✳️ Também conhecida como: Shackleton–Rowett Expedition
Nomeada assim devido ao patrocínio de John Quiller Rowett, amigo e financiador de Shackleton.
Contexto
Após a Primeira Guerra Mundial, Shackleton queria retornar à Antártida. Com as grandes descobertas da Idade Heroica praticamente concluídas, ele planejava uma nova expedição para: Explorar regiões desconhecidas do Oceano Antártico, especialmente em torno das ilhas subantárticas. Mapear e estudar a Ilha Bouvet (Noruega) e a costa do mar de Weddell.
🛳️ O navio: Quest
Pequeno baleeiro norueguês adaptado para exploração polar. Equipado com motor auxiliar (a vela era o principal meio de locomoção). Considerado inadequado para longas viagens antárticas — era lento e instável.
👨✈️ Liderança e equipe
Líder original: Sir Ernest Shackleton
Segundo em comando: Frank Wild (veterano das expedições anteriores)
Outros membros notáveis: Leonard Hussey (meteorologista), Frank Worsley (capitão do navio), James Marr e Norman Mooney, dois escoteiros britânicos escolhidos entre milhares — simbolizando a conexão da juventude com a exploração.
⚰️ A morte de Shackleton
Em 5 de janeiro de 1922, Shackleton morreu de ataque cardíaco a bordo do Quest, na Geórgia do Sul, pouco depois de chegar à ilha. Ele tinha apenas 47 anos. Shackleton foi sepultado ali mesmo, a pedido de sua esposa, tornando-se um símbolo eterno da presença britânica na região.
🧭 A continuação da expedição
Após a morte de Shackleton, Frank Wild assumiu o comando. A expedição tentou seguir os planos originais, mas teve vários problemas técnicos e climáticos. Enfrentou condições severas de gelo e mau tempo, dificultando a navegação. Realizou poucos estudos científicos e exploração limitada. Visitou a Geórgia do Sul, Tristão da Cunha, e outras ilhas do Atlântico Sul.
📉 Resultado e impacto
Considerada fracassada em termos de objetivos científicos e geográficos. No entanto, possui grande importância histórica, pois marca o fim da era dos grandes exploradores antárticos. Representa o encerramento simbólico da carreira de Shackleton, que foi um dos maiores líderes de expedições polares da história. Inspirou futuras gerações de exploradores.
🪦 Legado
O túmulo de Shackleton na Geórgia do Sul tornou-se um local de peregrinação para exploradores e admiradores. O navio Quest continuou em operação até 1962, quando afundou no Canadá. A expedição foi amplamente registrada em diários, fotos e filmes.






SOBRE A MORTE DE SHACKLETON
Quando o Quest chegou ao Rio de Janeiro, durante sua viagem rumo à Antártida, Ernest Shackleton sofreu um ataque cardíaco. Apesar disso, recusou-se a se submeter a um exame médico adequado. O navio seguiu viagem em direção ao sul e, em 4 de janeiro de 1922, chegou à Geórgia do Sul. Nas primeiras horas da manhã do dia seguinte, Shackleton chamou o médico da expedição, Alexander Macklin, à sua cabine, queixando-se de dores nas costas e outros sintomas. De acordo com o relato de Macklin, ele aconselhou Shackleton a diminuir o ritmo e a “levar uma vida mais tranquila”. Em resposta, Shackleton perguntou: — “Estão sempre me dizendo para desistir das coisas… do que exatamente devo desistir?” Macklin respondeu: — “Do álcool, Chefe.”
Pouco tempo depois, às 02h50min da madrugada de 5 de janeiro de 1922, Shackleton sofreu um ataque cardíaco fatal, em sua cabine no Quest. Macklin, responsável pela autópsia, concluiu que a causa da morte foi um ateroma das artérias coronárias, agravado por esforço físico durante um período de grande debilidade. Leonard Hussey, veterano da Expedição Transantártica Imperial, prontificou-se a acompanhar o corpo até a Inglaterra. No entanto, durante uma escala em Montevidéu, recebeu um telegrama de Emily Shackleton, esposa de Ernest Shackleton, pedindo que seu marido fosse sepultado na própria Geórgia do Sul. Hussey então retornou à ilha a bordo do Woodville. Em 5 de março de 1922, Shackleton foi enterrado no cemitério de Grytviken, após uma breve cerimônia realizada na igreja luterana local. Macklin escreveu em seu diário:
“Acredito que esta era a forma como ‘o Chefe’ gostaria de ser enterrado — sozinho, em uma ilha afastada da civilização, rodeado por mares tempestuosos e próximo do cenário de uma de suas maiores explorações.”



O TÚMULO DE SHACKLETON ATUALMENTE
Atendendo ao pedido de sua esposa, Ernest Shackleton foi sepultado na Geórgia do Sul — a mesma ilha onde, anos antes, havia encontrado abrigo e socorro após a épica travessia da Ilha Elefante a bordo do pequeno barco James Caird, em consequência do naufrágio do Endurance.

DICAS DE LIVROS SOBRE O ASSUNTO
Não encontrei nenhum livro em português, sobre a Expedição Quest.
Seguem dica de dois livros em inglês.