Mais uma segunda-feira, com bastante calor e muito trabalho. Mas tudo bem, o fim de semana foi legal e deu para descansar bem.
Ontem, domingo, dormi até tarde, depois almocei um sanduíche gigante em casa, vi um filminho e fui andar de bike. Foram 25 km de ida e volta até o Parque São Lourenço, sempre pela ciclovia. Fiquei impressionado com a quantidade de pessoas caminhando ou pedalando e também com a quantidade de gente nos bares, parques, praças e gramados por onde passei. Acho que o curitibano estava cansado de tantos finais de semana frios e chuvosos, e no primeiro domingo de calor (mesmo que à tarde tenha ficado nublado) todo mundo aproveitou para bater perna.
Essa foto recebi hoje. Nela estou com o Pierin Junior, esperando pra tomar banho quente no banheiro feminino, durante a peregrinação pelo Caminho de Peabiru. (Canjarana, 11/10/2008)
Após quatro dias longe de Curitiba e do trabalho, estou de volta. Foram dias interessantes, em que pude visitar a família, descansar, percorrer os 54 km do Caminho de Peabiru e pensar… pensar bastante sobre meu futuro. Mas as decisões ou rumos escolhidos não posso revelar aqui — isso fica apenas dentro da minha cabecinha. Desta vez, além do plano A, formulei também um plano B, um C e até um D. A única coisa que posso adiantar é que, em todos esses planos, devo permanecer em Curitiba pelo menos até o final de 2009.
Aproveito para postar mais algumas fotos da peregrinação pelo Caminho de Peabiru.
Ponte de madeira no caminho entre Campina do Amoral e Mâmbore. (11/10/2008Por do sol em Canjarana. (11/10/2008)Nossas sombras caminhavam a frente, pois estavam mais descansadas. (11/10/2008)Areião escaldante. (12/10/2008)
A peregrinação deste ano pelo Caminho de Peabiru foi ainda melhor do que a do ano passado. Pude rever amigos, fazer novas amizades e, dessa vez, o clima ajudou, já que não tivemos chuva. No primeiro dia o tempo estava nublado e chegaram a cair algumas gotas, mas nada que atrapalhasse. Já no segundo dia, o sol apareceu forte e fez bastante calor.
Todos esperavam que, a exemplo do ano passado, as refeições tivessem porco ou leitão (ou leitão e porco). Mas, por incrível que pareça, não teve porco — nem leitão — em nenhuma delas. O que não faltou foi comida, e vale destacar o “Boi na Brasa”, servido na primeira noite em Campina do Amoral, e a “Vaca Atolada”, servida na segunda noite em Canjarana. Em ambas as ocasiões, repeti três vezes e quase passei mal.
Não vou relatar os detalhes da peregrinação pela minha própria visão; em vez disso, vou compartilhar o relatório oficial que foi publicado no site do Necapecan.
VIII PEREGRINAÇÃO NO CAMINHO DE PEABIRU DA COMCAM
PROGRAMAÇÃO:
Simpósio – 10/10/2008
Horário: 20h30min.
Local: Associação Comunitária de Campina do Amoral/Luiziana
Jantar: Prato Típico: boi na brasa
Pouso: Associação Comunitária de Campina do Amoral
Peregrinação 1º dia – 11/10/2008
6h às 6h45min – café da manhã – Associação Comunitária
6h45m. – exercícios de aquecimento e início caminhada
12h – almoço – cidade de Mamborê
14h – reinício caminhada
18h – Comunidade de Canjarana – Mamborê
20h – Jantar – Vaca atolada
Pouso – Salão comunitário e acampamento no mesmo local
Peregrinação 2º dia – 12/10/2008
7h às 8h15m. – exercício de aquecimento, dança guarani, escolhe-um, chuá, café-da-manhã e início caminhada
14h – almoço no município de Farol
“Abra a janela ó querida
Venha ver o luar cor de prata…”
São mais ou menos quatro horas da tarde e um grupo de peregrinos, acompanhados do Ademar, da Regional de Turismo sediada em Cascavel, se dirige ao Parque do Lago. É ali já onde começa, então, a doce aventura da oitava peregrinação no Caminho de Peabiru da COMCAM. Em torno do totem guarani envelhecido, os peregrinos ouvem a história da cultura guarani na sua mística procura pela Terra Sem Mal. Conhecem-se. Ouvem-se nas histórias desconhecidas que trazem de distintos recantos, às vezes até nem tanto…
O totem foi implantado pelos próprios guaranis vindos da aldeia Araribá, município de Bauru, estado de São Paulo no dia 09 de outubro de 2004, por volta das dezoito horas pelo vice-cacique Marcílio, sua mãe e com toda a clã, finalizando o I Simpósio do Caminho de Peabiru da COMCAM. Ele marca o início do projeto na COMCAM. Traz a cor guarani vermelha do urucum. O traçado é em sapé guaimbê e em sua arte e estética é entalhado em quatro lados apontando para quatro direções: Norte, Sul, Leste e Oeste. Um lado protege as águas e a mata. Outro a estrada, outro o nascer e outro o pôr do sol. Representa o Pai de todos. Em cada peregrinação, em respeito e homenagem à tradição guarani da “busca da Terra Sem Mal” peregrinos se juntam ao Totem orientados pelo NECAPECAM.
Na seqüência, todos se preparam para a ida a Campina do Amoral, onde se realizará o VIII Simpósio do Caminho de Peabiru da COMCAM. O ônibus sai da praça da Catedral, mas antes os peregrinos são chamados pelo Padre para que recebam a bênção da partida. São por volta de trinta quilômetros até Campina do Amoral, que levam o tempo suficiente para que a interação se inicie. Afinal, é mais um grupo novo, embora muitos já sejam peregrinos cativos. A volta é sempre gratificante, como é bom ver cada um que retorna!
Em Campina do Amoral já estão mais peregrinos, de Santa Catarina. Vêm trazer sua história, experiência do Peabiru como “o caminho que leva à montanha do sol”, conforme dirão mais tarde na oportunidade que terão para transmitirem sua importante mensagem. A comunidade trabalha e o “boi na brasa” já invade o barracão num aroma irresistível. Mas, é preciso antes conhecer sobre Luiziana, o hospitaleiro município que tão bem recebe a caravana. Também conhecer um pouco mais sobre o Caminho de Peabiru da COMCAM, sobre o Caminho de Peabiru de Santa Catarina. Professor José, líder da cultura luzinense conduz a cerimônia, acompanhado de Fátima, a Secretária de Educação e Cultura de Luiziana, do vereador local, reeleito, e do líder da anfitriã Campina do Amoral. Apresentam seu município, suas belezas naturais e oferecem a hospitalidade da comunidade da COMCAM, já tão peculiar e conhecida de grande parte dos peregrinos.
Na continuidade, Jefferson, da Secretaria de Meio Ambiente de Maringá fala da importância de se recuperar o eco-sistema no entorno do Caminho de Peabiru. Agora se junta ao grupo, contribuindo com seus conhecimentos e traduzindo a mensagem que repassa aos ouvintes: consciência e ação para uma mudança dignificante no sofrido ambiente em que vivemos. Bom lembrar que muitos peregrinos do Caminho de Peabiru se juntam a movimentos de “cura da Terra”, orientados pela nação indígena guarani, pelo desgaste que o planeta vem sofrendo desde as desenfreadas expansões colonialistas do século XVI. Jefferson foi capaz de demonstrar, de forma clara e segura, como contribuir para o resgate do eco sistema no entorno do Caminho de Peabiru. Obrigada, amigo! Quando as mensagens se encerram, o jantar é servido. Obrigada, José, Fátima, Marilene, Marius e Ricardo! O delicioso “boi na brasa” é prato típico de Luiziana e foi ali mesmo “engenhado”, atraindo centenas de visitantes no mês do aniversário do município, em outubro. Ricardo e Marius vêm de Santa Catarina e apresentam seu projeto do Caminho de Peabiru. Para eles, por causa do Monte Cristo, o projeto ganha o lema “Caminho da montanha do sol”. É muito prazeroso ouvi-los. Sejam bem-vindos, de agora em diante, seremos parceiros!
Gratos pela calorosa recepção, os peregrinos se preparam para o pouso da primeira noite no evento da VIII Peregrinação no Caminho de Peabiru. A noite não quer silenciar: é o silo da COAMO que ininterruptamente alardia seu trabalho; e ó galo, imponente, majestoso, anunciando e tecendo não só a manhã, mas também a madrugada toda. É a chuva que cai mansa, mas sem parar, no telhado de prata da Associação. São seis horas da manhã e num repente a luz quebra o sono de todos: Jaurita dá bom dia e começam os preparativos para o primeiro dia de caminhada. A equipe de apoio se movimenta, a comunidade mais uma vez prestigia os caminheiros com um reforçado café-da-manhã. Chegam novos peregrinos, na verdade, velhos e esperados amigos. É hora do alongamento, depois da foto de todo o grupo, conforme sugere Porfírio, companheiro peregrino da Chapada dos Guimarães.
Os campos exibem o trabalho humano no capim seco e podado dos trigais, nas mudas viçosas dos milharais, do azevem . Aqui e ali se movimentam solitários trabalhadores na ininterrupta paisagem agrícola que expulsou a densa floresta dos pinheirais, das perobas. Uma e outra árvore denunciam aqui e lá a antiga floresta. A frescura da limpa manhã saúda o peregrino. Por ele passam os amigos da equipe de apoio: a água, o cereal, a fruta, o remédio para os pés cansados. Aqui e ali também as águas límpidas de riachos escondidos pela parca vegetação ciliar são um convite para se refrescar, para admirar…
As crianças completam a paz da paisagem na sua espontaneidade e graça. São filhos de peregrinos que compartilham da venturosa marcha que lembra a “busca da Terra Sem Mal” dos guaranis. Como essas crianças dignificaram e embelezaram a VIII Peregrinação! Também há muitos jovens na caminhada, jovens que trazem a esperança de um futuro melhor, tão diferentes da juventude-massa que tristemente desfila diante de nós, na mídia cotidiana, que assiste à vida passar, jovens perdidos nos apelos consumistas da sociedade moderna e de seus efeitos desastrosos para a humanidade! Como é bom conhecer uma juventude sadia e sábia!
Ricardo e Marius procuram não perder nada de significativo, filmando, conversando, e acompanham passo a passo com o cachorro Muki a VIII peregrinação. E a curiosidade se aguça na água de Sant’Ana. Professor José, no Simpósio, falara do olho da Santa, dos milagres daquele lugar. Os peregrinos ali banham seus cabelos, nutrem-se da milagrosa seiva.
Revigorados, continuam a caminhada rumo ao município de Mamborê. Na paisagem, intercalam-se trigais e milharais, que hora descem, ora sobem movimentando o solo dadivoso de Luiziana, o maior município em extensão da COMCAM ( são 908.604 km2 com uma população média de 7.000 habitantes). Luiziana se destaca pela fanfarra que tem merecido os melhores prêmios do Brasil, pelas cavalgadas, pelas trilhas e cachoeiras.
Em Mamborê os peregrinos são recebidos pelos prefeito e vice-prefeito, pela comunidade, na Praça das Flores. Ali está um marco das peregrinações que a cidade recebeu tão acolhedoramente. Seguem para o CTG, onde lhes é servido um delicioso almoço acompanhado das palavras amigas dos anfitriões e de intenso calor humano. Após um breve descanso, o ônibus devolve os peregrinos ao seu itinerário. Rumo à Canjarana, cada um se encanta nas lembranças que deixaram os amigos mamborenses. A hospitalidade desse município será eternalizada nos corações peregrinos de muitas partes do Brasil.
A chegada a Canjarana é festiva. Distrito muito bem cuidado, possui uma lindíssima igreja, cujo padroeiro é São Roque e amplo pátio onde se localizam o barracão de festa, os banheiros, tudo muito bem organizado. As belas jovens desfilam seus encantos enquanto mães e crianças se divertem na confraternização coletiva pelo Dia da Criança. Os peregrinos descansam no gramado. Banham-se e logo já estão revigorados: o jantar é preparado pelo próprio vice-prefeito, Dominguinhos, que recebe os peregrinos como uma família. Dominguinhos traz sua família, o ambiente é acolhedor e solidário. Ao final, agora já com ainda mais visitantes, inclusive o prefeito e sua família, o som gostoso da viola invade o barracão trazendo alegria e graça.
Mais uma noite desce. Os peregrinos, já cansados, quase que desmaiam. A noite os acolhe exaustos, com uma lua escandalosamente bela. Toninho da Gaita, Luiz Gonzaga, Noel Leotério, João Ribeiro, Luiz e Luizinho… eternamente grata a todos! É indescritível o sentimento que toma conta de cada peregrino nessa toada santa! Melodias que acompanharão com certeza muitas, senão todas as manhãs desses peregrinos…
É doze de outubro, dia da Padroeira do Brasil e há devotos de Nossa Senhora da Aparecida entre os peregrinos. Ela é homenageada pelos seresteiros, assim como Nossa Senhora do Rocio, padroeira de Paranaguá e do Paraná. Em meio à cantoria, dançam peregrinos. Depois de um belo repertório, lá se vão nossos encantadores pássaros mamborenses…
É hora de alongamento, de preparação para a caminhada do dia. Serão por volta de vinte quilômetros. Moray Luza reúne os peregrinos na dança guarani, na brincadeira inocente de se olhar e se escolher, no energético chuá. O chuá é uma criação de Moray Luza na primeira peregrinação. Vindo de São Paulo, capital, esse peregrino possui amplo conhecimento cultural e místico das tradições andinas, tendo sido um grande líder para os estudiosos do Caminho de Peabiru. Sua mensagem é de amplitude da compreensão humana, planetária, da paz mundial. Chuá lembra e representa as águas, o seu batismo e pureza.
Chega o café-da-manhã. Chega a hora de partir para o último trecho da peregrinação. Trinca-ferros, bem-te-vis, curiós, pardais, quero-queros, anus, azulões e outros cantores encantam a natureza e continuam a cantoria não deixando sós os peregrinos. O olhar peregrino vê que a terra vai clareando, os pés vão pisando mais fofa e lentamente o solo, o relevo vai se aplainando… De repente é só areia, mas é ainda o trigal, o milharal. Vêem-se pés de café, eucalipto para lenha, azevem, algum gado, ovelhas.
No meio da caminhada, já em Farol, outra fonte milagrosa: agora, as águas de João Maria…João Maria, o “Monge da Lapa” teria percorrido o Paraná, ajudando os necessitados, em diferentes épocas. Há quem diga que foram dois, três monges. Que todos os monges benzedeiros chamavam-se por força João Maria. Mas, há quem diga que é o mesmo, envelhecido a cada fase, naturalmente. Eram comuns as benzedeiras na época. João Maria seria apenas um benzedeiro? Em meados do século XIX o Paraná vivia intensos movimentos de colonização, de conflitos de posses, com intensas manifestações de cunho popular, religiosas. O místico João Maria surge nesse contexto.
Os peregrinos também ali banham seus cabelos, bebem de sua água e oram. Depois, debaixo das poucas árvores, sombra suficiente para acolher os corpos já meio cansados, divagam… Mas ainda falta mais da metade do percurso… é bom pôr os pés na estrada! Muita areia, muda o vento, o sol se impõe bem mais forte. Os passos são mais lentos, mas o conforto da água, do cereal ajuda a continuar…
De repente, as vozes dos pássaros se perdem no som barulhento dos rojões que vêm da cidade: é a tradição dos fogos do Dia de Nossa Senhora Aparecida. É meio-dia e o ritual se estende até meio-dia e quinze. Silêncio novamente. Os primeiros peregrinos alcançam a sede do município. No estádio municipal a acolhida final do município mais jovem da COMCAM. Uma deliciosa refeição, antecedida de falas que agradecem, oram, saúdam… Pierim e Amani conduzem as preces. Lembram da importância do dia para a cultura brasileira – dia da padroeira do Brasil- lembram do momento singular que nos reúne à volta da refeição tão carinhosamente oferecida pelos farolenses…
Esta VIII peregrinação marcou pelo apelo à harmonia, à união, com peregrinos trazendo suas famílias, filhos, numa convivência de ricas experiências e diálogo, o que muito ensinou a todos, com certeza. Lembrou a santidade e pureza das águas – duas fontes visitadas por crentes de toda a parte do Brasil e rios de águas límpidas… Lembrou a linguagem universal, a música, presente nos caminhos de Peabiru de Mamborê pelos seus encantadores cantores que definitivamente se fizeram presentes, pela sua melodia, nos corações de todos os peregrinos. Lembrou por tudo isso, a fé e a esperança num mundo melhor. A Terra Sem Mal tem que ser possível.
É hora de partir, não sem antes, abraçar, fotografar. Os corpos estão cansados, mas as almas fortalecidas, já aguardando a nova aventura da nona peregrinação. Promessa de volta.
PEREGRINOS – 8ª PEREGRINAÇÃO NO CAMINHO DE PEABIRU
Peregrino
Cidade e Estado de Origem
Alexandra Y. Fernandes Brescansin
Maringá – PR
Antonio Porfírio da Silva
Chapada dos Guimarães – MT
Amani Spachisnki
Campo Mourão – PR
Celso Amâncio de Mello
Maringá – PR
Claudemir Pierin
Cambé – PR
Cristina Lidia Pienaro
Campo Mourão
Daniel Alexandre Moray Luza
São Paulo – SP
Danielli Salete Pereira
Cascavel – PR
Daisy Fontan Santiago
Maringá – PR
Edson Roberto Brescansin
Maringá – PR
Eliana Jacovós
Maringá – PR
Fabio Alexandro Sexugi
Peabiru – PR
Izalino Inácio Paixão
Ubiratã – PR
Jair Avelino Jacovós
Maringá – PR
Jeferson
Maringá – PR
Jeferson R. Spode Flores
Cascavel – PR
José Vanderlei Dissenha
Curitiba – PR
Lorenilda Oliveira
Campo Mourão-PR
Luciane Zuanazzi
Cascavel – PR
Lucas Santos Pierin
Cambé – PR
Marius Bantati
Joinvile – SC
Rafael
Maringá
Raquel Egidio Leal e Silva
Maringá – PR
Roberto Takechi Hirai
Maringá – PR
Rodrigo Zonta
Maringá – PR
Rosalindo Crepaldi
Maringá
Ricardo Gomes Moreira
Joinvile – SC
Sidnei Peres Junior
Maringá – PR
Sinclair Pozza Casemiro
Campo Mourão – PR
Valter Ferreira de Araujo
Maringá – PR
Zélia B. Braz Hirai
Maringá – PR
Cavaleiros
Neuso de Oliveira
Mamborê
Neno Picinin
Mamborê
João Paulo
Mamborê
Luizinho
Mamborê
Felipe Moraes
Mamborê
Cavaleiros anônimos
Equipe de Apoio
Antonio Gancedo
NECAPECAM
Antonio
IAP
Cristina
Professora Educação Física
Darcy Deitos
Hotel Paraná Palace
Edson Battilani
IAP
Jairo Aloisio Araujo
NECAPECAM
Jaurita Machado Lessak
NECAPECAM
Maria Luiza da Silva
NECAPECAM
Manoel Sirino dos Santos
NECAPECAM
Marilene Celant Miranda da Silva
NECAPECAM
Silvio Cezar Walter
NECAPECAM
Vanessa
NECAPECAM
Enfermeiras e motoristas
Municípios de: Luiziana, Mamborê e Farol
Cozinheiros e cozinheiras
Municípios de: Luiziana, Mamborê e Farol
Galera reunida pouco antes de iniciar a caminhada no dia 11/10.Manhã do segundo dia de peregrinação, partindo de Canjarana.
Após quatro dias, estou de volta a Campo Mourão — desta vez para ficar outros quatro, sendo que dois deles passarei percorrendo, pela segunda vez, o Caminho de Peabiru.
A viagem foi gelada: saímos de Curitiba debaixo de muito frio e, ao chegar a Guarapuava, estava ainda pior. Mas o mais complicado foi o fato de o aquecedor do ônibus estar quebrado. As coisas só melhoraram quando chegamos a Campo Mourão, onde o frio não era tão intenso. No decorrer do dia esquentou e deu até para ficar sem camisa.
Hoje é aniversário de Campo Mourão, que completa 61 anos. Fui assistir ao desfile comemorativo — algo que não fazia há uns dez anos. Lembrei da época em que eu desfilava; a última vez foi em 1985. Bons tempos! O desfile era bonito, a rua ficava lotada e o clima era de festa. O que vi hoje, no entanto, foi um desfile fraco, desorganizado e com pouca gente assistindo. Decadência total…
No final da tarde sigo para a pequena comunidade de Campina do Amoral. À noite haverá um simpósio sobre o Caminho de Peabiru e, depois, será servido um jantar típico — provavelmente porco ou leitoa. Ano passado foi a mesma coisa: em apenas dois dias de peregrinação, comi mais carne de porco do que costumo comer em um ano inteiro. Então, nos próximos dois dias, estarei longe da civilização e da internet. Na volta conto como foi.
A expectativa é de que não faça frio e, principalmente, que não chova. Também espero resistir bem à caminhada, já que serão 60 km em dois dias. Diferente do ano passado, quando eu estava em excelente forma física, este ano estou fora de forma e com três quilos a mais — quase todos concentrados na barriga.
Desfile de aniversário de Campo Mourão. (10/10/2008)
Hoje tivemos um seminário interno para todos que trabalham aqui no colégio. À tarde, meu grupo fará uma apresentação sobre os eixos temáticos da pedagogia inaciana. É coisa de outro mundo, daquelas que a gente aprende hoje e amanhã já esqueceu. Mas, como precisamos apresentar, vamos fazer o melhor possível (ou pelo menos tentar).
Vai até ter um vídeozinho gravado com alguns professores e funcionários, com direito a making of e erros de gravação. No fundo, tudo isso é uma tática para prender a atenção do pessoal de um jeito que eles nem percebam que nossa apresentação do texto está horrível.
Após o primeiro post, acabei ficando quase um mês sem escrever aqui no blog. A culpa foi dessas últimas semanas cheias de compromissos: muito trabalho, fim da faculdade, término definitivo do namoro e o projeto de conclusão de curso. Mas tudo bem, aos poucos as coisas vão se ajustando e voltando ao normal, então poderei escrever com mais frequência neste espaço.
De novidades, concluí o curso de História e agora estou estagiando no Medianeira, ao mesmo tempo em que comecei uma pós-graduação na Facinter. Na Espírita, entreguei meu projeto de conclusão, que foi sobre o Caminho de Peabiru. Na minha modesta opinião, o projeto ficou bem legal e, caso eu resolva fazer um mestrado no futuro, a ideia é aprofundar esse estudo sobre o Caminho de Peabiru. Aliás, semana que vem acontece a peregrinação anual pelo Caminho de Peabiru. Já me inscrevi: serão 60 km de caminhada, saindo de Luiziana e indo até Farol, duas pequenas cidades próximas a Campo Mourão. Em outra oportunidade conto como foi a experiência.
Hoje estou em Campo Mourão. Cheguei de madrugada, vindo de carona com o Wagão, meu irmão. Dormi a manhã toda e, à tarde, fiquei lendo um livro sobre a descoberta do Polo Norte. Depois de já ter lido quase dez livros sobre a conquista do Polo Sul, agora mudei literalmente de direção e estou aprendendo sobre a exploração do Polo Norte. Ambas as conquistas aconteceram no início do século passado e são histórias cheias de aventuras, sofrimentos, alegrias e tragédias. Para quem gosta de história, aventuras e viagens, vale muito a pena conhecer o tema dos “descobrimentos polares”.
Outra novidade é que voltei a correr com regularidade e pretendo, até o final do mês, participar novamente de corridas de rua. Estou sentindo falta tanto das provas quanto dos amigos que conheci nessa época em que treinava com frequência. Também voltei a pedalar: na semana passada, saí dois dias, percorrendo em média 16 km por dia. Aos poucos, eu e a bike vamos desenferrujando e logo estarei encarando distâncias maiores.
Por hoje é só, pessoal.
Bye!!
Estação de trem de Sapucaia do Sul/RS. (julho 2008)