A felicidade só é verdadeira quando compartilhada

Sou fã do livro e do filme Na Natureza Selvagem. E adoro a trilha sonora do filme, composta toda por Ed Vedder. A história contada no livro, á história com final infeliz de Chris McClandess, me tocou profundamente e identifiquei-me com o Chris imensamente. Sei que muita gente acha que ele foi um idiota e morreu de forma estúpida. E também sei que muita gente me acha um idiota por admirar Chris McClandess e pelo meu jeito de agir, de pensar e até pelo que posto aqui nesse blog. Mas não estou nem aí pra esse povo e a opinião deles!

Mas onde eu queria chegar quando comecei esse texto e fugi um pouco do contexto, foi falar sobre os livros que inspiraram Chris McClandess, os quais são citados no livro e no filme Na Natureza Selvagem. Dos livros mencionados eu tinha lido somente Caninos Brancos, de Jack London. E recentemente comecei a ler Walden, de Henry Thoreu. Alías, Thoreu logo vai merecer uma postagem exclusiva aqui no blog.

Os demais livros citados no livro Na Natureza Selvagem não fazem muito meu estilo de leitura, mas deixei alguns nomes anotados e quem sabe no futuro se sobrar tempo eu leia algum. Entre estes vale a pena citar:  A Sonata a Kreutzer (Liev Tolstói), Felicidade Conjugal (Liev Tolstói), Guerra e Paz (Liev Tolstói), A Morte de Ivan Ilitch (Liev Tolstói), O Homem Terminal (Michael Crichton), O Chamado da Floresta (Jack London), A Desobediência Civil (Henry Thoreau), Doutor Jivago (Boris Pasternak), As Aventuras de Huckleberry Finn (Mark Twain) e Tarass Bulba (Nikolai Gogol). Se eu tinha lido apenas um livro dessa lista, ao menos vi três filmes baseados nesses livros. São eles: Guerra e Paz, Doutor Jivago e As Aventuras de Huckleberry Finn. E com relação a esse último, estive na ilha de Tom Swayer, que é citada no livro. Na verdade essa ilha que visitei fica no Disney World em Orlando, e foi criada por Walt Disney inspirado no livro, pois Disney era fã de Mark Twin, o autor do livro.

Tais livros serviram de inspiração e moldaram a personalidade de Chris McClandess, principalmente com relação á natureza. Sempre gostei do ar livre, da natureza e da sensação de liberdade que ela nos transmite. Já tive muitas “aventuras” junto á natureza e algumas vezes tais aventuras quase se transformaram em tragédia. Mas é assim mesmo, a natureza é poderosa e não perdoa os fracos, os desatenciosos, os mal preparados e distraídos. Das vezes que me dei mal e até me machuquei foi por culpa da distração. Mas é vivendo que se aprende, é se machucando que também se aprende a não se machucar mais. É assim que vivemos na natureza e nesse mundo selvagem que nos cerca…

“A felicidade só é verdadeira quando compartilhada”.

(frase do livro Na Natureza Selvagem)

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Chris McClandess, Alasca 1992.
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Vander Dissenha, Canadá 2011.

Assistindo novamente “Into The Wild”

Hoje assisti novamente ao filme “Na Natureza Selvagem” (Into The Wild), que é um de meus filmes favoritos. O livro no qual o filme foi baseado também é um de meus favoritos. A história de Christopher McCandless, mesmo tendo final infeliz é para mim inspiradora. E mais uma vez vendo o filme tive idéias de novas viagens e aventuras. Então aguardem que em breve terei novidades para contar aqui no Blog!!

Eu não teria coragem para largar tudo e “cair no mundo” igual fez o jovem Chris, utilizando o pseudônimo Alexander Supertramp (Supertramp significa Super Andarilho). Mas consegui entender parte do que ele sentia e coloquei em prática isso faz algum tempo. Ficar atrelado a uma vida infeliz em troca de um bom salário, certa estabilidade e uma vida pequena burguesa cercada de muitos confortos da vida moderna, pode ser bom para muitas pessoas, mas com certeza afasta essas pessoas do seu “eu” ancestral, que é viver próximo, senão junto à natureza. E viver um tempo desapegado do dinheiro e do conforto, nos faz dar ainda mais valor as coisas simples da vida e as pessoas de que gostamos. Como disse o navegador Amyr Klink: “É preciso sentir frio para dar valor ao calor, sentir-se desabrigado para dar valor ao próprio teto”. Coloquei isso em prática – se bem que era algo que eu já fazia antes em menor grau – e desde então passei a dar valor às coisas que realmente importam. Não desisti de levar uma vida confortável, mas vez ou outra tenho que fazer alguma atividade, alguma viagem que me faça deixar de lado por algum tempo o conforto da vida moderna e viver de uma forma muito simples, valorizando as pequenas coisas.

Passei alguns anos infeliz e triste, me matando de trabalhar para ganhar cada vez mais dinheiro e depois descobri que isso não me trazia uma real felicidade. E bastaram alguns problema pessoais e de saúde, para que minha infelicidade se transformasse em uma depressão que quase me matou. Tive que recomeçar minha vida do zero, e ainda estou tentando dar um rumo definitivo a ela. Mas para isso tive que parar por um tempo e me aventurar por muitos lugares na busca de um novo rumo para minha vida e principalmente tentando me reconhecer, tentando descobrir quem era esse novo “eu”, a nova pessoa em que me transformei. Esse processo foi longo e muitas vezes doloroso, mas foi necessário e hoje encontrei finalmente meu novo norte e sei o que quero e o que não quero de/em minha vida daqui para frente. E nesse processo, tanto o livro quanto o filme “Na Natureza Selvagem” me ajudaram, serviram de inspiração. Para o personagem do livro/filme, infelizmente não foi possível recomeçar sua vida quando ele finalmente tinha encontrando o seu norte e decidira voltar a viver na “civilização”. Ele cometeu um erro que lhe custou à vida. Mas sua morte não foi em vão, pois ela serviu e serve de inspiração para pessoas no mundo todo.

Se você não conhece a história de Christopher McCandless, leia o livro e veja o filme. Garanto-lhe que alguma coisa, por menor que seja, vai mudar em sua mente e no seu coração. E se assistir ao filme, com certeza a trilha sonora de Eddie Vedder vai fazer valer a pena o tempo que “perdeu” vendo o filme.

NA NATUREZA SELVAGEM
INTO THE WILD
Livro: Na Natureza Selvagem

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