Túnel do Tempo: Nordeste 1998

Esse “Túnel do Tempo” é pra relembrar de uma aventura que fiz junto com minha amiga Carmen, em fevereiro de 1998. Fomos para o Nordeste, de ônibus de linha, convencional. Foram 50 horas de viagem até Recife, duas noites dormidas dentro do busão. O legal foi que no final da viagem todos se conheciam, era a maior animação, até parecia excursão. Na Rodoviária de Recife, na despedida pessoas se abraçavam trocavam endereço, tinha gente chorando.

Essa aventura durou 21 dias, onde nos hospedamos em Albergues da Juventude. Em Pernambuco estivemos em Olinda, Recife, Marinha Farinha, Itamaracá e Porto de Galinhas. Depois fomos para  o Rio Grande do Norte, onde estivemos em Natal, Parnamirin visitando uma amiga e algumas praias e dunas um pouco mais distantes. Então fomos para Alagoas, onde ficamos em Maceió e visitamos lugares próximos.

O bom de ficar hospedado em Albergues é que se conhece muita gente e acabávamos nos juntando para fazer passeios. Por exemplo em Natal juntamos 20 pessoas e alugamos quatro bugs para passear pelas dunas. Em Olinda alugamos uma Kombi para ir até a Ilha de Itamaracá e depois uma Van para ir á Porto de Galinhas. Acabou sendo uma viagem muito divertida, onde conhecemos muitas pessoas e lugares lindos.

Carmen, Vander e Marcia (Olinda – PE  10/02/98)
Praia de Boa Viagem (Recife – PE  12/02/98)
Piscinas naturais (Porto de Galinhas – PE  13/02/98)
Marcia, Vander e Carmen (Porto de Galinhas – PE  13/02/1998)
Coroa do Avião (Ilha de Itamaracá – PE  14/02/98)
Passeio de bug (Natal – RN  17/02/98)
Passeio de bug pelas dunas, com o pessoal do Albergue (Natal – RN  17/02/98)
Passeio de barco (Praia da Pipa – RN  18/02/98)
Praia deserta (Maceio – AL  21/02/98)

Passeio Socrático

Ao viajar pelo Oriente mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente.Aquilo me fez refletir: ‘Qual dos dois modelo produz felicidade?’

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: ‘Não foi à aula? ‘Ela respondeu: ‘Não, tenho aula à tarde’. Comemorei: ‘Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde’. ‘Não’, retrucou ela, ‘tenho tanta coisa de manhã…’ ‘Que tanta coisa?’, perguntei. ‘Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina’, e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: ‘Que pena, a Daniela não disse: ‘Tenho aula de meditação!’ Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: ‘Como estava o defunto?’.  ‘Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!’ Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual.  Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra ao lado! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais…

A palavra hoje é ‘entretenimento; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: ‘Se tomar este refrigerante, calçar este tênis, ­ usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!’ O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba­ precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose. O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas…  Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista contado, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório.  Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno…  Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald… Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: ‘Estou apenas fazendo um passeio socrático. ‘Diante de seus olhares espantados, explico:’Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!”

**Autor desconhecido

Sócrates

Mude

Mude,
mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.
 
Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
 
Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.
 
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
 
Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
 
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.
 
Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
 
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.
 
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
 
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.
 
Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.
 
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
 
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
 
Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
 
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
 
Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.
 
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
 
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.
 
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.
 
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
 
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
 
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
 
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda !
 
Repito por pura alegria de viver:
a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!!!!
 
Edson Marques

PS: No dia 24/08/2001 uma pessoa me enviou esse texto por e-mail, com o  título “Um pouco de Clarice”, como se o texto fosse da Clarice Lispector, quando na verdade ele é do Edson Marques (fato que só vim saber agora). Hoje acabei me deparando novamente com esse texto e na hora pensei  na pessoa que me enviou o texto anos atrás. Hoje ela não faz mais parte de minha vida, mas deixou muitas marcas, muita coisa bonita e muitos ensinamentos.  Somente agora estou entendendo muita coisa que ela me ensinou, do que ela me falou e estou tentando mudar o rumo de minha vida, ser um pessoa melhor. Então vai o meu muito obrigado a essa pessoa e tenho certeza que a próxima (ou próximas) namorada que eu tiver deverá agradecer muito a essa pessoa, pois daqui pra frente meus relacionamentos serão muito diferentes, agirei de uma forma diferente do que agi até aqui. E essa forma diferente será para melhor, sem medo de amar, de arriscar, de me comprometer, de ser feliz… 

 

Clarice Lispector

Sobre a solidão

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: Digam o que disserem, o mal do século é a solidão. Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias. Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos personal dance, incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida? Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão “apenas” dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a sentir, só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós. Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos, o número que comunidades como: “Quero um amor pra vida toda!”, “Eu sou pra casar!” até a desesperançada “Nasci pra ser sozinho!”. Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens, mais que verdadeiras é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, “pague mico”, saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta. Mais, estou muito brega! aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois. Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: “vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida”. Antes idiota que infeliz!

Autor desconhecido

A esquina onde nasci…

Hoje fiz algo que planejava fazer já faz algum tempo, ou seja, justo no dia em que completava 40 anos, parar em frente ao local onde nasci e meditar um pouco. Nasci em casa, num sábado de outono, entre 14h00min e 15h00min. Meus pais moravam numa casa de madeira, de cor azul, na esquina da Avenida Jorge Walter com Rua Prefeito Roberto Brezinski, em Campo Mourão. Na época a rua não era asfaltada, era de terra vermelha, com muita poeira. Vivi nessa casa por pouco mais de dois anos e por incrível que pareça tenho algumas recordações dela. Isso mesmo! Consigo lembrar de fatos ocorridos quando tinha dois anos de idade. Depois saímos dessa casa e fomos morar em outra casa azul de madeira, também de esquina, mas no bairro Lar Paraná.

No local onde ficava a casa onde nasci, hoje existe o escritório de uma empresa de coleta de lixo, que pertence ao filho de meu padrinho de batismo. E foi em frente a esse escritório que parei ontem e perguntei, “Porque num mundo tão grande eu fui nascer justamente naquela esquina?”. Não obtive a resposta ainda e talvez nunca tenha tal resposta. Mas… se pudesse escolher possivelmente escolheria a mesma esquina onde nasci e a mesma família em que nasci. Tenho orgulho de ser do interior do Paraná, pé vermelho de Campo Mourão e pertencer á família Kreticoski/Dissenha. Nasci numa família pobre mas honrada e desde cedo aprendi a ser uma pessoa boa, correta, honesta e principalmente que um lar pode ser simples, humilde, a família ter alguns problemas, mas se existir amor nesse lar nada mais importa. Não precisa nascer num Castelo ou num Palácio, mas pode ser um simples casebre, desde que exista amor. E quanto a isso não posso reclamar. Nossa família é muito unida, sempre um ajudando ao outro. Tive problemas com meu pai no passado, pois apesar de sermos parecidos em muitos sentidos, temos pontos de vista diferentes e ambos sendo teimosos, os conflitos acabam surgindo. Mas no geral nos damos bem, pois existe amor entre todos.

Depois de meditar um pouco na esquina onde nasci, fiz uma oração e quando percebi as lagrimas rolaram. No mesmo instante o céu também chorou, ou seja, começou a chover.  Então resolvi pegar a estrada rumo a Curitiba e poucos quilômetros depois tive meu melhor presente de aniversário. Apareceu um arco-íris na estrada e umas das extremidades dele terminava justamente na estrada, onde eu tinha que passar. Já vi muitos arco-íris em minha vida, mas nunca tinha visto onde ele acabava. Diz á lenda que no final do arco-íris existe um pote de ouro. Não vi nenhum pote de ouro, mas o tesouro que encontrei foi á felicidade, foi voltar a sorrir, coisas que tinha perdido nos últimos tempos e que agora aos poucos estão voltando para minha vida.

A esquina onde nasci, exatos 40 anos depois.
Avenida João Bento, esquina com Rua Roberto Brezinski.
Foto histórica.

15 lições de vida

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

5. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

6. Respire fundo. Isso acalma a mente.

7. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

8. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

9. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você…

10. Sempre escolha a vida.

11. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.

12. Acredite em milagres.

13. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

14. O melhor ainda está por vir.

15. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

Cada um tem sua cruz para carregar…

Na Natureza Selvagem

Para aqueles que igual a mim estão cansados, estressados e sem vontade de continuar com a vida que levam, prisioneiros de horários, de empregos que não gostam ou desiludidos com a vida por diversos motivos, leiam o livro e vejam o filme “Na Natureza Selvagem”. O final da história não é dos mais felizes, mas a lição que nos é deixada é muito interessante. A história é veridica e aconselho primeiro a ler o livro e depois assisitr o filme.

“Tanta gente vive em circunstâncias infelizes e, contudo, não toma a iniciativa de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformismo e conservadorismo, tudo isso que parece dar paz de espírito, mas na realidade nada é mais maléfico para o espírito aventureiro do homem que um futuro seguro.”

Chris McCandless (Alexander Supertramp), em carta enviada a Ron Franz.
In to the Wild – Na natureza Selvagem

Livro: Na Natureza Selvagem
Filme: Na Natureza Selvagem

Falecimento do Valdo

Muito me entristeceu saber que o Valdo, um conhecido aqui de Curitiba faleceu no final de fevereiro. Ele estava fazendo uma viagem de volta ao mundo, de bicicleta e foi encontrado morto dentro de sua barraca, no México. Faleceu de causas naturais e realizando seu grande sonho. Ex-Padre e ciclista com muitos milhares de km rodados, deixa uma legião de amigos, admiradores e seguidores.

Valdo: no México, no final de 2009.

Tudo na vida é uma questão de escolha…

Tudo na vida é uma questão de escolha. Escolher é difícil. Sobreviver ou morrer de fome? Pintura ou escultura? Patrão ou empregado? Com leite ou sem leite? Administração ou Contabilidade? Carreira ou família? Amor ou trabalho? Empresa pública ou empresa privada? Casar ou juntar os trapos? Todas essas questões nos obrigam a tomar decisões capazes de moldar o nosso futuro. Por sua vez, toda decisão apresenta um elevado grau de dificuldade, o qual não pode ser ignorado, pois, a partir dela, você sofrerá as consequências, positivas ou negativas, resultantes da sua escolha. Por outro lado, errar e acertar faz parte de um complexo sistema de desenvolvimento pessoal e profissional que vale para todos os seres humanos. Raramente, você acertará todas. Dificilmente, você errará todas. A questão é simples: como acertar a maior quantidade possível de escolhas e decisões tomadas?

Decisões podem ser tomadas com base em emoções, porém somente as emoções provocadas por um desejo inequívoco de autorrealização produzem resultados efetivos e duradouros. Penso nisso cada vez que olho para trás e vejo o quanto eu poderia estar mais adiantado, mas me consolo e sigo adiante ao lembrar um antigo provérbio repetido com frequência por um amigo: o tempo não dá saltos. Todas as coisas são insignificantes, porém é necessário fazê-las, afirmava Mahatma Gandhi, o grande líder espiritual indiano, razão pela qual eu procuro não ficar imaginando se teria sido bom ou ruim de outra forma. As coisas são como são e lamentar o passado não muda a história, entretanto, com base nele, é possível reconstruir o futuro.

Se você pudesse escolher, talvez tomasse somente decisões que não apresentassem a mínima chance de erro, mas o fato é que essa possibilidade não existe, portanto, não lamente, continue caminhando. Escolher é difícil. Escolher é dolorido. Escolher pode custar a liberdade que tanto penamos para conquistar, não apenas a liberdade financeira, mas aquela que nos permite levantar todos os dias com a certeza de que o mundo não vai nos derrubar, haja o que houver. Em caso de dúvida, siga a máxima de Bill Parcells, ex-técnico de futebol norte-americano, que fixou um cartaz na porta do vestiário por onde os jogadores New York Jets passavam: “NÃO CULPE NINGUÉM – NÃO ESPERE NADA – FAÇA ALGUMA COISA”. Pense nisso e seja feliz!

Jerônimo Mendes
Administrador, Professor Universitário e Palestrante

E-mail que me emocionou…

Segue email que recebi hoje:

Olá Vanderlei, Puxa vida! Não imaginava que você estivesse tão infeliz! Porque não veio visitar a mim e a Luiza. Garanto que ver o sorriso lindo que ela têm te faria feliz. Minha filha sorri com os olhos, é magico! Estive em casa “licença maternidade” por exatos 50 dias. No dia 15 de março estava na Justiça fazendo audiência, fazer o que?!  Vanderlei, meu caro amigo a “vida” é uma aventura maravilhosa. Ano passado, no carnaval eu estava com uma amiga, em Salvador “sem lenço e sem documento”, um ano depois, no carnaval eu havia retomado o casamento, acabado de passar por um parto e conhecer a mulher que mudou (mudará) minha vida definitivamente. Então… o que posso dizer é: retome o interesse pela sua existência! Você é unico! Busque seus 14 kg de volta; suas maratonas na rua; sua saúde e seu prazer de viver com ou sem seu antigo amor! A sua vida é muito maior que um emprego e um amor. O trabalho e o amor são partes de um todo e não podem fazer o todo “desistir”! Anote meu endereço venha me visitar antes de viajar, ou pelo menos mande cartões postais dos diferente lugares do mundo que você irá conhecer e SER FELIZ!

Beijos e boa sorte!  

Patricia.

Frase de Jean-Paul Sartre

“Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim.”  Jean-Paul Sartre

Ontem a Sheila, minha analista, me falou essa frase e disse para eu trabalhar com ela nos problemas que estou enfrentando. Como essa noite foi mais uma noite de insonia, sem dormir um segundo sequer, pensei muito na frase e encontrei várias respostas para meus questionamentos.

Viva Sartre!!!

Sartre, famoso filósofo frânces.

O que se leva da vida…

https://youtu.be/gTS0PJlvCdM

O Wagão que me mandou esse vídeo. A letra é muito bonita e dá muitas respostas para questões que me incomodavam nas últimas semanas. Acho que chegou a minha hora de libertação, de dar um basta em tudo, jogar tudo para o alto e partir para novos rumos. Preciso de um recomeço em minha vida e com o aprendizado das últimas semanas será um recomeço melhor, onde não terei mais medo de tentar, medo de amar, medo de ser feliz. Me dei mal muitas vezes pelo excesso de cuidado, por planejar demais e achar que minha vida estava sob meu controle. Mas descobri da forma mais dolorida possível que nada está sob meu controle, que não consigo planejar tudo, que excesso de cuidados é prejudicial. Ás vezes temos que meter a cara sem medo de se machucar e agindo assim é que corremos maior risco, mas risco de ser feliz. E quem está no controle de tudo é Deus, eu não controlo nada, nadinha…

 

O Que Se Leva da Vida

Túlio Dek

Composição: Tulio Dek/Dj Cuca

[Paulo Miklos]
Leva na brincadeira
Não me leve a mal
Nem tudo é de primeira
Nem tudo é banal
Uma vida só é perfeita
Quando chega no final

[Tulio Dek]
O que passou, passou
Não volta nunca mais
O que passou, passou
E só experiência traz
Por isso que eu não vivo de passado
Sigo olhando pra frente
Com Deus do meu lado
Falar que vai correr atrás do tempo perdido
Falar que vai fazer o que não tinha conseguido
São meros desejos
Sonhos que já passaram
Pessoas que passam a vida se culpando porque erraram
Mas a parada é sempre olhar pra frente
Manter a cabeça fria
Mesmo embaixo do Sol quente
Junto com o DJ em cima da batida
Vou mandando a letra
Eu vou mandando a minha rima

O que se leva da vida
É a vida que se leva
O que se leva da vida
É a vida que se leva
Se tu vacilar então já era (x2)

E nessa levada
Eu vou levando a minha vida
E não to nem aí se alguém duvida
Se a vida é guerra
Então vou guerrear
Se é zoação
Então deixa eu zoar
E se no Arpex eu relaxo
Vou relaxar
E se na Lapa eu batalho
Quero batalhar
E se o mar tá bombando
Então eu vou surfar
E se as mulheres tão dando mole
Por que não aproveitar?
Se vai rolar a festa
Vamos festejar
Se a barra tá pesada
Vamos segurar
Se o mundo acabar
Vou improvisar
Se só amor faz bem
Então deixa eu amar
Se o teu amor é falso
Então sai pra lá
Se não tiver humildade
É melhor parar
Se tudo der errado
Então deixa eu te ajudar
Mas se eu pegar no mic
Não peça pra eu parar

O que se leva dessa vida
É a vida que se leva
O que se leva dessa vida
É a vida que se leva
Se tu vacilar então já era (x2)

Se o mundo é sujo
Quem sou eu para mudá-lo
Se o tempo é curto
Quem sou eu para encurtá-lo
Não deixo minhas palavras
Escorrerem pelo ralo
Porque minha mente é consciente
E eu não calo
Não quero nem saber se vou ser julgado
Se eu errei, foda-se o meu passado
Porque escrevo a letra
E passo o sentimento
Quem passa o sentimento
Tá ligado e é atento
Nadar contra a corrente
É voar contra o vento
Seja o meu som
Pesado ou lento
Se no teu recalque é onde eu cresço
Eu só lamento
Minha voz quebra o muro de Berlim
E não me contento

São como flechas de fogo
Que rasgam o espaço
Sem se quer desviar das nuvens
Deixam rastro
Não sou Bruce Lee
Nem Muhammad Ali
Sou um mensageiro
que um dia escrevi

O que se leva da vida
É a vida que se leva
O que se leva da vida
É a vida que se leva
Se tu vacilar então já era (x2)

Oque se leva da vida
(E o que se leva?)
É a vida que se leva
(E o que me leva?)
O que se leva da vida
(E o que se leva?)
É a vida que se leva

Então me leva, então me leva
(Então me leva)
Deixa a vida me levar, então me leva
(Então me leva, então me leva)

Então me leva, então me leva
Então me leva vida, então me leva
Então me leva, então me leva
O que se leva da vida é a vida que leva
(Então me leva…)
E essa é a vida que eu levo!

[Paulo Miklos]
Leva na brincadeira
Não me leve a mal
Nem tudo é de primeira
Nem tudo é banal
Uma vida só é perfeita
Quando chega no final
Não segue uma receita
É uma história sem moral
Você leva a vida inteira
E a vida é curta e coisa e tal
Se você não aproveita a vida passa
E tchau
Leva a vida mais simples
Que a morte é sempre ingrata
Se acabar ficando quites
É a vida que te mata

Van Gogh

Não sou especialista e nem curto muito pinturas, mas sempre me chamou atenção os quadros pintados por Van Gogh. A forma como ele pintava, as cores que ele utilizava, sempre achei muito bonito. Tive a oportunidade de ver alguns quadros dele durante uma visita ao Metropolitan Museu em Nova York, em setembro de 2003 e foi uma experiência muito gratificante.

Breve Biografia de Van Gogh:  A genialidade de Vincent Van Gogh somente foi reconhecida após a sua morte. Em vida, o artista holandês, passou fome e frio, viveu em barracos e conheceu a miséria, vendendo apenas uma pintura  “O Vinhedo Vermelho”. Em maio de 1990, uma de suas mais conhecidas obras, “O Retrato de Dr. Gachet”, pintado um século antes, justamente no ano de sua morte, foi comercializado por US$ 82,5 milhões.

Maior expoente do pós-impressionismo, Van Gogh, foi sempre sustentado pelo irmão Theodorus. Na sua fase mais produtiva (1880/90), Van Gogh foi completamente ignorado pela crítica e pelos artistas. Atualmente, os seus quadros estão entre os mais caros do mundo. Van Gogh pintou mais de 400 telas. Os três anos anteriores à sua morte foram os mais produtivos.
 
Em dezembro de 1888 Van Gogh ataca Gauguin, um outro pintor, seu amigo, com uma navalha. Inconformado com o fracasso do ataque e completamente transtornado, Van Gogh corta o lóbulo de sua orelha esquerda com a própria arma. Em seguida, embrulha o lóbulo e o entrega a uma prostituta. Internado em um hospital, recebe a visita do irmão Theodorus. No começo de janeiro de 1889, Van Gogh deixa o hospital, mas apresenta sinais evidentes de disfunção mental às vezes, aparenta tranqüilidade, em outras oportunidades, demonstra alucinações.
 
Internado pelo irmão em um asilo, Van Gogh não deixa de pintar. Por ironia, à medida que a sua saúde fica ainda mais deteriorara, a classe artística começa a reconhecer o seu talento, expondo alguns de seus trabalhos em museus. Quando deixou o asilo, o pintor holandês foi morar nas imediações da casa de seu irmão. Nesta época, pinta, em média, um quadro por dia. Depois de ver os seus problemas mentais serem agravados, Theodorus decide que Van Gogh será tratado pelo médico Paul Gachet. Em maio de 1890, aparentando estar recuperado, Van Gogh passa a morar em Auvers-sur-Oise, a noroeste de Paris, onde pinta freneticamente.

Em julho, uma nova recaída no estado de saúde do pintor holandês, que também demonstra inconformismo com as dificuldades financeiras enfrentadas pelo seu irmão. No dia 27, Van Gogh sai para fazer um passeio e toma uma decisão drástica, atira contra si mesmo, no tórax. Cambaleando, volta para a sua casa, mas não comenta com ninguém que tinha tentado o suicídio. Encontrado por amigos, Van Gogh passa as últimas 48 horas de sua vida, conversando com o seu irmão. Os médicos não conseguiram retirar a bala do tórax. No dia 29, pela manhã, o pintor morreu e o seu caixão foi coberto com girassóis, flor que ele amava. Aliás, a tela “Os Girassóis” é uma das obras-primas de Van Gogh. 

“Os Girassóis” 

Quadros de Van Gogh no Metropolitan Museu

Túmulo de Van Ghog

Uma das mais famosas pinturas de Van Ghog

Auto retrato de Van Gogh

Nove recados de Deus

1 – Deus não escolhe pessoas capacitadas, Ele capacita os escolhidos.

2 – Um com Deus é maioria.

3 – Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir a Deus.

4- Nada está fora do alcance da oração, exceto o que está fora da vontade de Deus.

5- O mais importante não é encontrar a pessoa certa, e sim ser a pessoa certa.

6 – Moisés gastou:  40 anos pensando que era alguém; 40 anos aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo o que Deus  pode fazer com um ninguém.

7 – A fé ri das impossibilidades.

8 – Não confunda a vontade de DEUS, com a permissão de DEUS.

9 – Não diga a DEUS que você tem um grande problema. Mas diga ao problema que você tem um grande DEUS.

Pegadas na Areia

Uma noite eu tive um sonho…

Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e através  do céu, passavam cenas da minha vida.

Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e o outro era do Senhor.

Quando a última cena passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso me aborreceu deveras  e perguntei então ao Senhor:

– Senhor, Tu me disseste que, uma vez que resolvi te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o caminho. Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste sozinho.

O Senhor me respondeu:

– Meu querido filho. Jamais eu te deixaria nas horas de provas e de sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exatamente aí que eu te carreguei nos braços.

 Do livro “Pegadas na areia”

 Margareth Fishback Powers – Ed.Fundamento

Terremoto no Chile

Fiquei muito chateado com o terremoto que ocorreu no Chile semana passada. Estive lá há menos de um ano e gostei do país, do povo. Tanto é que há poucos dias conversando com meu irmão surgiu a idéia de em maio ir pra lá novamente, nas férias. Mas depois desse terremoto não sei se a estrutura do país estará pronta para receber turistas.

Das imagens que vi pela TV a que mais assustou foi da passarela caída no aeroporto de Santiago, pois passamos um bom tempo nesse aeroporto quando do retorno ao Brasil em maio passado.

A foto abaixo foi tirada na beira da estrada, quando subíamos rumo a Cordilheira dos Andes. Ao fundo da pra ver uma enorme rachadura na rocha, provocada por um terremoto ocorrido anos antes.

No Chile, em maio de 2009.

Túnel do Tempo: Consuelo

O “Túnel do Tempo” de hoje é em homenagem a minha amiga Consuelo. Ontem á noite conversamos por um longo tempo via MSN e telefone. Fazia tempo que não nos falávamos e ontem ela me “procurou” pois percebeu que eu não andava muito bem. O papo foi bom e me deu um certo animo.

Conheci a Consuelo em meados dos anos noventa, quando trabalhava na Stella Barros Turismo. No inicio não nos dávamos muito bem, vivíamos brigando. Até que um dia a Dona Silvia, nossa chefa, nos trancou na sala de reuniões e mandou que resolvêssemos nossas diferenças. A partir desse dia nos tornamos amigos.

Faz alguns anos que ela foi morar nos Estados Unidos e recentemente nasceu a filhinha dela, Helena. Em maio de 2002, na primeira vez que fui para os Estados Unidos, foi na casa dela que fiquei morando  em Orlando, durante três semanas.

A foto abaixo foi tirada nessa viagem em maio de 2002, durante um passeio ao Busch Gardens, na cidade de Tampa. Estávamos com boné e camisetas da Stella Barros e graças a isso entramos de forma gratuita no parque, como se fossemos guias.

 
 

Consuelo e Vander  (Tampa - Florida, 05/2002)

Salmo 38

Ó Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Porque as tuas flechas se cravaram em mim, e sobre mim a tua mão pesou. Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já as minhas iniqüidades submergem a minha cabeça; como carga pesada excedem as minhas forças. As minhas chagas se tornam fétidas e purulentas, por causa da minha loucura. Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando o dia todo. Pois os meus lombos estão cheios de ardor, e não há coisa sã na minha carne. Estou gasto e muito esmagado; dou rugidos por causa do desassossego do meu coração. Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu suspirar não te é oculto. O meu coração está agitado; a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, ela me deixou. Os meus amigos e os meus companheiros afastaram-se da minha chaga; e os meus parentes se põem à distância. Também os que buscam a minha vida me armam laços, e os que procuram o meu mal dizem coisas perniciosas, Mas eu, como um surdo, não ouço; e sou qual um mudo que não abre a boca. Assim eu sou como homem que não ouve, e em cuja boca há com que replicar. Mas por ti, Senhor, espero; tu, Senhor meu Deus, responderás. Rogo, pois: Ouve-me, para que eles não se regozijem sobre mim e não se engrandeçam contra mim quando resvala o meu pé. Pois estou prestes a tropeçar; a minha dor está sempre comigo. Confesso a minha iniqüidade; entristeço-me por causa do meu pecado. Mas os meus inimigos são cheios de vida e são fortes, e muitos são os que sem causa me odeiam. Os que tornam o mal pelo bem são meus adversários, porque eu sigo o que é bom. Não me desampares, ó Senhor; Deus meu, não te alongues de mim.

Apressa-te em meu auxílio, Senhor, minha salvação.

Filhotes: a saga….

O tempo foi passando, a correria do dia a dia aumentando, os problemas surgindo e esqueci de contar aqui o “fim” que tiveram os cachorrinhos que estavam debaixo da passarela, em frente ao local onde trabalho (postagem do mês passado).

Durante alguns dias fiquei cuidando dos cachorrinhos e dando água e comida para a mães deles, no lugar onde estavam. Mas logo não foi possível mantê-los ali, pois eles começaram a sair do “ninho” e como ao lado de onde estavam tem uma BR muito movimentada, logo um dos filhotes poderia ser atropelado. E num sábado á tarde quando fui dar uma olhada nos filhotes, tinham dois caras tacando pedras neles. Daí não teve jeito, tive que tira-los dali. Infelizmente não tive como levar a mãe deles junto e me doeu o coração vê-la sozinha no “ninho”, com cara de triste.

Levei os cinco filhotes pra casa e depois de um banho quente e uma sessão de matar pulgas, eles ficaram ainda mais bonitinhos. Coloquei todos numa caixa de papelão e a primeira noite não dormi, pois choraram o tempo todo. Já na segunda noite acabei colocando no leite deles um comprimido pra dormir e daí tive sossego. Daí pra frente eles se acostumaram com o novo lar e não incomodaram tanto. O chato era levantar duas ou três vezes durante a noite pra dar comida a eles, senão abriam o maior berreiro.

E aos poucos fui tendo ajuda. Uma vizinha se ofereceu pra cuidar deles durante o dia, outra pessoa levou ração, me emprestaram alguns cobertorzinhos, outro arrumou caixas de papelão, outro deu vermífugo e assim tudo ficou melhor. Daí comecei a tentar arrumar um lar pra eles. Uma amiga colocou anuncio na internet e dessa forma doei o primeiro. Depois uma vizinha ficou com outro e por ultimo levei os três restantes numa feira de adoção e em menos de uma hora todos tinham encontrado um dono e um novo lar. Fiquei feliz com isso, em ter salvado os filhotes. Mas quando cheguei em casa e vi a caixa deles, o cobertor, o pote de comida, tudo ali num cantinho e eles não estavam lá, deu uma enorme sensação de vazio, uma tristeza profunda.

A mãe deles tinha sumido e apareceu dias depois, muito machucada e doente. Acabei chamando um amigo veterinário e ele a levou pra internar e cuidar dos machucados. Após três semanas ela estava recuperada e seguiu seu rumo.

O dia a dia dos filhotes em minha casa. (janeiro/2010)

Filhotes (janeiro/2010)

Encontro em São Leopoldo

Semana passada fui novamente para São Leopoldo a trabalho e por lá fiquei dois dias. E na sexta-feira á noite tive um encontro interessante com minha amiga Vera Linden e seu esposo Rui. Conheci a Vera pelo blog, pois ela é uma de minhas “leitoras”. E por troca de emails nasceu a amizade.

Saímos comer uma pizza e depois ficamos batendo papo. Eu não estava em meus melhores dias, em virtude de uma série de problemas pessoais e de saúde que desabaram sobre mim nas duas últimas semanas, mas mesmo assim o encontro foi muito bom e o papo descontraído.

 Grande abraço a Vera e ao Rui e até uma próxima vez!

Rui e Vera

Homenagem ao Everaldo

Faleceu ontem aqui em Curitiba o Everaldo Leonel, amigo que estudou comigo o 1º ano de Estatística na UFPR em 1997. Depois ele mudou de curso, mas vez ou outra nos encontrávamos pela cidade. A última vez que o vi foi em meados do ano passado, numa farmácia. Ele era um cara legal, sempre sorridente. Então como homenagem de despedida publico uma foto de nosso grupo de amigos do curso de estatística, onde o Everaldo aparece sorrindo, no meio de duas garotas. Também vou contar uma história da qual ele participou.

“Logo do inicio do curso de Estatística formamos um grupinho de amigos e sempre nos reuníamos pra fazer algo. Era cinema, barzinho, churrasco na casa de um, pipoca na casa de outro, aniversários. Teve uma vez que nos reunimos no apartamento de uma das garotas, em frente ao CEFET. Na hora de ir embora estavámos esperando o elevador no sétimo andar e junto conosco estava a Célia, que tinha pavor por cócegas. Quando entramos no elevador o Everaldo olhou pra mim e com os olhos mostrou a Célia. Na hora entendi qual era a intenção dele e cada um de um lado “atacou” a Célia fazendo cócegas. Como ela não tinha pra onde correr, armou o maior griteiro e se deitou no chão. Quando o elevador parou no térreo ela saiu de quatro, engatinhando apavorada para fora do elevador. Precisava ver a cara de espanto das pessoas que estavam no térreo aguardando o elevador. Eu e o Everaldo saímos rindo de quase chorar. Isso mostra bem como era o Everaldo e vai ser esse fato que sempre vou lembrar com relação a ele.”

Turminha da Estatística, o Everaldo aparece no círculo. (Curitiba - 1997)

Filhotes no site da RPC – Rede Globo

Um vídeo que fiz dos filhotes que nasceram sob a passarela que fica em frente ao Medianeira, já está no site da RPC – Rede Globo. Para visualizá-lo, basta acessar o site www.rpctv.com.br/nahoracerta e no dia 22/01 buscar pelo título Cachorrinha cria filhotes em baixo de passarela. Ou acesse o vídeo diretamente pelo endereço http://www.rpctv.com.br/paranaense/video.phtml?Video_ID=72991&Programa=nahoracerta&tipo=nahoracerta&categoriaNome=

No canto esquerdo inferior o vídeo dos filhotes.

Animais abandonados

NÃO existe “Associação de Proteção Animal”. Ao menos não é da maneira que você pensa que seja. Existem abrigos, e sem exceção todos eles estão lotados, com animais presos, em canis super lotados, confinados. A fome rondando a porta. A falta de recursos como moradora… O governo não ajuda esses locais. É com dinheiro como o SEU que estes locais são mantidos. Dinheiro que precisa ser ganho de alguma forma. Ele não cai do céu. Portanto esse local “mágico” só existe no seu imaginário. Se houvesse tal lugar, não haveria bichos jogados nas ruas. O único local que coleta TODOS os animais que você solicitar é o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) ou, se você preferir, o nome popular: CARROCINHA. São recolhidos aqui, ali, acolá, nas pequenas e grandes cidades e são eutanasiados em 3 dias. Eutanásia é um nome bonitinho para ABATE. Depois os corpos são levados para um aterro, VALA COMUM, entende?

Fonte: http://www.caopanheirocuritiba.com.br/

Para adotar cães e gatos abandonados, visite o site acima.

Cães abandonados.

Filhotes

Uma cachorra criou debaixo da passarela que fica em frente o colégio onde trabalho. São seis cachorrinhos, uma graça. A cachorra está bem magra, passava fome. Uma vizinha que mora do outro lado da passarela tem trazido comida. Também comecei a alimentar a cachorra. Ela é brava, não deixa que ninguém se aproxime dos filhotes. Eles devem estar com uns dez dias, pois já estão com os olhos abertos e começam a andar pelo “ninho”. O perigo é que ao lado fica a BR 116 e o risco de um deles escapar e ser atropelado é grande.

Estamos tentando encontrar quem os adote, mas não está sendo fácil. Se pudesse ficava com todos, mas infelizmente não posso. O que me impressiona é o cuidado que a cachorra tem com sua prole, como ela os defende. E dizer que existem mães que abandonam, matam os filhos. E depois nos é que somos os seres racionais. Não seria o contrário?

Os filhotes e sua mãe no ninho.

Mãe cuidadosa.

Túnel do Tempo: Stella Barros Turismo

Nesse “Túnel do Tempo” aproveito para publicar uma foto dos tempos em que trabalhei na Stella Barros Turismo. Foi lá que conheci o Mauricio, o qual se tornou um grande amigo e que hoje trabalha comigo aqui no Medianeira. Essa foto foi tirada no início de 1997, em minha mesa de trabalho. Na foto aparecem além do Mauricio, também o Newton, Paulinha e Marcia Lippi.

Newton, Paulinha, Marcia, Vander e Mauricio. (Curitiba, 1997)

Vera Linden

No final do ano recebi pelo blog, duas simpáticas mensagens de uma gaúcha/capixaba, chamada Vera Linden. Ela escreve poesias muito interessantes e aproveito para publicar uma delas aqui:

PLENA BELEZA

 Se teu coração, ficou triste

 Por alguém que não viste.

Mas, que querias tanto ver,

E, se a decepção invadir o teu ser,

Acalma-te e resiste à tristeza.

O amor em sua plena beleza,

Vive em ti, tens este privilégio.

Não cometas o sacrilégio,

Daqueles que não acreditam,

E nem a si mesmos creditam

A conquista da felicidade.

Dando poder à fatalidade.

Crer cegamente no destino

É criar um caminho de desatino.

Com a coragem a te guiar,

E a tua força de amar,

Luta e nunca te deixes abater

Ou o pessimismo te corroer.

O amor é energia que enaltece.

O amor só vem a quem merece,

                                  Vera Linden

Vera Linden

Final de Semana

O final de semana foi movimentado, o Wagão passou o final de semana por aqui. No sábado á tarde fui para Matinhos e ganhei uma multa de R$ 153,00 por dirigir com a habilitação vencida. Á noite saímos dar uma volta e tive fortes emoções ao andar de minibug com a Shaira. Foram tantas voltas rápidas que fiquei meio enjoado, mas felizmente não tivemos nenhum acidente. Depois jogamos “stop” e me tornei bicampeão, terminando com 20 pontos na frente da Agnes, a segunda colocada. A noite terminou com filme (Mandela) e pipoca.

No domingo fomos pra Morretes e a tarde fizemos bóia cross no Rio Nundiaquara. O rio estava bem cheio e isso o tornava veloz e a descida foi emocionante, com direito a algumas quedas e trenzinho. O tempo ajudou, fez sol e a água parecia não estar tão gelada como de costume.

Passeio noturno (Matinhos – 16/01/2010)

Bóia cross (Morretes – 17/01/2010)

Haiti

Na última sexta-feira eu conversava com um amigo e falava pra ele que não gostava de haitianos. É que trabalhei com vários haitianos no período em que vivi nos Estados Unidos e tive sérios problemas com a maioria deles. Eram todos preguiçosos, enrolões, mal educados e difíceis de confiar. Até brinquei com meu amigo que em vez do Brasil mandar ajuda humanitária para o Haiti, deveria é acabar de afundar a parte da ilha onde fica o país. E poucos dias depois dessas palavras, acontece o terremoto no Haiti e essa catástrofe que todos sabem. Confesso que nunca me arrependi tanto de ter feito um comentário igual eu tinha feito na sexta-feira. Por mais que eu não goste de haitianos e tenha certo ressentimento com vários deles, jamais desejaria mal a eles e muito menos que o país deles fosse destruído como foi. É lógico que dizer que o Haiti deveria desaparecer, foi daqueles comentários que saem pela boca, mas cuja origem não é o coração. Também sei que não foi o meu comentário de que o Haiti deveria sumir do mapa, que causou o terremoto e tanta destruição. Bom seria se eu tivesse tal poder de proferir palavras e elas se tornarem realidade. Sei que fiquei muitíssimo triste com o que aconteceu e mais ainda por ter falado “besteira” pouco tempo antes de isso tudo acontecer. Ao menos espero que nenhum dos haitianos que conheci nos Estados Unidos tenham sido vitimas do terremoto. Não morria de amores por eles, mas nem de longe gostaria que alguém que conheci, com quem trabalhei, sofresse alguma desgraça, por menor que ela fosse.

Hoje pela manhã vi o avião da Força Aérea que trazia o corpo da Zilda Arns, passar com pouca altitude quase que por cima do colégio onde trabalho. Interessante que num mundo tão globalizado, coisas que aconteceram a milhares de quilômetros de distancia, de repente estão bem próximas de nós.

O meu maior desejo no momento é que Deus ajude e de conforto aos haitianos e demais cidadões do mundo que estão sofrendo com essa tragédia.

Das várias fotos e imagens que vi até agora sobre o terremoto, as que mais me chocaram foram estas abaixo. Uma mostra corpos “jogados” na rua em frente ao necrotério da capital haitiana. E outra mostra corpos sendo retirados da rua por uma escavadeira e uma caminhão, como se fossem “entulho”.

corpos pelo chão

Capela São Luiz Gonzaga – Igreja da Serra

Saindo do Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo (postagem anterior), atravessei a avenida principal de Fênix e do outro lado da Rodovia vi no alto de um pequeno morro a Capela São Luiz Gonzaga, mais conhecida como Igreja da Serra. De longe a imagem da Capela era bonita, mas quanto mais perto chegava, mais dava pra perceber que a Capela está meio que em ruínas. Ela fica no alto de um morro, de frente pra cidade e a vista é muito bonita, com o verde das plantações ao redor e a mata do Parque Estadual aparecendo a perder de vista. O morro está com várias marcas de que dali foram retiradas terra e pedras. Encontrei alguns moradores locais que me disseram que foi a prefeitura que tirou pedras do morro para consertar as ruas da cidade.

Entrei na Capela e a decepção foi total. Ela está quase que totalmente destruída. No chão vários sinais de buracos, que segundo alguns moradores foram feitos por pessoas que procuravam o lendário tesouro dos Jesuítas. Do calçamento do chão existe somente alguns pedaços nos cantos. O telhado está todo podre, quase caindo. O sino desapareceu e a torre está toda quebrada por dentro. Debaixo do púlpito além de muito lixo era possível ver sinais de despachos de macumba. Por fora o aspecto também não está dos melhores. O estado geral é lastimável e se não tomarem providencias urgentes, logo o telhado e parte das paredes vão desabar. Mais uma vez tive a prova de que o prefeito de Fênix e demais autoridades não tem o mínimo interesse em preservar os poucos atrativos da cidade.

Chegaram mais alguns moradores da cidade pra visitar a igreja e fiquei um bom tempo conversando com eles. O interessante foi perceber que nenhum sabia direito detalhes sobre a Capela ou o Parque Estadual que existe na cidade. A maioria nem sabia que no parque existem ruínas históricas. Teve um morador que disse que a Capela está ali ha mil anos e outro ficou dizendo que não, que ela tem cinqüenta anos e que o pai dele é que construiu. Tentei explicar que ela não tem mil anos, pois o Brasil tem quase 510 anos e antes disso não existia nenhuma igreja por aqui. E sobre o pai do outro morador ter construído a Capela, argumentei que talvez ele tivesse participado de alguma reforma, mas não da construção da Capela. De unânime somente que todos concordavam que os últimos prefeitos tinham abandonado a Capela e outros pontos turísticos da cidade. Todos desceram o pau no prefeito.

Um morador me contou que a direita e a esquerda,  alguns quilômetros dali, existem outras duas Capelas parecidas com aquela, que possivelmente foram construídas na mesma época e sabe-se lá o motivo de terem sido construídas na mesma linha mas distantes uma da outra. No futuro pretendo visitar as outras Capelas e tentar descobrir tal mistério.

Tentei descobrir mais alguma coisa sobre essa Capela, mas não encontrei nada. O único relato que achei diz que ela foi construída as margens do antigo Caminho de Peabiru e era utilizada para pernoite por aqueles que transitavam pelo caminho. O padroeiro da Capela é Santo Inácio, o criador da Companhia de Jesus (Jesuítas). Sobre data de construção, reformas e etc, não encontrei nada.

Imagens da Capela. (27/12/2009)

Interior destruido da Capela. (27/12/2009)

A Capela no alto do morro. (27/12/2009)

Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo

No domingo após o Natal, fui de carro até a cidade de Fênix, distante uns 70 km de Campo Mourão. Fazia muito tempo que queria visitar o Parque Estadual que existe em Fênix, mas sempre deixava pra depois e com isso os anos foram passando. Recentemente conversei com o Caio (marido da Lilian que trabalha comigo) e ele contou que tinha ido visitar o Parque Estadual de Villa Rica. Daí decidi que na próxima viajem pra Campo Mourão iria dar uma “escapa” até Fênix.

Chegar em Fênix foi tranqüilo, pois conhecia a estrada. Já encontrar o “Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo”, teria sido um pouco complicado se eu não tivesse a informação de que ele ficava uns 600 metros após o final da avenida principal da cidade (cidade bem pequena por sinal). Incrível que exista um Parque Estadual numa cidade e nas estradas próximas não exista nenhuma placa avisando/sinalizando isso. Essa foi a primeira das decepções que tive com a visita.

Breve histórico: A cidade de Villa Rica del Espiritu Santu foi umas das três cidades que a Espanha possuiu dentro do território do atual Estado do Paraná. Recebeu este nome porque os espanhóis confundiam os cristais de rochas comuns na região, com pedras preciosas. Ela ficava na confluência dos rios Ivaí e Corumbataí e foi fundada em 1592 por Ruy Diaz Melgarejo. Era um posto avançado dos espanhóis de Assunção no Território Del Guayrá. Ali os índios foram pacificados e catequizados pelos jesuítas espanhóis, viviam do cultivo de alimentos e da extração da erva mate. A partir de Villa Rica os “encomenderos” espanhóis percorriam o interior capturando índios Guaranis, que enviavam aos seus ervais em Maracaju para trabalho escravo, gerando conflito com os Jesuítas catequizadores. Após a destruição das Reduções Jesuíticas pela Bandeira de Raposo Tavares, a Villa ficou a mercê dos paulistas, que em 1632 expulsaram toda a população espanhola para a porção ocidental do rio Paraná. Os padres que resistiram foram chacinados, as aldeias foram queimadas e os índios que sobreviveram escravizados. Assim terminou o domínio espanhol em toda a região que lhes fora conferida pelo Tratado de Tordesilhas, que colocara o atual território paranaense, a oeste de Paranaguá, fora dos limites da coroa portuguesa.

Somente na década de 1920 é que as ruínas de Villa Rica foram encontradas. Andrade Muricy visitou as ruínas da vila e tempos depois Villa Rica foi tombada pelo Patrimônio Histórico. O Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo (PEVR) foi criado em 1955. Ainda estão sendo realizadas escavações e pesquisas nos sítios arqueológicos  do parque. Essa pesquisa é realizada pelo Museu Paranaense. Parte das cerâmicas e artefatos dos índios Guarani encontrados no local é exibida no museu que funciona dentro do parque. A região foi tão movimentada que até hoje é possível encontrar fragmentos e até objetos indígenas inteiros nas plantações e margens dos córregos na região. Como foi o caso da urna funerária encontrada há 15 anos com o esqueleto, incluindo os dentes de ouro do falecido. Hoje a urna encontra-se exposta no museu do parque, junto com outros objetos da redução que ocupava uma área urbana de 300 mil metros quadrados.

A segunda decepção foi chegar no parque e descobrir que não poderia visitar as ruínas, que era a principal motivação de minha visita. Segundo me contou um funcionário do Parque, as escavações do sitio arqueológico do local estão paradas fazem dois anos, por falta de dinheiro. Outra decepção foi descobrir que num domingo a tarde eu era o único visitante do local. Então fui caminhar pelas trilhas no meio da mata, que levam até um bonito lago. Confesso que caminhar sozinho pelo mato, sob chuva fina e ouvindo os ruídos da floresta foi um pouco assustador. Pela mata pude observar algumas figueiras imensas, com troncos gigantescos. Após breve parada no lago para tirar fotos, retornei por outra trilha até a entrada do parque, onde funciona um museu. Dei uma olhada nos artigos expostos, na sua maioria artigos indígenas e me informei sobre a localização de uma igreja que imaginava ser dentro do parque mas que vim a saber que ficava distante dali.

Sai do parque pensando sobre tudo o que tinha visto e ouvido. A conclusão é que o município de Fênix está perdendo tempo ao não explorar o potencial turístico que este Parque Estadual pode proporcionar. Se o prefeito e autoridades locais se empenhassem em conseguir verbas para explorar as ruínas da redução jesuíta existente no parque, se investissem em propaganda e divulgação do parque, certamente muitos turistas, estudantes e estudiosos iriam conhecer o lugar e isso geraria divisas para o município. O turismo ecológico está em moda e o local tem potencial para isso. Mas antes é preciso “desencavar” as ruínas, pois elas são o maior atrativo do local e ficam escondidas, sem o mínimo acesso aos turistas.  O Parque Estadual além das ruínas, possui uma imensa reserva florestal e fica ao lado de dois grandes rios. Basta um pouco de vontade política, imaginação e trabalho, que facilmente conseguem transformar o local num belo e lucrativo atrativo turístico. Se deixar como está, o Parque Estadual vai continuar esquecido e a cidade vai continuar sendo minúscula e desconhecida.

Entrada do Parque, figueira e trilha. (27/12/2009)

Trilhas próximas ao lago. (27/12/2009)

Urna funerária, maquete de como era a vila e outros artefatos.

Heloisa

Eu tinha uma única sobrinha, Erica, com 16 anos, filha de minha irmã. E ano passado nasceu a Heloisa, filha do Wagão, meu irmão. Como ela vive com sua mãe em outra cidade, distante de Curitiba, ficava meio fora de mão ir até lá. Mas na noite de Natal pude finalmente conhecer a nova sobrinha. Ela é uma graça e se parece muito com o Wagão quando tinha a idade dela. No pouco tempo que passamos juntos pude curtir (do meu jeito) a nova sobrinha. E legal mesmo foi vê-la usando um chinelinho de napa (feito pela Dona Nita), que pertenceu ao Wagão. Esse chinelo tem pouco mais de trinta anos e minha mãe guardou sem imaginar que um dia a filha do Wagner fosse usar. Difícil é dizer que o pé nº 43 do Wagão um dia coube naquele chinelinho vermelho.

Tio desajeitado pegando a sobrinha no colo. (25/12/2009)

Heloisa no colo do pai.

Com o chinelo que foi do pai dela. (25/12/2009)

Fidelidade canina

A foto abaixo chamou muito minha atenção. Em meados de dezembro um rapaz foi assassinado em Curitiba e seu cão ficou deitado ao lado do corpo, num claro exemplo de amor e fidelidade ao dono. Quando o IML foi retirar o corpo do rapaz, tiveram uma certa dificuldade para fazer com o que o animal dixasse o pessoal fazer seu trabalho.   

Fonte da foto: www.paranaonline.com.br

Ano Novo

Pelo terceiro ano seguido passei o Reveillon em meu prédio. Diferente dos dois últimos anos quando passei na companhia de algumas vizinhas, dessa vez minha irmã (que chegou no dia 31 á noite) e minha sobrinha Erica, me fizeram companhia. Onde moro a visão dos fogos de artifício explodindo por toda a cidade é muito bonita. Também a rua da frente e a rua lateral tradicionalmente ficam cheias de carros e pessoas vendo os fogos. Mas este ano foi tudo calmo, pois chovia e fazia um pouco de frio, então a vista da cidade não estava das melhores e foram poucas pessoas que saíram a rua. De companhia tivemos um casal de vizinhos que vieram recentemente de Rondônia e ficaram conosco um tempo vendo os fogos e tomando champagne.

E 2009 passou tão rápido que quase não deu pra perceber. No geral foi um ano legal, com alguns probleminhas pessoais e de saúde e muitos problemas no trabalho graças a uma merda de sistema que compraram e que não funciona. De 2010 espero que seja igual ou melhor do que 2009, com muita saúde e o resto eu corro atrás.

 Feliz 2010 a todos!!!

Com minha irmã Vanerli e a sobrinha Erica. (31/12/2009)

Casal de vizinhos que nos fizeram companhia.

Fomos parar em Blog da Gazeta do Povo

A brincadeira de Amigo Secreto de meus amigos de trabalho do Medianeira, acabou indo parar no Blog Na Mira do Leitor, no Site da Gazeta do Povo (http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/blog/namira/) . O Blog é feito pela Doralice Araújo, uma paraense que esta radicada desde 1992 em Curitiba.

No dia 22/12 ela colocou em seu Blog uma postagem sobre glossários natalinos  e ao falar sobre os presentes,  falou sobre a brincadeira do Amigo Secreto,  que segundo ela é disseminada principalmente no ambiente de trabalho e citou como ilustração nossa brincadeira de Amigo Secreto, sobre a qual postei algo aqui no dia 07/12 (http://vanderdissenha.wordpress.com/2009/12/07/amigo-secreto-2009/).

Fiquei feliz pela citação de meu modesto blog, principalmente pela Doralice, que é formada em letras e especialista em redação. Mesmo meu blog tendo alguns erros no que diz respeito as regras de língua portuguesa, ela não foi preconceituosa e nos citou em seu blog. Eu que era leitor eventual de seu Blog, a partir de agora passarei a ser um leitor assíduo.

Blog Na Mira do Leitor

Fomos citados no Blog da Doralice

Natal 2009

Depois de vários dias trabalhando até tarde e também no sábado e domingo, finalmente consegui tirar uns dias de folga e viajar. Como de costume fui pra Campo Mourão passar o Natal com a família. Saí de casa na manhã do dia 24, achando que não teria muito trânsito, mas não rodei nem uma hora e parei num congestionamento monstro. O pedágio de São Luis do Purunã estava meio lento e isso formou uma fila de vários quilômetros. Alguns quilômetros após o pedágio tem um posto da Policia Rodoviária, onde o pessoal tem que reduzir a velocidade e isso fez com que o trânsito ficasse lento por mais um tempo. Depois deu pra correr um pouco, mas sem exagerar. Pelo caminho vi muitos carros quebrados no acostamento e três acidentes em que o pessoal saiu da pista, mas aparentemente nada grave.

Fui pela estrada que inicia em Reserva, que é minha favorita em razão do menor fluxo de carros e da bela paisagem. Nos 480 km entre Curitiba e Campo Mourão fiz somente uma parada rápida para xixi e água. Ao passar pela reserva indígena que tem no caminho, parei poucos minutos para entregar aos indiozinhos alguns panetones e caixas de bom-bom. Eles fizeram a maior festa, mas preocupado que estava com que algum fosse atropelado, esqueci de tirar fotos. A estrada não tem acostamento, então tive que parar no meio da pista pra entregar as guloseimas pela janela do carro. Cheguei em Campo Mourão no meio da tarde e nos dias seguintes aproveitei para descansar, dormir e ler.

O Natal foi em casa, sem muita festa como de costume. Pra nós o importante é estar quase todos juntos e assim curtir o almoço do dia 25. Meu pai foi pra Maringá passar o Natal com boa parte da Família Dissenha. Dia 24 á noite o Wagão chegou com “sua família” e finalmente pude conhecer minha nova sobrinha, Heloisa, que já está com quase dois anos e ainda não conhecia.

Fiquei por lá até terça de manhã, quando voltei para Curitiba e levei junto minha outra sobrinha, Erica, para passar uns dias em casa. No mais foram dias tranqüilos de repouso e a única coisa que fiz de diferente foi ir no domingo a tarde até a cidade de Fênix visitar um parque Estadual. Essa curta viagem conto daqui uns dias, quando sobrar tempo.

Pra mim o Natal é uma data como tantas outras. Tem seu lado cristão, a união da família e tudo mais. Fora isso não vejo motivos pra exageros e consumismos como a maioria do pessoal. E após tantos dias trabalhando feito louco, com dezenas de problemas pra resolver, fica difícil entrar no espírito natalino.

Congestionamento no Pedágio de São Luiz do Purunã. (24/12/2009)

Parte da família reunida (25/12/2009)

Áudio Livro

Desde os onze anos de idade que sou fã de livros, que leio bastante. E agora com o advento do Áudio Book ou Áudio Livro, estava curioso para saber como seria ouvir um livro. E acabei ganhando um Áudio Livro de presente de amigo secreto, o que tornou possível matar minha curiosidade. O que ganhei é “O Mago”, biografia do escritor Paulo Coelho. Gosto de biografias, mas não curto os livros do Paulo Coelho. Então iniciei a audição do Áudio Livro meio que sem vontade, meio que devagar, mas acabei gostando da experiência de “ouvir” um livro e também gostei do que ouvi. A história do Paulo Coelho é muito interessante, tem umas passagens chatas, mas a maior parte vale a pena ser lido, ser ouvido e sei lá mais o que. Sei que em menos de uma semana ouvi o livro todo que em sua versão de papel tem 632 paginas e em áudio tem umas 20 horas.

O interessante de “ouvir” em vez de “ler” o livro, foi que podia fazer isso ao mesmo tempo em que estava no carro dirigindo, estava lavando roupa, limpando a casa, andando na rua, fazendo compras no supermercado, ou seja, em situações que não dava para “ler” um livro. E sempre antes de dormir ouvia um trecho, o que me relaxava e dava sono.  

Não vou deixar de “ler” livros, mas agora vou aumentar meus horizontes literários “ouvindo” livros também. E agora adeus insônia e viva o Áudio  Livro/Áudio Book!