Após a noite acampados num hotel fazenda em Faxinal, seguimos bem cedo até a AABB, onde teria início a Caminhada na Natureza. Quando chegamos à AABB, me surpreendi com a quantidade de pessoas que estavam lá, se preparando para caminhar. Depois fiquei sabendo que foram 501 caminhantes inscritos. Andando pelo local e tirando fotos, me chamou atenção um grupo de caminhantes de Londrina, composto por muitas pessoas e todos uniformizados.
Fomos tomar café, mas já tinha acabado. O problema não foi culpa dos organizadores da caminhada, mas sim dos próprios caminhantes. Muita gente não faz inscrição antecipada pela internet e mesmo que os organizadores façam o planejamento do café para uma quantidade maior de pessoas, algumas vezes o número de pessoas que aparecem para caminhar ficar bem acima do esperado. Dessa vez foi isso que aconteceu, o número de caminhantes superou em muito o esperado, pois muita gente (inclusive eu) não fez a inscrição antecipada.
Como não tinha café, eu, Mariá, Marilene, Celso, Walter e Shudy, fomos tomar café em uma padaria próxima ao local onde estávamos. Quando voltamos para a AABB, o pessoal já tinha partido e fomos os últimos a iniciar a caminhada. A Mariá e a Marilene, logo pegaram carona num ônibus, pois queriam caminhar junto com o restante do pessoal. Eu e os meninos recusamos a carona e preferimos seguir caminhando.
Os primeiros quilômetros de caminhada foram por uma estrada de terra. Depois pegamos uma outra estrada também de terra e chegamos à cachoeira Chicão I. Descemos por uma trilha no meio do mato até chegar ao rio abaixo da cachoeira. Ficamos um tempo ali admirando a beleza do local e tirando fotos. Depois retornamos à estrada e seguimos por uma longa subida. Na metade da subida viramos a esquerda e passamos a caminhar por dentro de uma fazenda. A vista era bonita, e passamos por uma mata cheia de belas araucárias. Então passamos a caminhar pelo meio de um pasto, ora descendo, ora subindo morro. Entramos em um trecho de mata fechada e chegamos a mais uma cachoeira. Depois voltamos a caminhar pelo mato e em seguida por uma longa estrada de terra em meio a uma plantação de feijão. Atravessamos uma precária ponte de madeira sobre um rio e voltamos à estrada na qual tínhamos iniciado a caminhada.
Fizemos uma parada em um sítio, onde eram vendidos alguns produtos de artesanato. Fazia calor e aproveitei para provar um suco de laranja e cenoura que duas simpáticas senhoras vendiam. O suco tinha sabor de Fanta. Saindo do sítio caminhamos próximo a uma plantação de eucaliptos e logo passamos por uma cerca de arame e chegamos até uma espécie de caverna, ao lado de um rio. Tiramos algumas fotos na caverna e voltamos a caminhar, dessa vez dentro de uma mata e sempre próximo a um rio.
Quase saindo da mata, passamos por alguns dos integrantes do grupo de Londrina e acabamos conversando com alguns deles. O nome do grupo é Londrinapé, e eles fazem caminhadas praticamente todos os finais de semana. Seguimos caminhando e ao olhar para trás vi que uma das moças de Londrina estava tirando fotos de tudo o que via pela trilha. Então parei e perguntei para a tal moça se ela era bióloga, pois tenho uma amiga bióloga que tem o costume de tirar fotos de tudo o que se move e não se move, quando ela entra em uma mata. A resposta foi que ela era agrônoma, o que também explicava ela estar tirando fotos de tudo o que via na mata. Estávamos quase no final da caminhada, e iniciei uma gostosa conversa com a tal moça (Heverly) que seguiu até chegarmos ao hotel fazenda onde tínhamos acampado, e onde estava sendo servido o almoço para os participantes da caminhada.
Após almoçar, descansar e conversar fomos caminhar mais um pouco para conhecer a Cachoeira da Fonte. Seguimos alguns minutos por uma estrada e depois por uma trilha em meio à mata. Quando chegamos à cachoeira me surpreendi com sua beleza. A Cachoeira da Fonte tem 62 metros de altura e é muito bonita. Não pude resistir e junto com o Celso e o Shudy, entrei na água e fomos até próximo ao local onde a água da cachoeira caí no rio. A queda da água era tão forte que não dava para entrar embaixo. Mas não precisava entrar embaixo da cachoeira para ficar molhado, pois a água era borrifada em grande quantidade e a uma grande distância. Foi uma experiência muito gostosa ficar no rio próximo a cachoeira. Mas tudo o que é bom dura pouco e logo tivemos que voltar para o Hotel Fazenda. Lá esperamos o ônibus que nos levaria até a AABB para pegarmos os carros e voltarmos para casa.
O ônibus acabou atrasando e isso me fez perder a final do Campeonato Brasileiro, onde o meu Corinthians foi campeão. Mas não me importei em perder o jogo, pois o dia foi tão interessante que acabou valendo a pena cada momento dele. Além de conhecer novos lugares, também pude conhecer novas pessoas, algumas muito interessantes. Então valeu muito o final de semana, e que venham novos acampamentos e caminhadas.