A física e o amor

O Efeito de Ressonância Eletro-paramagnético (Efeito ERP), um mecanismo da física, foi matematicamente teorizado pelo físico John Stewart Bell em 1964 e, mais tarde, comprovado pelo físico John Clauser em uma experiência de laboratório na qual fótons subatômicos foram expostos à mesma polarização e depois disparados em direções opostas. Clauser, auxiliado por Stuart Freedman, descobriu que após dois fótons polarizados serem separados, eles ainda respondiam ao mesmo estímulo. Em outras palavras, quando um era estimulado, o outro, embora a uma certa
distância, também respondia. Uma vez exposto, os dois fótons relacionados não podiam mais ser considerados objetos separados, mas de alguma forma mantinham um vínculo misterioso. Alguns
físicos teorizaram que após compartilharem uma polarização comum, independente do quanto duas partículas possam estar distantes uma da outra, ou de quanto tempo passe, elas continuarão
a compartilhar a mesma polarização e algo em comum uma com a outra, mesmo talvez pela eternidade e pelo infinito.

Podemos comparar esse experimento com um casal que se separou por qualquer motivo. Se eles se gostavam, se amavam, a partir do momento da separação vão continuar ligados um ao outro de alguma forma, querendo eles ou não. Então o movimento que um deles faz, vai afetar e até mesmo gerar um movimento da outra parte do casal (no caso, ex-casal). Se após o final da relação existir mágoas, ressentimentos, sofrimento, mas um poquinho de amor ainda restar, mais o vinculo entre o casal, mesmo que distantes e sem se falarem, vai existir.

A física tenta explicar a vida e até mesmo o amor, o qual não se explica muito, apenas você sente, você vive ele. O amor é algo que muitos passam a vida toda querendo encontrar. E outros encontram e por algum motivo obcuro que foge de sua vontade, deixam ir embora. E tem também aqueles que por orgulho ou falta de diálogo, de perdão, de tentar um novo recomeço, de dar uma nova chance para o parceiro fazer tudo diferente, acabam deixando o amor ir embora e talvez nunca mais encontrarão um amor tão bom, tão pleno e verdadeiro quanto o último amor que viveram.

Escrevendo sobre esse assunto, me lembrei de um filme de 1994, estrelado por Meg Ryan. No filme ela é sobrinha do gênio da física, Albert Einstein, que tenta descobrir uma maneira de fazer sua sobrinha se apaixonar por um rapaz. Ou seja, Einstein tenta descobrir a “Fórmula do Amor”. Como estámos na semana do Oscar, fica a dica de um filme gostosinho de assitir.

A Teoria do Amor (1994).

Oscar 2013

Em 2013 nove filmes concorrem ao Oscar de melhor filme. E consegui assistir a todos os nove concorrentes, antes da noite de entrega do Oscar. Já tinha feito isso duas vezes antes, mas no tempo em que apenas cinco filmes concorriam. Dessa vez não foi tarefa fácil ver todos os filmes, pois alguns chegaram ao Brasil recentemente. Mas hoje em dia existem outras maneiras de se ver um filme e é possível assistir a filmes antes mesmo deles serem lançados no Brasil.

Dos concorrentes ao Oscar de melhor filme, estava ansioso para assistir Lincoln. Gosto desse personagem histórico, já li alguns livros sobre ele, visitei lugares por onde ele passou, vi objetos originais que pertenceram a ele, conheci o teatro onde ele sofreu o atentado que o levou a morte e também a hospedaria onde ele morreu no dia seguinte ao atentado. Ele não foi levado a um hospital, mas sim medicado em uma hospedaria em frente ao Teatro Ford, local do atentado. A expectativa era tanta com relação ao filme, que no final fiquei frustrado. O filme é bom, mas é burocrático, algo para norte americano ver. O filme é cheio de citações históricas, que norte americano aprende na escola. Para o resto do mundo esse filme não é interessante. Acho que Lincoln ganha como melhor filme, pois norte americano é patriota, Lincoln é um dos maiores personagens da história dos Estados Unidos e o filme é bem feito, mesmo tendo pequenos erros históricos.

Dos demais filmes, alguns são excelentes. Gostei bastante de As Aventuras de Pi (que no original é A Vida de Pi), pois esse filme é uma bonita fabula. Também achei muito bom Argo, filme que conta sobre o sequestro na Embaixada Norte Americana no Irã, entre 1978 e 1979. O filme é muito bem feito e com caracterização de época muito boa.  Outro filme de que gostei foi A Hora Mais Escura, que mostra detalhadamente como foi á operação militar que encontrou e matou Bin Laden. E um filme com o qual me identifiquei muito foi O Lado Bom da Vida. Ele começa meio chato, mas fica interessante com o decorrer do tempo e tem sequencias muito boas, que te fazem pensar.

Os demais filmes achei todos meia boca. Amor e Indomável Sonhadora são até interessantes, mas não achei nada de especial nos mesmos. E Django Livre foi outro filme pelo qual criei uma boa expectativa, por ser um filme do Tarantino. Mas no final achei o filme fraco, me deu sono. E o maior termômetro para eu gostar ou não de um filme é o filme me dar sono. Já dormi muito no cinema ou em frente a TV, ao ver filmes ruins ou que não me despertaram interesse.

E dos nove concorrentes a melhor filme em 2013, o que menos gostei foi Os Miseráveis. O problema é que não sou fã de musicais e já vi a versão anterior de 1998, que não é musical e é muito bem feita.

Então vou torcer para As Aventuras de Pi, mesmo tendo quase certeza de que Licoln vence.

Abaixo a lista dos filmes que concorrem ao Oscar de melhor filme em 2013, na minha ordem de preferência:

1°)  As Aventuras de Pi
1°) As Aventuras de Pi
1°) O Lado Bom da Vida
1°) O Lado Bom da Vida
3°) Argo
3°) Argo
4°) A Hora Mais Escura
4°) A Hora Mais Escura
5°) Lincloln
5°) Lincloln
6°) Django Livre
6°) Django Livre
7°) Indomável Sonhadora
7°) Indomável Sonhadora
8°) Amor
8°) Amor
9°) Os Miseráveis
9°) Os Miseráveis