Aparecida (erroneamente chamada de Aparecida do Norte)

De  carro a caminho do estado  do Rio de Janeiro,  a Andrea  sugeriu  fazermos uma  parada na cidade de Aparecida (erroneamente chamado de Aparecida do Norte), no Vale do Paraiba em São Paulo. A cidade é famosa por “guardar” a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Nossa visita se limitou somente a Basilica de Nossa Senhora Aparecida. Como tinhamos pressa não deu pra passear por outros pontos da cidade. A Basilica em si é enorme, uma construção grandiciosa. A Andrea que já esteve no Vaticano, disse que alguns arcos da Basilica são cópias do Vaticano. Visitamos uma torre que fica no 16º andar da Basilica e de onde da pra ver a paisagem da região que é muito bonita. No andar debaixo existe um museu até interessante, com arte sacra, antigos mantos da imagem de Nossa Senhora Aparecida e muitos outros objetos. Também fomos ver a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que fica dentro da Basilica, protegida por um vidro blindado desde que sofreu um atendado por parte de um fanático religioso e foi quebrada em 1978. Por ser sábado de manhã, o local estava bem cheio, com muitos romeiros, alguns pagando promessas até de forma meio que exagerada. Foi interessante o passeio e na hora de ir embora paramos pra tomar um picolé que além de enorme era muito saboroso.

História:  A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecido como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida é o terceiro maior templo católico do mundo. Foi inaugurada em 4 de julho de 1980 quando João Paulo II visitou o Brasil pela primeira vez. Em outra de suas visitas, passando por Aparecida, abençoou o Santuário e, em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, elevou a Nova Basílica a Santuário Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a “Passarela da Fé”, que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas por romeiros.

Imagem de Nossa Senhora Aparecida: Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma. A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá. A sua história tem o seu início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais. Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no Rio Paraiba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores. Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo se mostrou pequeno.

Por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela e a imagem. Em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basilica Velha) para acomodar e receber os fiéis que aumentavam significadamente, sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888. Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basilica e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita, em 08 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado. Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas. A  8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima coroa doada pela princesa Isabel e portando o manto anil, bordado em ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República e numeroso povo. Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.

Basilica de Nossa Senhora Aparecida
Interior de uma torre e a vista que se tem lá do alto
Imagem de Nossa Senhora Aparecida
A classe de uma “sangue azul” chupando um picolé

2 opiniões sobre “Aparecida (erroneamente chamada de Aparecida do Norte)

  • 15 de setembro de 2010 em 22:22
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    Eu sugeri esse passeio pois achei que você ia gostar, além de ser um lugar interessante de se conhcer pela história que tem!
    A última vez que entrei na Basílica eu era pequena, foi por causa de um acidente de carro coma família em um lugar proximo de Aparecida. Depoosi de tantos anos o lugar cresceu muuuiitto , não tinha a torre, o espeço do romeiro. Foi bem interessante o passeio.
    Essa do nome errado da cidade eu não sabia!! Mas vc como bom perquisador e istoriador acha tudo, ehehe
    Bjão

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    • 16 de setembro de 2010 em 14:47
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      Oi,

      Sua sugestão foi boa, pois gostei do passeio. E sua história com relação a “Aparecida” também é interessante,pricnipalmente quando me contou com detalhes.
      Sobre o nome errado vou tentar descobrir o motivo e posto aqui.

      Beijo,

      Vander

      Resposta

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