Já devo estar beirando ás 130 horas de vôo, inclusive tendo enfrentado vôos de 12 e 10 horas sem paradas. Nunca tive medo, apenas tinha algum receio quando enfrentava alguma turbulência, situação que não é nem um pouco agradável. Mas desde o final de 2006, quando “enfrentei” problemas em dois vôos, acabei ficando com uma certa fobia de voar. Agora em vôos curtos de 50 minutos, como no trecho Curitiba/Porto Alegre, acabo ficando muito ansioso e qualquer ruído ou movimento fora do normal da aeronave, me deixa assustado. O motivo dessa fobia foi uma arremetida em Curitiba em outubro de 2006, durante um vôo da Gol. O tempo estava péssimo e ventava muito. O piloto arremeteu e o avião saiu meio de lado balançando. Foi um susto grande e tive a nítida sensação de que íamos cair. Dois meses depois, novamente de Gol, mas no trecho Curitiba/Maringá, pegamos um forte temporal e tivemos que sobrevoar a cidade durante meia hora, entre raios, trovões e muita turbulência. Foi uma grande tortura e tivemos que ir descer em Londrina. Depois dessa fiquei com medo e fico imaginando como será difícil enfrentar novamente vôos internacionais que duram muitas horas.
Logo mais no final da tarde tenho vôo marcado, de Porto Alegre para Curitiba. Já estou ansioso e até colocar os pés em Curitiba não ficarei sossegado. E o mais chato foi que semana passada sonhei que estava num avião da Tam que se acidentava. Tive um outro sonho parecido ano passado. Ontem a noite, meio que inconscientemente fiz coisas de que gosto muito, como tomar um monte de sorvete, jantar macarrão com molho funghi e tomar Coca-Cola gelada na cama. E pra terminar a noite assisti um filme (onde acontecia um desastre aéreo). Mas estou tentando não ficar pensando nisso tudo, pois senão a fobia aumenta e pode chegar num ponto em que não entro em um avião nem amarrado.
Mas de uma coisa tenho consciência, que é saber que do destino e da vontade de Deus não temos como escapar. Então o que tiver de ser será, independente do que eu faça ou do medo que tenha.