Salmo 38

Ó Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Porque as tuas flechas se cravaram em mim, e sobre mim a tua mão pesou. Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já as minhas iniqüidades submergem a minha cabeça; como carga pesada excedem as minhas forças. As minhas chagas se tornam fétidas e purulentas, por causa da minha loucura. Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando o dia todo. Pois os meus lombos estão cheios de ardor, e não há coisa sã na minha carne. Estou gasto e muito esmagado; dou rugidos por causa do desassossego do meu coração. Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu suspirar não te é oculto. O meu coração está agitado; a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, ela me deixou. Os meus amigos e os meus companheiros afastaram-se da minha chaga; e os meus parentes se põem à distância. Também os que buscam a minha vida me armam laços, e os que procuram o meu mal dizem coisas perniciosas, Mas eu, como um surdo, não ouço; e sou qual um mudo que não abre a boca. Assim eu sou como homem que não ouve, e em cuja boca há com que replicar. Mas por ti, Senhor, espero; tu, Senhor meu Deus, responderás. Rogo, pois: Ouve-me, para que eles não se regozijem sobre mim e não se engrandeçam contra mim quando resvala o meu pé. Pois estou prestes a tropeçar; a minha dor está sempre comigo. Confesso a minha iniqüidade; entristeço-me por causa do meu pecado. Mas os meus inimigos são cheios de vida e são fortes, e muitos são os que sem causa me odeiam. Os que tornam o mal pelo bem são meus adversários, porque eu sigo o que é bom. Não me desampares, ó Senhor; Deus meu, não te alongues de mim.

Apressa-te em meu auxílio, Senhor, minha salvação.

Haiti

Na última sexta-feira eu conversava com um amigo e falava pra ele que não gostava de haitianos. É que trabalhei com vários haitianos no período em que vivi nos Estados Unidos e tive sérios problemas com a maioria deles. Eram todos preguiçosos, enrolões, mal educados e difíceis de confiar. Até brinquei com meu amigo que em vez do Brasil mandar ajuda humanitária para o Haiti, deveria é acabar de afundar a parte da ilha onde fica o país. E poucos dias depois dessas palavras, acontece o terremoto no Haiti e essa catástrofe que todos sabem. Confesso que nunca me arrependi tanto de ter feito um comentário igual eu tinha feito na sexta-feira. Por mais que eu não goste de haitianos e tenha certo ressentimento com vários deles, jamais desejaria mal a eles e muito menos que o país deles fosse destruído como foi. É lógico que dizer que o Haiti deveria desaparecer, foi daqueles comentários que saem pela boca, mas cuja origem não é o coração. Também sei que não foi o meu comentário de que o Haiti deveria sumir do mapa, que causou o terremoto e tanta destruição. Bom seria se eu tivesse tal poder de proferir palavras e elas se tornarem realidade. Sei que fiquei muitíssimo triste com o que aconteceu e mais ainda por ter falado “besteira” pouco tempo antes de isso tudo acontecer. Ao menos espero que nenhum dos haitianos que conheci nos Estados Unidos tenham sido vitimas do terremoto. Não morria de amores por eles, mas nem de longe gostaria que alguém que conheci, com quem trabalhei, sofresse alguma desgraça, por menor que ela fosse.

Hoje pela manhã vi o avião da Força Aérea que trazia o corpo da Zilda Arns, passar com pouca altitude quase que por cima do colégio onde trabalho. Interessante que num mundo tão globalizado, coisas que aconteceram a milhares de quilômetros de distancia, de repente estão bem próximas de nós.

O meu maior desejo no momento é que Deus ajude e de conforto aos haitianos e demais cidadões do mundo que estão sofrendo com essa tragédia.

Das várias fotos e imagens que vi até agora sobre o terremoto, as que mais me chocaram foram estas abaixo. Uma mostra corpos “jogados” na rua em frente ao necrotério da capital haitiana. E outra mostra corpos sendo retirados da rua por uma escavadeira e uma caminhão, como se fossem “entulho”.

corpos pelo chão

Ano Novo

Pelo terceiro ano seguido passei o Reveillon em meu prédio. Diferente dos dois últimos anos quando passei na companhia de algumas vizinhas, dessa vez minha irmã (que chegou no dia 31 á noite) e minha sobrinha Erica, me fizeram companhia. Onde moro a visão dos fogos de artifício explodindo por toda a cidade é muito bonita. Também a rua da frente e a rua lateral tradicionalmente ficam cheias de carros e pessoas vendo os fogos. Mas este ano foi tudo calmo, pois chovia e fazia um pouco de frio, então a vista da cidade não estava das melhores e foram poucas pessoas que saíram a rua. De companhia tivemos um casal de vizinhos que vieram recentemente de Rondônia e ficaram conosco um tempo vendo os fogos e tomando champagne.

E 2009 passou tão rápido que quase não deu pra perceber. No geral foi um ano legal, com alguns probleminhas pessoais e de saúde e muitos problemas no trabalho graças a uma merda de sistema que compraram e que não funciona. De 2010 espero que seja igual ou melhor do que 2009, com muita saúde e o resto eu corro atrás.

 Feliz 2010 a todos!!!

Com minha irmã Vanerli e a sobrinha Erica. (31/12/2009)
Casal de vizinhos que nos fizeram companhia.

Dia de domingo…

Meu domingo foi movimentado, levantei cedo e fui andar de bike. Quando sai de casa o tempo estava fechado, ventava e fazia um pouco de frio. Menos de meia hora e caiu uma chuva onde me molhei todo. Meia hora depois saiu o maior sol e calor. Tempo maluquinho. Dessa vez não pedalei grande distância, andei pelo centro onde não da pra correr muito.

Almocei na feirinha do Lago da Ordem. Comi “Pierogue” num gramado, ao lado de uma placa “favor não pisar na grama”. Depois de comer fui correndo pra casa e mais correndo ainda arrumei minha mala, me arrumei e fui de taxi para o aeroporto. Na fila do chekin me passaram na frente de outras pessoas e quando cheguei ao portão de embarque todos já tinham entrado no avião. Por muito pouco não perdi meu vôo.

A viagem era novamente pra Porto Alegre/São Leopoldo. Já desisti de dizer que será á última ida pra lá, pois sempre tem mais uma. O vôo foi tranqüilo, sem turbulências e no final da tarde já estava acomodado no hotel. Depois sai pra jantar, vi um pouco de TV e dormi cedo, pois estava cansado da correria do dia e teria dois dias de reuniões chatas pela frente.

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Praça Generoso Marques. (08/11/2009)
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Almoçando na Feirinha do Largo. (08/11/2009)
Chegando em Porto Alegre, com uma bela vista do rio Guaíba. (08/11/2009)
Chegando em Porto Alegre, com uma bela vista do Rio Guaíba. (08/11/2009)

Sanduba

Sábado teve “sanduba” na casa da Paulinha. O hambúrguer foi preparado pelo Cássio, dono da casa. Mesmo com a chuva atrapalhando, foi bem divertido e além de parte de nossa “turma” do Medianeira, também estavam presentes alguns membros da banda do Cássio. Exagerei um pouco e em vez de me contentar com dois sandubas, resolvi comer um terceiro e depois fiquei passando mal. Quem manda ser guloso!

6
Galera reunida. (24/10/2009)
AAA
A chuva atrapalhou nosso sanduba no quintal. (24/10/2009)
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Mininas animadas. (24/10/2009)
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Caio, Vander e Cássio, o dono da casa. (24/10/2009)

Rio 2016

rio 2016

Depois do Pan, da Copa, agora teremos Olimpíada no Brasil. Os únicos beneficiados serão políticos, empreiteiros e os puxa sacos de sempre. A corrupção vai atingir níveis recordes. Podiam utilizar esse dinheiro para muitas coisas mais importantes e emergenciais. Mas como estas emergências não dão votos e não saem na mídia mundial, o populista Lula prefere investir em mega eventos à custa de dinheiro publico. Parabéns ao Lula, que venceu mais uma com seu populismo barato e meus pêsames para os pobres do Brasil, que serão os mais prejudicados, pois o dinheiro destinado as obras para Copa do Mundo e Olimpíada, vai na verdade sair do bolso deles.

Peanut Butter

Essa semana pude matar minha vontade de Manteiga de Amendoim (Peanut Butter). A Carmen voltou do Canadá e me trouxe um pote, daí o Wagão voltou dos Estados Unidos e me trouxe dois potes da JIF e ainda me deu outro pote que tinha trazido do Chile em maio. Agora tenho dois quilos de manteiga de amendoim que vão durar por um longo tempo.

Minhas manteigas de amendoim. (20/08/2009)
Minhas manteigas de amendoim. (20/08/2009)
Vou comer todas e não dividirei com ninguém!
Vou comer todas e não dividirei com ninguém!

Novamente no Rio Grande do Sul

Mais uma vez estou em São Leopoldo. Essa é a terceira vez nos últimos trinta dias. Ao menos estamos na fase final de implantação do sistema novo e logo não precisarei mais vir pra cá. Cheguei aqui na segunda-feira á noite e fico até a terça-feira da próxima semana. Vou emendar o final de semana, pois não vale a pena viajar pra Curitiba na sexta a noite e voltar para cá no domingo a noite. Correria um grande risco de enfrentar atrasos em razão de nessa época do ano os aeroportos de Curitiba e Porto Alegre fecharem várias vezes em razão do mal tempo.

Vanderlei, Ademir e Cleusa. (05/08/2009)
Vanderlei, Ademir e Cleusa. (05/08/2009)
Marcon, o garoto dos manuais. (05/08/2009)
Marcon, o garoto dos manuais. (05/08/2009)

Baleia-Franca

Em meados de junho estive participando de um treinamento na Unisinos, em São Leopoldo/RS. O treinamento foi no bloco de Ciências Biológicas, onde na entrada existe algo bem inusitado, um esqueleto de Baleia-Franca. A dona do esqueleto foi encontrada morta em 1998, no Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Então ela foi desossada e seu esqueleto doado para a Unisinos. Já na universidade, montaram o esqueleto e de um dos lados fizeram uma estrutura como se a baleia estivesse inteira. Então você olha de um lado e vê a baleia, do outro lado vê seu esqueleto. Ficou uma baleia quase perfeita, que desperta a curiosidade dos visitantes que passam por lá.

Esqueleto de Baleia-Franca. (18/06/2009)
Esqueleto de Baleia-Franca. (18/06/2009)
Esqueleto de Baleia-Franca. (18/06/2009)
Esqueleto de Baleia-Franca. (18/06/2009)

Almoço no “Caminho do Vinho”

Domingo fui almoçar em um restaurante lá no “Caminho do Vinho”. Esse caminho é um roteiro turístico voltado a gastronomia. Essa é a quarta vez que fui para aqueles lados e mais uma vez valeu a pena. Almoçamos no mesmo restaurante das outras vezes, “Fruto da Terra”, com direito a comida caseira italiana, feita no fogão a lenha. É uma delicia e me acabei de tanto comer. Em frente ao restaurante existe um lago com pedalinhos e um belo gramado cheio de árvores. É um lugar bonito, feito para relaxar.

Quem ainda não conhece o “Caminho do Vinho”, fica a dica para conhecer. Para maiores informações, dica de restaurantes e mapa com a localização, acessar: http://www.sjp.pr.gov.br/caminhodovinho/

Restaurante "Fruto da Terra". (21/06/2009)

Nevoeiro

Ontem a noite estava tudo branco, graças a um forte nevoeiro. E hoje amanheceu com nevoeiro também, que só se dissipou após ás 09h00min. Até que estava bonito, mas isso gera muitos contratempos. O trânsito fica mais perigoso em razão da baixa visibilidade e o aeroporto ficou fechado durante algumas horas. Mas como hoje não andei nem de carro e nem de avião, para mim o “espetáculo” foi bonito.

O nevoeiro visto de minha janela no domingo a noite. (21/06/2009)
O nevoeiro visto de minha janela no domingo a noite. (21/06/2009)
O nevoeiro visto de minha janela na segunda pela manhã. (22/06/2009)
O nevoeiro visto de minha janela na segunda pela manhã. (22/06/2009)

My Happy Birthday

Acordei com o barulho de um panelaço na porta de meu quarto. Depois de dormir pouco, não foi nada agradável acordar assim no dia de meu aniversário de 39 anos. Com muito custo sai da cama e fui tomar um longo banho pra tentar acordar. Depois fui lá fora olhar a paisagem e o espetáculo era belo, fazia um dia muito bonito. Tivemos seminário a manhã toda e foi difícil manter os olhos abertos. Acabei dando umas cochiladas e no intervalo para o lanche fui obrigado a tomar café (algo de que não gosto) e sem açúcar. Daí cantaram parabéns e fiquei todo sem jeito, meio encabulado, mas foi divertido e fazia tempo que não ganhava tantos abraços e beijinhos. Ainda bem que a mulherada era maioria. Antes do almoço demos mais uma volta e fomos até a cachoeira. Depois teve um suculento almoço, onde me acabei de tanto comer, pois eu merecia, já que era meu aniversário.

A volta pra casa foi tranqüila, mas eu estava quebrado, caindo de sono. Mas como bom dono de casa que sou, antes de descansar perdi um tempão lavando roupa e limpando casa. Depois pude dormir um pouco e a noite para finalizar as comemorações de meu aniversário, sai com a Kaciane. Fomos jantar em um restaurante de comida mineira e a meia-noite assistimos uma peça de teatro no Lala Schneider. A peça era divertida e mesmo cansado e com sono valeu a pena. Era uma comédia, “A Casa do Terror 3”. E assim foi o dia em que soprei 39 velinhas. O pior é que não me sinto com essa idade! Ou seria, o melhor é que não me sinto com essa idade? O importante é que cheguei até aqui e pretendo ir muito mais longe. Pra quem veio ao mundo por descuido e quase morreu nos dois primeiros anos de vida, chegar aos 39 anos é uma dádiva de Deus. Então agradeço sempre essa dádiva e vou seguindo em frente, correndo atrás de meus sonhos e procurando ser feliz…

Amanhecer do dia 04 de abril.
Amanhecer do dia 04 de abril.
Indo pra cachoeira.
Indo pra cachoeira.
A pequena e bela cachoeira.
A pequena e bela cachoeira.

Seminário de novos

Na sexta-feira e no sábado, teve seminário para funcionários novos na chácara do colégio que fica em Piraquara. Mesmo não sendo um funcionário novo, fui participar. Saímos do colégio no final da tarde e após 30 km, metade em asfalto e metade em estrada de chão, chegamos ao nosso destino. A chácara fica no inicio da Serra do Mar, num lugar muito bonito cercado de mato, “no pé” de alguns morros. Estávamos em aproximadamente 50 pessoas e quando fui procurar meu quarto na lista, descobri que tinham esquecido de me incluir na lista de participantes e o único quarto vago ficava justamente na ala feminina. Para piorar o quarto não tinha chave e o trinco de dentro não funcionava. E pra piorar ainda mais, logo apareceu uma gaiata e disse que por ser meu aniversário no dia seguinte, a mulherada ia me sacanear. Fiquei de olho, cuidando para que ninguém entrasse no quarto. Mas acabei esquecendo de trancar direito a janela e foi por ali que entraram e deram nó em toda minha roupa, só não deram nó nas cuecas. Até meu colchão desapareceu. Tivemos o inicio do seminário com uma discussão em grupos que foi bastante interessante. Depois teve janta regada a muita lasanha e como não tinha almoçado, me acabei de tanto comer. O ponto negativo foi que acabou a energia e ficamos no escuro total. Depois de um a rápida chuva o tempo começou a limpar e fomos numa turminha bater papo do lado de fora do prédio. O papo estava bastante animado e como o céu foi limpando cada vez mais, a lua surgiu e resolveram ir passear no escuro, até a entrada da chácara, onde existe um lago. Foi meio complicado caminhar no escuro em alguns trechos onde tinham árvores e a luz da lua não clareava. Não faltaram escorregões e pisadas em bosta de vaca. Eu fui um dos premiados e além de pisar, escorreguei num monte de bosta e quase cai sentado. Nosso passeio no escuro foi divertido e demos boas risadas e “micos” é que não faltaram. O maior de todos foi a Juliana H. que ao se afastar de costas para tirar uma foto do pessoal, caiu num barranco de cara numa árvore. Após o susto demos muitas risadas, mas quase que ela se machuca. E pior seria se ela tivesse caído do outro lado da estradinha, onde fica o lago. Outro fato curioso foi ao tirar uma foto com o Alysson, um morcego passou voando sobre nossas cabeças. Na foto aparece o Alysson olhando para cima, mas o morcego não aparece. Agora em vez de dizer “olha o passarinho” ao tirar fotos, melhor dizer “olha o morceguinho”. Fizemos o caminho da volta pouco depois da meia-noite e tive direito a “parabéns pra você” e cumprimentos no escuro, pois já era dia quatro, dia de meu aniversário. Acabei indo dormir bem tarde, pois fiquei conversando com o pessoal.

Na chegada encontramos um lindo por do sol.
Na chegada encontramos um lindo por do sol.
Perdido no meio da mulherada.
Perdido no meio da mulherada.
Passeio sob o luar.
Passeio sob o luar.
Parabéns pra você, nessa data queirda...
Parabéns pra você, nessa data queirda…

Colação de Grau

E na sexta-feira a tarde foi minha colação de grau no curso de História. Como não sou muito de festas e eventos tipo formatura, optei por não participar da formatura clássica e preferi uma colação de grau de gabinete. Acabou sendo um evento rápido e triste, pois tinha acabado de saber do falecimento do Professor Miguel. Mas o que vale mesmo é ter concluído a faculdade e num curso que sempre quis fazer. Foi a terceira faculdade que fiz e a primeira que conclui. Antes tinha feito seis meses de Processamento de Dados e cinco anos de Estatística e em ambas desisti, pois vi que não era o que eu realmente queira. Já com o curso de História foi diferente, era o que eu queria e por isso fui até o fim. Agora é analisar as possibilidades de trabalhar na área para a qual me formei. Por enquanto continuo trabalhando na área administrativa, na qual estou há quase dezesseis anos sem gostar, mas é a área onde acabei me adaptando e que por enquanto paga minhas contas.

Ampulheta, símbolo do curso de História.
Ampulheta, símbolo do curso de História.

Esqueceram de mim…

Ontem de manhã fui esquecido na portaria do hotel em São Leopoldo. O horário de saída sempre é ás 08h10min e como não tomo café da manhã, durmo até mais tarde e desço em cima do horário. Ontem cheguei na portaria ás 08h07min e não tinha mais ninguém. Achei que era brincadeira, mas logo constatei que realmente tinham me esquecido. Como alguns companheiros de trabalho tinham ido embora no dia anterior, uns acharam que eu já tinha ido e o motorista da Van não conferiu a lista de passageiros.  No fim consegui uma carona até a Unisinos e na pior das hipóteses eu teria ido de taxi e logicamente o custo não sairia do meu bolso, pois não foi culpa minha o imprevisto, já que cheguei na portaria  antes do horário programado.
Somente quando cheguei no treinamento lá pelas 09h00min é que alguns perceberam que eu tinha sido esquecido e outros só perceberam mais tarde, quando me viram no restaurante almoçando.
Mas o pior foi hoje quando voltei ao trabalho aqui em Curitiba. A notícia se espalhou e comecei a receber por email algumas fotos do Macaulay Culkin, protagonista dos filmes “Esqueceram de Mim” e “Esqueceram de Mim 2”, sucessos de bilheteria no inicio dos anos 90. Até um pequeno trecho do filme recebi por email e tem uma coleguinha bem espirituosa que toda vez que passava por mim, me chamava de “Macaulay”. Não posso reclamar das gracinhas, pois sou um dos que mais sacaneia o pessoal por aqui, então vou ter que aguentar calado até que o assunto seja esquecido.
Cartaz do primeiro filme "Esqueceram de Mim".
Cartaz do “Esqueceram de Mim”.

Medo de voar.

Já devo estar beirando ás 130 horas de vôo, inclusive tendo enfrentado vôos de 12 e 10 horas sem paradas. Nunca tive medo, apenas tinha algum receio quando enfrentava alguma turbulência, situação que não é nem um pouco agradável. Mas desde o final de 2006, quando “enfrentei” problemas em dois vôos, acabei ficando com uma certa fobia de voar. Agora em vôos curtos de 50 minutos, como no trecho Curitiba/Porto Alegre, acabo ficando muito ansioso e qualquer ruído ou movimento fora do normal da aeronave, me deixa assustado. O motivo dessa fobia foi uma arremetida em Curitiba em outubro de 2006, durante um vôo da Gol. O tempo estava péssimo e ventava muito. O piloto arremeteu e o avião saiu meio de lado balançando. Foi um susto grande e tive a nítida sensação de que íamos cair. Dois meses depois, novamente de Gol, mas no trecho Curitiba/Maringá, pegamos um forte temporal e tivemos que sobrevoar a cidade durante meia hora, entre raios, trovões e muita turbulência. Foi uma grande tortura e tivemos que ir descer em Londrina. Depois dessa fiquei com medo e fico imaginando como será difícil enfrentar novamente vôos internacionais que duram muitas horas.

Logo mais no final da tarde tenho vôo marcado, de Porto Alegre para Curitiba. Já estou ansioso e até colocar os pés em Curitiba não ficarei sossegado. E o mais chato foi que semana passada sonhei que estava num avião da Tam que se acidentava. Tive um outro sonho parecido ano passado. Ontem a noite, meio que inconscientemente fiz coisas de que gosto muito, como tomar um monte de sorvete, jantar macarrão com molho funghi e tomar Coca-Cola gelada na cama. E pra terminar a noite assisti um filme (onde acontecia um desastre aéreo). Mas estou tentando não ficar pensando nisso tudo, pois senão a fobia aumenta e pode chegar num ponto em que não entro em um avião nem amarrado.

 Mas de uma coisa tenho consciência, que é saber que do destino e da vontade de Deus não temos como escapar. Então o que tiver de ser será,  independente do que eu faça ou do medo que tenha.

Airbus A320 da Tam, que me levará para casa no final da tarde.
Airbus A320 da Tam, que me levará para casa no final da tarde.

Van

Aqui em São Leopoldo ficamos hospedados em um hotel no centro da cidade. Dessa vez estamos em onze pessoas, sendo seis de Curitiba (Colégio Medianeira) e quatro de Florianópolis (Colégio Catarinense). Para os deslocamentos entre o Hotel e a Unisinos é preciso utilizar uma van da própria universidade. Os deslocamentos da manhã são divertidos, pois o pessoal está descontraído e descansado. Já os deslocamentos do final de tarde são meio tensos, pois estão todos cansados e como sempre um outro atrasa para pegar a van, os demais acabam ficando stressados.

Van - 01.
Van – 01.
Van - 02.
Van – 02.
Van - 03.
Van – 03.
Van - 04.
Van – 04.

Unisinos

Quando venho para São Leopoldo, meu local de trabalho é a Unisinos, universidade mantida pela Associação Antônio Vieira, denominação civil da Província dos Jesuítas do Brasil Meridional, da Companhia de Jesus, a ordem dos jesuítas fundada por Santo Inácio de Loyola. O colégio onde trabalho em Curitiba faz parte da mesma Associação. A Unisinos está entre as maiores universidades privadas do Brasil e concentra no câmpus de São Leopoldo (RS), cerca de 30 mil estudantes em cursos de graduação, pós-graduação e extensão. Também integra uma rede de 200 instituições de ensino superior jesuítas, com 2,2 milhões de alunos no mundo todo.

O câmpus é enorme e muito organizado. Como fã de livros, o que mais gosto daqui é da Biblioteca, que ocupa um prédio de sete andares, onde cinco pavimentos são destinados ao acervo, que é composto por milhares de livros e outros documentos. Sempre que sobra um tempo livre corro pra Biblioteca ler alguma coisa.

Hoje eu e o Luis, meu colega de trabalho em Curitiba, nos perdemos após o almoço. A universidade é tão grande, que se perder dentro dela não é algo tão impossível de acontecer. Não encontrávamos a sala onde estávamos tendo treinamento e andamos um monte sem rumo, até encontrar um caminho conhecido que nos levou até nossa sala. Foram bem uns 10 minutos andando sem saber por onde. E olha que já estivemos aqui muitas vezes antes.

Unisinos
Unisinos
No prédio da administração da Unisinos. (11/03/2009)
No prédio da administração da Unisinos. (11/03/2009)
Na parte interna do prédio da Biblioteca da Unisinos. (11/03/2009)
Na parte interna do prédio da Biblioteca da Unisinos. (11/03/2009)

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