Viagem Europa 2025: Ingalterra – Dia 2

Acordamos um pouco mais tarde, fazia frio e o tempo estava fechado. Criamos coragem para sair à rua e fomos direto para a estação do metrô, que ficava perto do hotel. Como ficaríamos poucos dias na cidade, o plano era visitar os pontos turísticos mais conhecidos e frequentados. Havia um lugar que eu queria muito conhecer: o museu de um colégio tradicional nos arredores da cidade. Lá, entre outras coisas, está em exposição o James Caird, um pequeno barco utilizado por Ernest Shackleton e alguns membros da expedição Endurance para chegarem até a Ilha Geórgia do Sul, após perderem seu navio no gelo. Li alguns livros sobre essa expedição e me apaixonei pelo tema. Ainda postarei no blog algo sobre a expedição Endurance.

Infelizmente, o museu só abre uma vez por semana, justamente no dia em que iríamos embora de Londres. Fiquei frustrado, mas fazer o quê? Fica essa visita para uma próxima viagem à cidade.

Começamos nosso passeio por Southwark Wharves, que no passado foi um cais onde atracavam navios com mercadorias. Atualmente, o local tem ruas, áreas para caminhadas e muitos prédios modernos ao redor. Atracado em frente, no rio Tâmisa, está o navio HMS Belfast, que foi utilizado pela Marinha Real na Segunda Guerra Mundial e, desde 1971, tornou-se um museu. Passamos por dentro da Hay’s Galleria e depois paramos em um Starbucks, onde meu irmão tomou seu café da manhã e eu apenas um macchiato bem quente. Aproveitamos para usar o banheiro do local e ficamos um tempão na fila. Algo que notei nos passeios pela cidade foi a dificuldade em encontrar banheiros públicos.

Saímos do quentinho do Starbucks e voltamos a caminhar pelo frio. Fomos até a Tower Bridge, que estava cheia de turistas de todas as partes do mundo, andando por ali e tirando fotos e mais fotos. Vimos a Torre de Londres, visitamos alguns pontos turísticos menores nas redondezas e, então, pegamos um dos tradicionais ônibus vermelhos de dois andares. Seguimos até uma parte mais central da cidade, onde descemos do ônibus e caminhamos pelas ruas, observando tudo o que achávamos interessante.

Não vou descrever em detalhes tudo o que vimos, pois senão a postagem ficaria gigantesca. Nosso passeio nos levou até o Soho, que no passado foi um dos bairros mais elegantes da cidade, conhecido por seus habitantes e pelas festas extravagantes que realizavam. Desde seus primórdios, no fim do século XVII, o bairro é famoso pelos prazeres da mesa, da carne (se é que me entendem?) e do intelecto. Atualmente, o Soho é repleto de bares, restaurantes e cafés. Uma parte do bairro é bastante frequentada pela comunidade LGBTQ+.

Saindo do Soho, fomos caminhar por Trafalgar Square, uma grande praça muito movimentada de dia e de noite. Ela é repleta de restaurantes, cinemas e boates, além de largas avenidas e suntuosos prédios públicos. Eu caminhava atento a tudo ao meu redor, observando o que mais me chamava a atenção. Também observava as pessoas, que passavam aos montes por mim.

Fomos por uma rua que se transformava em uma larga avenida e, no final dela, uns dois quilômetros depois, ficava o Palácio de Buckingham, residência oficial da família real. Achei que seria interessante caminhar até o Palácio, mas meu irmão estava com dor no joelho e resolvemos deixar essa visita para outro dia. Passamos um tempo admirando estátuas de personagens e eventos históricos e depois pegamos o metrô rumo a Notting Hill.

Notting Hill é o bairro mais romântico de Londres, com suas bancas de flores, jardins escondidos e sobrados coloridos. Visitar o bairro foi um pedido meu, e meu irmão, meio a contragosto, não teve como recusar. O filme Um Lugar Chamado Notting Hill (cujo nome original é Notting Hill) é um dos meus favoritos; já assisti várias vezes desde que foi lançado em 1999. Mesmo sem visitar a famosa porta azul da casa de William Thacker (personagem de Hugh Grant no filme), gostei muito do passeio. A casa em questão ficava bem distante de onde estávamos e não valia o esforço de ir até lá, principalmente porque a porta original, que aparece no filme e se tornou famosa, foi trocada há alguns anos.

Após caminharmos por Notting Hill, a fome bateu, pois ainda não tínhamos almoçado. Eram quase 17 horas e já estava escuro, parecendo noite. Ficamos na dúvida sobre onde comer e acabamos escolhendo uma lanchonete indiana de hambúrguer. Foi meio que um tiro no escuro, mas acertamos. O lanche era muito saboroso e a batata frita parecia ter sido submersa em algum tipo de molho antes de ir para a fritura. Estava deliciosa!

Saindo de Notting Hill, pegamos o metrô e voltamos para o hotel. Fazia frio e a temperatura estava caindo ainda mais. Após sair da estação do metrô, paramos em um mercadinho ao lado. Fizemos algumas compras, e aproveitei para comprar algumas águas com gás produzidas na Escócia e na Irlanda. Gosto muito de água com gás e, por onde ando, tanto no Brasil quanto no exterior, procuro novas marcas para experimentar. Voltamos para o hotel e não saímos mais. Dormimos cedo.

Rio Tâmisa e Tower Bridge.
Navio museu, HMS Belfast.

Torre de Londres, fundada por volta do final do ano de 1066.
Tower Bridge.
Wagner e Vander, com a Tower Bridge ao fundo.
Tower Bridge.
Tâmisa, o rio que cruza Londres.
Andando num ônibus de dois andares.

Wagner com dores no joelho.
Na região de Trafalgar Square.
No final da avenida o Palácio de Buckingham.
Em Notting Hill.
O fast food indiano em Notting Hill.
Estação de metrô de Notting Hill.