Machu Picchu

Machu Picchu, em quíchua Machu Pikchu (Velha Montanha) é também chamada de “Cidade Perdida dos Incas”. A 2.400 metros de altitude, Machu Picchu está situada no alto de uma montanha, cercada por outras montanhas e circundada pelo rio Urubamba, o que lhe proporciona uma atmosfera única de segurança e beleza. Encontram-se na margem esquerda do chamado Canyon do Urubamba. Ao pé dos montes e praticamente rodeando-os, corre o rio Urubamba (Vilcanota). As ruínas incas encontram-se a meio caminho entre os picos de duas montanhas. A superfície edificada tem aproximadamente 530 metros de comprimento por 200 de largura e contém 172 edifícios em sua área urbana. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.

Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais. A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade dos Incas. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a história inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.

Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque. Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade.

Em 1885, no curso de suas viagens de exploração pelo Peru, o naturalista italiano Antonio Raimondi passou ao pé das ruínas sem sabê-lo e menciona o quão escassamente povoada era a região na época. Porém, tudo indica que foi por esses anos que a região começou a receber visitas por interesses distintos dos meramente científicos. Foi nesta época que os mapas de prospecções mineiras começam a mencionar Machu Picchu. Em 1870, o norte-americano Harry Singer coloca pela primeira vez em um mapa a localização do Cerro Machu Picchu . Um segundo mapa de 1874, elaborado pelo alemão Herman Gohring, menciona e localiza em seu local exato a montanha. Por fim, em 1880 o explorador francês Charles Wiener confirma a existência de restos arqueológicos no lugar (afirma “há ruínas na Machu Picchu”), embora não se possa chegar ao local. Em qualquer caso está claro que a existência da suposta “cidade perdida”  não se havia esquecido, como se acreditava até há alguns anos.

Foi o professor norte-americano Hiram Bingham que à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em  24 de julho de 1911. Hiram Bingham  realizou uma investigação da zona próxima a Machu Picchu. Naquela época, a meta de Bingham era outra: encontrar a legendária capital dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhóis, entre 1536 e 1572. Ao penetrar pelo cânion do Urubamba, Bingham ouviu do camponês Melchor Arteaga o relato de que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes ruínas. Alcançá-las significava subir por uma empinada ladeira coberta de vegetação. Embora cético, Bingham insistiu em ser guiado ao lugar. Chegando ao cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local o conduziu aonde efetivamente apareciam imponentes construções arqueológicas cobertas pelo manto verde da vegetação tropical e em evidente estado de abandono há muitos séculos. A cidade estava tomada por vegetação nativa e árvores. Depois desta expedição, Bingham voltou ao lugar em 1912 e nos anos de 1914 e 1915. Com ajuda de outros exploradores,  foram feitos mapas e uma exploração detalhada do local e dos arredores. Suas escavações, não muito ortodoxas, em diversos lugares de Machu Picchu, permitiram-lhe reunir 555 vasos, aproximadamente 220 objetos de bronze, cobre, prata e de pedra, entre outros materiais. A cerâmica mostra expressões da arte inca e o mesmo deve dizer-se das peças de metal: braceletes, brincos e prendedores decorados, além de facas e machados. Ainda que não tenham sido encontrados objetos de ouro, o material identificado por Bingham era suficiente para inferir que Machu Picchu remonta aos tempos de esplendor inca, algo que já evidenciava seu estilo arquitetônico.

Machu Picchu – 2011.
Machu Picchu – 1911.
Machu Picchu.
Macchu Picchu.
Uma das muitas ruínas de Machu Picchu.

2 opiniões sobre “Machu Picchu

  • 23 de fevereiro de 2011 em 09:21
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    oi
    favor me dar umas dicas de mpicchu pretendo ir em junho como e o clima mto frio? outra coisa q me preocupa qual a distancia da entrada as ruinas vou de trem cusco a aguas calientes como tenho 3 pinos no pe gostaria de me preparar quanto a isso desde ja muito obrigada
    maria

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    • 28 de fevereiro de 2011 em 22:48
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      Oi Maria,

      Sobre as dicas de Machu Picchu, fica mais fácil você perguntar o que deseja saber.

      A distância entre a parada dos ônibus e a entrada de Machu Picchu é pequena. Seu problema vai ser andar por Machu Picchu, pois tem muita escadaria e caso queira conhecer as principais atrações, vai ter que andar bastante, pois tudo é meio esparramado.

      Até mais,

      Vander

      Resposta

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