Não sou muito de ver filmes nacionais, pois é raro algum que preste. Mas acabei assistindo ao filme, Aumenta que é Rock’n Roll, em razão da temática Rock Nacional dos anos 80 e adorei o filme. O filme, que é baseado em acontecimentos reais, conta a história do jovem Luiz Antônio, responsável por criar a primeira rádio de rock brasileira na década de 1980: a Rádio Fluminense, que ficou popularmente conhecida como “A Maldita”. Luiz, de forma inesperada acaba no comando de uma rádio falida e faz dela um grande sucesso, se não comercial, ao menos de público. Foi a Rádio Fluminense que abriu as portas para muitas bandas nacionais que estavam em começo de carreira e eram pouco conhecidas. Blitz, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Barão Vermelho (com Cazuza) e outras bandas, começaram a ficar conhecidas pelo público ao terem suas músicas tocadas pela Rádio Fluminense. Também foi através de uma votação entre os ouvintes da rádio, que foram escolhidas as bandas e cantores que participaram do primeiro Rock in Rio, em 1985.
Um personagem importante no filme e melhor amigo de Luiz Antônio, é Samuel Wainer Filho, que foi produtor musical e jornalista. Ele foi repórter da Rede Globo e faleceu em um acidente de carro, ao voltar da cobertura da morte de um outro repórter da Globo, que tinha morrido num acidente de avião ao voltar da gravação de uma reportagem. O filme não menciona que Samuel trabalhava para a Rede Globo, então somente quem conhece um pouco da história do jornalismo brasileiro nos anos 1980 é que vai entender um pouco mais sobre Samuel. Em breve pretendo fazer aqui no Blog uma postagem sobre ele.
E por falar sobre entender, acredito que somente a minha geração é que vai curtir o filme tanto quanto eu curti, pois vai coneguir entrar na atmosfera do filme e com certeza vai ter muitas lembranças de sua vida na primeira metade da década de 1980. Os mais novos não vão entender muito bem o filme, não vão conseguir linkar muitas passagens que acontecem no filme e que não são tão explicitas.
Umas da atrizes do filme é Flora Diegues, filha do cineasta Cacá Diegues. Flora, entre outros trabalhos fez novelas na Rede Globo e morreu em 2 de junho de 2019, aos 34 anos, em decorrência de um câncer no cérebro. O que me chamou atenção foi que Flora faleceu em junho de 2019 e o filme foi lançado nos cinemas em abril de 2024, ou seja, quase cinco anos após sua morte. Isso mostra que o filme demorou muitos anos entre sua produção e lançamento.