Meu domingo foi movimentado, levantei cedo e fui andar de bike. Quando sai de casa o tempo estava fechado, ventava e fazia um pouco de frio. Menos de meia hora e caiu uma chuva onde me molhei todo. Meia hora depois saiu o maior sol e calor. Tempo maluquinho. Dessa vez não pedalei grande distância, andei pelo centro onde não da pra correr muito.
Almocei na feirinha do Lago da Ordem. Comi “Pierogue” num gramado, ao lado de uma placa “favor não pisar na grama”. Depois de comer fui correndo pra casa e mais correndo ainda arrumei minha mala, me arrumei e fui de taxi para o aeroporto. Na fila do chekin me passaram na frente de outras pessoas e quando cheguei ao portão de embarque todos já tinham entrado no avião. Por muito pouco não perdi meu vôo.
A viagem era novamente pra Porto Alegre/São Leopoldo. Já desisti de dizer que será á última ida pra lá, pois sempre tem mais uma. O vôo foi tranqüilo, sem turbulências e no final da tarde já estava acomodado no hotel. Depois sai pra jantar, vi um pouco de TV e dormi cedo, pois estava cansado da correria do dia e teria dois dias de reuniões chatas pela frente.
Caro amigo e peregrino Vander
(Sobre a Campina da Lizeta)
Pesquiso a história dessa região há anos. Desde a disputa entre as coroas espanhola e portuguesa pelo Paraná, o uso do Peabiru por Aleixo Garcia e Cabeza de Vaca, presença dos Kaingang, passando pela chegada dos Pereira nos Campos do Mourão em 1902. Minha dúvida é se a Campina da Lizeta é anterior a 1940 ou não. Os que os antigos dizem a respeito? O amigo poderia me ajudar a esclarecer? Antecipo meus agradecimentos e me coloco à disposição para intercâmbio de informações. Nasci em C Mourão, mas moro em Curitiba desde os 12 anos. Hoje tenho 55. Um grande abraço e Saudações Peabiriuenses.
Meu Caro, Campinha da Lizeta deve ser anterior a 1940 sim, meu avô, Joaquim José Domingos (apelido Joaquim Fumeiro – que trouxe esse ofício de MG), chegou ali em Campina da Lizeta em 1950, se quiser mais informações, faça contatos comigo.
Não sei se voçe fala da mesma Campina da Lizeta que
eu conheci e morei, de 68 a 70,nesta época só
existiam tres armazens, uma escola a igreja, nossa
maquina de beneficiar arroz, mais nada! Muitos
crimes,impunidades tinha uma fazenda por nome
¨LAMBARI¨cujo proprietário dava guarida aos
assassinos.Esta minha Lizeta ficava próximo
a Luiziana,uma serraria por nome ¨Cem passos¨.
Será que estamos falando da mesma ?
Abs. Paulo
Oi Paulo,
Sim, é a mesma Campina da Lizeta. Estive lá umas duas ou três vezes, quando criança. Você é a terceira pessoa que entra em contato comigo pelo Blog, pergutando sobre o lugar, que pelo visto deixou saudades.
Caso possa me passar informações sobre a Campina da Lizeta, tiver alguma foto, eu poderia criar um post sobre o lugar e assim muita gente poderia saber sobre uma das muitas comunidades que existiram no Paraná e o exodo rural fez desaparecer.
Grande abraço,
Vander
eu morei em campina da lizeta , sai de la aos 10 anos com mais ou menos, entao a 40 anos atras. meus pais construiram um armazem(venda) e ficamos la alguns anos…
muitas saudades. minha mae esteve la e disse que so restou a cisterna.
Oi,
Lembro da Campina da Liseta vagamente, de quando eu era criança. Dessa última vez que estive lá só vi uma plantação de soja, nada mais. É uma pena que tal lugar tenha desaparecido e sua história a cada dia vá desaparecendo.
Obrigado pela visita ao Blog.
Vander
Morei a 3km da Campina da Lizeta, rumo a Luiziana, mudamos para Campo Mourão em 1978, nessa época já existiam bem poucas pequenas propriedades, pois a maioria já haviam sido vendidas para grandes fazendeiros formando os latifúndios. Frequentávamos a pequena igreja que tinha no local, em que cada festa da igreja dava briga e matavam uma pessoa.
como disse no post acima, meu avô chegou em 1950, ele havia comprado um sitio para plantar café, a cerca de uns 10 km entrando ás direitas, para quem vem para Luiziana. Na época nem tinha estrada, meu avó teve que fazer picadas à foice para depois passar de carroça com a pequena mudança que havia trazido do norte velho do Paraná (onde havia trabalhado 10 anos nas fazendas de café daquela região), desde que veio de MG 10 anos antes (1940). O sitio que meu avó havia comprado era ao lado de uma fazenda que foi muito famosa até os anos 70, era a Fazenda Floresta, também de loteamento feito por famílias do norte pioneiro do Estado. Dezenas de famílias trabalhavam nessa fazenda e também sitiantes em suas divisas decorrentes do processo de loteamento que já falei. Meus pais se conheceram nessa época e se casaram em 1960. No início dos anos 70 os cafezais já estavam adultos, os colonos já haviam ido embora, restavam poucas famílias. Essa fazenda foi vendida mais de uma vez nos primeiros anos da década de 70 e, em 1975 ocorreu uma grande geada que matou todo o cafezal da região, a fazenda foi vendida de novo. Nessa época a Fazenda Floresta era do Antônio Ismael e foi vendida. E assim os pequenos sitiantes venderam suas propriedades pelo desespero de começar de novo e sem recuso, já que o preço do café também não era bom. Assim foi mudando o panorama econômico e social daquela região. Boa parte das famílias que foram vendendo suas propriedades foram embora para São Paulo, que havia um boom de crescimento nos anos 70 graças à expansão das industrias automobilísticas e absorção de mão de obra mesmo sem qualificação. em 1975 eu já morava no sitio na estrada da campina lizeta para luiziana, para onde mudamos em 1968, vindo do sitio do meu avô, anexo a Fazenda Floresta.