Participei de outra palestra no SEBRAE, desta vez com o Amyr Klink, de quem sou admirador confesso. Não sou chegado a tietagens nem a frescuras do gênero, mas desde que li o primeiro livro do Amyr, em 1991, tornei-me um grande admirador do seu trabalho, de suas viagens e de suas ideias. Desde então, tenho acompanhado sua carreira, lido seus livros e acompanhado seus projetos.
A palestra foi bastante interessante e divertida, pois as histórias que ele conta, as experiências que viveu, muitas vezes acabam sendo engraçadas. Eu já havia assistido a uma palestra dele em 2000, por ocasião do lançamento do livro Mar Sem Fim. Naquela ocasião, consegui apenas um autógrafo no livro, cumprimentei com um aceno de cabeça e nada mais. Já desta vez, consegui autógrafo em dois livros, tirei uma foto e ainda conversei um pouco com ele, que me deu uma excelente dica sobre um plano futuro. Só não conversei mais porque a fila para falar com ele estava enorme e, como eu estava demorando, o pessoal já começava a olhar torto.
Breve biografia de Amyr Klink
Natural de São Paulo, filho de pai libanês e mãe sueca, começou a frequentar a região de Paraty (RJ) com a família quando tinha apenas dois anos de idade. Essa cidade histórica do litoral brasileiro foi o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo. Casou-se em 1996 com Marina Bandeira, com quem teve as filhas gêmeas Tamara e Laura, nascidas em 1997, e a caçula Marininha, nascida em 2000.
Desde 1965, é colecionador de canoas antigas, tendo ajudado a fundar o Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul (SC). No terreno esportivo, foi remador pelo Clube Espéria, em São Paulo, de 1974 a 1980. Em 1978, realizou sozinho a travessia Santos–Paraty em canoa. Dois anos depois, fez os percursos Paraty–Santos e Salvador–Santos em catamarã, viagem que durou 22 dias. Em 1982, velejou de Salvador até a Guiana Francesa, passando por Fernando de Noronha, pesquisando correntes para o projeto seguinte: a travessia do Atlântico Sul a remo, em solitário.
Também percorreu mais de dois mil quilômetros em um pequeno barco a motor na Amazônia, seguindo o curso dos rios Negro e Madeira. De moto, foi até a Patagônia, e aos 19 anos escalou a cordilheira dos Andes, percorrendo todo o território do Chile.
Em 1984, realizou a primeira travessia do Atlântico Sul a remo em solitário, viagem relatada no livro Cem Dias entre Céu e Mar. Em 1986, iniciou uma viagem preparatória à Antártica e ao Cabo Horn, a bordo do veleiro polar Rapa Nui.
Em dezembro de 1989, iniciou o Projeto de Invernagem Antártica, em solitário, a bordo do veleiro polar Paratii. Foram 27 mil milhas da Antártica ao Ártico, percorridas em 642 dias. Os livros Paratii – Entre Dois Pólos e As Janelas do Paratii relatam e ilustram este projeto.
Em 1992, participou do projeto Faróis do Brasil – navegação terrestre pela costa brasileira, em equipe com Klever Kolberg e André Azevedo. No ano seguinte, viajou novamente pela costa, desta vez pilotando um trike (asa-delta motorizada).
Em janeiro de 1997, voltou à Antártica como consultor de uma equipe de filmagem para captação de imagens de alpinistas em icebergs.
Em 31 de outubro de 1998, iniciou o projeto Antártica 360 – uma volta ao mundo pela rota mais difícil: a circunavegação em torno do continente gelado. Durante 79 dias, Amyr enfrentou sozinho os mares mais temperamentais do planeta e inúmeros icebergs. Essa viagem está registrada no livro Mar sem Fim.
No ano 2000, começou a desenvolver um projeto de construção de cais flutuantes adequados às condições brasileiras, para uso em marinas e portos de lazer. No mesmo ano, participou do Rally Paris–Dakar–Cairo como navegador da equipe brasileira Troller, a bordo de um veículo 100% nacional, conquistando o 6º lugar na categoria novatos.
Em 2001, após oito anos de planejamento, ficou pronto o veleiro polar Paratii 2. Idealizado por Amyr para ser uma “plataforma de trabalho”, foi construído no mesmo estúdio que projetou o Seamaster (antigo Antarctica). Em dezembro, ele viajou à Espanha com o novo barco para a instalação dos dois mastros “aerorig”, produzidos em Palma de Mallorca.
Em 2002, concluiu a etapa experimental do Projeto Viagem à China, que previa a volta ao mundo por uma rota inédita, no Círculo Polar Ártico. Entre 30 de janeiro e 6 de abril, Amyr e sua tripulação ultrapassaram o Círculo Polar Antártico, visitaram a Baía Margarida e alcançaram o Mar de Bellingshausen, extremo sul navegável da península antártica. De lá, partiram para a Geórgia do Sul antes de regressar ao Brasil.
Entre 2003 e 2004, realizou uma reedição da circunavegação polar com o Paratii 2. Na primeira viagem, com o primeiro Paratii e em solitário, não conseguiu registrar imagens. Desta vez, com cinco tripulantes, foi possível documentar tudo em um documentário e em uma série de quatro episódios produzida pelo National Geographic Channel. A viagem durou cinco meses, sendo 76 dias para completar a volta ao mundo, o que consagrou o Paratii 2 como o veleiro polar mais eficiente de que se tem notícia.
Esse projeto encerrou um ciclo de viagens experimentais que tinham como objetivo validar novos conceitos construtivos e aplicar técnicas inovadoras em produtos de uso cotidiano, submetidos a condições extremas e sempre com preocupação ambiental.
Formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie, Amyr Klink é diretor da Amyr Klink Planejamento e Pesquisa Ltda. e da Amyr Klink Projetos Especiais Ltda. É também sócio-fundador do Museu Nacional do Mar (São Francisco do Sul, SC) e da revista Horizonte Geográfico.
Membro da Royal Geographical Society e assessor de expedições da revista National Geographic Brasil, Amyr Klink ministra palestras para empresas, escolas, universidades, instituições e associações, abordando temas como planejamento estratégico, gerenciamento de risco, qualidade e trabalho em equipe.
Fonte: www.amyrklink.com.br



Amir Klink, para mim, o Antoine de Saint- Exupery do Brasil, ele esteve na cidade de Taubaté e prestigiou-nos com sua maravilhosa esposa e nos emocionou e nos fizeram sonhar, sonhos bons! Estou muito feliz! O tempo era nosso!