Haiti

Na última sexta-feira eu conversava com um amigo e falava pra ele que não gostava de haitianos. É que trabalhei com vários haitianos no período em que vivi nos Estados Unidos e tive sérios problemas com a maioria deles. Eram todos preguiçosos, enrolões, mal educados e difíceis de confiar. Até brinquei com meu amigo que em vez do Brasil mandar ajuda humanitária para o Haiti, deveria é acabar de afundar a parte da ilha onde fica o país. E poucos dias depois dessas palavras, acontece o terremoto no Haiti e essa catástrofe que todos sabem. Confesso que nunca me arrependi tanto de ter feito um comentário igual eu tinha feito na sexta-feira. Por mais que eu não goste de haitianos e tenha certo ressentimento com vários deles, jamais desejaria mal a eles e muito menos que o país deles fosse destruído como foi. É lógico que dizer que o Haiti deveria desaparecer, foi daqueles comentários que saem pela boca, mas cuja origem não é o coração. Também sei que não foi o meu comentário de que o Haiti deveria sumir do mapa, que causou o terremoto e tanta destruição. Bom seria se eu tivesse tal poder de proferir palavras e elas se tornarem realidade. Sei que fiquei muitíssimo triste com o que aconteceu e mais ainda por ter falado “besteira” pouco tempo antes de isso tudo acontecer. Ao menos espero que nenhum dos haitianos que conheci nos Estados Unidos tenham sido vitimas do terremoto. Não morria de amores por eles, mas nem de longe gostaria que alguém que conheci, com quem trabalhei, sofresse alguma desgraça, por menor que ela fosse.

Hoje pela manhã vi o avião da Força Aérea que trazia o corpo da Zilda Arns, passar com pouca altitude quase que por cima do colégio onde trabalho. Interessante que num mundo tão globalizado, coisas que aconteceram a milhares de quilômetros de distancia, de repente estão bem próximas de nós.

O meu maior desejo no momento é que Deus ajude e de conforto aos haitianos e demais cidadões do mundo que estão sofrendo com essa tragédia.

Das várias fotos e imagens que vi até agora sobre o terremoto, as que mais me chocaram foram estas abaixo. Uma mostra corpos “jogados” na rua em frente ao necrotério da capital haitiana. E outra mostra corpos sendo retirados da rua por uma escavadeira e uma caminhão, como se fossem “entulho”.

corpos pelo chão

Uma opinião sobre “Haiti

  • 3 de fevereiro de 2010 em 14:23
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    Por favor… Nunca pensei que você fosse assim …

    Resposta

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