Cemitério de La Recoleta

E no fim acabei não visitando um dos pontos turísticos que eu queria conhecer em Buenos Aires, que é o Cemitério de La Recoleta. Gosto de visitar cemitérios antigos, onde existe arte tumular (esculturas, projetos arquitetônicos em jazigos e etc) e personagens famosos e históricos. Eu dei bobeira e só fui lembrar de ir no cemitério na ultima noite que estávamos em Buenos Aires. Fui olhar no site do cemitério e descobri que o mesmo abria todos os dias ás 8 horas, então daria tempo de fazer uma visita rápida a caminho do aeroporto. O problema foi que no dia seguinte, uma segunda-feira, ao chegar no cemitério descobri que o mesmo estava fechado, que a informação do site estava incorreta. A famosa entrada principal está sendo restaurada, daí dei uma volta no quarteirão e encontrei as demais entradas todas fechadas. Então o jeito foi engolir a decepção e seguir rumo ao aeroporto. 

O Cemitério de La Recoleta é um caso a parte, pois além da arte tumular que ele possui e dos personagens famosos que lá estão sepultados (Eva Perón e alguns ex-presidentes argentinos, entre outros) o inusitado desse cemitério é que os caixões não são sepultados ou ficam fechados dentro dos jazigos. Os caixões ficam a vista, alguns em prateleiras. Em alguns túmulos de famílias mais tradicionais e antigas, os caixões chegam a ficar um em cima do outro em razão de muitos mortos para um mesmo jazigo. Ao mesmo tempo que é curioso também é assustador tal costume. Os corpos são embalsamados antes de serem sepultados e dessa forma ficam dezenas de anos os caixões a mostra nos jazigos. 

História: O Cemitério de La Recoleta é o mais antigo e aristocrático da Cidade. Em seus quase seis hectares estão sepultados heróis da Independência, presidentes da República, militares, cientistas e artistas. Entre eles, Eva Perón, Adolfo Bioy Casares e Facundo Quiroga. Os sepulcros e mausoléus foram obras, em muitos casos, de importantes arquitetos. Mais de 70 mausoléus foram declarados como Monumentos Históricos Nacionais. Está localizado em terras concedidas por Juan de Garay a Rodrigo Ortiz de Zárate, que fazia parte de sua expedição colonizadora. Depois foi instalado nesse lugar um convento de freis recoletos. Inaugurado em 1822, em terras que até então eram dos monges recoletos, o da Recoleta é o primeiro cemitério público da cidade. Tem 54 hectares. Até então, os mortos eram enterrados nas igrejas ou nas terras sob sua administração, os chamados campos santos. Os caixões chamam a atenção. Em vez de enterrados, são guardados sobre a terra, empilhados uns sobre os outros, dentro de mausoléus. Vidros e vitrais são colocados especialmente para que se possa vê-los. Macabro, para quem não está acostumado. O cemitério da Recoleta, no rico bairro de mesmo nome, é o mais famoso e destino obrigatório para quem está de passeio por Buenos Aires. No charmoso e ostentoso cemitério, cheio de esculturas e mármores, sepultamentos e mausoléus se misturam a passeios dos portenhos e visitas guiadas de turistas. Uma curiosa junção de morte, praça e museu. Costume raro para muitos povos, mas que é rotina na capital argentina e atrai cada vez mais turistas em busca das belezas e histórias que há por trás dos sepulcros da cidade.

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Vários caixões de uma mesma família.

Jazigo no Cemitério da Recoleta.

Jazigo aberto no Cemitério da Recoleta.
Cemitério da Recoleta.

Praça do Congresso

Outro passeio interessante que fizemos foi ir a pé até a Praça do Congresso Argentino. Foi uma longa caminhada e com um vento congelante que chegava a doer nas orelhas em alguns momentos. Mesmo assim valeu a pena e no caminho passamos por uma avenida arborizada, com prédios antigos e muito bonitos. Meu irmão disse que aquela avenida fez ele lembrar de Paris. Vi muita coisa antiga e interessante. Na fachada de um antigo hotel vi uma placa sinalizando que ali tinha vivido o famoso poeta e dramaturgo espanhol Federico García Lorca. No final dessa avenida fica a Praça do Congresso, que nesse dia estava cheia de pessoas tomando sol e curtindo o domingo de folga. Ficamos um pouco por ali, tiramos fotos e fizemos o caminho volta rumo a Calle Florida, para fazer mais algumas comprinhas. rs…

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Dona Vanda descansando.

Praça do Congresso.

Praça do Congresso.

Praça do Congresso.

Em frente ao Congresso Argentino.

Praça do Congresso.

Descansando na Praça do Congresso.

Arrastando a velhinha...

Família unida.

Placa no hotel onde viveu Garcia Lorca.

Praça do Congresso
Avenida próxima ao Congresso.

Obelisco

Um dos monumentos mais conhecidos de  Buenos Aires é o Obelisco. Eles se localiza na Praça da República, no cruzamento de duas grandes e importantes avenidas da cidade. Sua construção foi em comemoração ao quarto centenário da fundação da cidade. Passamos por ele em um de nososs passios a pé e tiramos algumas fotos. Essa parte da cidade onde ele está localizado é bastante interessante e chama atenção as duas grandes avenidas e o intesno trafego de veículos. 

História: As obras começaram em 20 de março de 1936, e o monumento foi inaugurado em 23 de maio 1936. Foi projetado pelo arquiteto Alberto Prebisch (um dos principais arquitetos do modernismo argentino e autor também do Teatro Gran Rex), a pedido do prefeito Mariano de Vedia e Mitre. No que se refere à questão da forma do monumento Prebisch disse: “Foi adotado esta simples e honesta forma geométrica, porque é a forma de um obelisco tradicional … Ele foi chamado de “Obelisco”, porque havia de chamar-lhe de alguma coisa. Eu reivindico para mim o direito de chamá-lo de uma forma mais abrangente e genérica “Monumento”.

A construção do obelisco esteve a cargo da empresa Alemã GEOPE-Siemens Bauunion – Bilfinger & Grün, que concluiu o seu trabalho em tempo recorde de 31 dias, empregando 157 trabalhadores. Maximizando a utilização do tempo foi utilizado o cimento INCOR de endurecimento. Ele tem a altura máxima permitida no âmbito da linha de construção da avenida Roque Sáenz Peña (Diagonal Norte):67,5 m de altura, distribuídos da seguinte forma: 63 m para o início do ápice, que é 3,5 m por 3,5 m. A ponta mede 40 centímetros. Culminando com um pára-raios, cujos fios correm através do interior do obelisco. A base mede 49 m². Tem uma única entrada (no lado Oeste) e em seu auge há quatro janelas, que só podem ser atingidas através de uma escada reta de 206 degraus.

Em 29 de fevereiro de 1938, Roberto M. Ortiz sucedeu Justo, e foi nomeado como novo Presidente da Câmara da cidade Arturo Goyeneche. Em junho de 1939, o Conselho deliberativo sancionou a demolição do obelisco pelo Despacho n. º 10251, invocando razões econômicas, estéticas e de segurança pública. Mas foi vetado pelo Poder executivo municipal, caracterizado como um acto desprovido de conteúdo e valor jurídico,porque ela modifica o estado das coisas, emanados do poder executivo e que se tratava de um monumento ao abrigo da competência e da guarda da Nação, cujo patrimônio pertence. Nos local onde esta localizado o obelisco, anteriormente, havia uma igreja dedicada a São Nicolau de Mora. Nessa igreja pela primeira vez oficialmente a bandeira Argentina foi asteada, dentro de Beunos Aires, em 1812: em memória ao fato existe inscrições do lado norte do obelisco. Para a sua construção, que custou 200.000 pesos foram utilizados 680 m³ de cimento e 1360 m² de pedra branca de Córdoba.O estabelecimento da linha B do metrô favoreceu a construção do monumento uma vez que facilitou a colocação da fundação pois os túneis formam uma base concreta de 20 metros. A laje plana do metrô permite a passagem da laje de fundação do obelisco. Como resultado de alguns desprendimentos do revestimento de pedra, ocorridos na noite de 20 para 21 de junho de 1938, um dia após a um evento público com a presença do Presidente Ortiz no local do obelisco, decidiu-se retirar o revestimento em 1943, e foi substituído por um cimento polido. Também foram realizadas fissuras que simulam as junções das pedras. Ao eliminar as lajes do obelisco não foi tido em conta que se retirou uma legenda que dizia “Alberto Prebisch foi o seu arquiteto .”

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Obelisco

Obelisco

Obelisco

Mãe e W@gner próximo ao Obelisco.

W@gner

Vander

Monumento aos Caídos na Guerra das Malvinas

Outro passeio interessante que fizemos em  Buenos Aires e vale ser mencionado foi á visita que fizemos ao Monumento aos Caídos (mortos) na Guerra das Malvinas. O Monumento é até simples, fica no final de uma praça muito bonita, perto da Estação Central do Metro. Ele lembra um pouco o Monumento aos Mortos na Guerra do Vietnã, que fica em Whasington – USA. Os nomes de todos os soldados argentinos mortos na Guerra das Malvinas (Argentina x Inglaterra em 1982) estão esculpidos em granito. Eu que acompanhei pela TV essa guerra na época em que ela ocorreu e que posteriormente li alguns livros sobre o assunto, me senti emocionado em estar em tal lugar. Mais que um monumento aos mortos, esse local é um monumento a estupidez de um governante que em busca de aumentar sua popularidade, lançou seu país em uma guerra contra uma grande potencia, sem estar preparado. Mandou para uma ilha fria e distante jovens mal treinados e mal equipados, para lutar contra um Exército formado por soldados profissionais e bem melhor equipados. O resultado foi uma humilhante derrota e muitas mortes, além de seqüelas na alma do povo argentino que duram até os dias de hoje. 

História: A Guerra das Malvinas (em inglês Falklands War e em espanhol Guerra de las Malvinas) ou Guerra do Atlântico Sul ou ainda Guerra das Falklands, foi um conflito armado entre a Argentina e o Reino Unido (Inglaterra) ocorrido nas Ilhas Malvinas (em inglês Falklands), Geórigia do Sul e Sandwich do Sul entre os dias 2 de abril e 14 de junho de 1982 pela soberania sobre estes arquipélagos austrais tomados por força em 1833 e dominados a partir de então pelo Reino Unido. A Argentina reclamou como parte integral e indivisível de seu território, considerando que elas encontram “ocupadas ilegalmente por uma potência invasora” e as incluem como partes da província da Terra do Fogo, Antártica e Ilhas do Atlântico Sul. O saldo final da guerra foi a recuperação do arquipélago pelo Reino Unido e a morte de 649 soldados argentinos, 255 britânicos e 3 civis das ilhas. Na Argentina, a derrota no conflito fortaleceu a queda da Junta Militar que governava o país e que havia sucedido as outras juntas militares instaladas através do golpe de Estado de 1976 e a restauração da demoracia como forma de governo. Por outro lado, a vitória no confronto permitiu ao governo conservador de Margaret Thatcher obter a vitória nas eleições de 1983.

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Monumento aos Mortos na Guerra das Malvinas.

Monumento aos Mortos na Guerra das Malvinas.

Dona Vanda fazendo graça.

W@gner no monumento.

Nomes de todos os mortos na Guerra das Malvinas.

Nomes de alguns dos mortos.

Nomes de todos os argentinos mortos nas Malvinas.

D. Vanda e W@gner descansando.

Guarda de Honra.
Vander e W@gner.

Catedral Metropolitana de Buenos Aires

Outro visita interessante que  fizemos no centro de Buenos Aires,  foi a Catedral Metropolitana. Por fora a Catedral não tem jeito de igreja, mas por dentro é bastante imponente e muito bonita. Numa lateral fica o mausoléu onde desde 1880 se encontram os restos mortais do General San Martín, o herói da proclamação da Republica. E a seu lado estão os restos mortais dos generais Guido e Las Heras, outros heróis argentinos e o simbólico Soldado desconhecido.

História: A Catedral Metropolitana de Buenos Aires  é o maior templo católico da província. Desde a primeira capela de 1593, até agora, existiu nesse lugar seis edifícios diferentes que funcionaram como Templo Maior, que tiveram de ser renovados devido à escassez de materiais e a defeitos estruturais. A Igreja atual foi terminada entre os anos 1572 e 1852, apesar de que sua decoração é de 1911. O edifício possui um perfil que não é comumente usado nas catedrais, pois não tem torres e é mais como um templo grego clássico que um típico católico. Tem 12 colunas na fachada que representam aos apóstolos de Jesus, e seu interior chega aos 41 metros de altura. Em uma de suas laterais estão as 14 pinturas do Via Crucis, que antes tinham estado na Igreja Del Pilar. O chão foi desenhado no ano de 1907, e fabricado na Inglaterra com mosaico veneziano. No centro impõe-se o Alto Altar, como o ponto mais proeminente. À esquerda a um pequeno altar  com uma imagem conhecida como Santo Cristo de Buenos Aires, trabalhada em madeira e no final do corredor central pode-se ver um altar dedicado à Virgen de los Dolores.

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Catedral Metropolitana de Buenos Aires.
Catedral Metropolitana de Buenos Aires.

Catedral Metropolitana de Buenos Aires.

Mausoléu de San Martin.
Dona Vanda no interior da igreja.

Casa Rosada

Num passeio  pelo centro da  cidade  passamos pela  Plaza de Mayo,  que fica em frente á Casa Rosada, sede do governo argentino. Fomos tirar fotos em frente á Casa Rosada e para nossa surpresa descobrimos que a mesma fica aberta para visitação publica em alguns finais de semana. Não íamos perder essa chance de visitar tão famoso ponto turístico e fomos para a fila. Entramos sem problemas, após passarmos por um detector de metais. A visitação era gratuita. Primeiro ficamos num saguão esperando os soldados que em farda de galã acompanham os visitantes que seguem em grupo pelo local. Nesse saguão que ficamos estavam em exposição muitos quadros ofertados por governantes das Américas (inclusive o Lula) como presente para a Argentina em comemoração aos 200 anos de sua Proclamação da República, que aconteceu agora em 2010. Minha mãe não resistiu e foi tirar uma foto ao lado de um dos soldados, que foi bastante simpático e ofereceu o braço pra ela segurar.

Logo nosso grupo foi chamado para fazer a visita pelo interior da Casa Rosada. O prédio é muito bonito por dentro, com muitas salas, sendo algumas com a decoração bem antiga. Algumas alas estão sendo reformadas. Tivemos acesso guiado por vários locais, inclusive a um jardim interno, aos salões onde são recebidos os estadistas estrangeiros, ao local onde a Presidente Cristina Kirchner faz os pronunciamentos oficias do governo e também ao seu gabinete de trabalho. Ficamos parados um tempo ao lado da mesa de sua secretaria e sobre a mesa tinha uma lista de telefones. Tirei uma foto com zoom da lista de telefones, pois ali podia estar o número do Lula. Isso foi mais por brincadeira e de qualquer forma a foto ficou tremida e não da pra ver os números. Também vimos uma mesa que pertenceu a Eva Perón. Tivemos acesso a um balcão que fica de frente para a Plaza de Mayo, que entre outras cosias foi o local onde o general Juan Domingo Perón fez seu último discurso como presidente, o Papa João Paulo II abençoou o país após a Guerra das Malvinas (1982) e a Seleção Argentina campeã do mundo em 1986 esteve para comemorar oficialmente o título de campeã junto com o povo argentino. Esse foi um passeio não programa e que acabou sendo muito interessante. 

História: A Casa Rosada é a sede da presidência da República Argentina. È chamada assim pela sua cor ser aproximadamente rosa. A casa Rosada tem sua cor atribuída ao fato de na época de sua construção as tintas mais baratas serem feitas a base de sangue de vaca, tendo a cor rosada. Há também uma lenda que diz que a cor rosada é uma junção de vermelho e branco, cores-símbolo de dois partidos políticos. Abriga também o Museu da Casa do Governo, com material relacionado aos presidentes do país. A Casa Rosada possui fama internacional por ter sido palco para importantes manifestações políticas e também artísticas. Por exemplo, várias cenas dos filmes “A História Oficial” e “Evita” foram gravadas na praça e nas sacadas do palácio. A Casa Rosada se levanta no lugar que ocupara a Real Fortaleza de San Juan Baltasar da Áustria, construída por ordem do Governador Fernando Ortiz de Zárate em 1595. A Fortaleza sofreu diversas modificações desde a queda de Rosas: demolida parcialmente para a construção da Aduana Nueva, do antigo edifício só ficou de pé o arco de acesso e um dos edifícios do interior do recinto, reformado para seu uso como sede do Governo. Durante a presidência de Sarmiento, o edifício foi pintado de rosa, inaugurando uma tradição que chegou aos nossos dias e que deu seu nome popular. Também por iniciativa de Sarmiento foi construído o Palácio de Correos, terminado em 1878 no ângulo sudoeste do prédio. Pouco depois, o Presidente Roca ordenou a construção de uma nova Casa de Governo, em lugar do antigo edifício. Em 1894, durante a presidência de Luis Sáenz Peña, o arquiteto italiano Francisco Tamburini foi o encarregado de projetar a união dos dois edifícios, formando o complexo monumento que conhecemos hoje. O Correo, obra do sueco Carlos Kilhdderg, e a nova Casa de Governo, obra de Enrique Aberg, eram similares, mas não idênticos. Seu ligamento foi um desafio para Tamburini, que uniu ambos os corpos com um grande arco central (atualmente o acesso principal da Casa Rosada sobre a Plaza de Mayo) e definiu os restantes corpos sobre o Paseo Colón e Rivadavia. O resultado é de um marcante ecleticismo, no qual elementos de tão diversa origem como as mansardas francesas, as loggias e as janelas concebidas por arquitetos nórdicos coexistem com a linguagem classiciista característica de Tamburini. Da entrada principal, pela Esplanada da rua Rivaldavia, sobe-se ao Salón de los Bustos, assim chamado pelas esculturas que retratam os presidentes argentinos. Duas escadarias de honra, conhecidas como “Italia” e “Francia”, conduzem ao primeiro andar, onde estão o Salón Blanco, sede das grandes recepções oficiais, e os escritórios presidenciais. Toda essa ala – a ala norte – é organizada ao redor do Patio de las Palmeras. A ala sul da Casa de Correos foi recortada na década de 30, ao se refazer a atual rua Hipólito Yrigoyen para construir o Palacio de Hacienda. A Casa Rosada está sendo restaurada desde 1989. Em sua parte posterior foram encontrados restos do antigo Forte e da Aduana Nueva, que foram conservados e é onde funciona o Museo de la Casa de Gobierno.

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Saguão de entrada da Casa Rosada.

Minha mãe com o soldado.

Fila para visitação.

Local de comunicados a imprenssa.

Num dos salões da Casa Rosada.

Jardim interno.

Mesa que foi de Eva Perón.

Dona Vanda no Gabinete da Presidenta.

Balcão da Casa Rosada.

Escada interna.

Um dos muitos lustres do lugar.

Salão dos Bustos.

Plaza de Mayo

No passeio pelo centro de Buenos Aires  ficamos um bom tempo na Plaza de Mayo, tirando fotos e observando as pessoas e prédios ao redor. Essa Praça é famosa pelos protestos de origem política e por ali se reunirem as conhecidas “Mães da Plaza de Mayo”, um grupo de senhoras que tiveram seus filhos desaparecidos ou mortos durante o período do Governo Militar na Argentina (1966/1983). 
 
História: A Praça de Maio (em espanhol Plaza de Mayo) é a principal praça do centro da cidade de Buenos Aires. A Praça sempre foi o centro da vida política de Buenos Aires, desde a época colonial até a atualidade. Seu nome comemora a Revolução de 1810, que iniciou o processo de independência das colônias da região do sul da América do Sul. A Praça de Maio encontra-se no chamado microcentro portenho, no bairro Monserrat. Tem forma aproximadamente retangular. Ao seu redor encontram-se vários dos principais monumentos da cidade, como o Cabildo hsitórico, a Casa Rosada (sede do Poder Executivo da Argentina), a Catedral Metropolitana, o edifício do Governo da cidade de Buenos Aires e a casa central do Banco Nación. A 25 de maio de 1811, um ano após a Revoulução de Maio, foi decidido comemorar a data com um monumento público. Levantou-se assim um obelisco no centro da Praça da Vitória, conhecido como Pirâmide de Maio. Este monumento foi reformado em 1856 pelo artista argentino Prilidiano Pueyrredón, que revestiu a pirâmide e a base com argamassa e adicionou relevos decorativos. O escultor francês Joseph Dubourdieu foi o autor da estátua da liberdade que coroa a pirâmide, além de outras estátuas ao redor do monumento que foram posteriormente retiradas. Em 1912 o monumento foi transladado até o centro da Praça de Maio, onde se encontra atualmente. Em 1873 foi inaugurada a estátua equestre de Manuel Belgrano, atualmente localizada em frente à Casa Rosada. Em 1912, a Pirâmide de Maio foi movida ao seu lugar atual, no centro da praça. Quatro estátuas que existiam ao seu redor foram então movidas para a praça em frente à Igreja de São Francisco da cidade. Em 1913 foi inaugurada a estação subterrânea do metrô na praça (estação Plaza de Mayo). Em 1942 a praça foi declarada Lugar Histórico. Em 1977 foi realizada a última reforma importante, com a instalação de canteiros de flores e modificações no calçamento. 
Durante séculos, a Praça de Maio reuniu ao seu redor importantes instituições como o Cabildo – sede da administração da cidade – e o Forte de Buenos Aires, substituído depois pela Casa Rosada – sede de governo colonial e mais tarde da República Argentina. Por isso, a praça sempre foi o epicentro de acontecimentos de grande importância para a cidade e o país. O próprio nome da praça comemora a Revolução de 25 de maio de 1810, quando os habitantes mais destacados da cidade reunidos no Cabildo de Buenos Aires decidiram não mais obedecer ao governo espanhol, à época dominado pelas forças de Napoleão. Essa revolução foi o prenúncio da independência definitiva do país, declarada em 1816 em Tucumán. Em 17 de outubro de 1945, as mobilizações populares organizadas pela CGT e Eva Perón terminaram com a libertação de Juan Domingo Perón, que mais tarde seria eleito presidente da Argentina. Desde então, o movimento peronista se reúne anualmente na Praça de Maio para celebrar. Muitos outros presidentes, democratas ou não e até jogares de futebol e sua torcida, também desfrutam em celebrar na praça seus triunfos. Desde a década de 70 as Mães da Praça de Maio se reúnem com fotos de seus filhos desaparecidos pelos militares e a ditadura argentina. O povo argentino foi a Praça mais uma vez em março de 1982, para exigir o fim da ditadura, e novamente em 2 de abril do mesmo ano, para celebrar o ditador Leopoldo Galtieri, que havia decidido ocupar as Ilhas malvinas, dando começo assim a Guerra das Malvinas. A Praça de Maio também foi cenário dos conflitos sociais ocorridos em 19 e 20 de dezembro de 2001 que levaram à renúncia do presidente Fernando de la Rúa.

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Minha mãe e eu na Plaza de Mayo.

Obelisco da Plaza de Mayo.

Vagando pela Plaza de Mayo.

Dona Vanda na Plaza de Mayo.

Uma espécie de capsula do tempo na Plaza de Mayo.

Vander no meio da Plaza de Mayo.

Vander, Vanda e W@gner.

Estátua equestre da Plaza de Mayo.

Vander descansando na Plaza de Mayo.

W@gner descansando no chafariz da Plaza de Mayo.

A Plaza de Mayo com a Casa Rosada ao fundo.
Plaza de Mayo.

Buenos Aires

Os dias  que passamos em Buenos Aires foram  muito bons,  o clima ajudou e  não fez  tanto frio como esperávamos. Como minha mãe não pode andar muito em razão de um problema na perna, acabamos limitando um pouco nossos passeios e alongamos os momentos de descanso no hotel. Mesmo assim valeu a pena o passeio, pois a cidade é muito bonita e com pontos turísticos interessantes para visitar (veja algumas postagens especificas no Blog). Com relação a compras não exageramos muito, mas mesmo assim foi divertido comprar. O real está bem valorizado e valendo quase o dobro do peso argentino, então fica barato comprar algumas coisas e gastar com alimentação. Mesmo assim não vale a pena comprar roupas e eletrônicos, pois mesmo com nossa moeda valendo quase o dobro, os preços ficam iguais ou mais altos que no Brasil. A Argentina atravessa uma crise econômica e com inflação inconstante, e por essa razão alguns itens se tornam caros até mesmo para nós brasileiros. E com relação a alimentação, ficamos foi alternando idas ao Burger King e ao MacDonald´s. Em outras viagens  eu e meu irmão temos algumas lembranças quase trágicas de “alimentação nativa”, então melhor garantir o alimento que já conhecemos e que é praticamente igual em toda parte do mundo. Mesmo assim fomos comer fora algumas vezes, em restaurantes e pra não perder o costume o W@gner caiu numa roubada ao pedir um macarrão que tinha peixe no molho e peixe não é um item muito apreciado por nós. Sei que valeu a pena a visita a Buenos Aires e gostei tanto que pretendo voltar pra lá no ano que vem, possivelmente no retorno de uma outra viagem que está programada para terras argentinas no inicio de 2011. 

História: A fundação da cidade se deu em fevereiro de 1536, pelo espanhol Pedro de Mendoza que passou a chamá-la de Ciudad de Nuestra Señora Santa María del Buen Aire. Em 1541, devido a ataques indígenas na região, a cidade ficou completamente arrasada e abandonada. Um segundo e permanente assentamento foi estabelecido em 11 de junho de 1580 por Juan de Garay, que refundou a cidade com o nome de Ciudad de la Santísima Trinidad. Somente a partir de 1776, com a nomeação de capital do vice-reino do Rio da Prata, que a cidade começou a se desenvolver. Com a chegada de novas idéias vindas da Europa, os habitantes começaram a almejar os mesmos ideais da Revolução Francesa. As idéias liberais fomentaram movimentos emancipadores, que culminou na Revolução de Maio em 1810 e na criação do primeiro governo pátrio. Durante o século XIX, ocorreram inúmeros conflitos internos, que desencadearam em guerras civis no país. Mesmo com o clima de instabilidade da autoridade administrativa sobre a cidade, Buenos Aires passou a ser a residência do Governo Nacional e formava parte da província de Buenos Aires. Em 1880, com a vitória do Governo Nacional contra o governador da província de Buenos Aires, Carlos Tejedor, ocorreu a união da cidade ao sistema federal.  Houve a construção de novos edifícios, praças, monumentos, teatros, avenidas e o primeiro metrô ibero-americano. Em 1853 foi proclamada a primeira Constituição da Argentina. Com a reforma da Constituição em 1994, Buenos Aires passou a ter uma Constituição própria e um governo autônomo de eleição direta, mas foi somente em 1996 que oficialmente passou a ser denominada Ciudad Autónoma de Buenos Aires ou Ciudad de Buenos Aires.

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Entrada do Metro.Calle Florida

Buenos Aires

Buenos Aires

Buenos Aires

Jantar em família.
Anuncio brasileiro em  Buenos Aires.

Buenos Aires

Passeio

Calle Florida

Tango na rua.

Buenos Aires

Buenos Aires

Viagem a Argentina

Já fui a Argentina seis vezes, mas sempre ao interior. Inclusive há uns 15 anos tive um affair com uma argentina, que não deu certo em razão dos mil quilômetros que nos separavam. Gosto dos argentinos, pois são simpáticos e receptivos, a rivalidade fica somente no futebol. Então quando meu irmão falou que estava indo pra Buenos Aires a trabalho (ele já tinha ido duas vezes pra Buenos Aires antes) dei um jeito de ir me encontrar com ele lá, pois sempre tive vontade de conhecer a capital portenha. E sem ele saber resolvi levar minha mãe junto. Seria uma surpresa pra ele. E pra compensar a viagem, também planejei dar uma passada no Uruguai. Foi um pouco complicado convencer minha mãe a ir junto, pois ela é meio caseira. E como ela tem um problema de saúde que não permite que ela ande muito, ela ficou com receio de ir. Mas depois de alguma conversa e a promessa de que não andaríamos muito, ela topou ir junto. E então parti de Campo Mourão de carro numa madrugada de quinta-feira e viajamos 85 km até Maringá, onde fica o aeroporto mais próximo com voos regulares. Deixamos o carro num estacionamento perto do aeroporto e fomos pegar nosso voo, o inicio de uma maratona que levaria quase o dia todo. Ao todo seriam quatro voos e seguiríamos para Buenos Aires via Montevidéu, no Uruguai.

O primeiro trecho foi tranqüilo, seguimos de Maringá até Curitiba pela Gol. Em Curitiba trocamos rapidamente de aeronave e seguimos para Porto Alegre. Eu que achava que tão cedo não voltaria a essa cidade, mas estava novamente ali, pela terceira vez esse ano. Parece que tem algo que me puxa para essa cidade e o aeroporto Salgado Filho é com certeza o aeroporto onde mais horas passei em minha vida. E pra aumentar minhas estatística, ficamos cinco horas esperando nosso próximo voo. Eu morrendo de sono acabei cochilando um bom tempo em uma mesa na Praça de Alimentação. Almoçamos no aeroporto e em seguida embarcamos num voo rumo a Montevidéu. Eu estava pregado e não demorei a pegar no sono. Isso foi bom, pois boa parte desse trecho foi de muita turbulência, coisa que detesto, pois ataca minha labirintite. Dessa parte do voo só lembro-me de minha mãe me perguntado se eu queria o lanche servido pela comissária, que era um sanduíche. Depois não me lembro de mais nada. Fui acordar pouco antes do desembarque em Montevidéu.

O aeroporto de Montevidéu é novo, grande e muito bonito, além de ter uma arquitetura moderna. Fizemos os tramites burocráticos e ficamos mais um bom tempo esperando o voo para Buenos Aires. Geograficamente Montevidéu e Buenos Aires não são muito distantes, cada uma fica de um lado do Rio da Prata. Existe a opção de ir de uma cidade a outra de barco. Pesquisei essa opção, mas era mais demorada e mais cara do que seguir por via área. Fizemos nosso tramite para seguir para a Argentina e tudo correu sem problemas. Todo o processo era feito do lado uruguaio, numa operação conjunta entre argentinos e uruguaios. Achei o sistema interessante. No inicio da noite embarcamos num avião da empresa uruguaia Pluna. O avião não era dos maiores, por muito pouco minha cabeça não batia no teto. De ponto negativo vale mencionar que a bagagem despachada é cobrada e a taxa de embarque é cobrada antes do embarque, e ambas tem preço em dólar e não é barato. O lanche a bordo também era cobrado em dólar, bem caro, então quase ninguém pediu. O voo foi rápido, pouco mais de meia hora. O desembarque não foi em Ezeiza, o grande aeroporto de Buenos Aires, mas sim no Aeroparque, um aeroporto menor e mais perto do centro. O desembarque foi feito na pista e logo pegamos nossa bagagem e fomos tomar um taxi.

A moeda brasileira está bastante valorizada na Argentina, valendo quase que dois por um. Então o taxi acabou sendo barato. Mas taxista é safado em toda parte do mundo, então sempre é bom tomar cuidado. O taxista nos mostrou uma tabela que continha o preço a ser cobrado entre o aeroporto e o centro. Achamos barato e pagamos pela tabela, sem o uso do taxímetro. Dias depois ao fazermos o mesmo trecho de volta, utilizando o taxímetro e fazendo uma parada (que foi cobrada) de 10 minutos pelo caminho, o valor cobrado foi menor do que o valor cobrado na ida. Chegamos ao nosso hotel, o mesmo que meu irmão estava hospedado, bem no centro da cidade próximo a famosa Cale Florida. Já na entrada deu pra perceber que tinha muito brasileiro hospedado ali. Fizemos os tramites e fomos para o quarto. Encontramos meu irmão que ficou surpreso e feliz com a presença de minha mãe. Após descansar um pouco fomos sair para jantar. E pra não ter surpresas com a comida local, fomos ao mais fácil que é encontrar um McDonald´s. Depois do lanche voltamos direto para o hotel e fomos dormir, pois o dia seguinte seria puxado.

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Eu e minha mãe em Porto Alegre.

Dormindo no aeroporto.

Dona Vanda curtindo o voo.

Aeroporto de Montevidéu. 

Avião da Pluna.

A cabeça quase encostando no teto.

Voo entre Montevidéu e Buenos Aires.

Chegando a Buenos Aires.

Suculento jantar em Buenos Aires.

Dona Vanda e seu jantar.