Virada Cultural

No final de semana teve Virada Cultural em cinco cidades do Paraná: Curitiba, Foz do Iguaçu, Cianorte, Maringá e Campo Mourão. A Virada Cultural foi promovida pelo Governo do Paraná e contou com uma grande infraestrutura e também com shows de cantores famosos.

Em Campo Mourão foi montado um grande palco na praça central da cidade, onde aconteceram apresentações variadas no sábado e domingo, quando o evento foi encerrado com show do cantor Renato Teixeira. Paralelamente aos eventos no palco principal, aconteceram outros eventos menores em outras partes da cidade.

Estive presente na Virada Cultural no sábado a noite, e mesmo não tendo um público muito grande foi um programa diferente e interessante. Depois de assistir as apresentações que aconteceram no palco principal, fui ver uma peça de teatro na Biblioteca Pública, que terminou pouco antes das 3h00min da manhã. No domingo não participei da Virada Cultural, pois estava ausente da cidade.

Mesmo sendo um evento muito bem feito e grandioso, acredito que faltou um pouco mais de divulgação e presença de público. Não sei dizer os motivos do fracasso de público em tão bom evento! Então público logo abaixo um texto do jornal Gazeta do Povo, que talvez explique um pouco do fracasso da Virada Cultural aqui em Campo Mourão.

Sintonia

O governo do estado investiu pesado na estrutura da Virada Cultural de Campo Mourão, com a instalação de um grande palco, seguranças particulares e a montagem de dezenas de banheiros químicos, que na maioria não chegaram a ser utilizados. Mesmo assim, o evento não chegou a causar empolgação na população que compareceu em número reduzido nas apresentações programadas.

O prefeito da cidade, Nelson Tureck, e sua filha, a deputada Marla Tureck, presentes na apresentação de Renato Teixeira acreditam que houve falhas na definição da programação e na divulgação. “O evento foi organizado pelo governo em Curitiba e os shows foram definidos de cima para baixo, sem consultar os municípios ou a população. Tiveram artistas por aqui que não são fazem parte do gosto do povo. Tinha que ouvir mais as cidades”, analisou Tureck, que acredita que nas próximas edições “o povo ainda vai se acostumar”. O prefeito também criticou a falta de divulgação do evento na cidade pelos órgãos de comunicação locais, mesma tese apresentada ontem pela secretária municipal de Cultura, Sonia Singer.

Mas, se houve erros no planejamento de atrações e horários por parte do governo estadual, o mesmo ocorreu com a participação dos grupos locais, responsabilidade da prefeitura de Campo Mourão. A maioria dos artistas que se apresentaram na Virada são velhos conhecidos do público e estão presentes em quase todos os eventos realizados na cidade, sempre com os mesmo números. É o caso da banda municipal, da trupe de circo, da banda Bons e Velhos – que tocou há duas semana no parque da cidade – e até mesmo da peça teatral “Hamlet Machine”, dirigida pelo diretor mourãoense Carlos Soares, que somente neste ano, foi apresentada em quatro oportunidades. Faltou inovação e sintonia com o povo.

(Gazeta do Povo, Caderno G – 12/11/2012)

Show da “Big Time Orchestra”.
Bloco Carnavalesco “Cai Nessa”.
Vander e Fabiana, na Virada Cultural.

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