Gibicon nº 1

Estive em Curitiba participando da Gibicon nº 1, uma feira de quadrinhos. Ano passado aconteceu a Gibicon nº 0, que foi um evento experimental e que devido ao sucesso parece que será permanente daqui para frente. Dessa vez pude rever alguns amigos que também gostam de quadrinhos e fazer novos amigos.  Participei de eventos relacionados somente aos quadrinhos italianos da Editora Bonelli, que são os meus quadrinhos favoritos. Participei de uma palestra sobre os quadrinhos Bonelli na Itália e visitei uma mostra dedicada ao editor Sergio Bonelli, que faleceu ano passado. Também participei de uma homenagem ao Sergio Bonelli. Essa homenagem foi meio que uma palestra onde pessoas que conheciam o Sergio Bonelli falaram sobre ele, contaram histórias que viveram junto com ele. Um momento emocionante foi quando o Júlio Schneider (tradutor das revistas Bonelli no Brasil) ao contar sobre sua amizade com o Sergio Bonelli, acabou se emocionando e chorando. O argumentista italiano Moreno Burattini também esteve presente nessa homenagem e mostrou num telão fotos do Sergio Bonelli, inclusive a última foto que ele tirou (ao menos se acredita que seja a última!), durante uma feira de quadrinhos na Itália, dias antes de morrer. O último evento Bonelliano de que participei na Gibicon, foi assistir um documentário sobre o Sergio Bonelli. Esse documentário, com pouco mais de meia hora de duração, foi feito na Itália em 2010.

Fora os eventos relacionados aos personagens Bonelli, dei uma rápida olhada pelos vários estandes da Gibicon e comprei alguns gibis (Bonelli é claro!). Um gibi especial que comprei na Gibicon, foi o Zagor Gigante nº 1. Além de Zagor ser meu personagem favorito de quadrinhos, esse Zagor Gigante nº 1 traz publicado em suas contracapas os nomes de cem leitores de Zagor, inclusive o meu nome. E aproveitei para pegar o autógrafo do Moreno Burattini nessa revista, pois foi ele que escreveu a história publicada nesse Zagor Gigante.

Além do argumentista italiano Moreno Burattini, também estiveram presentes na Gibicon, outros dois italianos que trabalham para a Editora Bonelli. Um deles eu já conhecia, pois esteve no Brasil nos dois últimos anos. Trata-se do simpático desenhista de Tex, Fabio Civitelli. E o outro italiano foi o Roberto Diso, que também é desenhista da Editora Bonelli, mas dedica-se mais ao personagem Mister No. Foi uma experiência gratificante ter contato com estes três simpáticos italianos, que trabalham na criação de personagens de quadrinhos que leio e acompanho a mais de trinta anos.

Ano passado também estive na Gibicon e este ano deu para perceber que o evento aumentou e ficou mais organizando. Mas tamanha organização acabou atrapalhando em alguns momentos! Um exemplo foi no sábado pela manhã, no Paço da Liberdade. As oficinas e palestras estavam marcadas para começar às 10 horas, mas antes desse horário não permitiam que ninguém entrasse no prédio. Somente após as 10 horas é que todos puderam entrar e formar filar para pegar convites para as quatro palestras e oficinas que aconteceriam no mesmo horário. O chato é que do lado de fora tivemos que formar fila sob um sol escaldante. Outra pisada na bola da organização foi marcarem várias palestras no mesmo local e no mesmo horário. Isso fazia com que os participantes tivessem que escolher somente uma palestra, quando muitos queriam ver todas as palestras. O resultado foi que muitas palestras ficaram com pouco público. Se fizessem as palestras em horários diferentes, com certeza todas elas teriam um maior público presente.

E outra reclamação geral foi com relação às senhas para autógrafos. Teve um dia que distribuíram 30 senhas para determinados artistas e no dia seguinte somente 15 senhas. Isso fez com que muitas pessoas ficassem sem conseguir senhas e sem conseguir os autógrafos que queriam. E teve casos de pessoas que ficaram na fila das senhas para autógrafos e perderam a palestra que queriam assistir, pois tiveram que escolher estre pegar a senha do autógrafo ou assistir a palestra.

E teve também casos de palestras onde precisava enfrentar uma fila para pegar a senha. E na hora da palestra não tinha ninguém para recolher tais senhas na entrada do local da palestra. E teve uma palestra onde um monte de gente entrou sem senha e o segurança que estava na porta não falou nada. Daí quando fui entrar o segurança me barrou e me pediu a senha. Por sorte eu tinha a bendita senha! Só não entendi o critério do segurança em pedir senha para uns e não pedir para outros. Ou seja, o negócio todo foi meio confuso e espero que no próximo ano o pessoal da organização de uma melhorada no evento, pois senão fica difícil para quem participa. E vou pensar duas vezes antes de viajar 500 km para ir novamente à Gibicon!

O Ezequiel com sua senha para uma palestra.
Moreno Burattini, Vander, Roberto Diso e Fabio Civitteli.
Felipe, Vander, Nei, Diso, Ezequiel e Maldonado.
Gibicon nº 1
Marcos Maldonado (letrista) e Fabio Civitelli.
Vander e Júlio Schneider.
Gibicon nº 1
Ezequiel, Bira Dantas e Vander.
Uma personagem de carne e osso!! (Mais carne…)
Bira Dantas e o Gralha.
Homenagem/Palestra a Sergio Bonelli.
Vander, “Zagor” e Moreno Burattini.
Platéia do documentário sobre Sergio Bonelli.
Documentário sobre Sergio Bonelli.
Fabio Civitteli dando autógrafo na rua.

VÍDEO

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Falecimento do Sergio Bonelli

Vou fazer um parênteses nas postagens sobre os dias aqui no Canadá, para falar um pouco de uma pessoa que faleceu hoje. Eu não conhecia pessoalmente tal pessoa, mas ela influenciou muito minha vida em vários sentidos. Quem faleceu foi Sergio Bonelli, editor italiano de quadrinhos e criador entre outros do personagem Zagor, que sempre foi meu personagem de quadrinhos favorito. E eu estar hoje no Canadá é de certa forma por “culpa” de Sergio Bonelli e deu seu pai, Gian Luigi Bonelli, criador do lendário personagem Tex Willer. É que graças às revistas em quadrinhos editadas pela Editora Bonelli, fiz muitas amizades pelo Brasil e pelo mundo nesses trinta e poucos anos que leio e coleciono quadrinhos. E entre esses amigos que fiz está o Gilberto Walker, brasileiro que vive no Canadá e que estou visitando nesses dias. Foi o gosto por quadrinhos Bonelli que iniciou e fortaleceu nossa amizade e depois de muitos anos vim fazer uma visita a ele. Para aqueles que não gostam de quadrinhos, talvez fique difícil de entender o que a morte do Sergio Bonelli significa, mas para mim e para milhares de colecionadores e admiradores da Bonelli Editore espalhados pelo mundo, hoje é um dia triste, um momento de luto e a sensação de que todos ficamos um pouco órfãos a partir de agora.

Faleceu hoje em San Gerardo di Monza, Milão, com a idade de 78 anos, Sergio Bonelli. Nascido a 2 de Dezembro de 1932 em Milão, estava hospitalizado no hospital San Gerardo há uma semana, depois de ter iniciado a acusar problemas de saúde em agosto. Editor, argumentista, conhecido também no início da sua carreira com o pseudónimo de  Guido Nolitta, escolhido para evitar ser confundido com o seu pai Gian Luigi, criador em 1948 de Tex Willer. O herói western que defende os fracos e oprimidos independentemente da sua cor da pele.

Sergio Bonelli, explica um comunicado da editora italiana, morreu após uma curta doença, deixando a esposa e o seu filho Davide. Sergio Bonelli, realça o comunicado, “foi o principal artificie da passagem das revistas em quadrinhos como simples instrumento de entretenimento popular a produto de dignidade cultural, criando, ao longo da sua carreira de cinquenta anos, uma das mais importantes editoras de revistas em quadrinhos no contexto italiano e mesmo mundial“.

Fonte: http://texwillerblog.com/wordpress/

Sergio Bonelli ao lado de Tex, criação de seu pai, Gian Luigi.
Zagor, personagem criado por Sergio Bonelli.

Gibicon

Na última sexta-feira estive no Memorial de Curitiba, onde acontecia à primeira Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba, a GIBICON número zero. Por esquecimento acabei perdendo a palestra sobre o Tex. Cheguei no momento em que acontecia uma sessão de autógrafos com dois desenhistas italianos de Tex: Fabio Civitelli e Lucio Filippucci. O Civitelli eu já conhecia da Comix do ano passado, em São Paulo. Achei interessante que ele ao me ver me reconheceu. Não lembrou do meu nome, mas se dirigiu a mim como o “viajante”. Não entrei na fila de autógrafos, pois tinha um compromisso importante logo em seguida. Fiquei circulando pelo local e aproveitei para falar com alguns amigos de outros encontros de quadrinhos. Entre esses amigos falei com o Felipe e sua esposa, com Julio Schneider, Dorival Vitor Lopes e Valdivino.

Gibicon 2011
Memorial de Curitiba, local da Gibicon.
Com Valdivino, Julio, Felipe, sua esposa e filha.
Lucio Filippucci e Fabio Civitelli "trabalhando".
Tarde de autógrafos.