Fotos interessantes de Porto Seguro

Abaixo seguem algumas fotos interessantes da viagem á Porto Seguro. Algumas são curiosas, outras engraçadas, outras sem sentido. Por essas e outras elas foram consideradas as Top 12 dos dias que passámos em Porto Seguro.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Fantasma.

Bóia pra bêbado não se afogar.

Silêncio! Bêbado dormindo...

Quem mandou esquecer o tripé da câmera!

Dois primos bebendo caipirinha.

O paparazzi sendo fotografado de perto.

Surubão.

Urinando no mar...

?????? Foto que o Pity tirou. Devia estar bêbado...

Bêbado a milanesa.

Sereia Maico e Netuno Sidne.

Vou te comer todinha!!!

Acarajé

Uma coisa que vamos lembrar dessa  viagem é  do acarajé.  Eu que  não curto comidas exóticas ou nativas, nem perto cheguei de provar tal iguaria, principalmente porque só o cheiro já me deixava enjoado. Mas teve gente que se fartou com os acarajés da Baiana do Centro Histórico de Porto Seguro. O W@gner numa única pegada num final de tarde degustou cinco de uma vez só. Mas quem mais se lembrará do acarajé será o Maico. O coitado passou mal durante um bom tempo e na viagem de volta visitou quase todos ao banheiros do aeroporto de Salvador. O menino estava verde e foi vítima de muitas brincadeiras de nossa parte. Ele ficou na duvida se o problema foi causado pelo acarajé ou por um bife que ele comeu no mesmo dia. Eu acho que foi o acarajé. 

HISTÓRIA: Acarajé é uma especialidade gastronômica da culinária afro-brasileira feita de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, frita em azeite-de-dendê. O acarajé pode ser servido com pimenta, camarão seco, vatapá, caruru ou salada, quase todos componentes e pratos típicos da cozinha da Bahia. O acarajé é um bolinho característico do candomblé. Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas, Oxum e Iansã. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixás. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acarajé ainda é considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora não seja secreta, não pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

A Baiana do Centro Histórico.

Maico e o acarajé.

Vander e a Baiana.

Pity.

W@gner e o quinto acarajé da tarde.

Maico se garantindo com os saquinhos para vômito.

O coitado tava verde...

Maico chegando em Salvador.

Efeito acarajé.

Índia

A única mulher que pegamos em Porto Seguro foi uma índia. Fizemos até fila pra dar um abraço e uns amassos nela. O Sidne foi quem mais se aproveitou, mas essa foto dele com a índia não dá pra publicar aqui. Sei que tinha um cara na esquina ligando acho que era pra Polícia. A farra foi tanta que se a Polícia aparece acho que levariam nós cinco e a índia pra cadeia.

W@gner e a Índia.

Pity e a Índia.

Maicon e a Índia.

Vander e a Índia.

Sidne e Pity na fila pra pegar a Índia.

Santa Cruz Cabrália

O passeio a Santa Cruz Cabrália  também vale a pena ser mencionado numa  postagem própria, pois foi bem interessante. Santa Cruz Cabrália divide com Porto Seguro a primazia de ser o local de chegada dos portugueses ao Brasil em 1500. É uma cidade histórica, por nela terem sido realizadas a 1ª (Domingo de Páscoa) e a 2ª (de Posse) Missas no Brasil, ambas celebradas por Frei Henrique de Coimbra, capelão da armada de Pedro Álvares Cabral, em 26 de abril e 1 de maio de 1500, respectivamente. A primeira delas na extremidade sul da Baía Cabrália, mais precisamente no Ilhéu da Coroa Vermelha, e a segunda na foz do Rio Mutary. A exemplo de porto Seguro a cidade também é dividida em Cidade Alta e Cidade Baixa.

História: Santa Cruz Cabrália é uma cidade construída em 2 planos, seguindo a tradição portuguesa, tendo sido criada na margem norte da foz do Rio Mutary pelo navegador português Gonçalo Coelho, comandante da 2ª Expedição ao Brasil, que aportou na Baía Cabrália em 1503 para ali deixar os primeiros missionários, aventureiros e degredados, deixados ao lado da Santa Cruz de Posse, e que trouxe consigo, como Observador, o navegador Américo Vespúcio. Neste ano de 1503 o Brasil mudou seu nome de Terras de Vera Cruz para Terras de Santa Cruz. Oito décadas depois a Vila de Santa Cruz foi transferida para um platô na foz do rio João de Tiba, o atual Centro Histórico, como forma de proporcionar à população melhores condições de defesa para os freqüentes ataques indígenas. Além de belas paisagens, esta histórica cidade, berço da Civilização Brasileira, é um bonito porto de pesca. Na parte alta da cidade, encontram se a Igreja de N. Sra. da Conceição, construída no século XVII, a Casa de Câmara e Cadeia, que abrigou a 1ª Intendência do Brasil, prédio do século XVIII, e ainda as ruínas de um Colégio Jesuíta do século XVI. A 400 m fica o Morro do Mirante de Coroa Vermelha, que proporciona uma maravilhosa e inesquecível vista panorâmica de toda a bonita, larga e histórica Baía Cabrália.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Atracadouro de Santa Cruz Cabrália.

Santa Cruz Cabrália.

Santa Cruz Cabrália (Cidade Baixa).

Escadaria que liga a Cidade Baixa a Cidade Alta.

Santa Cruz Cabrália (Cidade Alta).

Santa Cruz Cabrália (Cidade Alta).

Igreja na Cidade Alta.

Vista do alto da Cidade Alta.
Pose para foto.

Pausa para descanso.

Local onde foi realizada a primeira missa no Brasil.

Local da primeira missa.

Porto Seguro – Centro Histórico

Um do passeios que  mais gostei, foi visitar o Centro Histórico de Porto Seguro (eu já conhecia), que fica na Cidade Alta. Como a maioria das cidades portuguesas fundadas no litoral, Porto Seguro foi construida em dois planos, Cidade Alta e Cidade Baixa. Na cidade Alta viviam os moradores mais importantes e influentes do local, bem como as construções mais importantes ficavam ali. A Cidade alta de Porto Seguro foi bem preservada e hoje é conhecida como Centro Histórico. Ali existem algumas casas e construções antigas, bem preservadas. Também nesse local fica o Marco do Descobrimento, que foi trazido de Portugal alguns anos após o Descobrimento do Brasil. E num canto fica um Farol, que na visita anterior em 1997 eu não vi. Foi nesse local, onde hoje existe uma igreja antiga, mas que não é a original, o lugar onde foi construída a primeira igreja em terras brasileiras.

Além da parte histórica e das construções antigas, a vista lá do alto é muito bonita. E no Centro Histórico existem algumas lojas de artesanato e são vendidos também produtos da culinária local. Os meninos se acabaram de tanto comer acarajé. Eu adorei as cocadas. Estivemos duas vezes na Centro Histórico, a primeira pra conhecer e passear um pouco e a segunda exclusivamente pra fazer compras e comer acarajé.

História: Primeiro núcleo habitacional do Brasil, Porto Seguro, além de ostentar o marco do Descobrimento, desempenhou papel importante nos primeiros anos da colonização. São desta época prédios históricos que podem ser visitados durante o dia ou apreciados à noite, quando sob efeito de iluminação especial. O passeio histórico pode começar pelo Marco do Descobrimento, de onde se descortina uma das mais belas paisagens do litoral de Porto Seguro. O marco veio de Portugal entre 1503 e 1526, e simboliza o poder da coroa portuguesa, utilizado para demarcar suas terras. Todo em pedra de cantaria, de um lado está esculpida a cruz da Ordem de Avis e, do outro, o brasão de armas de Portugal. Na mesma área está a igreja de Nossa Senhora da Pena, construída em 1535 pelo donatário da capitania, Pero do Campo Tourinho. Aí estão guardadas imagens sacras dos séculos XVI e XVII, entre elas a de São Franscico de Assis – primeira imagem trazida para o Brasil – e a de Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade. Mais adiante o Paço Municipal ou Casa de Câmara e Cadeia, datada do século XVIII, uma das mais belas construções do Brasil colônia. Nesse prédio funciona o Museu Histórico da Cidade ou Museu do Descobrimento. A igreja da Misericórdia, ou como igreja do Senhor dos Passos, de estilo singelo, guarda imagens barrocas, destacando-se a do Senhor dos Passos e um Cristo crucificado.

PRA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Fazendo pose em frente ao Marco do Descobrimento.

Marco do Descobrimento.

Em frente ao Marco do Descobrimento do Brasil.

Local onde foi constuída a primeira igreja no Brasil.

Farol.

Centro Histórico.

Antigo Paço Municipal ou Casa de Câmara e Cadeia.

Porto Seguro

A viagem á Bahia foi muito divertida e muitos momentos serão inesquecíveis. De negativo foram os atrasos e cancelamentos de voos, bem como as turbulências que enfrentamos. Mas mesmo com essas furadas foi divertido e mesmo em situações ruins nós conseguíamos nos divertir. Nossa viagem iniciou em Londrina, depois passamos por São Paulo e Salvador, até desembarcar em Porto Seguro num inicio de madrugada chuvosa. Era minha segunda vez na cidade, a outra tinha sido em 1997 e o desembarque também tinha sido com chuva. Quando comentei isso começaram a me chamar de pé frio. O pior disso tudo foi que o piloto no inicio do voo entre Salvador e Porto Seguro, avisou que o tempo estava bom em Porto Seguro. Ou ele estava com sono ou não leu corretamente o boletim de previsão do tempo. E ainda pior foi a turbulência no trecho final do voo, e uma ligeira queda de sustentação do avião que além do susto deu um frio na barriga. O desembarque foi na pista, sob chuva, de guarda chuva. Essa situação pra mim foi inédita, de sair de um avião de guarda chuva. Depois do desembarque pegamos nossa bagagem, alugamos um carro e fomos paro o hotel, onde fomos recepcionados com champagne (Clientes vip são outra coisa!). No sorteio dos quartos eu e Mayco ficamos em um, e W@gner, Sidne e Pity ficaram juntos num outro quarto. Me dei bem, minha cama era king size e cabiam umas quatro pessoas nela tranquilamente. 

Nos dias seguintes fizemos muita coisa, mas o principal foi ficar a toa na barraca de praia em frente ao hotel, bebendo (eu não) e vendo a paisagem. Fizemos alguns passeios curtos pelas proximidades, bem como algumas rápidas saídas noturnas. Por ser baixa temporada a cidade não estava muito cheia e tudo fechava cedo. Nos divertimos muitos entre nós, fizemos muita brincadeira e sacaneamos muito um ao outro. Entre outras teve neguinho que tomou caipirinha com água de piscina, outro que comeu batata frita com protetor solar, pensando que era maionese e um outro que tomou Coca-Cola num copo cuja borda tinha sido cuidadosamente besuntada com pimenta ardida. Em muitas brincadeiras fui preservado, principalmente nas guerras na piscina, guerra de coco e de travesseiros. Me preservaram por eu ainda estar com a hérnia de disco incomodando, então não queríamos correr o risco de eu parar no hospital por culpa de alguma brincadeira. 

Nossos finais de tarde eram sempre na piscina do hotel, onde bagunçamos bastante. Teve dois caras que ficaram pelados na piscina, como castigo por terem feito algo errado. As fotos que obviamente não podem ser publicadas aqui ficarão de registro para sacanearmos futuramente estes dois. Na piscina entre outras coisas jogamos bingo, fizemos lambaeróbica, jogamos uma emocionante partida de Pólo Aquático e muito mais. Nosso hotel tinha muitos paranaenses hospedados, tanto é que no jogo de Pólo descobrimos depois que todos os jogadores eram do Paraná. Por preguiça não vou contar detalhadamente os dias que passamos lá e tudo o que aprontamos. Vou fazer algumas postagens especificas sobre alguns passeios que fizemos e um ou outro comentário.

HISTÓRIA: Porto Seguro foi oficialmente, o primeiro local onde aportaram os navegantes portugueses comandados por Pedro álvares Cabral em 21 de abril de 1500. Em 1530, quando o comércio com as Índias Orientais enfraqueceu e Portugal passou a se interessar pela nova terra descoberta, veio dela tomar posse, terra que lhe cabia pelo Tratado de Tordesilhas. O município foi fundado em 1534. Atualmente possui cerca de 114.459 habitantes e está tombada em quase sua totalidade pelo Patrimônio Histórico, não sendo permitida a construção de prédios altos, com mais de dois andares.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Recepção VIP no hotel.

Nosso hotel.

Vida boa!!!

Paisagem bonita.

Show.

Disputada partida de Pólo Aquático.

Chegando no Barramares.

Sol e mar...

Tôa-Tôa.

No Tôa-Tôa.

Aprendendo a dançar música bahiana.

Tôa-Tôa

Viagem a Bahia

Dando sequência ao meu período sabático e de viagens, no momento estou na Bahia com meu irmão e mais três amigos. Essa é minha terceira vez em terras bahianas, sendo ás duas anteriores em 1997 e 1998. Nos próximos dias quando sobrar tempo posto mais fotos e conto sobre a viagem.
No aeroporto ás quatro e meia da manhã.
Escala em São Paulo.
Aeroporto de Salvador.
Em Porto Seguro desembarque na pista e sob chuva.
Com meu irmão.

Montevidéu

Passamos uma noite e uma manhã em Montevidéu,  onde passeamos a pé pelo centro antigo da cidade e de carro por outras regiões. È uma cidade relativamente cara e o custo dos produtos e alimentação ou é igual ao do Brasil ou um pouco mais alto. Uma coisa que me chamou atenção foram os vários cartazes de uma escola de idiomas que vi pregados em postes pelo centro da cidade. Nestes cartazes eles prometiam ensinar o português em quatro meses. Fiquei interessado, pois em quarenta anos ainda não consegui aprender direito o português. 

Perto do nosso hotel ficava a Praça Independência (Plaza Independencia) a mais importante da cidade e que separa a Cidade Velha e a àerea central. No centro da praça fica um mausoléu que abriga os restos mortais de Artigas, famoso herói, considerado o fundador da nacionalidade uruguaia. Em volta da praça existem muitas construções imponentes, antigas e bonitas. Gostei de um edificio bem na esquina, meio esquisito com uma enorme torre, mas muito bonito (segundo meu gosto). Pelo centro da cidade notei muitas construções antigas, a maioria delas preservadas, e outras em estado de calamidade. A cidade me pareceu suja, não me impressionou muito em razão de ser a capital de um páis. De qualquer forma valeu nosso rápido passeio pelo Uruguai, pois foi mais um páis para a “coleção”. No final da manhã arrumamos as malas, fechamos a conta do hotel e fomos para o aeroporto. Entregamos o carro e almoçamos num… MacDonald´s!! Então fomos fazer o chekin e despachar as bagagens para voltar ao Brasil. Daí começou o maior temporal e temi que nosso voo fosse cancelado ou atrado, pois os trovões eram muito fortes. A chuva deu uma trégua na hora do embarque e decolamos sem atraso. Antes passámos no Duty Free fazer umas comprinhas básicas. A primeira hora de voo foi bem chata, com muita turbulencia. Minha labirintite incomodou bastante mas logo que entramos em espaço aéreo brasileiro o tempo melhorou e pousamos em Porto Alegre sem problemas. 

Esperamos um bom tempo no aeroporto de Porto Alegre, onde jantamos e embarcamos para Curitiba. Senti falta do cinema que existia no aerporto, que foi fechado em razão da Infraero não ter renovado o contrato de locação. Esse cinema teria servido para passar o tempo caso ainda estivesse em funcionamento. Nosso voo para Curitiba quase foi cancelado em razão do mal tempo, mas na ultima hora pousamos em Curitiba e em seguida pegamos outro voo para Maringá. Rodamos de carro os 85 km até Campo Mourão e ás três da manhã chegamos em casa, cansados mas felizes, pois o passeio mesmo tendo sido um pouco corrido valeu a pena.    

História: Montevidéu nasceu de um pequeno povoado de índios tapes e imigrantes das Canárias, radicados em torno de um forte construído, em 1724, por ordem de Bruno Mauricio de Zabala, governador espanhol de Buenos Aires, para manter as tropas portuguesas de Manuel de Freitas da Fonseca fora do Rio da Prata. Em 1726, adquire estatuto de cidade. No século XVIII, o crescimento de Montevidéu foi estimulado pela liberdade de comércio direto com as cidades espanholas, declarada por Carlos III em 1778. Além disso ela era o centro de exportação dos produtos da pecuária do interior da província e realizava trocas comerciais com Buenos Aires. Foi a partir dela, inclusive que partiram os navios espanhóis para libertar Buenos Aires, tomada pelos britânicos em 1806 e graças a isso foi também ocupada durante sete meses. Após a conquista da Espanha por Napoleão Bonaparte e a prisão do rei espanhol, a junta de governo de Buenos Aires declara a independência do Vice-reinado do rio da Prata, mas em Montevidéu forma-se uma outra junta favorável à cisão. A disputa entre as duas cidades levou Montevidéu a enviar tropas da Espanha posteriormente e a ser retomada em 23 de Junho de 1814. Conquistada por Portugal em 1817, tornou-se capital da Província Cisplatina do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve em 1821. Pertenceu ao Brasil durante o reinado de D. Pedro I, chegando a receber o título de Imperial Cidade através do alvará de 15 de abril de 1825, mas logo conquistou a sua independência na chamada Guerra da Cisplatina, em que recebeu o apoio da Argentina. Com a independência (1828) passou a ser capital do Uruguai. Após a independência, a cidade foi palco de disputas políticas internas entre 1843 e 1851 na chamada Guerra Grande, contudo a partir da metade do século XIX, vê grande urbanização, crescimento populacional e industrial. Montevidéu recebeu no início do século XX um contingente de imigrantes italianos e espanhóis e logo em seguida, a partir da dácada de 30 de pessoas vindas do interior do país atraídas pelo crescimento da economia.   

Montevidéu  é a capital e maior cidade do Uruguai. Localiza-se na zona sul do país, às margens do rio da Prata e é a cidade latino-americana com a maior qualidade de vida e se encontra entre as 30 cidades mais seguras do mundo. Em 2004, possuia uma população de aproximadamente 1.325.968 habitantes. Porém, considerando sua área metropolitana, Montevidéu alcança 1.668.335 habitantes, aproximadamente a metade da população total do país. A cidade se encontra em uma zona geográfica que se caracteriza como a rota principal de movimentação de cargas do Mercosul. Por sua vez, conta com uma baía ideal que forma um porto natural, sendo o mesmo o mais importante do país, pela qual saem e entram as mercadorias que se importam e se exportam. É a capital mais austral do continente americano.  

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS FOTOS 

Mausoléu de Artigas.

Centro velho de Montevidéu.
Plaza Independencia.
Montevidéu.
Montevidéu.
Montevidéu.
Montevidéu.

Punta Del Este

Viajamos cerca de 130 km  entre o aeroporto de Montevidéu e  a cidade  litorânea de  Punta Del Este. A estrada era boa e pelo caminho uma paisagem muito bonita. Algo que nos chamou a atenção foi a grande quantidade de depósitos de carros antigos existentes pelo caminho e também a quantidade de carros velhos rodando pela estrada. Punta Del Este está entre os dez balneários de luxo mais famosos do mundo e é um dos mais charmosos da America Latina, oferecendo tanto praias oceânicas (Oceano Atlântico) quanto de rio (Rio da Prata). É ponto de encontro do jet set internacional, muito sofisticada, com suntuosas casas típicas de balneários, modernos edifícios de grande altura, um porto com grande infra-estrutura e locais comerciais de importantes marcas, restaurantes e pubs. Alguns dos edifícios existentes em Punta Del Este foram projetados por arquitetos de renome internacional.

Passeamos um pouco pela cidade, demos uma volta pela orla e paramos em alguns locais para tirar fotos. Ventava muito, um vento cortante e a sensação térmica devia ser próxima de zero. A cidade estava deserta, parecia uma cidade fantasma. Por ser uma cidade balneária, seu movimento é no verão. Era estranho ver os diversos edifícios vazios, sem nenhum sinal de pessoas, parecia uma cidade fantasma. Entrar na água nem em sonho, pois estava congelante. Sem querer molhei o pé (tênis) na praia e tive que ficar o resto do dia com os dedos congelados. Mesmo deserta a cidade é bonita fico imaginando como deve ser na temporada de verão quando fica bem movimentada. Antes do final da tarde pegamos a estrada de volta para Montevidéu. O W@gner resolveu fazer uma parada rápida no aeroporto da cidade e daí aconteceu a furada do dia. Na hora de sair ele colocou o comprovante do estacionamento no buraco errado de uma cancela errada. O resultado foi que não podíamos sair do aeroporto e nem tiquet de saída tínhamos para poder comprovar que entramos. Felizmente toda nossa movimentação estava sendo acompanhada por uma funcionaria do aeroporto através de câmeras de segurança e o W@gner conseguiu resolver a situação com um pouco de conversa. 

História: A cidade foi fundada em 1829 por Don Francisco Aguilar, quem foi o primeiro a começar a explorar os recursos da área. A existência de baleias nas águas de Punta del Este era muito importante na época e foi lhe foi permitido caçá-las, por mais de 10 anos em forma exclusiva. Como prefeito da cidade fez muita obra social, fundou escolas, igrejas e prisões. Em 1843 a península foi comprada pelos irmãos Lafone em $ 4500 e a ilha Gorriti em $1500. A circulação na península somente era possível graças aos carros de madeira puxados por camelos. Os camelos foram animais ideais para a areia de Punta del Este, que muitas vezes ameaçava com cobrir a pequena cidade. Eles foram trazidos por Aguilar e faziam um ótimo trabalho. Punta del Este tem que agradecer a Enrique Burnett pela florestação de Punta del Este, que, trazendo árvores de todas partes do mundo plantou eles por toda a costa. Em 1907 só havia uma pequena população em Punta del Este o Hotel Risso, La Capitania, o Chalet de Suárez e 50 casas. Nesse mesmo ano chegou ao porto de Punta del Este o primeiro barco de turistas “La Golondrina”. Eram famílias que vinham de Montevidéu e da Argentina convidados pelo Diretório da Sociedade “Balneário de Punta Del Este”. Esse foi o começo de Punta del Este como destino turístico internacional. Nesse mesmo ano de 1907 a então Villa Ituzaingó, passou a se chamar Punta Del Este. Atualmente sua população é de 130 mil habitantes, mas nas temporadas de verão salta para 400 mil habitantes. Além das praias, os destaques de Punta Del Este são: a gastronomia, com grande quantidade e variedade de restaurantes, onde a parrillada (churrasco à moda uruguaia, com carne e vísceras de animais grelhadas de maneira típica) pode ser saboreada, os cassinos (dentre eles, os famosos Cassino Conrad e Cassino Mantra) e as lojas de grifes famosas. Uma marca tradicional de Punta Del Este são os adesivos colocados nos carros de vários estabelecimentos, como hotéis, bancos, lojas e supermercados. Possui grande apelo turístico com jovens e pessoal de classe social de média alta à alta alta.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS FOTOS

Estrada para Punta.
Chegando em Punta Del Este.
D. Vanda descansando.
Punta Del Este.
Punta Del Este.
Marina de Punta Del Este.
Centro da cidade.
Dona Vanda com frio.
Vento congelante.
Cidade fantasma.
Monumento.
Café para esquentar.
Punta Del Este.

Uruguai

Após os gostosos dias em  Buenos Aires chegou o momento de  arrumar as malas e partir para o outro lado do Rio da Prata, com destino ao Uruguai. Dessa vez meu irmão foi junto para passear um pouco. Saímos cedo do hotel e seguimos de taxi rumo ao Aeroparque, sendo que no caminho demos uma rápida parada no Cemitério da Recoleta. Fizemos os tramites burocráticos e por culpa de uma fila longa quase perdemos nosso vôo, tendo a Cia Aérea chamado nossos nomes pelo sistema de som para embarque imediato. Fomos os últimos a embarcar no avião da Pluna e seguimos num vôo meio turbulento até Montevidéu. Ventava muito e dava pra ver que o Rio da Prata estava cheio de ondas. Nessa hora vi que a opção de seguir por via área e não aquática foi a mais acertada, pois víamos os barcos abaixo de nós e dava pra ver que tudo balançava, o pessoal devia estar ficando enjoado. Na aterrizagem em Montevidéu o piloto mostrou ser bom, pois o vento lateral era forte e deu uma balançadas fortes no avião.

Desembarcamos e fomos almoçar num MacDonald´s pra não perder o costume. Em seguida alugamos um carro e fomos para Punta De Leste (ver post especifico). Passamos a tarde fora e quando retornamos no inicio da noite sofremos um pouco para encontrar nosso hotel, mesmo com a ajuda de um mapa. Ao menos a longa procura serviu para que conhecêssemos um pouco da cidade de Montevidéu. A cidade é bonita, mas perde para Buenos Aires. Os bairros mais afastados são mais bonitos do que a região central e lembra muito bairros dos Estados Unidos. Encontramos nosso hotel bem perto ao centro velho, um Holiday Inn. Eu já tinha trabalhado em três Holiday Inn no tempo que morei nos Estados Unidos. Dessa vez eu veria o “outro lado” do hotel, como hóspede. O hotel era bom, melhor que o de Buenos Aires e o quarto muito confortável. Anoiteceu e saímos dar uma volta pelas proximidades, fazia um pouco de frio e ventava muito. Após um passeio e algumas pequenas compras retornamos ao hotel, de onde saímos mais tarde somente para jantar numa Pizzaria próxima. 

História: A Colônia del Sacramento, o mais antigo assentamento europeu no Uruguai, foi fundada pelos Portugueses em janeiro de 1680. Em 1777, com o tratado de Santo Ildefonso, a colônia tornou-se possessão espanhola. O Uruguai conquistou sua independência entre 1810 e 1828 após uma guerra entre Espanha, Argentina e Brasil. O país é uma democracia constitucional, onde o presidente cumpre o papel de chefe de estado e chefe de goberno. A economia é baseada principalmente na agricultura (que compõe 10% doPIB e a maior parte das exportações) e no setor estatal. Segundo a Transparência Internacional, o Uruguai é classificado como o país menos corrupto da América Latina (junto com o Chile), com condições políticas e de trabalho entre as mais livres do continente. O Uruguai é um dos países economicamente mais desenvolvidos da América Latina, com um PIB per capita elevado e o 50º maior Índice de Desenvolvimento Humano do mundo. A única fronteira terrestre do Uruguai é com o estado brasileiro do Rio Grande do Sul, no norte. Para o oeste encontra-se o rio Uruguai e a sudoeste situa-se o estuário do rio da Prata. O país faz fronteira com a Argentina apenas em alguns bancos de qualquer um dos rios citados acima, enquanto que a sudeste fica o Oceano Atlântico. O Uruguai é o segundo menor país da América do Sul, sendo somente maior que o Suriname.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Desembarque

$$$$$$$$$$$$$

Primeira refeição no Uruguai.

Achei ás lixeiras simpáticas!

No Holiday Inn.

Passeio noturno.

Passeio noturno.

D. Vanda descansando.
Chegamos num voo da Pluna.

Cemitério de La Recoleta

E no fim acabei não visitando um dos pontos turísticos que eu queria conhecer em Buenos Aires, que é o Cemitério de La Recoleta. Gosto de visitar cemitérios antigos, onde existe arte tumular (esculturas, projetos arquitetônicos em jazigos e etc) e personagens famosos e históricos. Eu dei bobeira e só fui lembrar de ir no cemitério na ultima noite que estávamos em Buenos Aires. Fui olhar no site do cemitério e descobri que o mesmo abria todos os dias ás 8 horas, então daria tempo de fazer uma visita rápida a caminho do aeroporto. O problema foi que no dia seguinte, uma segunda-feira, ao chegar no cemitério descobri que o mesmo estava fechado, que a informação do site estava incorreta. A famosa entrada principal está sendo restaurada, daí dei uma volta no quarteirão e encontrei as demais entradas todas fechadas. Então o jeito foi engolir a decepção e seguir rumo ao aeroporto. 

O Cemitério de La Recoleta é um caso a parte, pois além da arte tumular que ele possui e dos personagens famosos que lá estão sepultados (Eva Perón e alguns ex-presidentes argentinos, entre outros) o inusitado desse cemitério é que os caixões não são sepultados ou ficam fechados dentro dos jazigos. Os caixões ficam a vista, alguns em prateleiras. Em alguns túmulos de famílias mais tradicionais e antigas, os caixões chegam a ficar um em cima do outro em razão de muitos mortos para um mesmo jazigo. Ao mesmo tempo que é curioso também é assustador tal costume. Os corpos são embalsamados antes de serem sepultados e dessa forma ficam dezenas de anos os caixões a mostra nos jazigos. 

História: O Cemitério de La Recoleta é o mais antigo e aristocrático da Cidade. Em seus quase seis hectares estão sepultados heróis da Independência, presidentes da República, militares, cientistas e artistas. Entre eles, Eva Perón, Adolfo Bioy Casares e Facundo Quiroga. Os sepulcros e mausoléus foram obras, em muitos casos, de importantes arquitetos. Mais de 70 mausoléus foram declarados como Monumentos Históricos Nacionais. Está localizado em terras concedidas por Juan de Garay a Rodrigo Ortiz de Zárate, que fazia parte de sua expedição colonizadora. Depois foi instalado nesse lugar um convento de freis recoletos. Inaugurado em 1822, em terras que até então eram dos monges recoletos, o da Recoleta é o primeiro cemitério público da cidade. Tem 54 hectares. Até então, os mortos eram enterrados nas igrejas ou nas terras sob sua administração, os chamados campos santos. Os caixões chamam a atenção. Em vez de enterrados, são guardados sobre a terra, empilhados uns sobre os outros, dentro de mausoléus. Vidros e vitrais são colocados especialmente para que se possa vê-los. Macabro, para quem não está acostumado. O cemitério da Recoleta, no rico bairro de mesmo nome, é o mais famoso e destino obrigatório para quem está de passeio por Buenos Aires. No charmoso e ostentoso cemitério, cheio de esculturas e mármores, sepultamentos e mausoléus se misturam a passeios dos portenhos e visitas guiadas de turistas. Uma curiosa junção de morte, praça e museu. Costume raro para muitos povos, mas que é rotina na capital argentina e atrai cada vez mais turistas em busca das belezas e histórias que há por trás dos sepulcros da cidade.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Vários caixões de uma mesma família.

Jazigo no Cemitério da Recoleta.

Jazigo aberto no Cemitério da Recoleta.
Cemitério da Recoleta.

Praça do Congresso

Outro passeio interessante que fizemos foi ir a pé até a Praça do Congresso Argentino. Foi uma longa caminhada e com um vento congelante que chegava a doer nas orelhas em alguns momentos. Mesmo assim valeu a pena e no caminho passamos por uma avenida arborizada, com prédios antigos e muito bonitos. Meu irmão disse que aquela avenida fez ele lembrar de Paris. Vi muita coisa antiga e interessante. Na fachada de um antigo hotel vi uma placa sinalizando que ali tinha vivido o famoso poeta e dramaturgo espanhol Federico García Lorca. No final dessa avenida fica a Praça do Congresso, que nesse dia estava cheia de pessoas tomando sol e curtindo o domingo de folga. Ficamos um pouco por ali, tiramos fotos e fizemos o caminho volta rumo a Calle Florida, para fazer mais algumas comprinhas. rs…

PARA AMPLIAR CLIQUE NA IMAGEM

Dona Vanda descansando.

Praça do Congresso.

Praça do Congresso.

Praça do Congresso.

Em frente ao Congresso Argentino.

Praça do Congresso.

Descansando na Praça do Congresso.

Arrastando a velhinha...

Família unida.

Placa no hotel onde viveu Garcia Lorca.

Praça do Congresso
Avenida próxima ao Congresso.

Obelisco

Um dos monumentos mais conhecidos de  Buenos Aires é o Obelisco. Eles se localiza na Praça da República, no cruzamento de duas grandes e importantes avenidas da cidade. Sua construção foi em comemoração ao quarto centenário da fundação da cidade. Passamos por ele em um de nososs passios a pé e tiramos algumas fotos. Essa parte da cidade onde ele está localizado é bastante interessante e chama atenção as duas grandes avenidas e o intesno trafego de veículos. 

História: As obras começaram em 20 de março de 1936, e o monumento foi inaugurado em 23 de maio 1936. Foi projetado pelo arquiteto Alberto Prebisch (um dos principais arquitetos do modernismo argentino e autor também do Teatro Gran Rex), a pedido do prefeito Mariano de Vedia e Mitre. No que se refere à questão da forma do monumento Prebisch disse: “Foi adotado esta simples e honesta forma geométrica, porque é a forma de um obelisco tradicional … Ele foi chamado de “Obelisco”, porque havia de chamar-lhe de alguma coisa. Eu reivindico para mim o direito de chamá-lo de uma forma mais abrangente e genérica “Monumento”.

A construção do obelisco esteve a cargo da empresa Alemã GEOPE-Siemens Bauunion – Bilfinger & Grün, que concluiu o seu trabalho em tempo recorde de 31 dias, empregando 157 trabalhadores. Maximizando a utilização do tempo foi utilizado o cimento INCOR de endurecimento. Ele tem a altura máxima permitida no âmbito da linha de construção da avenida Roque Sáenz Peña (Diagonal Norte):67,5 m de altura, distribuídos da seguinte forma: 63 m para o início do ápice, que é 3,5 m por 3,5 m. A ponta mede 40 centímetros. Culminando com um pára-raios, cujos fios correm através do interior do obelisco. A base mede 49 m². Tem uma única entrada (no lado Oeste) e em seu auge há quatro janelas, que só podem ser atingidas através de uma escada reta de 206 degraus.

Em 29 de fevereiro de 1938, Roberto M. Ortiz sucedeu Justo, e foi nomeado como novo Presidente da Câmara da cidade Arturo Goyeneche. Em junho de 1939, o Conselho deliberativo sancionou a demolição do obelisco pelo Despacho n. º 10251, invocando razões econômicas, estéticas e de segurança pública. Mas foi vetado pelo Poder executivo municipal, caracterizado como um acto desprovido de conteúdo e valor jurídico,porque ela modifica o estado das coisas, emanados do poder executivo e que se tratava de um monumento ao abrigo da competência e da guarda da Nação, cujo patrimônio pertence. Nos local onde esta localizado o obelisco, anteriormente, havia uma igreja dedicada a São Nicolau de Mora. Nessa igreja pela primeira vez oficialmente a bandeira Argentina foi asteada, dentro de Beunos Aires, em 1812: em memória ao fato existe inscrições do lado norte do obelisco. Para a sua construção, que custou 200.000 pesos foram utilizados 680 m³ de cimento e 1360 m² de pedra branca de Córdoba.O estabelecimento da linha B do metrô favoreceu a construção do monumento uma vez que facilitou a colocação da fundação pois os túneis formam uma base concreta de 20 metros. A laje plana do metrô permite a passagem da laje de fundação do obelisco. Como resultado de alguns desprendimentos do revestimento de pedra, ocorridos na noite de 20 para 21 de junho de 1938, um dia após a um evento público com a presença do Presidente Ortiz no local do obelisco, decidiu-se retirar o revestimento em 1943, e foi substituído por um cimento polido. Também foram realizadas fissuras que simulam as junções das pedras. Ao eliminar as lajes do obelisco não foi tido em conta que se retirou uma legenda que dizia “Alberto Prebisch foi o seu arquiteto .”

PARA AMPLIAR CLIQUE NA IMAGEM

Obelisco

Obelisco

Obelisco

Mãe e W@gner próximo ao Obelisco.

W@gner

Vander

Monumento aos Caídos na Guerra das Malvinas

Outro passeio interessante que fizemos em  Buenos Aires e vale ser mencionado foi á visita que fizemos ao Monumento aos Caídos (mortos) na Guerra das Malvinas. O Monumento é até simples, fica no final de uma praça muito bonita, perto da Estação Central do Metro. Ele lembra um pouco o Monumento aos Mortos na Guerra do Vietnã, que fica em Whasington – USA. Os nomes de todos os soldados argentinos mortos na Guerra das Malvinas (Argentina x Inglaterra em 1982) estão esculpidos em granito. Eu que acompanhei pela TV essa guerra na época em que ela ocorreu e que posteriormente li alguns livros sobre o assunto, me senti emocionado em estar em tal lugar. Mais que um monumento aos mortos, esse local é um monumento a estupidez de um governante que em busca de aumentar sua popularidade, lançou seu país em uma guerra contra uma grande potencia, sem estar preparado. Mandou para uma ilha fria e distante jovens mal treinados e mal equipados, para lutar contra um Exército formado por soldados profissionais e bem melhor equipados. O resultado foi uma humilhante derrota e muitas mortes, além de seqüelas na alma do povo argentino que duram até os dias de hoje. 

História: A Guerra das Malvinas (em inglês Falklands War e em espanhol Guerra de las Malvinas) ou Guerra do Atlântico Sul ou ainda Guerra das Falklands, foi um conflito armado entre a Argentina e o Reino Unido (Inglaterra) ocorrido nas Ilhas Malvinas (em inglês Falklands), Geórigia do Sul e Sandwich do Sul entre os dias 2 de abril e 14 de junho de 1982 pela soberania sobre estes arquipélagos austrais tomados por força em 1833 e dominados a partir de então pelo Reino Unido. A Argentina reclamou como parte integral e indivisível de seu território, considerando que elas encontram “ocupadas ilegalmente por uma potência invasora” e as incluem como partes da província da Terra do Fogo, Antártica e Ilhas do Atlântico Sul. O saldo final da guerra foi a recuperação do arquipélago pelo Reino Unido e a morte de 649 soldados argentinos, 255 britânicos e 3 civis das ilhas. Na Argentina, a derrota no conflito fortaleceu a queda da Junta Militar que governava o país e que havia sucedido as outras juntas militares instaladas através do golpe de Estado de 1976 e a restauração da demoracia como forma de governo. Por outro lado, a vitória no confronto permitiu ao governo conservador de Margaret Thatcher obter a vitória nas eleições de 1983.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Monumento aos Mortos na Guerra das Malvinas.

Monumento aos Mortos na Guerra das Malvinas.

Dona Vanda fazendo graça.

W@gner no monumento.

Nomes de todos os mortos na Guerra das Malvinas.

Nomes de alguns dos mortos.

Nomes de todos os argentinos mortos nas Malvinas.

D. Vanda e W@gner descansando.

Guarda de Honra.
Vander e W@gner.

Catedral Metropolitana de Buenos Aires

Outro visita interessante que  fizemos no centro de Buenos Aires,  foi a Catedral Metropolitana. Por fora a Catedral não tem jeito de igreja, mas por dentro é bastante imponente e muito bonita. Numa lateral fica o mausoléu onde desde 1880 se encontram os restos mortais do General San Martín, o herói da proclamação da Republica. E a seu lado estão os restos mortais dos generais Guido e Las Heras, outros heróis argentinos e o simbólico Soldado desconhecido.

História: A Catedral Metropolitana de Buenos Aires  é o maior templo católico da província. Desde a primeira capela de 1593, até agora, existiu nesse lugar seis edifícios diferentes que funcionaram como Templo Maior, que tiveram de ser renovados devido à escassez de materiais e a defeitos estruturais. A Igreja atual foi terminada entre os anos 1572 e 1852, apesar de que sua decoração é de 1911. O edifício possui um perfil que não é comumente usado nas catedrais, pois não tem torres e é mais como um templo grego clássico que um típico católico. Tem 12 colunas na fachada que representam aos apóstolos de Jesus, e seu interior chega aos 41 metros de altura. Em uma de suas laterais estão as 14 pinturas do Via Crucis, que antes tinham estado na Igreja Del Pilar. O chão foi desenhado no ano de 1907, e fabricado na Inglaterra com mosaico veneziano. No centro impõe-se o Alto Altar, como o ponto mais proeminente. À esquerda a um pequeno altar  com uma imagem conhecida como Santo Cristo de Buenos Aires, trabalhada em madeira e no final do corredor central pode-se ver um altar dedicado à Virgen de los Dolores.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS FOTOS

Catedral Metropolitana de Buenos Aires.
Catedral Metropolitana de Buenos Aires.

Catedral Metropolitana de Buenos Aires.

Mausoléu de San Martin.
Dona Vanda no interior da igreja.

Casa Rosada

Num passeio  pelo centro da  cidade  passamos pela  Plaza de Mayo,  que fica em frente á Casa Rosada, sede do governo argentino. Fomos tirar fotos em frente á Casa Rosada e para nossa surpresa descobrimos que a mesma fica aberta para visitação publica em alguns finais de semana. Não íamos perder essa chance de visitar tão famoso ponto turístico e fomos para a fila. Entramos sem problemas, após passarmos por um detector de metais. A visitação era gratuita. Primeiro ficamos num saguão esperando os soldados que em farda de galã acompanham os visitantes que seguem em grupo pelo local. Nesse saguão que ficamos estavam em exposição muitos quadros ofertados por governantes das Américas (inclusive o Lula) como presente para a Argentina em comemoração aos 200 anos de sua Proclamação da República, que aconteceu agora em 2010. Minha mãe não resistiu e foi tirar uma foto ao lado de um dos soldados, que foi bastante simpático e ofereceu o braço pra ela segurar.

Logo nosso grupo foi chamado para fazer a visita pelo interior da Casa Rosada. O prédio é muito bonito por dentro, com muitas salas, sendo algumas com a decoração bem antiga. Algumas alas estão sendo reformadas. Tivemos acesso guiado por vários locais, inclusive a um jardim interno, aos salões onde são recebidos os estadistas estrangeiros, ao local onde a Presidente Cristina Kirchner faz os pronunciamentos oficias do governo e também ao seu gabinete de trabalho. Ficamos parados um tempo ao lado da mesa de sua secretaria e sobre a mesa tinha uma lista de telefones. Tirei uma foto com zoom da lista de telefones, pois ali podia estar o número do Lula. Isso foi mais por brincadeira e de qualquer forma a foto ficou tremida e não da pra ver os números. Também vimos uma mesa que pertenceu a Eva Perón. Tivemos acesso a um balcão que fica de frente para a Plaza de Mayo, que entre outras cosias foi o local onde o general Juan Domingo Perón fez seu último discurso como presidente, o Papa João Paulo II abençoou o país após a Guerra das Malvinas (1982) e a Seleção Argentina campeã do mundo em 1986 esteve para comemorar oficialmente o título de campeã junto com o povo argentino. Esse foi um passeio não programa e que acabou sendo muito interessante. 

História: A Casa Rosada é a sede da presidência da República Argentina. È chamada assim pela sua cor ser aproximadamente rosa. A casa Rosada tem sua cor atribuída ao fato de na época de sua construção as tintas mais baratas serem feitas a base de sangue de vaca, tendo a cor rosada. Há também uma lenda que diz que a cor rosada é uma junção de vermelho e branco, cores-símbolo de dois partidos políticos. Abriga também o Museu da Casa do Governo, com material relacionado aos presidentes do país. A Casa Rosada possui fama internacional por ter sido palco para importantes manifestações políticas e também artísticas. Por exemplo, várias cenas dos filmes “A História Oficial” e “Evita” foram gravadas na praça e nas sacadas do palácio. A Casa Rosada se levanta no lugar que ocupara a Real Fortaleza de San Juan Baltasar da Áustria, construída por ordem do Governador Fernando Ortiz de Zárate em 1595. A Fortaleza sofreu diversas modificações desde a queda de Rosas: demolida parcialmente para a construção da Aduana Nueva, do antigo edifício só ficou de pé o arco de acesso e um dos edifícios do interior do recinto, reformado para seu uso como sede do Governo. Durante a presidência de Sarmiento, o edifício foi pintado de rosa, inaugurando uma tradição que chegou aos nossos dias e que deu seu nome popular. Também por iniciativa de Sarmiento foi construído o Palácio de Correos, terminado em 1878 no ângulo sudoeste do prédio. Pouco depois, o Presidente Roca ordenou a construção de uma nova Casa de Governo, em lugar do antigo edifício. Em 1894, durante a presidência de Luis Sáenz Peña, o arquiteto italiano Francisco Tamburini foi o encarregado de projetar a união dos dois edifícios, formando o complexo monumento que conhecemos hoje. O Correo, obra do sueco Carlos Kilhdderg, e a nova Casa de Governo, obra de Enrique Aberg, eram similares, mas não idênticos. Seu ligamento foi um desafio para Tamburini, que uniu ambos os corpos com um grande arco central (atualmente o acesso principal da Casa Rosada sobre a Plaza de Mayo) e definiu os restantes corpos sobre o Paseo Colón e Rivadavia. O resultado é de um marcante ecleticismo, no qual elementos de tão diversa origem como as mansardas francesas, as loggias e as janelas concebidas por arquitetos nórdicos coexistem com a linguagem classiciista característica de Tamburini. Da entrada principal, pela Esplanada da rua Rivaldavia, sobe-se ao Salón de los Bustos, assim chamado pelas esculturas que retratam os presidentes argentinos. Duas escadarias de honra, conhecidas como “Italia” e “Francia”, conduzem ao primeiro andar, onde estão o Salón Blanco, sede das grandes recepções oficiais, e os escritórios presidenciais. Toda essa ala – a ala norte – é organizada ao redor do Patio de las Palmeras. A ala sul da Casa de Correos foi recortada na década de 30, ao se refazer a atual rua Hipólito Yrigoyen para construir o Palacio de Hacienda. A Casa Rosada está sendo restaurada desde 1989. Em sua parte posterior foram encontrados restos do antigo Forte e da Aduana Nueva, que foram conservados e é onde funciona o Museo de la Casa de Gobierno.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS FOTOS

Saguão de entrada da Casa Rosada.

Minha mãe com o soldado.

Fila para visitação.

Local de comunicados a imprenssa.

Num dos salões da Casa Rosada.

Jardim interno.

Mesa que foi de Eva Perón.

Dona Vanda no Gabinete da Presidenta.

Balcão da Casa Rosada.

Escada interna.

Um dos muitos lustres do lugar.

Salão dos Bustos.

Plaza de Mayo

No passeio pelo centro de Buenos Aires  ficamos um bom tempo na Plaza de Mayo, tirando fotos e observando as pessoas e prédios ao redor. Essa Praça é famosa pelos protestos de origem política e por ali se reunirem as conhecidas “Mães da Plaza de Mayo”, um grupo de senhoras que tiveram seus filhos desaparecidos ou mortos durante o período do Governo Militar na Argentina (1966/1983). 
 
História: A Praça de Maio (em espanhol Plaza de Mayo) é a principal praça do centro da cidade de Buenos Aires. A Praça sempre foi o centro da vida política de Buenos Aires, desde a época colonial até a atualidade. Seu nome comemora a Revolução de 1810, que iniciou o processo de independência das colônias da região do sul da América do Sul. A Praça de Maio encontra-se no chamado microcentro portenho, no bairro Monserrat. Tem forma aproximadamente retangular. Ao seu redor encontram-se vários dos principais monumentos da cidade, como o Cabildo hsitórico, a Casa Rosada (sede do Poder Executivo da Argentina), a Catedral Metropolitana, o edifício do Governo da cidade de Buenos Aires e a casa central do Banco Nación. A 25 de maio de 1811, um ano após a Revoulução de Maio, foi decidido comemorar a data com um monumento público. Levantou-se assim um obelisco no centro da Praça da Vitória, conhecido como Pirâmide de Maio. Este monumento foi reformado em 1856 pelo artista argentino Prilidiano Pueyrredón, que revestiu a pirâmide e a base com argamassa e adicionou relevos decorativos. O escultor francês Joseph Dubourdieu foi o autor da estátua da liberdade que coroa a pirâmide, além de outras estátuas ao redor do monumento que foram posteriormente retiradas. Em 1912 o monumento foi transladado até o centro da Praça de Maio, onde se encontra atualmente. Em 1873 foi inaugurada a estátua equestre de Manuel Belgrano, atualmente localizada em frente à Casa Rosada. Em 1912, a Pirâmide de Maio foi movida ao seu lugar atual, no centro da praça. Quatro estátuas que existiam ao seu redor foram então movidas para a praça em frente à Igreja de São Francisco da cidade. Em 1913 foi inaugurada a estação subterrânea do metrô na praça (estação Plaza de Mayo). Em 1942 a praça foi declarada Lugar Histórico. Em 1977 foi realizada a última reforma importante, com a instalação de canteiros de flores e modificações no calçamento. 
Durante séculos, a Praça de Maio reuniu ao seu redor importantes instituições como o Cabildo – sede da administração da cidade – e o Forte de Buenos Aires, substituído depois pela Casa Rosada – sede de governo colonial e mais tarde da República Argentina. Por isso, a praça sempre foi o epicentro de acontecimentos de grande importância para a cidade e o país. O próprio nome da praça comemora a Revolução de 25 de maio de 1810, quando os habitantes mais destacados da cidade reunidos no Cabildo de Buenos Aires decidiram não mais obedecer ao governo espanhol, à época dominado pelas forças de Napoleão. Essa revolução foi o prenúncio da independência definitiva do país, declarada em 1816 em Tucumán. Em 17 de outubro de 1945, as mobilizações populares organizadas pela CGT e Eva Perón terminaram com a libertação de Juan Domingo Perón, que mais tarde seria eleito presidente da Argentina. Desde então, o movimento peronista se reúne anualmente na Praça de Maio para celebrar. Muitos outros presidentes, democratas ou não e até jogares de futebol e sua torcida, também desfrutam em celebrar na praça seus triunfos. Desde a década de 70 as Mães da Praça de Maio se reúnem com fotos de seus filhos desaparecidos pelos militares e a ditadura argentina. O povo argentino foi a Praça mais uma vez em março de 1982, para exigir o fim da ditadura, e novamente em 2 de abril do mesmo ano, para celebrar o ditador Leopoldo Galtieri, que havia decidido ocupar as Ilhas malvinas, dando começo assim a Guerra das Malvinas. A Praça de Maio também foi cenário dos conflitos sociais ocorridos em 19 e 20 de dezembro de 2001 que levaram à renúncia do presidente Fernando de la Rúa.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Minha mãe e eu na Plaza de Mayo.

Obelisco da Plaza de Mayo.

Vagando pela Plaza de Mayo.

Dona Vanda na Plaza de Mayo.

Uma espécie de capsula do tempo na Plaza de Mayo.

Vander no meio da Plaza de Mayo.

Vander, Vanda e W@gner.

Estátua equestre da Plaza de Mayo.

Vander descansando na Plaza de Mayo.

W@gner descansando no chafariz da Plaza de Mayo.

A Plaza de Mayo com a Casa Rosada ao fundo.
Plaza de Mayo.

Buenos Aires

Os dias  que passamos em Buenos Aires foram  muito bons,  o clima ajudou e  não fez  tanto frio como esperávamos. Como minha mãe não pode andar muito em razão de um problema na perna, acabamos limitando um pouco nossos passeios e alongamos os momentos de descanso no hotel. Mesmo assim valeu a pena o passeio, pois a cidade é muito bonita e com pontos turísticos interessantes para visitar (veja algumas postagens especificas no Blog). Com relação a compras não exageramos muito, mas mesmo assim foi divertido comprar. O real está bem valorizado e valendo quase o dobro do peso argentino, então fica barato comprar algumas coisas e gastar com alimentação. Mesmo assim não vale a pena comprar roupas e eletrônicos, pois mesmo com nossa moeda valendo quase o dobro, os preços ficam iguais ou mais altos que no Brasil. A Argentina atravessa uma crise econômica e com inflação inconstante, e por essa razão alguns itens se tornam caros até mesmo para nós brasileiros. E com relação a alimentação, ficamos foi alternando idas ao Burger King e ao MacDonald´s. Em outras viagens  eu e meu irmão temos algumas lembranças quase trágicas de “alimentação nativa”, então melhor garantir o alimento que já conhecemos e que é praticamente igual em toda parte do mundo. Mesmo assim fomos comer fora algumas vezes, em restaurantes e pra não perder o costume o W@gner caiu numa roubada ao pedir um macarrão que tinha peixe no molho e peixe não é um item muito apreciado por nós. Sei que valeu a pena a visita a Buenos Aires e gostei tanto que pretendo voltar pra lá no ano que vem, possivelmente no retorno de uma outra viagem que está programada para terras argentinas no inicio de 2011. 

História: A fundação da cidade se deu em fevereiro de 1536, pelo espanhol Pedro de Mendoza que passou a chamá-la de Ciudad de Nuestra Señora Santa María del Buen Aire. Em 1541, devido a ataques indígenas na região, a cidade ficou completamente arrasada e abandonada. Um segundo e permanente assentamento foi estabelecido em 11 de junho de 1580 por Juan de Garay, que refundou a cidade com o nome de Ciudad de la Santísima Trinidad. Somente a partir de 1776, com a nomeação de capital do vice-reino do Rio da Prata, que a cidade começou a se desenvolver. Com a chegada de novas idéias vindas da Europa, os habitantes começaram a almejar os mesmos ideais da Revolução Francesa. As idéias liberais fomentaram movimentos emancipadores, que culminou na Revolução de Maio em 1810 e na criação do primeiro governo pátrio. Durante o século XIX, ocorreram inúmeros conflitos internos, que desencadearam em guerras civis no país. Mesmo com o clima de instabilidade da autoridade administrativa sobre a cidade, Buenos Aires passou a ser a residência do Governo Nacional e formava parte da província de Buenos Aires. Em 1880, com a vitória do Governo Nacional contra o governador da província de Buenos Aires, Carlos Tejedor, ocorreu a união da cidade ao sistema federal.  Houve a construção de novos edifícios, praças, monumentos, teatros, avenidas e o primeiro metrô ibero-americano. Em 1853 foi proclamada a primeira Constituição da Argentina. Com a reforma da Constituição em 1994, Buenos Aires passou a ter uma Constituição própria e um governo autônomo de eleição direta, mas foi somente em 1996 que oficialmente passou a ser denominada Ciudad Autónoma de Buenos Aires ou Ciudad de Buenos Aires.

PARA AMPLIAR CLIQUE NA FOTO

Entrada do Metro.Calle Florida

Buenos Aires

Buenos Aires

Buenos Aires

Jantar em família.
Anuncio brasileiro em  Buenos Aires.

Buenos Aires

Passeio

Calle Florida

Tango na rua.

Buenos Aires

Buenos Aires

Viagem a Argentina

Já fui a Argentina seis vezes, mas sempre ao interior. Inclusive há uns 15 anos tive um affair com uma argentina, que não deu certo em razão dos mil quilômetros que nos separavam. Gosto dos argentinos, pois são simpáticos e receptivos, a rivalidade fica somente no futebol. Então quando meu irmão falou que estava indo pra Buenos Aires a trabalho (ele já tinha ido duas vezes pra Buenos Aires antes) dei um jeito de ir me encontrar com ele lá, pois sempre tive vontade de conhecer a capital portenha. E sem ele saber resolvi levar minha mãe junto. Seria uma surpresa pra ele. E pra compensar a viagem, também planejei dar uma passada no Uruguai. Foi um pouco complicado convencer minha mãe a ir junto, pois ela é meio caseira. E como ela tem um problema de saúde que não permite que ela ande muito, ela ficou com receio de ir. Mas depois de alguma conversa e a promessa de que não andaríamos muito, ela topou ir junto. E então parti de Campo Mourão de carro numa madrugada de quinta-feira e viajamos 85 km até Maringá, onde fica o aeroporto mais próximo com voos regulares. Deixamos o carro num estacionamento perto do aeroporto e fomos pegar nosso voo, o inicio de uma maratona que levaria quase o dia todo. Ao todo seriam quatro voos e seguiríamos para Buenos Aires via Montevidéu, no Uruguai.

O primeiro trecho foi tranqüilo, seguimos de Maringá até Curitiba pela Gol. Em Curitiba trocamos rapidamente de aeronave e seguimos para Porto Alegre. Eu que achava que tão cedo não voltaria a essa cidade, mas estava novamente ali, pela terceira vez esse ano. Parece que tem algo que me puxa para essa cidade e o aeroporto Salgado Filho é com certeza o aeroporto onde mais horas passei em minha vida. E pra aumentar minhas estatística, ficamos cinco horas esperando nosso próximo voo. Eu morrendo de sono acabei cochilando um bom tempo em uma mesa na Praça de Alimentação. Almoçamos no aeroporto e em seguida embarcamos num voo rumo a Montevidéu. Eu estava pregado e não demorei a pegar no sono. Isso foi bom, pois boa parte desse trecho foi de muita turbulência, coisa que detesto, pois ataca minha labirintite. Dessa parte do voo só lembro-me de minha mãe me perguntado se eu queria o lanche servido pela comissária, que era um sanduíche. Depois não me lembro de mais nada. Fui acordar pouco antes do desembarque em Montevidéu.

O aeroporto de Montevidéu é novo, grande e muito bonito, além de ter uma arquitetura moderna. Fizemos os tramites burocráticos e ficamos mais um bom tempo esperando o voo para Buenos Aires. Geograficamente Montevidéu e Buenos Aires não são muito distantes, cada uma fica de um lado do Rio da Prata. Existe a opção de ir de uma cidade a outra de barco. Pesquisei essa opção, mas era mais demorada e mais cara do que seguir por via área. Fizemos nosso tramite para seguir para a Argentina e tudo correu sem problemas. Todo o processo era feito do lado uruguaio, numa operação conjunta entre argentinos e uruguaios. Achei o sistema interessante. No inicio da noite embarcamos num avião da empresa uruguaia Pluna. O avião não era dos maiores, por muito pouco minha cabeça não batia no teto. De ponto negativo vale mencionar que a bagagem despachada é cobrada e a taxa de embarque é cobrada antes do embarque, e ambas tem preço em dólar e não é barato. O lanche a bordo também era cobrado em dólar, bem caro, então quase ninguém pediu. O voo foi rápido, pouco mais de meia hora. O desembarque não foi em Ezeiza, o grande aeroporto de Buenos Aires, mas sim no Aeroparque, um aeroporto menor e mais perto do centro. O desembarque foi feito na pista e logo pegamos nossa bagagem e fomos tomar um taxi.

A moeda brasileira está bastante valorizada na Argentina, valendo quase que dois por um. Então o taxi acabou sendo barato. Mas taxista é safado em toda parte do mundo, então sempre é bom tomar cuidado. O taxista nos mostrou uma tabela que continha o preço a ser cobrado entre o aeroporto e o centro. Achamos barato e pagamos pela tabela, sem o uso do taxímetro. Dias depois ao fazermos o mesmo trecho de volta, utilizando o taxímetro e fazendo uma parada (que foi cobrada) de 10 minutos pelo caminho, o valor cobrado foi menor do que o valor cobrado na ida. Chegamos ao nosso hotel, o mesmo que meu irmão estava hospedado, bem no centro da cidade próximo a famosa Cale Florida. Já na entrada deu pra perceber que tinha muito brasileiro hospedado ali. Fizemos os tramites e fomos para o quarto. Encontramos meu irmão que ficou surpreso e feliz com a presença de minha mãe. Após descansar um pouco fomos sair para jantar. E pra não ter surpresas com a comida local, fomos ao mais fácil que é encontrar um McDonald´s. Depois do lanche voltamos direto para o hotel e fomos dormir, pois o dia seguinte seria puxado.

PARA AMPLIAR CLIQUE NAS IMAGENS

Eu e minha mãe em Porto Alegre.

Dormindo no aeroporto.

Dona Vanda curtindo o voo.

Aeroporto de Montevidéu. 

Avião da Pluna.

A cabeça quase encostando no teto.

Voo entre Montevidéu e Buenos Aires.

Chegando a Buenos Aires.

Suculento jantar em Buenos Aires.

Dona Vanda e seu jantar.

Estádio do Pacaembu

Aproveitando a visita que fizemos ao Museu do Futebol que fica no Estádio do Pacaembu fomos conhecer a parte do Estádio que é aberta ao público. O estádio pertence a Prefeitura de São Paulo e atualmente é onde o Corinthians manda seus jogos. 

História: Inaugurado em 27 de abril de 1940 com a presença do então presidente da República, Getúlio Vargas, o qual foi recebido por enorme vaia dos paulistas por quem não era benquisto, do interventor Ademar de Barros e do prefeito Prestes Maia. A primeira partida foi disputada em 28 de abril de 1940, numa rodada dupla, entre o Palestra Itália, antigo nome da Sociedade Esportiva Palmeiras, e o Coritiba Foot Ball Club, e entre Sport Club Corinthians Paulista e o Clube Atlético Mineiro, a convite da prefeitura da capital. O Estádio Municipal do Pacaembu leva hoje o nome do “Marechal da Vitória”, Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira nas vitoriosas campanhas das Copas de 1958, na Suécia, e de 1962, no Chile.

Nos anos 70, a concha acústica foi demolida e no seu lugar construído o “Tobogã”, uma arquibancada com capacidade para dez mil pessoas, aumentando sua capacidade para cerca de 70.000 pessoas. Atualmente, a capacidade do Estádio do Pacaembu é de 37.952 pessoas. Desde o ano de 2008, existe em seu interior o Museu do futebol, uma homenagem à cidade onde foi introduzido o esporte bretão no Brasil através do paulista Charles Miller – descendente de ingleses e escoceses – e que é homenageado com o nome da praça em frente ao estádio. A maior goleada vista no estádio aconteceu em 1945, quando o São Paulo Futebol Clube venceu o Jabaquara da cidade de Santos por 12 x 1. O Corinthians é o time que mais atuou no Estádio do Pacaembu. A torcida o considera como sua casa, uma vez que seu campo de futebol, o Estádio Alfredo Schürig (mais conhecido como Fazendinha ou ainda Estádio do Parque São Jorge), não tem capacidade para receber jogos oficiais. O estádio foi tombado pelo CONDEPHAAT, em 1998, em virtude de seu estilo Art Déco, característico da época em que foi construído.

Estádio do Pacaembu
Estádio do Pacaembu
Estádio do Pacaembu

Museu do Futebol

Após o passeio pelas  serras de Minas Gerais e do Rio de Janeiro,  retornamos a  São Paulo. Por sugestão da Andrea fomos fazer um passeio que tinha faltado em minha visita anterior, que era conhecer o Museu do Futebol. O museu funciona debaixo da arquibancada do Estádio do Pacaembu e foi inaugurado há dois anos. Não é um museu tradicional com acervo de peças históricas, e sim um museu interativo. De peça histórica a única coisa que vimos lá foi uma camisa que o Pelé usou na decisão da Copa de 70. È uma visita interessante, que vale a pena. No final disputei uma partida de pebolim contra a Andrea e venci pelo placar de 10 x 0.  

O Museu do Futebol é um museu da história do Brasil. Uma história que tornou o futebol uma das mais reconhecidas manifestações culturais do país. Instalado em uma área de 6.900m² no avesso das arquibancadas de um dos mais bonitos estádios brasileiros, o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – mais conhecido como Estádio do Pacaembu, localizado em frente à Praça Charles Miller, em São Paulo. Visitar o Museu do Futebol é percorrer a história brasileira no século XX e perceber como nossos usos, costumes e comportamentos são inseparáveis da trajetória desse esporte. O futebol ajudou a formar a identidade brasileira, assim como a cultura brasileira ajudou a transformar o futebol. Os craques que o Brasil foi capaz de criar representam tanto a nossa cultura quanto os ícones das artes plásticas, da literatura, do teatro, da música.

Para saber mais: http://www.museudofutebol.org.br

Museu do Futebol
Museu do Futebol
Museu do Futebol

+ fotos da viagem a Visconde de Mauá

Abaixo algumas fotos interessantes dos quase quatro dias que passamos pela região de Visconde de Mauá, Vila de Maringá e Vila de Maromba. Algumas são bem legais, como a do Dálmata esperto que ficava em pé na frente de um restaurante enquanto ás pessoas comiam, esperando que jogassem algo pra ele. Outra curiosidade é a ponte de madeira que atravessávamos algumas vezes ao dia indo de Minas Gerais para o Rio de Janeiro e vice-versa. E tem também a Andrea pisando no cocô de cachorro.

PARA AMPLIAR CLIQUE NO MEIO DAS IMAGENS

Divisa de estado entre MG e RJ.
Dálmata pidão.

Pés congelados.

Flores na mata.

Carro sujoooooooooooo...
Adivinha no que ela pisou?

Vila de Maringá.

Estrada em construção.

Descendo a serra.

Mapa da região.

Cachoeira do Santuário

Uma das cachoeiras mais legais que visitamos foi a Cachoeira do Santuário. Ela não é a maior e nem a mais conhecida, mas o “conjunto” que envolve a cachoeira acaba tornado-a interessante. Ela fica em uma propriedade particular e paga-se uma taxa de R$ 5,00 para visita-lá. A trilha que leva até a cachoeira é bem demarcada e cercada por árvores centenárias, muitas com uma tabuleta indicando qual a espécie. Nos lugares onde a trilha é perigosa existe um corrimão feito por cordas. Na entrada você recebe um pequeno mapa que te auxilia a encontrar os pontos de visitação no meio da mata. O local faz divisa com o Parque Estadual do Itatiaia. Segundo o dono do local, dali parte uma trilha que adentra o parque e da pra chegar próximo ao pico das Agulhas Negras. Mas segundo ele o acesso está fechado em razão da falta de chuva o que torna o risco de incêndio na mata muito alto. Fiquei muito interessado em fazer essa trilha, mas além da mesma estar fechada, não tínhamos tempo pra isso, já que demanda muitas horas de caminhada e também porque minha condição física em razão da hérnia de disco ainda não permite tal esforço.

Após percorrermos todo o caminho indicado no pequeno mapa que recebemos, passamos pela cachoeira, molhamos os pés na água gelada e percorremos outras trilhas no meio da mata. Daí seguimos até o alto do morro e de lá deu pra observar a extensão da mata. Um lugar muito bonito, com muito verde. Antes de ir embora conversamos um tempo com o Sebastião, dono do local. Ele é um mineiro bom de papo, de fala mansa e que contou que chegou ali há mais de trinta anos para ganhar a vida. E que torce para que a conclusão da estrada torne o local mais atrativo aos turistas e os negócios melhorem. E também torce que mesmo com o progresso o local seja preservado. Chegar até lá não foi nada fácil, a Andrea teve que exercitar ao maximo seus dotes de motorista e eu meus dotes de co-piloto.

Cachoeira do Santuário
Molhando o pés na água gelada.
Descalsa pela mata.
Mata e mais mata…
Loira perdida na mata!

Cachoeira da Santa Clara

Outra cachoeira interessante que visitamos foi a cachoeira da Santa Clara. Ela é uma das cachoeiras mais altas e conhecidas da região, ficando a 1200 metros de altitude e com 50 metros de queda de águas cristalinas, cercada de mata por todos os lados. As águas da cachoeira formam um grande lago que convida a um mergulho nas águas que formam o Rio Santa Clara. Após a queda tem uma piscina natural e para os mais radicais dá para praticar o rapel.

Procurando o caminho pra cachoeira.
Cachoeira da Santa Clara

Cachoeira da Santa Clara

Cachoeira do Escorrega

A região onde estávamos tem muitas cachoeiras e visitamos algumas delas. Uma das mais bonitas é a “Cachoeira do Escorrega”, uma laje de pedra que forma uma queda de uns 30 metros. Ela fica 2 km após a Vila de Maromba. Tem um poço bom pra nadar, e os aventureiros (ou corajosos) escorregam cachoeira abaixo. A água estava muito fria e nem pensar em escorregar pela cachoeira. Também não vi ninguém fazendo isso.

Essa cachoeira tem um história diferente das demais cachoeiras da região. Ela surgiu após fortes chuvas que caíram na região em 1966. Naquele ano choveu tanto e a água desceu da serra com tal força que alterou profundamente o leito do rio. Tanto que fez surgir a hoje conhecida cachoeira do Escorrega. Depois de carregar uma quantidade descomunal de terra, pedras e mata, brotou aquela imensa laje lisa por onde escorre a água cristalina, e que forma um escorregador natural.

Cachoeira do Escorrega
Cachoeira do Escorrega
Cachoeira do Escorrega
Cachoeira do Escorrega
Lojas de artesanato próximas a cachoeira.

Vila de Maromba

Na Vila de Maromba, a turma jovem e hippie domina a região. Ela fica bem próxima ao pico das Agulhas Negras. A exemplo de Visconde de Mauá e da Vila de Maringá possui diversas pousadas e chalés, que acomodam aqueles que procuram o lugar principalmente nos meses de inverno, em razão de suas baixas temperaturas e de sua paisagem, típica de regiões frias.  A Vila é mais pacata que a Vila de Maringá que fica próxima, mas parece ser mais importante, pois tem até igreja no pequeno centro da Vila. A estrada pra se chegar até a Vila é ruim, com muitos buracos e bastante estreita. Em alguns trechos quando vinham carros em sentido contrário dava o maior trabalho pra poder passar. 

Fizemos apenas um curto passeio em Maromba, onde visitamos uma cachoeira próxima e demos uma volta a pé pela Vila. Gostoso foi o lanche que fizemos em pé num local em frente a uma casa. O bolo de cenoura e o risólis estavam deliciosos, sem contar do doce de leite caseiro em cubos. Também vimos algumas “figuras” interessantes, alguns “bicho grilo” que congelaram no tempo e vivem de forma tranqüila na Vila.

Vila de Maromba - RJ
Vila de Maromba - RJ

Vila de Maringá

Após viajarmos cerca de 300 km desde São Paulo, enfim chegamos ao nosso destino que era a Vila de Maringá. Considerada a Vila mais charmosa da região, com vários restaurantes, pousadas e lojinhas de artesanato, o seu nome me fez lembrar da cidade de Maringá, no Paraná, que fica perto de minha cidade natal. Essa Vila de Maringá fica no estado do Rio de Janeiro, mas existe uma parte da Vila que fica no Estado de Minas Gerais, do outro lado do rio. A região foi um reduto hippie na década de 70. Por isso, o artesanato continua sendo valorizado na cidade e você vê a cultura hippie espalhada por todo canto, seja na vestimenta de alguns moradores, no nome e fachada de lojas e casas e até mesmo no clima de “paz e amor” que reina no lugar. Os principais tipos de recordações da Vila são os que se referem à culinária e artesanato. Geléias e outros tipos de compota podem ser encontrados em qualquer loja de artesanato. Comprei um vidro de doce de leite que era tudo de bom. Arrependi-me amargamente de não ter comprado mais.

Após passarmos rapidamente pela Vila de Maringá, seguimos em frente á procura de nossa pousada. São tantas pousadas, encruzilhadas e placas pelo caminho, que foi um pouco difícil encontrar a “Pousada El Mesón”, onde ficaríamos hospedados. Fomos recepcionados pelo dono da pousada, um espanhol que vive ali há muito tempo com sua família. A Andrea esteve nessa mesma pousada vinte anos antes, mas não se lembrava de muita coisa. Seriamos os únicos hospedes no final de semana e para nós foi reservado um chalé que mais parecia uma cabana de madeira, mas que era muito simpático e aconchegante, com direito a lareira que não precisamos usar, pois o frio que fez por lá não foi tanto. Até aí acreditávamos que estávamos no Rio de Janeiro. Somente no dia seguinte fomos descobrir que estávamos 600 metros dentro de Minas Gerais. Tinha uma ponte de madeira que dividia os dois estados, mas não existia nenhuma placa com tal informação. Foi chique ficar hospedado em Minas Gerais e todos os dias ir para o Rio de Janeiro almoçar e jantar.

Após nos alojarmos em nosso Chalé/Cabana, fomos caminhar a pé pelas redondezas, pois ouvíamos bem perto o barulho de um rio. Encontramos um local ao lado de uma ponte e conseguimos descer até o rio. A Andrea foi de biquíni por baixo do vestido, pois estava louca pra entrar na água. Quando ela colocou o pé na água desistiu na hora. A Água era congelante que chegava a doer o pé. É bem mais fria que as águas da Serra do Mar no Paraná. Por mais que eu a provocasse, a Andrea não molhou o biquíni, tendo se limitado a molhar os pés.

Antes do final do dia caminhamos mais um pouco em direção a uma das muitas cachoeiras existentes no local, mas acabamos não chegando até ela, pois tinha que pagar uma taxa de manutenção de R$ 3,00 e não tínhamos levado dinheiro para esse passeio a pé. De interessante nesse passeio foi encontrar uma gata que ficou nos seguindo. Ela estava meio perdida e então a carreguei no colo por um bom trecho até um local mais habitado. Daí surgiu um cachorro na estrada e a gata saiu correndo para subir numa árvore e nem se despediu de nós. Não a vimos mais. Á noite fomos para a Vila de Maringá jantar e depois fizemos um pequeno passeio a pé. Mas não tinha muito o que ver e voltamos para nossa pousada em Minas Gerais. Vale mencionar que o principal item da culinária local é a Truta. Eu não gosto de peixe e a Andrea não gosta de Truta, então não experimentamos tal prato.

Vila de Maringá – RJ
A “Pousada El Mesón” e o Chalé/Cabana
Nosso primeiro passeio pelo lugar.
Nossa amiga felina.

Visconde de Maúa

Chegando ao estado do Rio de Janeiro em plena Serra da Mantiqueira  passamos pela cidade de Visconde de Mauá. Nosso destino era mais acima, então acabamos não demorando em Visconde de Mauá. A estrada que leva serra acima está sendo asfaltada, numa grande obra de engenharia, pois o relevo é muito complicado. O asfalto ainda não chega á metade do caminho, então o restante do trecho foi bem difícil, por uma estrada estreita, cheia de buracos e com muita poeira. Quando o asfalto ficar pronto a região deve receber um maior número de turistas e se desenvolver economicamente.

A região de Visconde de Mauá fica no eixo RJ-SP numa área de proteção ambiental no alto da Serra da Mantiqueira, na divisa com o Parque Nacional de Itatiaia e abrange terras dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro na Serra da Mantiqueira a uma altitude que varia de 1400 a 2787m. O diferencial da região está na abundância de cachoeiras, rios e piscinas naturais de águas límpidas e cristalinas. A região de Visconde de Mauá é compreendida por três principais vilas: Visconde de Mauá, Maringá e Maromba. Após subir a serra (10 km de asfalto e 20 km de estrada de terra) chega-se na vila de Visconde de Mauá, seguindo por mais 8 km, chega-se a Maringá e por mais 3 km a Maromba. O clima é classificado como tropical de montanha com inverno rigoroso e verão suave. No inverno, de junho a agosto, a temperatura varia de -2 a 13 graus e não costuma chover, não sendo raro gear. No verão chove com mais freqüência, principalmente chuvas vespertinas. A temperatura varia de 8 a 27 graus.

Quase lá…
Parte de Visconde de Maúa e sua igreja construída em 1934.

Queluz

Ainda rumo a Serra da Mantiqueira,  na divisa dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, paramos na histórica e simpática cidade de Queluz. O motivo da parada foi para almoçar e descansar um pouco. A cidade é bem tranquila, mas quando fomos pegar o carro presenciamos um caso de Polícia. Um bêbado mostrou seu orgão genital (o nome politicamente correto para pinto) pra uma menina de uns dez anos. A mãe da menina viu o ocorrido e “agarrou” o homem. Depois ligou pra Polícia e quando entramos no carro após tirarmos umas fotos do rio ao lado, a Polícia estava chegando. Deduzimos que essa talvez tenha sido a única ocorrência policial que aconteceu na cidade naquela semana. Até perguntei pra Andrea se ela não queria aproveitar e se oferecer como advogada do bêbado tarado, mas ela se recusou pois estava de folga. Outro detalhe, a cidade de Queluz é o último município paulista antes de chegar ao estado do Rio, pra quem segue pela Via Dutra.

Em Queluz localiza-se a Pedra da Mina, ponto culminante do estado de São Paulo e também o Pico dos Três Estados que marca a fronteira entre RJ, MG e SP. Originou-se Queluz de um aldeamento de índios puris, criado no ano de 1800. A aldeia cresceu em torno de uma capela, onde hoje se ergue a igreja matriz. O povoado foi elevado à vila em 1842, passando a município em 1876. Seu padroeiro é São João Batista e o nome de Queluz foi uma homenagem prestada à família reinante, tendo a localidade recebido o nome do palácio perto de Lisboa, onde nasceu D. Pedro II. O município desenvolveu-se com a cultura do café, que aí deixou importantes marcos culturais, como as sedes ainda existentes das fazendas do Sertão, São José, Restauração, Bela Aurora, Regato, Cascata e outras.

Fonte: “O Passado Ao Vivo” (Thereza Regina de Camargo Maia)

Queluz - SP
Queluz - SP

Aparecida (erroneamente chamada de Aparecida do Norte)

De  carro a caminho do estado  do Rio de Janeiro,  a Andrea  sugeriu  fazermos uma  parada na cidade de Aparecida (erroneamente chamado de Aparecida do Norte), no Vale do Paraiba em São Paulo. A cidade é famosa por “guardar” a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Nossa visita se limitou somente a Basilica de Nossa Senhora Aparecida. Como tinhamos pressa não deu pra passear por outros pontos da cidade. A Basilica em si é enorme, uma construção grandiciosa. A Andrea que já esteve no Vaticano, disse que alguns arcos da Basilica são cópias do Vaticano. Visitamos uma torre que fica no 16º andar da Basilica e de onde da pra ver a paisagem da região que é muito bonita. No andar debaixo existe um museu até interessante, com arte sacra, antigos mantos da imagem de Nossa Senhora Aparecida e muitos outros objetos. Também fomos ver a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que fica dentro da Basilica, protegida por um vidro blindado desde que sofreu um atendado por parte de um fanático religioso e foi quebrada em 1978. Por ser sábado de manhã, o local estava bem cheio, com muitos romeiros, alguns pagando promessas até de forma meio que exagerada. Foi interessante o passeio e na hora de ir embora paramos pra tomar um picolé que além de enorme era muito saboroso.

História:  A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecido como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida é o terceiro maior templo católico do mundo. Foi inaugurada em 4 de julho de 1980 quando João Paulo II visitou o Brasil pela primeira vez. Em outra de suas visitas, passando por Aparecida, abençoou o Santuário e, em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, elevou a Nova Basílica a Santuário Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a “Passarela da Fé”, que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas por romeiros.

Imagem de Nossa Senhora Aparecida: Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma. A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá. A sua história tem o seu início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais. Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no Rio Paraiba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores. Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo se mostrou pequeno.

Por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela e a imagem. Em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basilica Velha) para acomodar e receber os fiéis que aumentavam significadamente, sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888. Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basilica e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita, em 08 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado. Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas. A  8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima coroa doada pela princesa Isabel e portando o manto anil, bordado em ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República e numeroso povo. Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.

Basilica de Nossa Senhora Aparecida
Interior de uma torre e a vista que se tem lá do alto
Imagem de Nossa Senhora Aparecida
A classe de uma “sangue azul” chupando um picolé

MASP

Já passei  muitas vezes na frente,  ao lado e por baixo do  MASP (Museu de Arte de São Paulo), mas nunca tinha entrado no Museu. A Andrea me levou lá e pudemos ver uma bela coleção de obras de arte, principalmente quadros, muitos valendo milhões. O acervo do MASP é sensacional, com obras de pintores famosos como Picasso, Matisse, Monet, Manet, Cézane, Gauguin, Renoir e Van Gogh. Após o assalto que ocorreu lá em 2008 não é mais permitido tirar foto da parte interna, então tivemos que nos contentar com fotos do lado de fora do Museu.

MASP
Parte externa do MASP.
Interior do MASP.

O MASP é o mais importante museu de arte ocidental do Hemisfério Sul. Seu acervo é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN desde 1969, e possui atualmente cerca de 8.000 peças. O edifício sede do museu, com 11.000 metros quadrados divididos em 5 pavimentos e com vão livre de 74 metros, é um ícone da cidade de São Paulo. Em 1982 foi tombado pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado e em 2003 pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. É o museu mais frequentado de São Paulo, com média de 50.000 visitantes/mês (dados Folha de São Paulo, 05 de abril de 2009).

Fundado em 1947, o MASP foi idealizado por Assis Chateaubriand, empresário e jornalista, e Pietro Maria Bardi, jornalista e crítico de arte italiano. A princípio, instalou-se em quatro andares do prédio dos Diários Associados, império de Chateaubriand formado por 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 estações de televisão, editora e a revista O Cruzeiro. As primeiras obras de arte do museu foram selecionadas pessoalmente por P. M. Bardi na Europa do pós-guerra, em suas inúmeras viagens às principais capitais culturais com Chateaubriand. Chatô, como era chamado, usava seu prestígio político-empresarial entre os grandes empresários da época para arrecadar os recursos para a aquisição das obras.  Como São Paulo era na época a grande capital financeira, principalmente devido a circulação do dinheiro das indústrias e do café, decidiu-se que o MASP seria construído nesta cidade.

A nova sede, na próspera Avenida Paulista, foi projetada por Lina Bo Bardi. Foram 12 anos entre projeto e execução. Lina trabalhou sob uma condição imposta pelo doador do terreno à prefeitura de  São Paulo: a vista para o Centro da cidade e para a Serra da Cantareira teria de ser preservada, através do vale da avenida 9 de Julho. Assim nasceram as quatro colunas do atual museu com um vão livre de 74 metros, assim nasceu um dos cartões postais da cidade de São Paulo, foi inaugurado em 1968. Projeto moderno e ousado para a época, abrigava a coleção do museu, já conhecida e respeitada nos muitos países pelos quais passou durante os anos em que o edifício esteve em construção, como França, Itália, Japão, entre outros.

A inauguração do novo prédio contou com a presença da Rainha Elizabeth II da Inglaterra, além das maiores autoridades brasileiras da época e uma grande participação popular em frente ao edifício. Como o prédio foi projetado suspenso pelas duas colunas e a vista da Paulista para o centro da cidade fosse preservada, foi concebida uma esplanada abaixo do edifício. Conhecida hoje como “vão livre”, havia sido idealizada por Lina como uma grande praça para crianças, famílias, com brinquedos e muitas plantas. As colunas do edifício foram pintadas de vermelho somente em 1990 na ocasião dos 40 anos do museu, em parceria com a empresa Suvinil, obedecendo o projeto original de Lina Bo Bardi.

Para saber mais acesse: http://masp.art.br/masp2010/index.php

Abaixo alguns dos quadros famosos que vimos durante a visita ao MASP: 

A canoa sobre o epte (Monet)

O Senhor Pertuiset, Caçador de Leões (Manet)

Paisagem da Bretanha (Matisse)

Pobre Pescador (Gauguin)

Paul Alexis Lê um Manuscrito a Zola (Cézane)

Retrato de Suzanne Bloch (Picasso)

Rosa e Azul (Renoir)

Banco de Pedra (Van Ghog)

Programa de paulistano

Já fui a São Paulo várias vezes, tanto a passeio, quanto a trabalho. Minha irmã também morou alguns anos lá e fui visitá-la muitas vezes. Quase sempre fazia programas de turista e até recentemente com a Andrea, fiz programas típicos de turistas em passagem pela cidade. Agora que estou indo pra sampa com mais freqüência, estou começando a fazer programas típicos de paulistano. E um desses programas foi caminhar no final de tarde no Parque do Ibirapuera. 

Já tinha ido ao Parque do Ibirapuera antes, mas nunca pra caminhar. Gostei da experiência e fiquei me segurando pra não dar uma corridinha, pois ainda não posso correr em razão de meu problema de hérnia de disco. A Andrea correu um pouco sozinha. Ela está de parabéns, pois desde o inicio de julho quando quase enfartou após uma corridinha na Ilha do Mel, pra não perdermos o barco, ela começou a caminhar na rua, no parque, na esteira de sua casa e depois passou a  correr. Acabou pegando tanto gosto pela coisa, que já se inscreveu para uma corrida de rua no próximo final de semana e já vislumbra até mesmo participar da São Silvestre no final do ano. Enquanto isso eu fico apenas nas caminhadas, mas não dá pra reclamar, pois até pouco tempo nem isso eu podia fazer.

Vander e Andrea no Ibirapuera. (03/09/2010)

Nos aeroportos da vida – II

Um dos amigos que encontrei recentemente pelos aeroportos da vida foi a Luciana Rita, no final de agosto no Aeroporto de Porto Alegre. Trabalhei com ela no Medianeira e foi bom revê-la. Ela estava meio mal, com uma virose. No pouco tempo que fiquei conversando com ela, acho que peguei dela a tal virose, pois no dia seguinte fiquei muito mal, com febre, espirrando sem parar e com dores pelo corpo. Mesmo assim foi bom encontrá-la.

Vander e Luciana no Aeroporto de Porto Alegre.

Nos aeroportos da vida – I

Nessa fase sabática que estou vivendo, tenho viajado muito e virei um freqüentador costumaz de aeroportos. Está uma época boa pra viajar de avião, pois várias Cias Aéreas têm lançado boas promoções, com tarifas muitas vezes mais baixas que passagens de ônibus para o mesmo trecho do vôo. Como não tenho problemas com datas, acabo conseguindo comprar minhas passagens com boa antecipação e a ótimos preços.

E nessas idas e vindas por aeroportos, tenho encontrado pessoas famosas e até amigos. Algumas das celebridades não tirei foto, pois ou não estava com a câmera pronta no momento em que as vi, ou então a câmera estava sem bateria. Isso aconteceu em Congonhas há poucos dias, quando desembarquei junto com o time do Palmeiras e só consegui tirar uma foto do Felipão (técnico pentacampeão do mundo com a Seleção Brasileira) antes que minha bateria acabasse.

Luiz Felipe Scolari (Felipão) desembarcando em Congonhas.

11 de setembro

Hoje foi o nono aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos. Um pastor cristão tinha o plano de queimar exemplares do Alcorão, para “comemorar” esse dia. Pura tolice, pois tal gesto só tende a causar mais confusão e intolerância religiosa. E no fundo o tal pastor só quer mesmo é aparecer, pois sua igreja tem somente 30 membros, o que mostra que ele deve ser um pastor mediocre.

Estive no local onde aconteceram os atentados em Nova York, dois anos após o ocorrido, em setembro de 2003. Na época era estranho observar o local do acidente e imaginar tudo o que tinha acontecido ali, quantas vidas inocentes foram perdidas. Uma coisa é soldados morrerem numa guerra, pois foram pra lá sabendo que poderiam morrer. Outra coisa é uma ataque covarde, onde morreram pessoas inocentes, muitas que queriam a paz. E o pior de tudo isso é matar em nome de Deus, matar por religião. Sempre acreditei que religião deve ser sinônimo de amor e não de morte.

Em frente ao local onde ficava o WTC.   

Corinthians 100 ANOS

Hoje o Corinthians completa 100 anos, então parabéns ao Timão e a todos os corinthianos. Sou torcedor do Coritnhians há 34 anos, desde ás finais do Campeonato Brasileiro de 1976. Eu, então um garotinho de 6 anos, simpatizei com o coringão e desde então tenho tido mais alegrias do que tristezas com esse time.
www.corinthians.com.br
www.corinthians.com.br