Canionismo rio São Jerônimo

No Feriado de Carnaval, segui com dois amigos para a cidade de Guarapuava. Lá encontramos o pessoal da Caête Vida ao Ar Livre, e seguimos para a região de Entre Rios, que é uma colônia de imigrantes alemães. Lugar muito bonito, onde tinha ido pela última vez há 40 anos. Na verdade fomos um pouco além de Entre Rios. Fomos no rio São Jerônimo, onde fizemos aquatrekking e canionismo em duas cachoeiras. Mesmo com sol passamos um pouco de frio, principalmente quando quase no final da tarde o tempo fechou e caiu uma fraca garoa. Essa foi mais uma aventura sencional!

Vander, Ione e André
Cachoeira São Jerônimo I
Cachoeira São Jerônimo I
André, Ione e Vander.
Borda do Infinito

Carta de um suicida

“Espero que compreendam que em cada mente habita um universo repleto de ideias, que cada escolha sempre trará uma consequência, e tive certeza daquilo que queria e de tudo que já não suportava. Saibamos reconhecer que dentre meus sorrisos sempre escondi a verdadeira sensação de insatisfação e desmazelo, que embora não seja compreensível, tive cansaço e desgaste de erros que me consumiram por inteiro. Gostaria que as coisas tivessem sido diferentes e por vezes até tentei, digo isto não por capricho, mas por exaustão. Não poderei deixar tantas dádivas como tantos que por aqui passaram, mas deixarei as mágoas de um peito cansado e atordoado pela injustiça que é habitar em uma mente e um coração tão intenso, e por falar em intensidade, me vejo perdido em meio a tanta gente rasa que se instalou em minha leviana vida como um parasita que absorve tudo de benéfico e depois descarta o hospedeiro num sepulcro de solidão e agonia. Peço perdão aos poucos e próximos que cultivei, saberão que a vida continua e que onde eu estiver, serei um hóspede para um novo ciclo, embora acredite que previra o sofrimento para que assim possa estar estabelecido todo discernimento que o umbral fará e resignará para a colheita esperada. Aos meus amores, em especial o último que consumi tanto em desespero para que não fosse desgarrado de seu seio, peço paciência e autoconhecimento para que não hajam culpas mentais e nem fadigas sentimentais de uma mente resumida em desistência. Assim eu espero que o tempo leve o que há de levar e cure o que preciso for. Aos meus familiares, sinto em vos dizer que minha ausência sirva de reconciliação e proximidade para outros que necessitam. Por fim rogo a Deus que não me esqueça, ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte. E para os que muito cansei nessa Terra, peço que me perdoem, que me compreendam, pois desta vida nada levamos e nada trazemos, sendo assim não é justo tanto julgamento de uma pessoa digna de pena, misericórdia e perdão. Sabeis que toda inconstância é resultado de desordem. Como poderia eu organizar tudo se sou tempestade? Peço aos que são calmaria, que cultivem o amor e o perdão, porque nenhuma mágoa e ódio vale tanto a pena assim…Somos instantes e num instante não somos nada.”

Fiquem com Deus a adeus!

João Ricardo Moreira Libório

**Essa carta de despedida foi escrita por um Polial Militar, que se enforcou na última segunda-feira, numa cidade no interior da Bahia. Não nos cabe jugar o seu ato, pois somente ele sabe realmente a razão de tal atitude que tomou. O que me chamou a atenção nessa carta foram suas plavras falando de amor e de perdão. E concordo com ele quando diz que somos instantes e num instante não somos nada. A vida passa rápido e o importante é procurar curtir os momentos e as pessoas que nos são importantes…