1993 e por muitas vezes me senti o próprio Vampiro de Dalton. Já outras vezes senti que estava sendo observado pelo Vampiro de Curitiba, escondido atrás de alguma janela da adormecida cidade.

Bondinho da Rua XV. (09/07/2011)
Catedral. (09/07/2011)
Praça Generoso Marques. (09/07/2011)
Paço da Liberdade. (09/07/2011)

4 opiniões sobre “Curitiba noturna

  • 23 de julho de 2011 em 20:24
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    Vander, curti essa postagem, faltou nos trombarmos pela cidade neste dias da Gibicon por lá, nas caminhadas… rsrs!!

    Também, gosto desta sensação de sentir de fato a Cidade e sua pulsação noturna, mais real, tanto que dei um rolê pelo centrão, é claro, que alguns lugares, sacamos que não era o espaço e local de seguirmos e caminhamos para outras paragens.

    Linquei esta postagem em uma que estou colocando no meu blog, sobre um city tour por Curitiba, amamos conhecê-la!!

    Eis, o linque:
    http://wilsonsacramento.blogspot.com/2011/07/tour-ao-sur-curitiba.html
    Abraços, Wilson

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    • 28 de julho de 2011 em 14:43
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      Oi,

      Lembro de você na Gibicon, mas não conversamos. Fiquei mais tempo conversando com os conhecidos. Lia algumas postagens do seu blog, são muito interessantes.

      Que numa outra oportunidade possamos nos conhecer.

      Grande abraço,
      Vander

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  • 29 de julho de 2011 em 16:34
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    Grande Vander,

    O passeio que fiz em sua companhia em 2005, foi REALMENTE inesquecível… rsrsrs

    Não prometo um bis… mas fico te devendo a visita!

    Um abraço,

    Joe Fábio

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    • 14 de agosto de 2011 em 23:41
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      Joe,

      Os passeios noturnos pela cidade estão ainda mais “amocionantes” do que daquela vez, visto que a criminalidade e o número de drogados na rua aumentou assustadoramente.

      Curitiba já foi um bom lugar para morar. Agora não é mais e por isso que após vinte anos vivendo lá, não tenho vontade de retornar. A vida aqui no interior é bem melhor, mais tranquila, com menos estresse e maior qualidade de vida.

      Abraço,
      Vander

      Resposta

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